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Proposta de programa de treinamento do equilíbrio corporal para público infantil por meio de revisão integrativa da literatura

RESUMO

Objetivo:

verificar, na literatura, as propostas para reabilitar a função vestibular e propor um programa de treinamento do equilíbrio corporal para o público infantil.

Metodos:

buscou-se estudos propondo reabilitar/treinar o equilíbrio corporal nas bases de dados MEDLINE/PubMed e SCIELO, além das fontes digitais de universidades públicas brasileiras. Descritores utilizados: rehabilitation, balance e child, combinando-os com o operador boleano AND. Analisou-se as variáveis: público submetido à intervenção, número de sujeitos e faixa etária, número e periodicidade das sessões, número e/ou tempo de execução do exercício, duração da sessão e do programa.

Resultados:

17 eram brasileiros, 14 utilizaram o protocolo de Cawthorne e Cooksey, nove estudaram crianças, a maioria organizou o programa em semanas. Elaborou-se um programa de treinamento do equilíbrio corporal que estimula os três sistemas do equilíbrio corporal, constituido por sessões de 30 minutos duas vezes por semana, durante 7 semanas, totalizando 14 sessões.

Conclusão:

a análise da variável relativa ao protocolo/estratégia para reabilitar a função vestibular indicou que nenhum estudo propôs a estimulação dos três sistemas do equilíbrio corporal, não havendo padronização para os públicos infantil, adulto e idoso. Elaborou-se um programa de reabilitação da função vestibular para crianças, com estimulação destes três sistemas, ampliando as possibilidades terapêuticas.

Descritores:
Equilíbrio Postural; Reabilitação; Criança

ABSTRACT

Objective:

to verify, in the literature, the proposals to rehabilitate the vestibular function, so as to propose a training program for body balance for children.

Methods:

this article sought studies that proposed to rehabilitate or train body balance in the Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed) and Scientific Electronic Library Online (SCIELO) databases, in addition to digital sources from Brazilian public universities. As descriptors, the terms “rehabilitation”, “balance” and “child” were used, combined with the Boolean operator AND. The variables analyzed were: public submitted to the intervention, number of subjects and age group, number and frequency of sessions, number and/or time of execution of the exercise, duration of the session and the program.

Results:

17 (60.74%) articles were Brazilian, 14 (50%) used the Cawthorne and Cooksey protocol, 9 (32.14%) studied children, and the majority (67.85%) organized the program in weeks. A body balance training program, stimulating the three body balance systems, consisting of 30-minute sessions twice a week for 7 weeks, totaling 14 sessions, was developed.

Conclusion:

the analysis of the variable related to the protocol/strategy to rehabilitate the vestibular function indicated that no study proposed the stimulation of the three body balance systems, with no standardization for children, adults and the elderly. A vestibular function rehabilitation program was developed for children, with stimulation of these three systems, expanding the therapeutic possibilities in this area.

Keywords:
Postural Balance; Rehabilitation; Child

Introdução

O equilíbrio corporal é um complexo fenômeno sensoriomotor gerado pela integração de informações vindas de três sistemas sensoriais (visual, proprioceptivo e vestibular) e processado no Sistema Nervoso Central11. Maia FCZ, Portinho F. Princípios anatomofisiológicos que regem o equilíbrio. In: Maia FCZ, Albernaz PLM, Carmona S, editors. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p. 1-23..

Alterações na manutenção do equilíbrio corporal podem ocasionar sintomas como zumbido e perda auditiva22. Ganança MM, Munhoz MS, Caovilla HH, Silva MLG. Introdução: conceitos em otoneurologia. In: Ganança MM, Munhoz MS, Caovilla HH, Silva MLG, editors. Otoneurologia ilustrada. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. p.1-17.. As afecções vestibulares pediátricas são de grande importância no decorrer do desenvolvimento infantil, pois podem acarretar uma série de repercussões, tais como retardo no desenvolvimento motor e no aprendizado, interferindo potencialmente na linguagem, fala, escrita e leitura33. Pereira AB, Silva GSM, Assunção ARM, Atherino ACCT, Volpe FM, Felipe L. Cervical vestibular evoked myogenic potentials in children. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2015;81(4):358-62..

