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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 43, Número: 8, Publicado: 2021
  • Gynecologists and Obstetricians Working Group to Face the COVID-19 Pandemic in Brazil: Successful Experience to be Followed Editorial

    Quintana, Silvana Maria; Duarte, Geraldo
  • Lacerações perineais: um estudo retrospectivo em uma maternidade pública de risco habitual Original Article

    Domenighi, Lauro Henrique Heinsch; Weinmann, Angela Regina Maciel; Haeffner, Leris Salete Bonfanti; Feltrin, Marcelo Lorensi

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Aproximadamente 85% dos partos vaginais cursam ou com lacerações perineais e/ou com episiotomia. Este estudo objetivou determinar a incidência de lacerações e episiotomias das parturientes de 2018 de uma maternidade pública de risco habitual, no sul do Brasil, bem como determinar os fatores de risco e proteção para tais eventos. Métodos Estudo transversal retrospectivo, no qual os dados foram obtidos dos prontuários e analisados no programa Stata. Realizaram-se regressões logísticas uni e multivariada. Foram considerados como significantes valores de p<0,05. Resultados Em 2018, aconteceram 525 partos vaginais, sendo 27,8% assistidos por médicos obstetras, 70,7%, por enfermeiros obstetras, e 1,5% evoluíram sem assistência. Ao todo, 55,2% das parturientes apresentaram algum grau de laceração. O profissional que assistiu ao parto foi uma variável que demonstrou significância: um maior número de lacerações de primeiro e segundo graus, bem como casos de maior gravidade, ocorreram em partos assistidos por enfermeiros (razão de probabilidades [RP]: 2,95; intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: 1,74 a 5,03). Posições ao nascimento que não permitiam técnicas de proteção perineal (período expulsivo na técnica “sem mãos” [hands off, em inglês]), quando analisadas isoladamente, determinaram o risco; contudo, no modelo final de regressão, essa relação não se confirmou. Apesar de relatada na literatura, não houve associação entre a ocorrência de laceração e a idade, a cor da pele, ou o peso de nascimento. Em 24% dos partos, uma episiotomia foi realizada, tendo os médicos executado 63,5% delas. Conclusão Partos assistidos por enfermeiros resultaram em um maior risco de lacerações perineais, de variados graus. Por sua vez, os assistidos por médicos apresentaram maior ocorrência de episiotomia.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective In around 85% of vaginal births, the parturients undergo perineal lacerations and/or episiotomy. The present study aimed to determine the incidence of lacerations and episiotomies among parturients in 2018 in a habitual-risk public maternity hospital in southern Brazil, and to determine the risk and protective factors for such events. Methodology A retrospective cross-sectional study. Data were obtained from medical records and analyzed using the Stata software. Univariate and multivariate logistic regressions were performed. Values of p<0.05 were considered significant. Results In 2018, there were 525 vaginal births, 27.8% of which were attended by obstetricians, 70.7% by obstetric nurses, and 1.5% evolved without assistance. Overall, 55.2% of the parturients had some degree of laceration. The professional who attended the birth was a significant variable: a greater number of first- and second-degree lacerations, as well as more severe cases, occurred in births attended by nurses (odds ratio [OR]: 2,95; 95% confidence interval [95%CI]: 1,74 to 5,03). Positions at birth that did not enable perineal protection techniques (expulsive period with the “hands-off” method), when analyzed in isolation, determined the risk; however, in the final regression model, this relationship was not confirmed. Although reported in the literature, there were no associations between the occurrence of laceration and age, skin color, or birth weight. In 24% of the births, episiotomy was performed, and doctors performed 63.5% of them. Conclusion Births attended by nurses resulted in an increased risk of perineal lacerations, of varying degrees. In turn, those assisted by physicians had a higher occurrence of episiotomy.
  • COVID-19 na gravidez: implicações nas plaquetas e índices sanguíneos Original Article

