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Bragantia, Volume: 2, Número: 6, Publicado: 1942
  • Genética de coffea V: hereditariedade da coloração bronzeada das folhas novas de coffea arabica L.

    Krug, C. A.; Carvalho, Alcides

    Resumo em Português:

    No presente artigo os autores apresentam os resultados da análise genética referentes à hereditariedade das cores verde, bronze claro e bronze escuro das folhas novas de Coffea arabica L. Baseados em extensos dados de autofecundação, hibridação (F1 e F2) e back-crosses conclue-se que apenas um par de fatores alelomorfos Br-br é responsável pelo aparecimento daquelas cores, br br constituindo o tipo verde, Br br o bronze claro e Br Br o bronze escuro; a coloração bronze escuro é, pois, incompletamente dominante sobre o verde, o Fi entre estes tipos se apresentando de uma tonalidade bronze-clara. No grupo dos bronze-escuros (homozigotos) existe certa variabilidade na expressão máxima da coloração o que, em parte, é atribuido à presença de fatores genéticos modificadores, que intensificam ou diluem esta coloração. À luz dos resultados obtidos, discutem-se os trabalhos de Stoffels (8) e Narasimha Swamy (7) que versam sobre o mesmo assunto.

    Resumo em Inglês:

    In the present paper the authors are publishing the results of the genetical analysis of three color types occurring in young leaves of Coffea arabica L : green ; dark bronze and light bronze. Based on extensive data obtained from progenies, Fi and F2 hybrids and back-crosses, it is concluded that only one pair of allelomorphic genes control these colors for which the symbols Br-br are proposed : br br, the double recessive, constitutes the green type, Br br, the heterozygote, the light bronze one and Br Br, the double dominant, the dark bronze one. The dark bronze colour is therefore incompletely dominant over green, the Fi between the two being light bronze. In the group of homozygote dark bronze plants a certain variability of the maximum intensity of the bronze colour is noticed, which is most probably due to modifyers which intensify or dilute the expression of this character. Two papers, respectively by Stoffels (8) and Narasimha Swamy (7) dealing with the same subject are critically discussed.
  • Genética de coffea VI: independência dos fatores xc xc (xanthocarpa) e br br (bronze) em coffea arabica L.

    Krug, C. A.; Carvalho, Alcides

    Resumo em Português:

    Em artigos anteriores (1, 2) os autores demonstraram que a cor amarela dos frutos e a coloração bronzeada das folhas novas são, em Coffea arabica L, controladas, cada uma, por um único par de fatores genéticos (respectivamente xc xc e Br Br). Os híbridos F1 no primeiro caso com plantas de frutos vermelhos, e no segundo com plantas de folhas novas verdes, demonstraram tratar-se de casos em que há dominância incompleta nesta geração, os frutos híbridos possuindo uma coloração vermelho clara e as folhas novas se apresentando com uma tonalidade bronze clara. Como algumas das hibridações realizadas envolviam, ao mesmo tempo, os dois caracteres em questão, apresentou-se a oportunidade para constatar se havia ou não independência entre os dois pares de fatores que controlam estes caracteres. Neste artigo apresentam-se os resultados das observações realizadas, tanto em diversas populações de F2 como também em dois back-crosses. Os dados confirmam plenamente a hipótese estabelecida, isto é, da independência entre os dois pares de fatores em questão (xc xc e Br Br). Este fato era esperado à vista do número relativamente elevado de cromosômios nas variedades cruzadas (2n = 44).

    Resumo em Inglês:

    In two previous publications (1,2) the authors demonstrated that in Coffea arabica L. yellow fruit color and bronze color of young leaves are each controled by one pair of genes (respectively xc xc and Br Br). The F1 hybrids, in the first instance between plants with yellow and red fruits and in the second instance between plants with bronze and green colored young leaves, showed incomplete dominance of both characters, the F1 fruits being of a light red color and the F1 young leaves of a light bronze one. As some of the crosses involved both pairs of genes, it was possible to find out wether they are linked or independent. In the present article the authors are publishing the results obtained with several F2 populations and also with 2 types of back crosses. The data demonstrate clearly that the two pairs of genes are independent, a fact which was expected, considering that the varieties of Coffea arabica L, used in the present analysis, have as many as 22 pairs of chromosomes.
  • Genética de coffea VII: hereditariedade dos caracteres de coffea arabica L. var. maragogipe hort ex froehner

    Krug, C. A.; Carvalho, Alcides

    Resumo em Português:

    A variedade maragogipe do Coffea arabica L. foi encontrada pela primeira vez por Crisógono José Fernandes, em 1870, no município baiano de Maragogipe onde, provavelmente, se originou por mutação. Desde 1933 esta variedade vem sendo estudada pela Secção de Genética do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, em Campinas, com o fim de se determinar a sua constituição genética. Muitas autofecundações, cruzamentos e back-crosses foram, então, realizados. Grande parte das plantas obtidas só puderam ser classificadas após a colheita do ano de 1940. Todas foram examinadas quanto à forma e dimensões das folhas e um grande número ainda quanto à forma e dimensões das flores, frutos e sementes. Verificou-se que o caráter maragogipe mostra dominância quase completa em F1, não sendo possivel uma separação das ciasses maragogipe puro e híbrido. Em F2, e nos back-crosses com as formas normais, obtiveram-se, respectivamente, relações de 3:1 e 1:1 entre plantas maragogipe e plantas normais, relações essas que demonstram que os caracteres do maragogipe são controlados por um único par de fatores genéticos dominantes, para os quais se propõe o símbolo Mg-Mg, derivado do próprio nome desta variedade.

    Resumo em Inglês:

    In the present article the results of the genetical analysis of the characters of the maragogipe variety of Coffea arabica L are presented. This variety which originated as a mutation from C. arabica L. var. typica Cramer, in 1870, in the State of Baía in North Brazil, represents a gigas form of that variety, having larger leaves, flowers and fruits, its plants being also taller; it is also known for its low productivity. Since 1933 a genetical analysis of this variety was undertaken, many of its plants being selfed and crossed with other maragogipe plants and also with individuals of the typica and bourbon varieties of C. arabica; two generations have been studied, including F2's and several back-crosses. It was concluded that this gigas form is controled by one pair of almost completely dominant genes, for which the symbols Mg-Mg are proposed. The heterozygote (Mg-mg) is practically indistinguishable from the dominarit homozygote in all morphological characters; its productivity, however, seems to be a little higher than that of the homozygote.
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