RESUMO
Ações afirmativas, na forma de cotas raciais, são utilizadas no Brasil há quase duas décadas, sobretudo no Ensino Superior. Este trabalho analisa uma das potencialidades pouco mencionadas dessas medidas: o adensamento das discussões sobre relações raciais e a formação de uma nova geração de intelectuais negros. A partir da periodização de 1950 até 1970, de 1980 até 2000 e de 2000 até o momento atual, foram analisados, com base em pesquisa bibliográfica e documental, processos e diálogos intergeracionais que levaram à formação de novos sujeitos negros, considerados em seu vínculo com o campo acadêmico, especificamente com as ciências sociais brasileiras (cuja literatura subsidiou este trabalho), assim como suas novas “narrativas de enfrentamento”, agenda de demandas e formas de organização.
Palavras-chave
Ação afirmativa; Intelectuais negros; Relações raciais; Ensino Superior