RESUMO - Variedades de feijão-caupi mais competitivas com plantas daninhas, isoladamente, não serão suficientes para controlar plantas daninhas. Entretanto, a adoção de variedades mais competitivas, juntamente com outras práticas culturais, incluindo densidade de plantio e capinas, propiciará maior controle das plantas daninhas, além de permitir mais tempo ao agricultor para efetuar esse controle. Este trabalho teve os objetivos: a) identificar, em avaliação preliminar (E-1), variedades mais competitivas com plantas daninhas, com base no rendimento de grãos secos; b) dentre as variedades mais competitivas identificadas, distinguir as mais produtivas em termos dos rendimentos de grãos verdes e secos (E-2). As sementes utilizadas em E-1 foram obtidas de produtores, tomados aleatoriamente, em cada um de 48 municípios do Estado do Rio Grande do Norte. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso com cinco repetições. Em E-2, foram avaliadas, no delineamento de blocos ao acaso com cinco repetições, as doze variedades que apresentaram os maiores rendimentos de grãos em E-1. Nas duas avaliações, uma só capina foi realizada, aos 30 dias após a semeadura. Em E-1, são superiores as variedades Umarizal, Itaú, Upanema, Lagoa de Pedras, José da Penha e São Tomé. O segundo experimento indicou que a variedade Umarizal é a mais produtiva em termos dos rendimentos de vagens e de grãos verdes. As variedades não diferem quanto ao rendimento de grãos secos. A variedade Umarizal possui potencial para ser utilizada para produção de vagens e grãos verdes e grãos secos. A avaliação preliminar é eficiente em discriminar variedades superiores.
Palavras-chave:
Vigna unguiculata
; Variedades tradicionais; Grãos imaturos; Grãos maduros; Feijão-macassar