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Desinfecção de incubadoras usadas em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais: revisão integrativa

Desinfección de incubadoras usadas en Unidades de Cuidados Intensivos Neonatales: revisión integradora

Resumo

Objetivo

Analisar as evidências científicas de práticas de desinfecção de incubadoras usadas em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais.

Métodos

Revisão integrativa de literatura, realizada de junho a julho de 2020, nas bases de dados: LILACS, SciELO, CINAHL, SCOPUS, Web of Science e MEDLINE. Os achados foram organizados conforme o fluxograma PRISMA e discutidos de acordo com a literatura pertinente.

Resultados

Dos 780 artigos encontrados, apenas cinco contemplaram os critérios de inclusão. Os saneantes utilizados foram: cloreto de didecildimetilamônio, polihexametilenobiguanida e Peróxido de Hidrogênio (VHP); cloreto de didecildimetilamônio; N-(3-aminopropyl)-N-dodécylpropane-1,3-diamine; cloreto de didecildimetilamônio e limpeza a vapor; água com detergente para limpeza no balde e água sanitária (200mg/L) e desinfectante Umonium38® a 2,5%. Há diversidade de opções para desinfecção das incubadoras, com variação de métodos e frequência de limpeza. Os saneantes utilizados foram eficazes, apontando para redução da carga microbiana.

Conclusão

Observou-se uma variedade de procedimentos e produtos que podem ser utilizados para limpeza e desinfecção das incubadoras. Os procedimentos de desinfecção favoreceram a redução da contaminação da superfície. No entanto, a presença de micro-organismos, mesmo que reduzida, alerta sobre o risco à segurança do paciente.

Incubadoras; Recém-nascido; Terapia intensiva neonatal; Desinfecção; Infecção hospitalar

Resumen

Objetivo

Analizar las evidencias científicas de prácticas de desinfección de incubadoras usadas en Unidades de Cuidados Intensivos Neonatales.

Métodos

Revisión integradora de literatura, realizada de junio a julio de 2020, en las bases de datos: LILACS, SciELO, CINAHL, SCOPUS, Web of Science y MEDLINE. Los resultados fueron organizados de acuerdo con el diagrama de flujo PRISMA y discutidos de acuerdo con la literatura pertinente.

Resultados

De los 780 artículos encontrados, solamente cinco contemplaron los criterios de inclusión. Los desinfectantes utilizados fueron: cloruro de didecildimetilamonio, polihexametilen biguanida y peróxido de hidrógeno (VHP); cloruro de didecildimetilamonio; N-(3-aminopropil)-N-dodecilpropano-1,3-diamina; cloruro de didecildimetilamonio y limpieza a vapor; agua con detergente para limpieza en el balde y cloro (200mg/L) y desinfectante Umonium38® al 2,5 %. Existe una diversidad de opciones para la desinfección de las incubadoras, con variación de métodos y frecuencia de limpieza. Los desinfectantes utilizados fueron eficaces, lo que indica una reducción de la carga microbiana.

Conclusión

Se observó una variedad de procedimientos y de productos que se pueden utilizar para la limpieza y la desinfección de las incubadoras. Los procedimientos de desinfección favorecieron la reducción de la contaminación de la superficie. Sin embargo, la presencia de microorganismos, aunque reducida, alerta respecto al riesgo a la seguridad del paciente.

Incubadoras; Recién nacido; Cuidado intensivo neonatal; Desinfección; Infección hospitalaria

Abstract

Objective

To analyze the scientific evidence of incubator disinfection practices used in Neonatal Intensive Care Units.

Methods

This is an integrative literature review, conducted from June to July 2020, in the LILACS, SciELO, CINAHL, Scopus, Web of Science and MEDLINE databases. The findings were organized according to the PRISMA flowchart and discussed according to pertinent literature.