Além de identificar escolares de risco para afecções otoneurológicas, e assim minimizar seus efeitos sobre o desenvolvimento infantil e seu desempenho acadêmico, é urgente preparar os professores para que reconheçam essas queixas em seus alunos. Ainda, os pais devem ser orientados para que levem o seu filho em avaliação otoneurológica completa na ocorrência de queixas desta natureza44. Perez MLD, Lemos NFD, Aprile MR, Branco-Barreiro FCA. Otoneurological symptoms in school-aged children. Revista Equilíbrio Corporal Saúde. 2014;6(2):48-53..

Na busca por sanar ou amenizar os sintomas relativos às alterações do sistema vestibular, pesquisadores buscaram alternativas para o seu tratamento. Existem diversas formas de tratamento para as vestibulopatias, destacando-se os medicamentos, cirurgias, orientação nutricional, correção de hábitos inadequados, psicoterapia e reabilitação da função vestibular (RFV)55. Ganança MM, Munhoz MS, Caovilla HH, Silva MLG. Como lidar com as tonturas e sintomas associados. In: Ganança, MM, Caovilla HH, editors. Estratégias terapêuticas em otoneurologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2000. p.1-20..

Estudos nacionais66. Bittar RSM, Pedalini MEB, Medeiros IRT, Bottino MA, Bento RF. Reabilitação vestibular na criança: estudo preliminar. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2002;68(4):496-9.,77. Medeiros IRT, Bittar RSM, Pedalini MEB, Lorenzi MC, Kii MA, Formigoni LG. Avaliação do tratamento dos distúrbios vestibulares na criança através da posturografia dinâmica computadorizada: resultados preliminares. J. Pediatr. 2003;79(4):337-42. e internacionais88. Leong DF, Master CL, Messner LV, Pang Y, Smith C, Starling AJ. The effect of saccadic training on early reading fluency. Clin. Pediatr. 2014;53(9):858-64.

9. Goulème N, Gérard CL, Bucci MP. The effect of training on postural control in dyslexic children. PloS One. 2015;10(7):e0130196.

10. Fong SSM, Guo X, Liu KP, Ki WY, Louie LH, Chung RC et al. Task-specific balance training improves the sensory organisation of balance control in children with developmental coordination disorder: a randomised controlled trial. Sci. Rep. 2016;6(20945):1-8.

11. Lofti Y, Rezazadeh N, Moossavi A, Haghgoo HA, Moghadam SF, Pishyareh E et al. Introduction of pediatric balance therapy in children with vestibular dysfunction: review of indications, mechanisms, and key Exercises. Iran. Rehabil. J. 2016;14(1):5-14.

12. Jafarlou F, Jarollahi F, AhadI M, Sadeghi-Firoozabadi V, Haghani H. Oculomotor rehabilitation in children with dyslexia. Med. J. Islam. Repub. Iran. 2017;31(125):1-9.
-1313. Ebrahimi AA, Jamishidi AA, Movallari G, Rahgozar M, Haghgoo HA. The effect of Vestibular Rehabilitation Therapy Program on sensory organization of deaf children with bilateral vestibular dysfunction. Acta Med. Iran. 2017;55(11):683-9. propuseram reabilitar crianças a partir da RFV, sendo que alguns comprovaram ser este tratamento eficaz e seguro para o público infantil88. Leong DF, Master CL, Messner LV, Pang Y, Smith C, Starling AJ. The effect of saccadic training on early reading fluency. Clin. Pediatr. 2014;53(9):858-64.,99. Goulème N, Gérard CL, Bucci MP. The effect of training on postural control in dyslexic children. PloS One. 2015;10(7):e0130196..

O objetivo deste trabalho foi verificar nas publicações científicas as propostas para reabilitar a função vestibular, e a partir dos dados advindos da revisão integrativa, propor um programa de treinamento do equilíbrio corporal para o público infantil.

Métodos

Trata-se de uma revisão integrativa, de caráter documental, cuja pesquisa se deu no período compreendido entre os meses de março a setembro de 2018.

A primeira etapa foi a seleção de estudos que tratassem de RFV. A busca ocorreu junto às bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), além das fontes virtuais de instituições públicas de Ensino Superior: Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Obteve-se 3743 estudos, os quais se repetiam em mais de uma base de artigos.

Buscou-se material nacional e internacional por meio da combinação dos seguintes descritores em inglês (DeCS), sem restrição de período, idioma ou nacionalidade, fazendo-se uso do operador boleano “AND”:

  1. Rehabilitation AND vestibular;

  2. Balance AND rehabilitation;

  3. rehabilitation AND vestibular AND child.