    Nori, Wassan; Hameed, Ban Hadi; Thamir, Asmaa Rajih; Fadhil, Amenah

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Descrever as alterações hematológicas, em particular os índices plaquetários em gestantes com doença coronavírus 2019 (COVID-19) em comparação com gestantes saudáveis. Métodos Estudo caso-controle retrospectivo realizado no Hospital Universitário Al Yarmouk, em Bagdá, Iraque envolvendo 100 gestantes, 50 com DNA viral positivo para COVID-19 (grupo caso) e 50 com resultados negativos (grupo controle); ambos os grupos foram submetidos a uma avaliação hematológica completa. Resultados Entre as principais variáveis hematológicas analisadas, os índices plaquetários, nomeadamente o volume plaquetário médio (VPM) e a largura de distribuição plaquetária (PDW), apresentaram diferenças estatisticamente significativas (VPM: 10,87±66,92 fL para o grupo caso versus 9,84±1.2 fL para o o grupo controle; PDW: 14,82±3,18 fL para o grupo caso versus 13,3±2,16 fL para os controles). O valor de critério da curva de característica de operação do receptor (ROC) para PDW em um ponto de corte de> 11,8 fL mostrou um marcador diagnóstico fraco, enquanto o do VPM emumvalor de corte de> 10,17 fL mostrou um bom marcador de diagnóstico. Conclusão OMPVe PDWsão significativamente afetados por esta infecção viral, mesmo em casos confirmados assintomáticos, e recomendamos que ambos os parâmetros sejam incluídos no painel de diagnóstico desta infecção.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To describe the hematological changes, the platelet indices in particular, in pregnant women with coronavirus disease 2019 (COVID-19) compared to healthy pregnant women. Methods A retrospective case-control study conducted at the Al Yarmouk Teaching Hospital, in Baghdad, Iraq, involving 100 pregnant women, 50 with positive viral DNA for COVID-19 (case group), and 50 with negative results (control group); both groups were subjected to a thorough hematological evaluation. Results Among the main hematological variables analyzed, the platelet indices, namely the mean platelet volume (MPV) and the platelet distribution width (PDW), showed statistically significant differences (MPV: 10.87±66.92 fL for the case group versus 9.84±1.2 fL for the control group; PDW: 14.82±3.18 fL for the case group versus 13.3±2.16 fL for the controls). The criterionvalue of the receiver operating characteristic (ROC) curve forPDWat a cutoffpoint of>11.8 fL showed a weak diagnostic marker, while the MPV at a cutoff value of>10.17 fL showed a good diagnostic marker. Conclusion The MPV and PDW are significantly affected by the this viral infection, even in asymptomatic confirmed cases, and we recommend that both parameters be included in the diagnostic panel of this infection.
  • Concordância entre o diagnóstico clínico e laboratorial de corrimento vaginal anormal em mulheres chilenas Original Article

    Melo, Angélica; Ossa, Ximena; Fetis, Giselle; Lazo, Lorena; Bustos, Luis; Fonseca-Salamanca, Flery