Results

Of the 780 articles found, only five met the inclusion criteria. The sanitizers used were: didecyldimethylammonium chloride, PHMB and vaporized hydrogen peroxide (VHP); didecyldimethylammonium chloride; N-(3-aminopropyl)-N-dodecylpropane-1,3-diamine; didecyldimethylammonium chloride and steam cleaning; water with detergent for cleaning in the bucket and bleach (200 mg/L) and 2.5% Umonium38® disinfectant. There is a diversity of options for disinfection of incubators, with variation of methods and frequency of cleaning. The sanitants used were effective, pointing to reduction of microbial load.

Conclusion

A variety of procedures and products were observed that can be used for cleaning and disinfection of incubators. Disinfection procedures favored the reduction of surface contamination. However, the presence of microorganisms, even if reduced, alerts about the risk to patient safety.

Incubators; Infant, newborn; Intensive care units, neonatal; Disinfection; Cross infection

Introdução

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) contribuem para altos níveis de morbimortalidade, aparecimento de bactérias multirresistentes, aumento do tempo de internação, além de elevados custos para saúde pública, afetando diretamente a segurança do paciente e a qualidade dos serviços prestados. Dentre todas as populações atingidas pelas IRAS, destacam-se aquelas internadas em Unidades de Terapia Intensivas e Neonatos.(11. Vila ME, Gomes MF. Perfil microbiológico e de sensibilidade em uma uti neonatal de referência no estado do Pará de janeiro de 2016 a julho de 2017 [monografia]. Belém (PA): Universidade Federal do Pará; 2017 [citado 2020 Jul 10]. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/bitstream/prefix/434/1/TCC_PerfilMicrobiologicoSensibilidade.pdf
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)

Os Recém-Nascidos (RN) são mais suscetíveis a infecções hospitalares por agentes infecciosos multirresistentes e respectivas complicações, uma vez que possuem sistema imunológico ainda em expansão, com barreiras de pele e mucosas ineficientes, além de grande exposição, em alguns casos, às intervenções terapêuticas hospitalares, como o uso de dispositivos invasivos e antimicrobianos de amplo espectro.(22. Gonçalves LR, Luz PC, Azevedo AL. Avaliação microbiológica de incubadoras: antes e depois da limpeza em uma maternidade de Teresina – PI. Rev Interdisciplinar. 2016;9(2):57-64.)

A adesão às tecnologias nos serviços de saúde facilita o processo de trabalho e intensifica a qualidade da assistência prestada. Porém, em situações de ausência de capacitação para o adequado manuseio e manutenção dos equipamentos, a incorporação de equipamentos tecnológicos pode, ao contrário, dificultar a atuação do profissional durante a rotina na unidade e causar prejuízos.(33. Tavares KF, Torres PA, Souza NV, Pereira SR, Santos DM. Hard technology in the intensive care unit and the subjectivity of nursing workers. J Res Fundam Care Online. 2013;5(4):681-8.)

Nesse contexto, os equipamentos médico-hospitalares têm se tornado cada vez mais sofisticados e importantes no auxílio de diagnósticos e suporte à vida. Dentre estes, destaca-se a incubadora neonatal, Equipamento Médico-Assistencial (EMA) capaz de manter o Recém-Nascido Prematuro (RNPT) em ambiente termoneutro semelhante ao útero. A incubadora, além de prevenir a hipotermia, fornece ambiente umidificado, isolando de agentes contaminantes, permitindo a completa visualização e o acesso ao neonato. Porém, quando manuseada erroneamente, pode oferecer riscos à segurança do RN.(44. Coutinho ES. Desenvolvimento de um procedimento operacional padrão para manutenção preventiva para incubadoras Fanem Vision 2286 do Hospital de Clínicas de Uberlândia da Universidade Federal de Uberlândia [monografia]. Uberlândia (MG): Universidade Federal de Uberlândia; 2019 [citado 2020 Jul 13]. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/25281/3/DesenvolvimentoProcedimentoOperacional.pdf
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)

É incontestável que a contaminação ambiental representa risco de transmissão entre pacientes e profissionais. Neste sentido, a limpeza e/ou desinfecção das superfícies ambientais contribui com a prevenção da contaminação de superfícies e reduz a contaminação, contribuindo para diminuição da ocorrência de infecções. Assim, a limpeza da unidade de saúde está dentro das atividades exercidas na rotina hospitalar, tornando o paciente biologicamente menos suscetível a micro-organismos patógenos.(55. Ferreira AM, Andrade D, Rigotti MA, Almeida MT, Guerra OG, Santos Júnior AG. Assessment of disinfection of hospital surfaces using different monitoring methods. Rev Lat Am Enfermagem. 2015;23(3):466-74.)