Como critérios de inclusão para selecionar o material adotou-se:

  1. Texto completo;

  2. Acesso livre;

  3. Apresentar um programa terapêutico ou estratégia para reabilitar ou treinar a função vestibular (inédito, adaptado ou replicado).

Após a análise dos estudos, foram excluídos os que não apresentavam aderência à temática desse estudo ou que se apresentavam repetidos em mais de uma base de dados. Excluiu-se também os trabalhos acadêmicos e textos não disponíveis na íntegra. Desta forma, 28 estudos atenderam aos critérios de inclusão e foram utilizados neste estudo.

Foram consideradas as seguintes variáveis de análise:

  1. Público submetido à intervenção, incluindo o número de sujeitos e faixa etária;

  2. Número e periodicidade das sessões de intervenções;

  3. Número/tempo de repetições do exercício e/ou tempo de duração da sessão;

  4. Tempo de duração total do programa.

Analisou-se os dados de forma descritiva por meio de percentagem, os quais foram apresentados por meio de Quadro.

A segunda etapa deste estudo foi a elaboração do programa de treinamento do EC voltado para o público infantil. Para a elaboração, foram determinados: periodicidade das sessões, duração e/ou número de repetição da atividade, tempo da sessão e período de aplicação do protocolo.

Foram determinados os seguintes domínios: atividade a ser realizada, foco (sistema do EC priorizado naquela atividade especificamente), duração e/ou número de repetição e material a ser utilizado.

Revisão de Literatuta

No Quadro 1 foram apresentados os estudos selecionados. Constam neste Quadro os autores e país em que foi desenvolvido, o protocolo ou a estratégia de reabilitação ou o treinamento vestibular utilizado, o público estudado, o número de sessões realizadas pelo pesquisador e a periodicidade, o número de repetições dos exercícios, o tempo de duração da sessão e do programa terapêutico.

Conforme apresentado pelo Quadro 1, verificou-se que 17 dos estudos selecionados (60,74%) foram realizados no Brasil, com o uso predominante do protocolo Cawthorne e Cooksey (50%), tanto na forma isolada (32,15%), como associado a outras estratégias (17,85%).

Com relação ao público estudado, os resultados indicaram que nove (32,14%) dos estudos investigaram o público infantil/adolescente, alvo também do presente estudo, e os demais (67,86%) trataram do público adulto e/ou idoso.

Analisando os estudos apresentados no Quadro 1, o número de sessões mostrou importante variabilidade, partindo de sessão única (7,14%) até 112 sessões (3,57%), predominando estudos que propuseram número de sessões variável (14,28%). Identificou-se que um estudo (3,57%) que não especificou o número de sessões.

Assim como o número de sessões previstas, a periodicidade destas sessões terapêuticas também foi variável, variando de sessão única (7,14%), passando por quinzenal e mensal (7,14) até diário (3,57%). Dois estudos (7,14%) não especificaram a periodicidade da sessão. Finalmente, a periodicidade prevalente dentre os estudos selecionados foi de duas sessões semanais, com nove (32,14%) estudos adotando esta conduta.

Dentre os estudos dedicados ao público infantil presentes no Quadro 1, destacou-se um estudo (11,11%) que indicou que os exercícios fossem repetidos 10 vezes, enquanto dois estudos (22,22%) indicaram o tempo entre um e três minutos por exercício. Finalmente, um estudo (11,11%) indicou tanto o número de repetição (três a 10) como o tempo de duração (um a dois minutos).

Com relação ao tempo de duração da sessão, dentre os estudos do Quadro 1 com amostras infantis, apenas três (33,33%) apontaram em suas metodologias o tempo de duração da sessão, sendo as estimativas variando de 20 a 60 minutos, com média aproximada entre os três estudos de 41 minutos.

Os resultados indicaram que a maioria dos estudos (67,85%) propuseram programas terapêuticos organizados em semanas, com a média de oito semanas. Ainda, verificou-se que quatro estudos (14,28%) não especificaram o tempo demandado pelo programa terapêutico, enquanto dois estudos (10,52%) indicaram sessão terapêutica única.

