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ANÁLISE ECONÔMICA DA INDUSTRIALIZAÇÃO PRIMÁRIA DA MADEIRA NA REGIÃO AMAZÔNICA

ECONOMIC ASSESSMENT FOR A SAWMILL CONSTRUCTION IN THE BRAZILIAN AMAZON

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo avaliar economicamente a implantação de uma serraria de grande porte nas cidades de Feijó ou Cruzeiro do Sul, situadas no Estado do Acre, com capacidade diária de produção de cinqüenta m3 de madeira serrada. Os custos e receitas inerentes a uma serraria deste porte foram obtidos no mercado local, onde será instalada a unidade processadora. Após a formação do fluxo de caixa, foram utilizadas as ferramentas de engenharia econômica, sendo que todos os métodos empregados apontaram para a viabilidade econômica desta unidade fabril.

Palavras-chaves:
Serraria; Madeira da Amazônia; Engenharia Econômica

ABSTRACT

This paper provides economical assessment for the construction of a large-scale production sawmill, to be built in Feijó or Cruzeiro do Sul, State of Acre, Brazil. The sawnmill is capable of processing fifty m3 of hardwood daily. A cash flow for the mill was made based in local market costs and revenues. Economical engineering instruments were applied in order to prove its economical feasibility.

Key words:
Sawnmill; Brazilian Amazonian wood; Economical Engineering

INTRODUÇÃO

O Brasil possui quase um terço das florestas tropicais úmidas da terra, o equivalente a 300 milhões de hectares, correspondendo a um potencial exportável estimado em pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos de madeira (Angelo, 1999ANGELO, H. Comércio de Madeiras Tropicais: Subsídios para a Sustentabilidade das Florestas Tropicais. Ministério do Meio Ambiente. Projeto UTF/BRA/047. Projeto TCP/BRA/6712. Brasília: 1999.59p.). Este fato, em consonância com a elevação dos preços nos mercados nacional e internacional ocorrido nas duas últimas décadas, o aumento do número de espécies exploráveis e da construção de novas rodovias, tem transformado a Amazônia na maior produtora de madeira processada do Brasil.

Por exemplo, na região de Paragominas, o número de empresas madeireiras aumentou de duas, com uma produção total de madeira processada de 8.600 m3 em 1970, para 238 empresas com uma produção total de mais de 1,2 milhão de m3 em 1990 (Veríssimo et al., 1992VERÍSSIMO. A.; BARRETO, P.; MATTOS, M.: TARIFA. R.; UHL, C. Loggi ng impacts and prospects for sustainable forest management in an old Amazonian frontier: the case of Paragominas. Forest Ecology and Management, v.55, p.169-199, 1992.). Nos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia, a contribuição da indústria de base florestal atinge de 15% a 20% do Produto Interno Bruto-PIB, enquanto no âmbito nacional este valor não chega a 2% (Stone, 2000STONE. W.S. Tendências Econômicas da Indústria Madeireira no Estado do Pará. Série Amazônica, n" 17. Belém: Imazon, 2000. 38p.).

Embora a indústria madeireira desempenhe um papel significativo na economia da região norte, as florestas tropicais devem ser manejadas a fim de garantir uma fonte sustentável de madeira para o futuro. Como ressalta Gerwing et al. (2000)GERWING, J.; VIDAL E.; VERÍSSIMO. A.: UHL, C. Rendimento no Processamento de Madeira no Estado do Pará. Série Amazônia n.18 - Belém: Imazon. 2000. 38 p., o manejo dos recursos florestais não está restrito apenas à floresta, mas também à eficiência no desdobro das toras em produtos finais (madeira serrada, lâminas, compensados etc.); pois, esse pode afetar significativamente a área de floresta necessária para satisfazer a demanda por madeira processada.

Portanto, o perfeito aproveitamento dos recursos florestais é um importante componente para o desenvolvimento social e econômico local, onde a necessidade de desenvolver uma indústria de madeira sustentável e economicamente viável conduz à avaliação dos mercados e à análise de novos investimentos. Dentro desse contexto, o objetivo do presente trabalho é realizar a avaliação econômica da implantação de uma serraria para efetuar o desdobro de madeira tropical (hardwood) no Estado do Acre.

