RESUMO
Objetivo:
neste ensaio, analisamos raízes da exaustão de trabalhadoras brasileiras como realidade anterior à pandemia da COVID-19 a partir do método do materialismo histórico dialético para articularmos o conceito de reprodução social à teoria marxista da dependência de pensadores brasileiros.
Tese:
a partir dos conceitos de reprodução social e capitalismo dependente, apontamos como mesmo antes desta crise sanitária mundial, a sobrecarga de trabalhos, dentro e fora do espaço doméstico, já era uma realidade para mulheres brasileiras. Sugerimos que a superexploração, essencial ao capitalismo dependente, implica a intensificação crescente do tempo de trabalho de mulheres trabalhadoras brasileiras, ao mesmo tempo que a dependência nos relega a tarefa de reprodução social interna e externa no capitalismo mundializado.
Conclusões:
a ruptura com estes processos demanda a transformação radical da ordem social e sistema econômico vigentes, para a qual a organização política para cobrança de pagamento pelo Estado ao trabalho reprodutivo é passo importante no combate ao exaurimento de mulheres.
Palavras-chave:
tempo; capitalismo dependente; reprodução social; mulheres