Quadro 1:
Estudos selecionados a partir de levantamento bibliográfico que propuseram reabilitar ou treinar a função vestibular

A partir da minuciosa análise dos resultados do Quadro 1, foi elaborado o programa de treinamento apresentado no Quadro 2. Foram apresentados a atividade, o foco e o número de repetições ou tempo de execução, e finalmente o material utilizado.

Quadro 2:
Programa de treinamento do equilíbrio corporal com a atividade proposta, o foco principal de cada atividade, tempo/repetição e material utilizado

Conforme explicitado no Quadro 2, foram contemplados os três sistemas do equilíbrio corporal, a saber: visual, somatossensorial e vestibular. Estes sistemas foram trabalhados em algumas atividades isoladamente e em outras simultaneamente. Além das atividades dirigidas, foram propostas brincadeiras que retomassem os movimentos ou habilidade estimulada na atividade dirigida. Os exercícios dirigidos foram progressivamente aumentando a dificuldade.

Foi adotado o protocolo Cawthorne e Cooksey como base para os movimentos oculares e do corpo. Entretanto, primando por incluir o sistema proprioceptivo no programa de treinamento, foram inseridas atividades com algumas estratégias de integração sensorial (como ficar com e sem calçado, em base estável ou instável etc). O foco principal (sistema do EC) foi indicado em cada atividade.

O total do número de sessões dos estudos apresentados no Quadro 1 foi de 287 sessões, que divididas pelos estudos que fizeram esta especificação (23), obteve-se a média de 16,87 sessões. Para o presente programa foram propostas 14 sessões de treinamento.

Constatou-se o uso de repetições em números e em tempo (isolado ou simultaneamente) nos estudos selecionados, sendo que os valores ficaram entre três e 10 repetições, e o tempo das repetições entre um e três minutos. Portanto, procurando estabelecer valores semelhantes a estes, o presente programa propõe a contagem em números dos exercícios (entre três e cinco) e permanência em cada exercício o tempo entre 10 segundos e 1 minuto.

Entre os estudos com amostras infantis que apontaram em suas metodologias os tempos de duração de cada sessão (Quadro 1), verificou-se tempos entre 20 a 60 minutos. Fazendo a média entre todos, obteve-se o valor de 41 minutos. Para o presente programa foi proposto sessão de 30 minutos de duração.

Os resultados mostraram que a maioria dos estudos apresentados no Quadro 1 (67,85%) propuseram programas terapêuticos organizados em semanas, e dessa forma o presente programa também foi organizado. Calculou-se a média das semanas previstas por esses estudos, verificando-se o valor de oito semanas. Sendo assim, o presente trabalho organizou o programa de treinamento do equilíbrio corporal em sete semanas, ficando uma semana (fechando oito) como reserva técnica para possível recuperação de sessão.

Houve recorrência de estudos abordando a RFV no Brasil, dado a elevado percentual apurado de estudos brasileiros66. Bittar RSM, Pedalini MEB, Medeiros IRT, Bottino MA, Bento RF. Reabilitação vestibular na criança: estudo preliminar. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2002;68(4):496-9.,77. Medeiros IRT, Bittar RSM, Pedalini MEB, Lorenzi MC, Kii MA, Formigoni LG. Avaliação do tratamento dos distúrbios vestibulares na criança através da posturografia dinâmica computadorizada: resultados preliminares. J. Pediatr. 2003;79(4):337-42.,1414. Garcia AP, Ganança MM, Cusin FS, Tomaz A, Ganança FF, Caovilla HH. Vestibular rehabilitation with virtual reality in Ménière's disease. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2013;79(3):366-74.

15. Longo IA, Nunes ADM, Rocha CH, Branco FM, Moreira RR, Neves-Lobo IF et al. Effects of a vestibular rehabilitation program on workers in the working environment: a pilot. Rev. CEFAC. 2018;20(3):304-12.

16. Macedo LB. Análise da eficácia da reabilitação vestibular em indivíduos idosos com queixa de tontura [course completion work]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialização em Audiologia; 2014.

17. Manso A, Ganança MM, Caovilla EH. Vestibular rehabilitation with visual stimuli in peripheral vestibular disorders. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2016;82(2):232-41.

18. Mantello RB, Morigutti JC, Rodrigues-Junior AL, Ferrioli E. Vestibular rehabilitation's effect over the quality of life of geriatric patients with labyrinth disease. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2008;74(2):172-80.