MATERIAL E MÉTODOS

Localização e capacidade de produção da serraria

A localização do empreendimento situa-se na cidade de Feijó ou Cruzeiro do Sul, ou entre as duas cidades. A planta tem capacidade de serrar 50 m3 diários, em razão da recomendação do fabricante das máquinas, e do tipo de toras e produtos a serem obtidos.

Matéria Prima e produto

As toras processadas têm diâmetros máximo de 1,8 m e comprimento máximo de 6 m. O produto principal é madeira desdobrada na forma de pranchas de 3 m x 20 cm x 3 cm. No entanto, outros produtos como blocos, vigas, vigotes, caibros e ripas fazem parte do mix de produção.

Taxa Mínima de Atratividade - TMA e Horizonte de Planejamento - HP

A taxa de juros (Taxa Interna de Retorno) que o valor investido deve proporcionar, deve ser superior a uma taxa prefixada. Essa taxa de juros prefixados é chamada de Taxa Mínima de Atratividade - TMA (Hirschfeld, 1998HIRSCHFELD, H. Engenharia Econômica e Análise de Custos. 6.ed.. São Paulo: Atlas. 1998. 407p.). Para este estudo, a TMA utilizada para descontar os valores do fluxo de caixa foi de 12% a.a. (taxa mínima estimada, que leva em consideração o percentual de remuneração do capital investido, acompanhada da taxa de risco estimada para o setor florestal). O horizonte de planejamento adotado foi de quinze anos, em função da vida útil dos equipamentos. Entretanto, ocorrerão re-investimentos no quinto e décimo ano de alguns bens que possuem vida útil de 5 anos.

Determinação dos Custos

Os preços utilizados para mensurar os custos no presente estudo são preços médios tomados no mercado local do presente estudo. Os custos da madeira em tora são dados sobre produção sustentável pertinentes ao plano de manejo da Floresta Estadual do Antimari, Acre. Foram desconsiderados os valores com o reaproveitamento de resíduos dado o baixo preço da madeira na região. Utilizou-se apenas 1 turno de trabalho devido o tempo diário gasto com ajuste e revisão de máquinas e afiação de serras e fitas.

Investimento/Capital de Giro

Para o desenvolvimento do trabalho, optou-se por uma serraria de grande porte (vida útil: 15 anos), em função das necessidades de se avaliar as perspectivas da viabilidade econômica de um alto investimento na industria florestal primária para a região Amazônica. O capital de giro considerado nesse estudo é aquele no qual é imobilizado com a compra da madeira para serragem.

Custo Fixo Total

É toda forma de remuneração ou ônus devido à manutenção dos recursos fixos, existindo mesmo que a empresa não esteja produzindo. A Tabela 1 apresenta a metodologia para determinar o custo fixo, composto pelos seguintes itens:

  • Salário (Sa): Contempla a remuneração dos funcionários.

  • Encargos Sociais (ES): São os custos de 13o salário, férias e FGTS.

  • Custo Administrativo (CA): Custos indiretos, como salários do gerente, secretária e outros que não possuem vínculo direto com a produção.

  • Despesa Administrativa (DA): Compreende os custos de contabilidade, materiais de escritórios, telefone, fax e outros.

  • Depreciação (De): Para o cálculo de depreciação, foi utilizado o critério de depreciação linear.

  • Juros e Risco: os custos de juros e risco considerados neste estudo estão incorporados ao VLP, cuja taxa utilizada para atualização das cifras monetárias compreende um percentual de remuneração do capital investido adicionado de uma taxa de risco, estimada para o setor florestal.

Custo Variável Total

O custo variável total necessariamente se altera com as variações de produção. A Tabela 2 sintetiza a metodologia utilizada para determinar o custo variável, que é composto pelos seguintes itens:

  • Energia Elétrica (Ee): São os custos com o consumo de energia elétrica.

  • Água (Ag): Compreende os custos com o consumo de água para a lubrificação e limpeza das serras fitas.

  • Combustível (Co): Representa os custos com o uso das máquinas como descarregadeira, empilhadeira e veículo.

  • Lubrificante (Lub): Compreende os gastos com lubrificantes e graxa que os equipamentos, máquinas e veículo terão no decorrer do ano.

  • Manutenção (Ma): Contempla os custos com prováveis manutenções que todos bens móveis e imóveis terão no decorrer de sua vida útil.