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Determinar a concordância entre o diagnóstico clínico de mulheres com corrimento vaginal anormal (AVD) e os resultados laboratoriais por meio da detecção molecular e observação da microbiota vaginal. Métodos Estudo transversal realizado em 2018 em Temuco, Chile. Participaram 25 parteiras de 12 centros de saúde. Um total de 125 mulheres>18 anos, voluntárias, foramrecrutadas. A amostra do fórnice vaginal posterior foi obtida por especuloscopia. Foram observadas características da secreção e da genitália externa e interna. A coloração de Gram foi usada para observar a microbiota vaginal, blastoconídios e pseudo-hifas, e a reação em cadeia da polimerase foi usada para a detecção de Trichomonas vaginalis e Candida albicans. O coeficiente kappa de Cohen foi usado na análise de concordância. Resultados De um total de 125 mulheres com AVD, 85,6% consultaram espontaneamente e 14,4% foram diagnosticados clinicamente durante um check-up de rotina. A concordância absoluta foi significativa (p=0,0012), com concordância de 13,6%. A concordância relativa foi significativa, mas razoável para vaginose bacteriana (Kappa =0,21; p=0,003) e candidíase (Kappa=0,22; p=0,001), e leve para tricomoníase (Kappa=0,14; p=0,009). O percentual de coincidência dos diagnósticos (solteiros ou mistos) por laboratório e parteiras foi: vaginose bacteriana 63,2% (12/19), candidíase 36,5% (27/74) e tricomoníase 12,5% (4/32). Houve 20% de coinfecção. Umtotal de 36% dos diagnósticos clínicos de AVD tiveram exames laboratoriais negativos. Conclusão As condições de vulvovaginite candidíase e tricomoníase parecem ser sobrediagnosticadas, e a vaginose bacteriana parece ser subdiagnosticada pelo diagnóstico clínico quando comparado com o diagnóstico laboratorial. A baixa concordância obtida mostra a importância de complementar o diagnóstico clínico comestudo laboratorial de AVD, principalmente emmulheres com falha de tratamento e / ou coinfecções com sinais e sintomas inespecíficos e variáveis.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To determine the concordance between the clinical diagnosis of women with abnormal vaginal discharge (AVD) and laboratory results using molecular detection and observation of the vaginal microbiota. Methods Cross-sectional study conducted in 2018 in Temuco, Chile. A total of 25 midwives from 12 health centers participated. A total of 125 women>18 years old, volunteers, were recruited. The sample of the posterior vaginal fornix was obtained by speculoscopy. Characteristics of the discharge and of the external and internal genitalia were observed. Gram staining was used to observe vaginal microbiota, blastoconidia and pseudohyphae, and polymerase chain reaction was used for the detection of Trichomonas vaginalis and Candida albicans. The Cohen kappa coefficient was used in the concordance analysis. Results Out of a total of 125 women with AVD, 85.6% consulted spontaneously and 14.4% were diagnosed clinically during a routine check-up. Absolute concordance was significant (p=0.0012), with an agreement of 13.6%. The relative concordance was significant, but fair for bacterial vaginosis (Kappa=0.21; p=0.003) and candidiasis (Kappa=0.22; p=0.001), and slight for trichomoniasis (Kappa=0.14; p=0.009). The percentage of coincidence of the diagnoses (single or mixed) by laboratory and midwives was: bacterial vaginosis 63.2% (12/19), candidiasis 36.5% (27/74), and trichomoniasis 12.5% (4/32). There was 20% coinfection. A total of 36% of the clinical diagnoses of AVD had negative laboratory tests. Conclusion The vulvovaginitis conditions candidiasis and trichomoniasis appear to be overdiagnosed, and bacterial vaginosis appears to be underdiagnosed by the clinical diagnosis when compared with the laboratory diagnosis. The low concordance obtained shows the importance of complementing the clinical diagnosis with a laboratory study of AVD, particularly in women with failed treatments and/or coinfections with unspecific and varying signs and symptoms.
  • Impacto da progesterona plasmática no dia da transferência de embriões congelados em ciclos induzidos por hormônios Original Article

    Metello, José; Tomás, Claudia; Ferreira, Pedro; Bravo, Iris; Branquinho, MaryJo; Santos-Ribeiro, Samuel