19. Martini APR. Treino de equilíbrio e marcha em indivíduos hemiplégicos por acidente vascular cerebral utilizando realidade virtual [course work completion]. Santa Maria (RS): Universidade Federal de Santa Maria; 2012.

20. Morezetti PG, Ganança CF, Chiari BM. Comparação de diferentes protocolos de reabilitação vestibular em pacientes com disfunções vestibulares periféricas. J. Soc. Bras. Fonoaudiol. 2011;23(1):44-50.

21. Nishino LK, Ganança CF, Manso A, Campos CAH, Korn GP. Personalized vestibular rehabilitation: medical chart survey with patients seen at the ambulatory of otoneurology of I.S.C.M.S.P. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2005;71(4):440-7.

22. Patatas OHG, Ganança CF, Ganança FF. Quality of life of individuals submitted to vestibular rehabilitation. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2009;75(3):387-94.

23. Ribeiro ASB, Pereira JS. Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de queda em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2005;71(1):38-46.

24. Ricci NA. Efeitos da reabilitação vestibular no equilíbrio corporal de idosos vestibulopatas crônicos: ensaio clínico randomizado [Dissertation]. São Paulo (SP): Universidade Federal de São Paulo; 2013.

25. Rocha Junior PR, Kozan ES, Moraes JF, Pereira FG, Moreno AB. Reabilitação vestibular na qualidade de vida e sintomatologia de tontura de idosos. Ciênc. Saúde Colet. 2014;19(8):3365-74.

26. Rogatto ARD, Pedroso L, Almeida SEM, Oberg TD. Proposta de um protocolo para reabilitação vestibular em vestibulopatias periféricas. Fisioter. Mov. 2010;23(1):83-91.

27. Tsukasmoto HF, Costa VSP, Silva Junior RA, Pelosi GG, Marchiori LLM, Vaz CRS et al. Effectiveness of a Vestibular Rehabilitation Protocol to improve the health-related quality of life and postural balance in patients with vertigo. Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2015;19(3):238-47.
-2828. Zanardini FH, Zeigelboim BS, Jurkiewicz AL, Marques JM, Martins-Basseto J. Reabilitação vestibular em idosos com tontura. Pró-Fono R. Atual. Cientif. 2007;19(2):177-84. sobre o tema. Entretanto, esse contexto parece estar restrito às universidades, ainda no campo da pesquisa, pois em revisão sistemática2929. Lopes AA, Lemos SMA, Chagas CA, Araújo SG, Santos JN. Scientific evidence of vestibular rehabilitation in primary health care: a systematic review. Audiol., Commun. Res. 2018;23:e2032. sobre a efetividade da reabilitação vestibular em Atenção Primária à Saúde, não foram identificados estudos brasileiros, indicando que no Brasil a RFV parece ainda estar restrita à academia.

Verificou-se amplo uso do protocolo Cawthorne e Cooksey66. Bittar RSM, Pedalini MEB, Medeiros IRT, Bottino MA, Bento RF. Reabilitação vestibular na criança: estudo preliminar. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2002;68(4):496-9.,77. Medeiros IRT, Bittar RSM, Pedalini MEB, Lorenzi MC, Kii MA, Formigoni LG. Avaliação do tratamento dos distúrbios vestibulares na criança através da posturografia dinâmica computadorizada: resultados preliminares. J. Pediatr. 2003;79(4):337-42.,1515. Longo IA, Nunes ADM, Rocha CH, Branco FM, Moreira RR, Neves-Lobo IF et al. Effects of a vestibular rehabilitation program on workers in the working environment: a pilot. Rev. CEFAC. 2018;20(3):304-12.

16. Macedo LB. Análise da eficácia da reabilitação vestibular em indivíduos idosos com queixa de tontura [course completion work]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialização em Audiologia; 2014.

17. Manso A, Ganança MM, Caovilla EH. Vestibular rehabilitation with visual stimuli in peripheral vestibular disorders. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2016;82(2):232-41.
-1818. Mantello RB, Morigutti JC, Rodrigues-Junior AL, Ferrioli E. Vestibular rehabilitation's effect over the quality of life of geriatric patients with labyrinth disease. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2008;74(2):172-80.,2121. Nishino LK, Ganança CF, Manso A, Campos CAH, Korn GP. Personalized vestibular rehabilitation: medical chart survey with patients seen at the ambulatory of otoneurology of I.S.C.M.S.P. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2005;71(4):440-7.