Ao considerar a segurança do RNPT no ambiente hospitalar, é necessário que a higiene em incubadoras utilizadas em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) seja realizada todas as vezes que um RN é retirado da incubadora, sempre que o equipamento for recebido, quando estiver em desuso ou for desligada,(55. Ferreira AM, Andrade D, Rigotti MA, Almeida MT, Guerra OG, Santos Júnior AG. Assessment of disinfection of hospital surfaces using different monitoring methods. Rev Lat Am Enfermagem. 2015;23(3):466-74.) assim como nos prazos estabelecidos nos protocolos de cada instituição.

O desconhecimento dos profissionais de enfermagem quanto ao papel das superfícies ambientais como principais reservatórios para disseminação das bactérias resistentes a múltiplas drogas é alarmante, implicando possibilidade de exposição a tais fatores, sem as devidas precauções e, consequentemente, a riscos de contaminação e disseminação destas bactérias multirresistentes.(66. Sales VM, Oliveira E, Célia R, Gonçalves FR, Melo CC. Microbiological analysis of inanimate surfaces in an Intensive Care Unit and patient safety. Rev Enfermagem Refeferência. 2014;4(3):45-53.)

Em estudo realizado em uma UTI neonatal de Botucatu, foram identificados que 75% dos técnicos/auxiliares de enfermagem e 79% dos enfermeiros relataram ter alguma dúvida/dificuldade para manusear e realizar a manutenção das incubadoras.(77. Costa CC. Avaliação de incubadoras neonatais e práticas de manuseio pela equipe de enfermagem [dissertação]. Botucatu (SP): Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista; 2016 [citado 2020 Jul 19]. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/137905/costa_cc_me_bot.pdf?sequence=3&isAllowed=y
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)

Assim, evidencia-se a necessidade de a equipe de enfermagem conhecer as práticas relacionadas à limpeza e desinfecção de incubadoras, contribuindo para a diminuição dos riscos de infecções e o desenvolvimento de ações que qualifiquem a assistência prestada em saúde aos neonatos.

Diante do exposto, objetivou-se analisar as evidências científicas de práticas de desinfecção de incubadoras usadas em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais.

Métodos

Trata-se de revisão integrativa da literatura,(88. Mendes KD, Silveira RC, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008;17(4):758-64. Review.)realizada entre junho e julho de 2020. O percurso da revisão ocorreu em cinco etapas descritas:

Etapa 1 - Identificação do problema e definição da questão norteadora. Utilizou-se da estratégia PICO,(99. Grupo Ânima Educação. Manual Revisão bibliográfica sistemática integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Belo Horizonte (MG): Grupo Ânima Educação; 2014 [citado 2020 Jul 21]. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/manual_revisao_bibliografica-sistematica-integrativa.pdf
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) sendo P: neonatos dependentes de incubadoras; I: processamento de limpeza e desinfecção de incubadoras; Co: evidências científicas das práticas realizadas de limpeza e desinfecção de incubadoras, originando a pergunta norteadora: o que a produção científica descreve em relação aos procedimentos utilizados na desinfecção de incubadoras utilizadas em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais?

Etapa 2 - Definição dos termos de busca: a base foi nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e Medical SubjectHeadings (MeSH), sendo utilizados os descritores: “Cross Infection (Infecção Hospitalar)”;“Incubators (Incubadoras)”; “Disinfection (Desinfecção)”; “Intensive Care Units, Neonatal (Unidades de Terapia Intensiva Neonatal)”, e o operador booleano AND. Realizaram-se os cruzamentos: Cross Infection AND Incubators AND Disinfection; infecção hospitalar AND incubadoras AND desinfecção; Cross Infection AND Disinfection AND Intensive Care Units, neonatal; infecção hospitalar AND desinfecção AND unidade de cuidados intensivos neonatais; Cross Infection AND Intensive Care Units, neonatal AND Incubators; infecção hospitalar AND unidade de cuidados intensivos AND incubadoras.