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar se existe alguma relação entre os valores plasmáticos de progesterona no dia da transferência de um blastocisto desvitrificado em ciclos hormonalmente substituídos e a taxa de gravidez, aborto ou nascido vivo. Métodos Estudo observacional, ambispectivo, incluindo todos os ciclos de transferência de blastocistos congelados no nosso departamento, entre maio de 2018 e junho de 2019. Avaliou-se a taxa de gravidez e de nascidos vivos após 24 semanas de gestação. Os grupos foram comparados de acordo com os valores de progesterona plasmáticos dosados no dia da transferência do blastocisto: comparou-se o 1° quartil com os outros e depois os 2° e 3° quartis com o 4°. Resultados Avaliaram-se 140 transferências: 87 com β gonadotrofina coriônica humana (β-HCG)>10 IU/L (62%), 50 das quais terminaram em nascido vivo (36% do total), enquanto 37 tiveram um aborto (42% das gravidezes). Verificou-se uma tendência para menor número de recém-nascidos nas transferências com níveis de progesterona no 1° quartil (<10.7ng/mL) (26 versus 39%; p>0.05) e ummaior número de abortos (64 versus 33%; p<0.01). Comparando o 2° e 3° quartis com o 4°, verificouse que nos casos em que a progesterona estava acima do percentil 75, apesar de uma taxa de gravidez semelhante (60 versus 57%; p>0.05), houve uma tendência para uma maior taxa de nascidos vivos (43 versus 31%; p>0.05) emenor número de abortos (28 versus 45%; p>0.05) abaixo do percentil 75. Estas diferenças não foram estatisticamente significativas. Conclusão Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas para taxa de gravidez e de nascido vivo. A taxa de aborto foi maior no primeiro quartil.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To establish a relationship between serum progesterone values on the day of frozen blastocyst transfer in hormone-replaced cycles with the probability of pregnancy, miscarriage or delivery. Methods This was an ambispective observational study including all frozen-thawed embryo transfer cycles performed at our department following in vitro fecundation from May 2018 to June 2019. The outcomes evaluated were β human chorionic gonadotropin (β-hCG)-positive pregnancy and delivery. Groups were compared according to the level of serum progesterone on the day of embryo transfer: the 1st quartile of progesterone was compared against the other quartiles and then the 2nd and 3rd quartiles against the 4th quartile. Results A total of 140 transfers were included in the analysis: 87 with β-HCG>10 IU/L (62%), of which 50 (36%) delivered and 37 had a miscarriage (42%).Women with lower progesterone levels (< 10.7ng/mL) had a trend toward higher β-HCG-positive (72 versus 59%; p>0.05), lower delivery (26 versus 39%; p>0.05) and higher miscarriage rates (64 versus 33%; p<0.01). Comparing the middle quartiles (P25-50) with those above percentiles 75, the rate of pregnancy was similar (60 versus 57%; p>0.05), although there was a trend toward a higher number of deliveries (43 versus 31%; p>0.05) and a lower number of miscarriages (28 versus 45%; p>0.05). These differences were not statistically significant. Conclusion There were no differences in pregnancy and delivery rates related with the progesterone level when measured in the transfer day. The miscarriage rate was higher in the 1st quartile group.
  • Perfil do rastreamento da síndrome hereditária de câncer de mama e ovário em mulheres diagnosticadas com câncer de mama na região sudoeste do Paraná Original Article

    Moura, Juliana Batista de; Ghedin, Carla Camila; Takakura, Érika Tomie; Scandolara, Thalita Basso; Rech, Daniel; Panis, Carolina

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Este estudo avaliou o risco da síndrome hereditária de câncer de mama e ovário (HBOC, na sigla em inglês) em pacientes com câncer de mama utilizando a ferramenta Familial History Screening 7 (FHS-7), um questionário validado de baixo custo e com alta sensibilidade capaz de rastrear o risco de HBOC na população. Métodos Mulheres diagnosticadas com câncer de mama (n=101) assistidas pelo Sistema Único de Saúde da 8ª Regional de Saúde do estado do Paraná responderam ao questionário FHS-7, e os resultados foram analisados pelo software IBM SPSS for Windows, Version 25.0. (IBM Corp., Armonk, NY, EUA). Resultados A ocorrência do risco de HBOC foi de 19,80% (n=20). Pacientes em risco exibiram características agressivas do tumor como tumores de alto grau (30%), presença de êmbolos angiolinfáticos (35%) e pré-menopausa ao diagnóstico (50%). Associações significantes foram observadas entre a prevalência de tumores de alto grau e diagnóstico abaixo de 50 anos no grupo HBOC (p=0.003). Conclusão Nossos achados sugerem uma possível herança familiar associada a piores características clínicas em mulheres com câncer de mama nessa população, indicando que a investigação de HBOC pode ser realizada, inicialmente, com instrumentos de baixo custo, como o FHS-7.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective This study evaluated the risk of the hereditary breast and ovarian cancer (HBOC) syndrome in patients with breast cancer by using the Family History Screening 7 (FHS-7) tool, a validated low-cost questionnaire with high sensitivity able to screen the HBOC risk in the population. Methods Women diagnosed with breast cancer (n=101) assisted by the Unified Health System at the 8th Regional Health Municipal Office of the state of Paraná answered the FHS-7, and the results were analyzed using IBM SPSS Statistics for Windows, Version 25.0. software (IBM Corp., Armonk, NY, USA). Results The risk of HBOC was 19.80% (n=20). Patients at risk exhibited aggressive tumor characteristics, such as high-grade tumors (30%), presence of angiolymphatic emboli (35%), and premenopausal at diagnosis (50%). Significant associations between the prevalence of high-grade tumors were observed inwomen younger than 50 years at diagnosis with HBOC (p=0.003). Conclusion Our findings suggest a possible family inheritance associated with worse clinical features in women with breast cancer in this population, indicating that HBOC investigation can be initially performed with low-cost instruments such as FHS-7.
  • Capacitando preceptores de residentes em Ginecologia e Obstetrícia pelo modelo One-minute Preceptor Original Article