  • Pneu (Pn): Representa os custos que os tratores, máquinas, carregador, descarregador e camionete terão com gasto de pneu no decorrer do ano.

  • Matéria Prima (MP): São os custos da compra de toras para o desdobro.

Impostos

A serraria está sujeita ao pagamento de sete tipos de impostos, tais como: Imposto de Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, Programa de Integração Social - PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (CONFINS), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, Imposto sobre a Comercialização de Mercadorias e Serviços - ICMS, Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS.

O ICMS incide sobre o preço de pauta e sua alíquota varia entre 12 a 17%, conforme o estado que a madeira é transportada. O INSS e o FGTS incidem sobre o salário dos funcionários e os outros impostos incidem sobre a receita bruta da serraria. A respectiva serraria é enquadrada como empresa de grande porte (dito empresa pelo sistema tributário), onde a taxação é feita pelo lucro presumido. A metodologia de cálculo para a obtenção deste determinado item de custo e suas alíquotas encontra-se a seguir:

  • IPVA = 2,5% do valor do veículo;

  • PIS = 0,65% sobre a Receita Bruta;

  • COFINS = 3,0% sobre a Receita Bruta;

  • CSLL = 1,08% sobre a Receita Bruta;

  • ICMS = de 12% a 17% (em função do estado) sobre o preço de pauta;

  • INSS + FGTS = 28,8% sobre a folha de pagamento dos funcionários.

Os seguintes impostos não foram considerados neste estudo pela descrição a seguir: ITR: toda propriedade com área inferior a 30 ha é isenta; ISS: é um imposto que incide somente sobre a prestação de serviço e IPI: todo produto florestal de industrialização primária é considerado isento.

Creditos de ICMS

A serraria possuirá créditos -de ICMS por oca\ião da venda de seu produto. Este valor volta para a empresa com a aquisição de insumos. A alíquota para o processo de sistematização de crédito está em função de cada estado. Considerando que os insumos serão adquiridos no Acre. a alíquota para o cálculo do crédito será no valor de 17%.

Determinação da Receita

Receita Bruta (Faturamento): Contempla as receitas com a venda da madeira serrada. sendo obtido pela multiplicação do preço de mercado da madeira serrada pela sua respectiva quantidade vendida. A fórmula para o cálculo da receita é:

R : $ m s Q m s

Onde:

Sms: Preço por mê da madeira sen-ada: Qms: Quantidade da madeira serrada.

Critérios para avaliação dos resultados

Após a obtenção do fluxo de caixa contendo as entradas e saídas monetárias ao longo do HP. foram utilizadas ferramentas da Engenharia Econômica para a avaliação do projeto. Os métodos utilizados foram: Valor Presente Líquido. Taxa Interna de Retorno. Valor Líquido Equivalente e Custo Médio de Produção.

Valor Líquido Presente (VLP): É a diferença entre receitas e despesas descontadas para o ano zeru. Tem como finalidade determinar o valor no instante considerado inicial, a partir de um fluxo de caixa formado de urna série de receitas e despesas. Segundo Rezende & Oliveira (200l)REZENDE. J .L.P.. OLIVEIRA, A.D. Análise Econômica e Social de Projetos Florestais. Viçosa: UFV 2001. 388p.. o VPL pode ser expresso pela fórnrnla:

V P L = j = i n R j ( 1 + i ) - j - j = i n C j ( 1 + i ) - j

Onde:

Rj = receitas do período de tempo j considerado; Cj = custos do período de tempo j considerado: n = duração do projeto cm anos ou cm número de períodos de tempo: i: Taxa anual de juro. expressa de fonna unitária.

Taxa Interna de Retorno (TIR): É a taxa de desconto que faz o VPL de um projeto ser nulo. De acordo com Rezende et al. (2001)REZENDE. J .L.P.. OLIVEIRA, A.D. Análise Econômica e Social de Projetos Florestais. Viçosa: UFV 2001. 388p.. a ··TIR" é a taxa de desconto "I". real e não-negativa. que torna verdadeira a seguinte expressão:

T I R = j = 0 n R ( 1 + I ) - j - j = 1 n C ( 1 + I ) = 0

Onde:

Rj = receitas do período de tempo j considerado; Cj = custos do período de tempo j considerado; n = duração do projeto em anos ou em número de períodos de tempo; Valor Anual Equil'Cl/ente - (VAE): Consiste em transformar o VPL em um fluxo de receitas/custos anuais, a fim de fornecer um resultado equivalente em bases periódicas (KASSAI et al. 2000KASSAI. J.R.: KASSAL S.: SANTOS. A.; ASSAF A.A. Retorno de investimento. Abordagem matemática e contábil do lucro empresarial. 2.ed. São Paulo: Atlas. 2000. 256p). A fónnula para o cálculo do VAE é:

(1) V A E = V P L ( 1 + i ) n i ( 1 + i ) - 1

Onde:

VPL = Valor Presente Líquido: i = Taxa Mínima de Atratividade.

Custo Médio de Produção (CMPr): De acordo com Berger (1982)BERGER. R.: GARLIPP. R.C. Custo-Preço: Uma Alternativa Financeira na Avaliação da Produção Florestal. Circular Técnica - IPEF. 1982, p1-8., o CMPr da madeira é o próprio custo unitário, ou seja. é o preço mínimo pelo qual deve ser vendida a madeira de modo que o capital alocado no processo produtivo seja remunerado a uma determinada taxa. Após a atualização dos custos de produção da serraria. remunerados a uma determinada taxa de juro, obteve-se o custo-preço dividindo os custos remunerados pela respectiva produção da serraria. A Metodologia para o cálculo do CMPr está a seguir:

C M Pr = j = 11 n C j ( 1 + i ) - j j = 0 ! n V n ( 1 + i ) j

Onde:

Cj= custos do período de tempo j; Vn = Volume Total da Produção no tempo J.

Tabela 1
Metodologia para o cálculo dos custos fixos.
Table 1
Methodology for lhe fixed costs estimate.
Tabela 2
Metodologia para o cálculo dos custo,s ariáveis.
Table 2
Methodology for the variabk costs estimate.

Análise de Sensibilidade

A análise de sensibilidade foi elaborada em função elas variações cios preços das toras e da macieira scrrada. e o seu impacto na TIR. As \ ariaçõcs estão compreencliclas entre -15% a+ 15% com interalo de 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Investimento/Capitalde Giro

O investimento necessário para a instalação da seITaria é de U$ l .580.970.00: e. o capital de giro é de U$952.253,87. cujo cálculo é apresentado na Tabela 6.

Custos de produção

Os custos fixos e variáve1s da serraria são apresentados no Tabela 3. O custo total de produção atinge o valor de US$ l 38.064.75 por mês. Deste montante. 13.68':lr é decorrente da utilização dos recursos fixos. e 86.32% são ocasionados pela utilização dos recursos variáveis. demonstrando o grande impacto que estes ocasionam nos custos totais de produção ele madeira serrada de macieiras tropicais.

Fazendo-se a análise cio custo fixo (Tabela 4). verifica-se que a depreciação é responsável por 37.0% do custo fixo mensal. porém participa com apenas 5.079': do custo total de produção. Da mesma fom1a. os encargos sociais e salários dos funcionários também apresentam grandes impactos no custo fixo. com 29.29r e 25.09c. respccti\'amentc. do custo fixo mensal. Já cm relação ao custo total. representam apenas 4,0'lr e 3.429c. respecti\·amcnte. do custo total.

Em relação aos custos variáveis mensais (Tabela 5). verifica-se o grande impacto da aquisição ele matéria prima nos custos ele produção ela referida serraria. Do custo v,uiávcl total. a matéria p1ima responde por72.SC/c. enquanto que o impacto no custo tutal é de 62.6Slr. Os impostos tamhém merecem destaque. pois representam 9.05% dos custos totais.

Na Tabela 6 descreve-se a composição das diferentes espécies florestais na participação dos serrados.

Análise da viabilidade econômica da serraria

A Tabela 7 sintetiza os resultados obtidos pelos métodos cio YPL. YAE. TIR e CMPr.

Todos os métodos apresentaram resultados satisfatórius para a implantaçüo da serraria. pois a uma TMA de l 2'íí.o VPL e o VAE tiveram valores eb ados e positivos. A TIR do projeto resultou cm uma rentabilidade pc1iódica de 18,57% ao ano, demonstrando um sistema produtivo de alta rentabilidade quando comparado com os outros setores de base florestal.