Etapa 3 - Critérios de inclusão: artigos primários que abordassem a questão norteadora. Não houve limite quanto ao idioma e período de publicação, pois o propósito foi abranger o maior número de artigos e acompanhar a progressão das evidências ao longo do tempo. Os critérios de exclusão foram: guidelines, manuais e editoriais; artigos que não identificassem as práticas adotadas na desinfecção; estudos não disponíveis da íntegra; publicações duplicadas em mais de uma base de dados.

Etapa 4 - Seleção das bases de dados e busca das produções científicas. Os estudos foram provenientes de periódicos indexados nas bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), SciVerse Scopus (SCOPUS), Web of Science e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online(MEDLINE).Informa-se que a busca foi pareada por dois avaliadores, independente e consensual. Inicialmente, leram-se os títulos e resumos, seguidos da leitura na íntegra daqueles que permaneceram na amostra.

Etapa 5 - Avaliação de elegibilidade dos artigos, conforme o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analysis (PRISMA).(1010. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Integrative review: what is it? How to do it? einstein (São Paulo). 2010;8(1):102-6. Review.) Posteriormente, seguiram-se a extração, análise, apresentação e discussão dos resultados. Enfatiza-se que não se realizou a categorização dos resultados, pois todos os artigos utilizaram estratégias/etapas de higienização/materiais diferentes. As informações foram extraídas e dispostas em planilha no Microsoft Word e agrupadas nas variáveis: autor, ano, país de publicação, objetivo, procedimentos utilizados para higienização das incubadoras, resultados/conclusões e nível de evidência, sendo identificados por ordem cronológica (A1 – A5).

A figura 1 expõe as etapas da seleção e inclusão dos artigos nesta revisão.

Figura 1
Fluxograma de seleção e inclusão dos artigos

Para avaliação dos artigos, considerou-se o nível de evidência determinado de acordo com as suas características metodológicas,(1111. Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence based practice in nursing & healthcare: a guide to best practice. 3rd ed. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins; 2014. p. 656.) no qual o nível I de evidência considera que as recomendações provenientes dos achados de artigos nesta classificação possuem maior possibilidade de aplicabilidade na prática quando comparado ao nível VI.(1111. Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence based practice in nursing & healthcare: a guide to best practice. 3rd ed. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins; 2014. p. 656.)

Resultados

A busca nas bases de dados resultou em 780 estudos (Figura 1), dos quais 716 foram excluídos pelo título e por repetição, restando 64. Após leitura destes, 26 foram excluídos por não responderem à questão norteadora. Os 38 artigos restantes foram lidos na íntegra, de forma independente, por dois avaliadores, sendo 33 excluídos por não responderem à questão da pesquisa. As exclusões foram feitas de forma igual e consensual pelos dois revisores. Assim, a amostra final foi constituída por cinco artigos. O quadro 1 apresenta os produtos utilizados, as frequências da desinfecção e os resultados obtidos nos estudos selecionados.

Quadro 1
Descrição dos produtos utilizados, da frequência da desinfecção e dos resultados obtidos por artigo

A caracterização dos artigos se encontra descrita no quadro 2.

Quadro 2
Apresentação dos estudos selecionados, segundo variáveis de interesse

Discussão

Os resultados evidenciaram interesse recente de pesquisas nessa área, posto que a produção encontrada tem menos de cinco anos.