    Machado, Michelle Araújo; Medeiros, Elaine Lira

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Analisar o efeito de uma capacitação no modelo One-Minute Preceptor para preceptores que atuam no setor de urgência de uma maternidade escola. Métodos Estudo de intervenção, quantitativo, realizado com preceptores de residência em Ginecologia e Obstetrícia de uma maternidade escola do Nordeste brasileiro. Três etapas foram realizadas: 1) questionário pré-intervenção com os residentes; 2) planejamento e execução de um curso de capacitação pedagógica para os preceptores, que envolveu uma aula expositiva dialogada e dramatização sobre o modelo One-Minute Preceptor; e 3) trinta dias após a intervenção, os residentes responderam a outro questionário sobre a aplicação, a repercussão e as vantagens do modelo. Resultados Na avaliação de ensino dos residentes pré-intervenção, os resultados mostraram que 91,7% concordaram que existiam divergências quanto a metodologia de ensino entre os preceptores. Após a capacitação, todos os preceptores concordaram que o método envolve o aluno no processo de tomada de decisão, e que aplicariam o método na sua rotina no setor de urgência. Os resultados pós-intervenção mostraram que 95,8% concordam que o modelo é mais atratente do que as abordagens de ensino tradicionais. Para 70,9% dos residentes, houve uma percepção de melhora da aprendizagem; além disso, observou-se uma mudança siginificativa do recebimento de feedback antes e após a implantação do modelo, de 20,8% para 66,7%. Conclusão A capacitação de preceptores nomodelo One Minute Preceptor mostrou-se eficiente no fornecimento de feedback formativo aos residentes no setor de urgência de uma maternidade escola. Novos estudos serão necessários para avaliar a consolidação da metodologia em longo prazo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To analyze the effect of the One-minute Preceptor model for preceptors who work at the emergency department of a maternity teaching hospital. Methods A quantitative intervention study conducted with Obstetrics and Gynecology residency preceptors at amaternity teaching hospital in northeastern Brazil. Three stages were performed: 1) a preintervention survey with the residents; 2) planning and execution of a pedagogical training course for the preceptors, which involved a lecture and a dramatization about the One-Minute Preceptor model; and 3) thirty days after the intervention, the residents answered another survey about the model and its repercussions and advantages. Results The preintervention assessment with the residents showed that 91.7% agreed that there were discrepancies regarding the teaching model among the preceptors. After the training, all preceptors agreed that the model engages the student in the decision-making process, and that they would apply it to their routine. The postintervention results showed that 95.8% agreed that themodel ismore inviting than traditional teaching approaches. There was a perception of improvement in learning among 70.9% of the residents. In addition, the present study found a significant change in feedback before and after implementing the model, from 20.8% to 66.7%. Conclusion The training course of preceptors in the One-Minute Preceptor model proved to be efficient in providing formative feedback to residents in the emergency department of a maternity school. Further studies are needed to assess the consolidation of the methodology in the long term.
  • Cuidado expectante versus cuidado intervencionista no tratamento da pré-eclâmpsia grave a distância: uma revisão sistemática Review Article