22. Patatas OHG, Ganança CF, Ganança FF. Quality of life of individuals submitted to vestibular rehabilitation. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2009;75(3):387-94.

23. Ribeiro ASB, Pereira JS. Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de queda em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2005;71(1):38-46.

24. Ricci NA. Efeitos da reabilitação vestibular no equilíbrio corporal de idosos vestibulopatas crônicos: ensaio clínico randomizado [Dissertation]. São Paulo (SP): Universidade Federal de São Paulo; 2013.

25. Rocha Junior PR, Kozan ES, Moraes JF, Pereira FG, Moreno AB. Reabilitação vestibular na qualidade de vida e sintomatologia de tontura de idosos. Ciênc. Saúde Colet. 2014;19(8):3365-74.

26. Rogatto ARD, Pedroso L, Almeida SEM, Oberg TD. Proposta de um protocolo para reabilitação vestibular em vestibulopatias periféricas. Fisioter. Mov. 2010;23(1):83-91.

27. Tsukasmoto HF, Costa VSP, Silva Junior RA, Pelosi GG, Marchiori LLM, Vaz CRS et al. Effectiveness of a Vestibular Rehabilitation Protocol to improve the health-related quality of life and postural balance in patients with vertigo. Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2015;19(3):238-47.
-2828. Zanardini FH, Zeigelboim BS, Jurkiewicz AL, Marques JM, Martins-Basseto J. Reabilitação vestibular em idosos com tontura. Pró-Fono R. Atual. Cientif. 2007;19(2):177-84., o que possivelmente decorra do fato deste protocolo restabelecer o equilíbrio dinâmico e a orientação espacial, abrangendo tanto os movimentos oculares como os movimentos de cabeça em várias direções. Além disto, estimula os movimentos dos membros e tronco para treinar o equilíbrio dinâmico1616. Macedo LB. Análise da eficácia da reabilitação vestibular em indivíduos idosos com queixa de tontura [course completion work]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialização em Audiologia; 2014..

De forma geral, os protocolos e estratégias selecionados pelos estudos do Quadro 1 estimularam primordialmente um ou outro dos pilares do sistema vestibular. O sistema vestibular e visual são prioritariamente estimulados no protocolo de Cawthorne e Cooksey, com destaque para o movimento ocular, de cabeça e tronco1616. Macedo LB. Análise da eficácia da reabilitação vestibular em indivíduos idosos com queixa de tontura [course completion work]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialização em Audiologia; 2014., e pelas estratégias de realidade virtual1919. Martini APR. Treino de equilíbrio e marcha em indivíduos hemiplégicos por acidente vascular cerebral utilizando realidade virtual [course work completion]. Santa Maria (RS): Universidade Federal de Santa Maria; 2012.. Já o sistema somatossensorial é privilegiado na estratégia de integração sensorial2626. Rogatto ARD, Pedroso L, Almeida SEM, Oberg TD. Proposta de um protocolo para reabilitação vestibular em vestibulopatias periféricas. Fisioter. Mov. 2010;23(1):83-91.. Novamente isso parece estar atrelado ao fato de que os estudos existentes e publicados foram restritos à pesquisa, quando apenas um elemento é focado, buscando a compreensão do impacto desse elemento sobre os demais.

Com relação à idade dos participantes dos estudos, não houve uniformidade nas classificações das faixas etárias, sendo a idade de 16 anos considerado “criança”2222. Patatas OHG, Ganança CF, Ganança FF. Quality of life of individuals submitted to vestibular rehabilitation. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2009;75(3):387-94. e “adulto”3030. McCoy SW, Jirikowic T, Price R, Ciol MA, Hsu LY, Dellon B et al. Virtual Sensorimotor Balance Training for children with fetal alcohol spectrum disorders: feasibility study. Phys Ther. 2015;95(11):1569-81.. Da mesma forma, alguns estudos consideram a idade acima de 60 anos “adulto”1919. Martini APR. Treino de equilíbrio e marcha em indivíduos hemiplégicos por acidente vascular cerebral utilizando realidade virtual [course work completion]. Santa Maria (RS): Universidade Federal de Santa Maria; 2012.

20. Morezetti PG, Ganança CF, Chiari BM. Comparação de diferentes protocolos de reabilitação vestibular em pacientes com disfunções vestibulares periféricas. J. Soc. Bras. Fonoaudiol. 2011;23(1):44-50.