As incubadoras representam importante avanço tecnológico na manutenção do estado de saúde do RN, em especial daqueles que se encontram internados em UTIN. Devido à funcionalidade de promover ambiente controlado, contribuem para manutenção da temperatura corporal, adequada umidade no ambiente e apropriado fluxo de ar. O processo de higienização das incubadoras é um aspecto fundamental na garantia de práticas seguras no uso deste equipamento.(1717. Deguines C, Décima P, Pelletier A, Dégrugilliers L, Ghyselen L, Tourneux P. Variations in incubator temperature and humidity management: a survey of current practice. Acta Paediatr. 2012;101(3):230-5.)

Os estudos que compuseram a amostra demonstraram que a incubadora desempenha papel de reservatório para micro-organismos e que apresenta redução significativa na colonização, após implementação de práticas de desinfecções das superfícies, apesar da variedade de procedimentos e produtos utilizados na desinfecção das incubadoras descritas nos artigos avaliados.

Em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomendou que o processo de higienização de incubadoras em UTIN fosse realizado primeiro com limpeza utilizando água e sabão, seguido de solução quaternário de amônio.(1818. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília (DF): ANVISA; 2012 [citado 2020 Ago 2]. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/manual-de-limpeza-e-desinfeccao-de-superficies.pdf
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)Não se encontraram na amostra estudos brasileiros que utilizassem ou avaliassem tais práticas.

Com relação aos quaternários de amônio, citados nos artigos A3 e A4, no processo de limpeza das incubadoras, mais específicos os de quarta e quinta geração, estudos trazem que podem ser utilizados para superfícies fixas, telas com comandos pelo toque, LCD, incubadores e bancadas dos serviços de nutrição, devido à efetividade para controle microbiológico, baixa toxicidade humana e ambiental, reduzida volatilidade e corrosividade, sem odor, fácil manuseio, formulação espuma, bactericida, virucida, tuberculocida e ação na presença de matéria orgânica. Em contrapartida, apresenta como desvantagens a possibilidade de causar irritação dérmica, poder danificar borrachas sintéticas, cimento e alumínio.(1919. Campos JL, Jesus OA. Higiene hospitalar: a importância da limpeza na prevenção de infecções [monografia]. Jacareí (SP): Faculdade Inesp; 2015 [citado 2020 Ago 2]. Disponível em: https://www.ccih.med.br/higiene-hospitalar-a-importancia-da-limpeza-na-prevencao-de-infeccoes/
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20. European Chemicals Agency (ECHA). N-(3-aminopropyl)-N-dodecylpropane-1,3-diamine. Finland: European Chemicals Agency [cited 2020 Aug 20]. Available from: https://echa.europa.eu/pt/substance-information/-/substanceinfo/100.017.406
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-2121. Barbosa AS, Carneiro GS, Repullio LL, Silveira M, Silva SM, Vilani-Moreno FR. Eficácia do álcool etílico e quaternário de amônio na desinfecção de equipamentos médicos hospitalares. Rev Epidemiol Controle Infecção. 2018;8(4):409-14.)

Com relação ao estudo chinês (A1), apesar de não especificar a substância utilizada para desinfecção na incubadora, relatou-se o uso do hipoclorito de sódio no ambiente ao redor da incubadora, como piso e outras superfícies. Com característica bactericida, virucida, fungicida, tuberculicida e esporicida, dependendo da concentração de uso, apresenta ação rápida e de baixo custo, sendo indicado para desinfecção de superfícies fixas (chão e parede) dos banheiros, tendo como desvantagem a instabilidade em temperaturas maiores que 25° C e quando em contato com pH ácido, além de ser inativado em presença de matéria orgânica, corrosivo para metais, odor desagradável e pode causar irritabilidade nos olhos e mucosas. Apresenta como particularidade ser usado para desinfecção, na concentração de 1000ppm, de ambientes colonizados por Clostridium difficile.(2222. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSH). Protocolo/Limpeza e desinfecção de superfícies - Unidade de Vigilância Sanitária e de Qualidade Hospitalar do HC-UFTM. Uberaba (MG): EBSERH; 2017 [citado 2020 Ago 22]. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Limpeza+e+desinfec%252B%25C2%25BA%252B%25C3%25BAo+ de+superf%252B%25C2%25A1cies+4.pdf/9801ccd7-6118-466b-a34c-bfa37b73b640
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)