Figura 1
Sensibilidade de TIR a variaçiics nos preços do produto e das toras.
Figure 1.
IRR Sensitivity to the roundwood and the sawnwood prices,.

Tabela 3
Custos fixos e Yari,heis da serraria em Reais - RS (custo total mensal).
Table 3
Fixed and variahle costs in Reais - RS (monthly total costs).
Tabela 4
Custos Fixos Mensais
Table 4
Monthly fixed costs.
Tabela 5
Custo Variável Mensal.
Table 5
Monthly variable costs.
Tabela 6
Preço/participaçao/rcndimenlo da madeira cm tora, preço da madeira serrada, receita bruta e capital de giro (ano).
Table 6
Roundwood pricc/participation/cfficiency, sawnwood price, revenue, floating capital.

Analisando o valor obtido pelo c1itério de CMPr neste estudo, US$134,79, com o valor médio de mercado pago pelo produto no Acre. que é de aproximadamente US$ l58,031113, verifica-se a alta rentabilidade do projeto. A diferença absoluta obtida entre o valor mínimo para venda e o valor pago é de US$ 23.24 por m', ou seja, o valor médio de mercado pago por metro cúbico de madeira se1rndaé de 17,24% maior que o custo médio de produção da seITaria remunerado a 12%.

Análise de sensibilidade

O preco de venda da madeira serrada (produto) apresenta uma relação diretamente proporcional com a TIR, onde uma elevação ou redução nos preços do produto contribui para a elevação ou redução do valor da TIR Por outro lado, aumentos nos preços de compra de toras (insumo) ocasionam diminuição da TIR. Conforme pode ser observado na Figura 1, existe uma relação inversa entre as alterações de preço do insumo e do produto.

CONCLUSÕES

Com base nos resultados e discussão realizada, as principais conclusões são:

  • O custo vaiiável tem grande impacto nos custos totais da serraria, sendo que a aquisição das toras representará 62,6o/c dos custos totais.

  • A depreciação será responsável por 37,0% dos custos fixos, porém a sua participação nos custos totais será de 5.07%.

  • A analise de sensibilidade mostrou que pequenas variações nos preços das toras e no preço de venda do produto alteram sensivelmente os resultados econômicos.

  • A implantação da se1rn1ia é viável econo-micamente. haja vista que todos os métodos empregados mostram rentabilidade superior à taxa mínima de atratividade de 12%.

Tabela 7
Resultados obtidos pelos métodos de avaliação do empreendimento.
Table 7.
Business assessment estimate.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • ANGELO, H. Comércio de Madeiras Tropicais: Subsídios para a Sustentabilidade das Florestas Tropicais. Ministério do Meio Ambiente. Projeto UTF/BRA/047. Projeto TCP/BRA/6712. Brasília: 1999.59p.
  • BERGER. R.: GARLIPP. R.C. Custo-Preço: Uma Alternativa Financeira na Avaliação da Produção Florestal. Circular Técnica - IPEF. 1982, p1-8.
  • GERWING, J.; VIDAL E.; VERÍSSIMO. A.: UHL, C. Rendimento no Processamento de Madeira no Estado do Pará. Série Amazônia n.18 - Belém: Imazon. 2000. 38 p.
  • HIRSCHFELD, H. Engenharia Econômica e Análise de Custos. 6.ed.. São Paulo: Atlas. 1998. 407p.
  • KASSAI. J.R.: KASSAL S.: SANTOS. A.; ASSAF A.A. Retorno de investimento. Abordagem matemática e contábil do lucro empresarial. 2.ed. São Paulo: Atlas. 2000. 256p
  • REZENDE. J .L.P.. OLIVEIRA, A.D. Análise Econômica e Social de Projetos Florestais. Viçosa: UFV 2001. 388p.
  • STONE. W.S. Tendências Econômicas da Indústria Madeireira no Estado do Pará. Série Amazônica, n" 17. Belém: Imazon, 2000. 38p.
  • VERÍSSIMO. A.; BARRETO, P.; MATTOS, M.: TARIFA. R.; UHL, C. Loggi ng impacts and prospects for sustainable forest management in an old Amazonian frontier: the case of Paragominas. Forest Ecology and Management, v.55, p.169-199, 1992.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Out 2023
  • Data do Fascículo
    Jan-Dec 2002
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