    Quintero-Ortíz, María Andrea; Grillo-Ardila, Carlos Fernando; Amaya-Guio, Jairo

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Comparar os efeitos dos cuidados expectantes versus intervencionistas no manejo de gestantes com pré-eclâmpsia grave distante do termo. Fontes de dados Foi realizada uma busca eletrônica no Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Excerpta Medica Database (EMBASE), Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS, para o espanhol) acrônimo), Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS-ICTRP) e bancos de dados OpenGrey. Foram pesquisados os sites da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO, por sua sigla em francês), do Royal College of Obstetricians e Ginecologistas (RCOG), do American College of Obstetricians e Ginecologistas (ACOG) e do Colombian Journal of Obstetrics and Gynecology (CJOG) procedimentos da conferência, sem restrições de idioma, até 25 de março de 2020. Seleção de estudos Ensaios clínicos randomizados (RCTs) e estudos controlados não randomizados (NRSs) foram incluídos. A abordagem de Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação (GRADE) foi usada para avaliar a qualidade da evidência. Coleta de dados Os estudos foram avaliados de forma independente quanto aos critérios de inclusão, extração de dados e risco de viés. As discordâncias foram resolvidas por consenso. Síntese de dados Quatro RCTs e seis NRS foram incluídos. Evidências de baixa qualidade dos ECRs mostraram que o cuidado expectante pode resultar em uma incidência menor de pontuações de aparência, pulso, careta, atividade e respiração (Apgar) <7 em 5 minutos (razão de risco [RR]: 0,48; intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: 0,23% a 0,99) e um peso médio ao nascer superior (diferença média [MD]: 254,7 g; IC 95%: 98,5 ga 410,9 g). Evidências de qualidade muito baixa dos NRSs sugeriram que os cuidados expectantes podem diminuir as taxas de morte neonatal (RR: 0,42; IC de 95% 0,22 a 0,80), doença da membrana hialina (RR: 0,59; IC de 95%: 0,40 a 0,87) e admissão à assistência neonatal (RR: 0,73; IC 95%: 0,54 a 0,99). Nenhuma diferença materna ou fetal foi encontrada para outros resultados perinatais. Conclusão Em comparação com o manejo intervencionista, o cuidado expectante pode melhorar os resultados neonatais sem aumentar a morbidade e mortalidade materna.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To compare the effects of expectant versus interventionist care in the management of pregnant women with severe preeclampsia remote from term. Data sources An electronic search was conducted in the Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Excerpta Medica Database (EMBASE), Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS, for its Spanish acronym), World Health Organization’s International Clinical Trials Registry Platform (WHO-ICTRP), and Open- Grey databases. The International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO, for its French acronym), Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG), American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), and Colombian Journal of Obstetrics and Gynecology (CJOG) websites were searched for conference proceedings, without language restrictions, up to March 25, 2020. Selection of studies Randomized clinical trials (RCTs), and non-randomized controlled studies (NRSs) were included. The Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation (GRADE) approach was used to evaluate the quality of the evidence. Data collection Studies were independently assessed for inclusion criteria, data extraction, and risk of bias. Disagreements were resolved by consensus. Data synthesis Four RCTs and six NRS were included. Low-quality evidence from the RCTs showed that expectant care may result in a lower incidence of appearance, pulse, grimace, activity, and respiration (Apgar) scores<7 at 5 minutes (risk ratio [RR]: 0.48; 95% confidence interval [95%CI]: 0.23%to 0.99) and a higher average birth weight (mean difference [MD]: 254.7 g; 95%CI: 98.5 g to 410.9 g). Very low quality evidence from the NRSs suggested that expectant care might decrease the rates of neonatal death (RR: 0.42; 95%CI 0.22 to 0.80), hyalinemembrane disease (RR: 0.59; 95%CI: 0.40 to 0.87), and admission to neonatal care (RR: 0.73; 95%CI: 0.54 to 0.99). Nomaternal or fetal differences were found for other perinatal outcomes. Conclusion Compared with interventionist management, expectant care may improve neonatal outcomes without increasing maternal morbidity and mortality.
  • Hereditary determinants of gynecological cancer and recommendations Febrasgo Position Statement

    Carvalho, Jesus Paula; Carvalho, Filomena Marino; Chami, Anisse Marques; Silva Filho, Agnaldo Lopes da; Primo, Walquíria Quida Salles Pereira
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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