Também, encontrou-se o vapor de peróxido de hidrogênio (A3) como eficaz nos casos de pacientes com infecção por Clostridium difficile, sendo opcional ao uso do hipoclorito de sódio a 0,5%, uma vez que a desinfecção com álcool a 70% não é eficaz na forma esporulada do bacilo.(1717. Deguines C, Décima P, Pelletier A, Dégrugilliers L, Ghyselen L, Tourneux P. Variations in incubator temperature and humidity management: a survey of current practice. Acta Paediatr. 2012;101(3):230-5.)Acredita-se que o peróxido de hidrogênio seja utilizado como suplemento ao processo principal de limpeza de rotina e desinfecção para ampliação do controle microbiológico.(2323. Dancer SJ. Controlling hospital-acquired infection: focus on the role of the environment and new technologies for decontamination. Clin Microbiol Rev. 2014;27(4):665-90. Review.)

Outro procedimento utilizado no controle microbiológico é a desinfecção física com vapor de água na superfície acrílica da incubadora, associado à desinfecção química dos colchões das incubadoras.(1616. Ory J, Cazaban M, Richaud-Morel B, Di Maio M, Dunyach-Remy C, Pantel A, et al. Successful implementation of infection control measure in a neonatal intensive care unit to combat the spread of pathogenic multidrug resistant Staphylococcus capitis. Antimicrob Resist Infect Control. 2019;8:57.)O uso de vapor contra micro-organismos, a 140ºC pressurizado, apresentou melhora satisfatória da colonização de enfermarias.(2424. Gillespie E, Wilson J, Lovegrove A, Scott C, Abernethy M, Kotsanas D, et al. Environment cleaning without chemicals in clinical settings. Am J Infect Control. 2013;41(5):461-3.)Em contrapartida, o aumento da umidade nos colchões poderá facilitar a promoção da incubação de micro-organismos.(1515. Cadot L, Bruguière H, Jumas-Bilak E, Didelot MN, Masnou A, de Barry G, et al. Extended spectrum beta-lactamase-producing Klebsiella pneumoniae outbreak reveals incubators as pathogen reservoir in neonatal care center. Eur J Pediatr. 2019;178(4):505-13.)

O uso do vapor d’água obteve resultados positivos em relação à contaminação pelo micro-organismo S. capitis, conhecido pela resistência a antimicrobianos ou a certos agentes desinfectantes e/ou capacidade de formação de biofilmes.(2525. Cui B, Smooker PM, Rouch DA, Daley AJ, Deighton MA. Differences between two clinical Staphylococcus capitis subspecies as revealed by biofilm, antibiotic resistance, and pulsed-field gel electrophoresis profiling. J Clin Microbiol. 2013;51(1):9-14.)Em outros cenários, também, detectou-se redução dos níveis de contaminação quando se utilizado o vapor d’água.(2626. Brown E, Dhanireddy K, Waldron C, Teska P, Eifert J, Boyer R. Evaluation of disinfectants and wiping substrates combinations to inactivate Staphylococcus aureus on Formica coupons. Am J Infect Control. 2019;47(4):465-7.

27. Martin EK, Salsgiver EL, Bernstein DA, Simon MS, Greendyke WG, Gramstad JM, et al. Sustained improvement in hospital cleaning associated with a novel education and culture change program for environmental services workers. Infect Control Hosp Epidemiol. 2019;40(9):1024-9.
-2828. Gillespie E, Brown R, Treagus D, James A, Jackson C. Improving operating room cleaning results with microfiber and steam technology. Am J Infect Control. 2016;44(1):120-2.)

