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Genética de coffea VII: hereditariedade dos caracteres de coffea arabica L. var. maragogipe hort ex froehner

A variedade maragogipe do Coffea arabica L. foi encontrada pela primeira vez por Crisógono José Fernandes, em 1870, no município baiano de Maragogipe onde, provavelmente, se originou por mutação. Desde 1933 esta variedade vem sendo estudada pela Secção de Genética do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, em Campinas, com o fim de se determinar a sua constituição genética. Muitas autofecundações, cruzamentos e back-crosses foram, então, realizados. Grande parte das plantas obtidas só puderam ser classificadas após a colheita do ano de 1940. Todas foram examinadas quanto à forma e dimensões das folhas e um grande número ainda quanto à forma e dimensões das flores, frutos e sementes. Verificou-se que o caráter maragogipe mostra dominância quase completa em F1, não sendo possivel uma separação das ciasses maragogipe puro e híbrido. Em F2, e nos back-crosses com as formas normais, obtiveram-se, respectivamente, relações de 3:1 e 1:1 entre plantas maragogipe e plantas normais, relações essas que demonstram que os caracteres do maragogipe são controlados por um único par de fatores genéticos dominantes, para os quais se propõe o símbolo Mg-Mg, derivado do próprio nome desta variedade.


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