21. Nishino LK, Ganança CF, Manso A, Campos CAH, Korn GP. Personalized vestibular rehabilitation: medical chart survey with patients seen at the ambulatory of otoneurology of I.S.C.M.S.P. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2005;71(4):440-7.
-2222. Patatas OHG, Ganança CF, Ganança FF. Quality of life of individuals submitted to vestibular rehabilitation. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2009;75(3):387-94.,2727. Tsukasmoto HF, Costa VSP, Silva Junior RA, Pelosi GG, Marchiori LLM, Vaz CRS et al. Effectiveness of a Vestibular Rehabilitation Protocol to improve the health-related quality of life and postural balance in patients with vertigo. Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2015;19(3):238-47.,3131. Mirelman A, Herman T, Nicolai S, Zijlstra A, Zijlstra W, Becker C et al. Audio-Biofeedback Training for posture and balance in patients with Parkinson's disease. J. Neuroengineering Rehabil. 2011;8(35):1-7., enquanto outros consideram a idade de 60 anos como limite inferior para considerar o sujeito “idoso”2323. Ribeiro ASB, Pereira JS. Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de queda em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2005;71(1):38-46.

24. Ricci NA. Efeitos da reabilitação vestibular no equilíbrio corporal de idosos vestibulopatas crônicos: ensaio clínico randomizado [Dissertation]. São Paulo (SP): Universidade Federal de São Paulo; 2013.
-2525. Rocha Junior PR, Kozan ES, Moraes JF, Pereira FG, Moreno AB. Reabilitação vestibular na qualidade de vida e sintomatologia de tontura de idosos. Ciênc. Saúde Colet. 2014;19(8):3365-74..

O sistema do equilíbrio corporal, cujo desenvolvimento acontece ao longo da vida, tem peculiaridades em cada fase, as quais são relevantes e devem ser consideradas. Por exemplo, alterações no EC predispõe o idoso à queda, enquanto para a criança, o sistema vestibular representa um regulador e mediador para novas aprendizagens motoras3232. BRAZIL. Law 8,069, of July 13, 1990. Provides for the Statute of Children and Adolescents and provides other measures. Official Gazette of the Federative Republic of Brazil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/lei...
. Adotar uma classificação consolidada, como a prevista pelo Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8069/1990)3232. BRAZIL. Law 8,069, of July 13, 1990. Provides for the Statute of Children and Adolescents and provides other measures. Official Gazette of the Federative Republic of Brazil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/lei...
pode prevenir vieses de pesquisa, atribuindo maior confiabilidade.

Outro destaque é que a partir da união dos estudos selecionados (Quadro 1) com participação de adultos e idosos, muitos com sobreposição das idades (idades semelhantes), verificou-se que 67,76% dos estudos selecionados tratam desse público. Isso confirma que a ocorrência das queixas e sintomas otoneurológicos prevalecem entre as faixas etárias maiores3333. Caovilla HH, Ganança CF, Ganança MM. Avaliação do equilíbrio corporal. Conceituação e aplicação clínica. In: Boéchat EM, Menezes PL, Couto CM, Frizzo ACF, Scharlach RC, Anastacio ART, editors. Tratado de Audiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. p.300-9., enquanto o público infantil, apesar de apresentar sintomas semelhantes, apresentam dificuldades para identificá-los e expressá-los3434. Bohlsen YA, Martins MC. Avaliação vestibular da criança. In: Boéchat EM, Menezes PL, Couto CM, Frizzo ACF, Scharlach RC, Anastacio ART, editors. Tratado de Audiologia: Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. p.551-9..

De acordo com o Guia de Orientação sobre atuação do fonoaudiólogo em avaliação e reabilitação do equilíbrio corporal3535. Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia. Guia de Orientação - Atuação do Fonoaudiólogo em avaliação e reabilitação da função vestibular. 2017., o tempo de tratamento é variável e dependerá do quadro otoneurológico, existência de comorbidades, idade e o período em que a intervenção terapêutica foi iniciada. A análise dos estudos do Quadro 1 parece fortalecer esta colocação, uma vez que houve bastante variabilidade nos tempos de duração dos programas apresentados.