Quanto à frequência da limpeza e desinfecção de incubadoras e dos equipamentos nas imediações, considerados como ambiente do paciente, recomenda-se que seja diária em berçários e unidades de terapia intensiva neonatal.(2929. Public Health Ontario. Best Practices for Environmental Cleaning for Prevention and Control of Infections in All Health Care Settings. 3rd Edition. Ontario: Public Health Ontario; 2018 [cited 2020 Oct 01]. p. 95-106. Available from: https://www.publichealthontario.ca/-/media/documents/B/2018/bp-environmental-cleaning.pdf
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)Outro estudo ressaltou que a troca das incubadoras deve ser feita sempre entre um cliente e outro e a cada cinco ou sete dias após uso contínuo, quando as condições clínicas assim permitirem, entretanto, essa prática, apesar de amplamente utilizada, ainda não foi validada.(3030. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Pediatria: prevenção e controle de infecção hospitalar. Brasília (DF): ANVISA; 2006 [citado 2020 Out 1]. Disponível em: http://anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_definicao_criterios_nacionais_infec%E7%F5es_relacionadas_assistencia_saude_neonatologia.pdf
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)

Com base nos resultados dos estudos analisados, evidencia-se que os procedimentos para limpeza e desinfecção favoreceram o controle microbiológico, considerando a redução das infecções em RN e da colonização do ambiente, definidas por meio de análises biológicas que permitiram detectar a presença e/ou concentração de agentes patogênicos (quantificação de UFC, pulse field gel eletrophoresis), para verificar linhagens bacterianas, crescimento bacteriano em meios de cultura, ionização e dessorção a laser assistida por matriz.

Assim, salienta-se a importância da implementação de outras estratégias, além da limpeza/desinfecção, como forma de mitigar o risco de IRAS em neonatos, como utilização de bundles, qualificação das equipes responsáveis pela higienização das incubadoras e do meio ambiente.

Apesar de não trabalharem diretamente o conceito de enhanced terminal room disinfection,(3131. Anderson DJ, Chen LF, Weber DJ, Moehring RW, Lewis SS, Triplett PF, et al. Enhanced terminal room disinfection and acquisition and infection caused by multidrug-resistant organisms and Clostridium difficile (the Benefits of Enhanced Terminal Room Disinfection study): a cluster-randomised, multicentre, crossover study. Lancet. 2017;389(10071):805-14.) os artigos utilizados mesclaram técnicas/produtos, de forma a auxiliar e potencializar o processo de higienização das incubadoras e do ambiente da UTIN.

Destaca-se que não foi foco deste estudo analisar o método mais eficaz ou que produz o melhor custo-benefício para o RN e a instituição de saúde. Porém, salienta-se que estudos com esses objetivos ainda são necessários para ampliar a qualidade do cuidado ao RN.

Conclusão

Observou-se uma variedade de procedimentos e produtos que podem ser utilizados para limpeza e desinfecção das incubadoras. Os saneantes utilizados foram: cloreto de didecildimetilamônio, PHMB e Peróxido de Hidrogênio (VHP); cloreto de didecildimetilamônio; N-(3-aminopropyl)-N-dodécylpropane-1,3-diamine; cloreto de didecildimetilamônio e limpeza a vapor; água com detergente para limpeza no balde e água sanitária (200mg/L) e desinfectante Umonium38® a 2,5%. Os procedimentos de desinfecção favoreceram a redução da contaminação da superfície. No entanto, a presença de micro-organismos, mesmo que reduzida, alerta sobre o risco à segurança do paciente e acerca da importância de capacitação dos profissionais de saúde quanto ao processamento e certificação das técnicas e dos produtos utilizados. A enfermagem tem importante papel frente a esses processos, visto que atua diretamente na elaboração de protocolos e recomendações do procedimento. Além disso, é pertinente a elaboração de novos estudos, no intuito de gerar evidências que facilitem ou auxiliem na padronização da prática de higienização das incubadoras.

Agradecimentos

Agradecemos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela valiosa contribuição com os recursos financeiros destinados aos bolsistas que realizaram a pesquisa de relevante contribuição à ciência.

Referências

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Editado por

Editor Associado (Avaliação pelos pares): Monica Taminato (https://orcid.org/0000-0003-4075-2496) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, SP, Brasil

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Dez 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    13 Nov 2020
  • Aceito
    11 Abr 2022
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