No programa de treinamento do EC proposto no Quadro 2, foram elaboradas atividades dirigidas e lúdicas conforme indicam alguns autores1111. Lofti Y, Rezazadeh N, Moossavi A, Haghgoo HA, Moghadam SF, Pishyareh E et al. Introduction of pediatric balance therapy in children with vestibular dysfunction: review of indications, mechanisms, and key Exercises. Iran. Rehabil. J. 2016;14(1):5-14., sendo que as primeiras foram progressivamente aumentando o grau de dificuldade88. Leong DF, Master CL, Messner LV, Pang Y, Smith C, Starling AJ. The effect of saccadic training on early reading fluency. Clin. Pediatr. 2014;53(9):858-64.,1212. Jafarlou F, Jarollahi F, AhadI M, Sadeghi-Firoozabadi V, Haghani H. Oculomotor rehabilitation in children with dyslexia. Med. J. Islam. Repub. Iran. 2017;31(125):1-9.

13. Ebrahimi AA, Jamishidi AA, Movallari G, Rahgozar M, Haghgoo HA. The effect of Vestibular Rehabilitation Therapy Program on sensory organization of deaf children with bilateral vestibular dysfunction. Acta Med. Iran. 2017;55(11):683-9.
-1414. Garcia AP, Ganança MM, Cusin FS, Tomaz A, Ganança FF, Caovilla HH. Vestibular rehabilitation with virtual reality in Ménière's disease. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2013;79(3):366-74..

O presente programa dedica-se à aplicação especialmente para o público infantil, que de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente3232. BRAZIL. Law 8,069, of July 13, 1990. Provides for the Statute of Children and Adolescents and provides other measures. Official Gazette of the Federative Republic of Brazil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
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são os indivíduos até 12 anos incompletos. Entretanto, as atividades exigem certa demanda motora e cognitiva, além da participação ativa da criança, não sendo indicadas para menores de quatro anos1111. Lofti Y, Rezazadeh N, Moossavi A, Haghgoo HA, Moghadam SF, Pishyareh E et al. Introduction of pediatric balance therapy in children with vestibular dysfunction: review of indications, mechanisms, and key Exercises. Iran. Rehabil. J. 2016;14(1):5-14..

Assim como em outros estudo3636. Alahamari KA, Sparto PJ, Marchetti GF, Redfern MS, Furman JM, Whitney S. Comparison of Virtual Reality Based Therapy with Customized Vestibular Physical Therapy for the treatment of vestibular disorders. IEEE Trans. Neural Syst. Rehabil. Eng. 2014;22(2):389-99.

37. Marioni G, Fermo S, Lionello M, Fasanaro E, Giacomelli L, Zanon S et al. Vestibular rehabilitation in elderly patients with central vestibular dysfunction: a prospective, randomized pilot study. Age Ageing. 2013;35(6):2315-27.
-3838. Ozgen G, Karapolat H, Akkoc Y, Yuceyar N. Is customized vestibular rehabilitation effective in patients with multiple sclerosis? A randomized controlled trial. Eur. J. Phys. Rehabil. Med. 2016;52(4):466-78., propôs-se um programa utilizando a combinação de estratégias tanto nas atividades dirigidas como nas lúdicas. Entretanto, apenas no presente estudo foram estimulados todos os sistemas do EC, atribuindo a este programa um caráter inédito de intervenção integral.

Conclusão

A partir das variáveis analisadas nesta revisão integrativa, especialmente quanto ao protocolo ou estratégia utilizada para a reabilitação da função vestibular, conclui-se que nenhum estudo propôs a estimulação dos três sistemas do EC, havendo destaque para um ou dois destes sistemas, a depender do estudo. Ainda, a falta de padronização encontrada nas variáveis analisadas, indicou não existir uniformidade no que diz respeito à reabilitação da função vestibular de crianças, adultos e idosos.

No presente estudo elaborou-se um programa de treinamento do equilíbrio corporal, cujos domínios foram adotados com base na revisão integrativa, ganhando destaque o fato de que a aplicação deste programa na íntegra garante a estimulação dos três sistemas que compõem o EC. Considerando a carência de programas de reabilitação da função vestibular para crianças, estima-se que este estudo tenha contribuído para ampliar as possibilidades nesta área.

Como sugestão para estudos vindouros, considera-se que a aplicação deste programa junto ao público infantil representará um passo importante para a reabilitação fonoaudiológica e áreas afins.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Abr 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    07 Out 2020
  • Aceito
    25 Fev 2021
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