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O PLANO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM E SUA UTILIZAÇÃO

A enfermeira (o) tem sua perspectiva (científica, técnica, preventiva, etc.) para prestar assistência. A perspectiva cristalizou-se, no tempo atual, no processo de enfermagem. Que vem a ser o processo de enfermagem? São ações, em sequência, a começar por três delas: 1) histórico de enfermagem,2) diagnóstico de enfermagem e 3) plano assistencial de enfermagem.

A essa altura, comentamos que isto é de fato o mesmo que por outros meios já vinha sendo feito. Utilizavam-se instrumentos variados, tais como a admissão detalhada, que hoje é substituída pelo histórico de enfermagem. O plano assistencial de enfermagem só pode ser feito a partir do diagnóstico de enfermagem. Quanto a este último, vale ressaltar que ele era feito; contudo não obedecia a requisitos formais, nem a registro escrito. O plano assistencial de enfermagem hoje é elaborado segundo normas que já estão sendo adotadas em alguns hospitais. Tal como no caso do histórico e diagnóstico, vinha sendo feito, embora o fosse em registros esparsos - livros e cartões de medicamentos e tratamentos, ordens e ocorrências, etc. Agora, entretanto, obedece a normas, para que o paciente seja atendido em suas necessidades próprias como ser bio-psico-social. Por exemplo, faz-se esforço para evitar-se a escala funcional, em que um paciente é atendido por várias pessoas, executando cada uma determinadas tarefas.

O plano assistencial de enfermagem está no ápice do triângulo formado pelas três ações citadas.

Para manter o plano assistencial ajustado ao paciente, duas outras ações são necessárias: o registro e estudo da evolução do paciente e o prognósticode enfermagem. Com dados obtidos nessas duas ações complementar es, a enfermeira poderá modificar, quando indicado, o plano assistencial de enfermagem.

Há pelo menos três razões para que a enfermeira utilize o plano assistencial de enfermagem.

A primeira é muito ampla: toda a cultura ou civilização é feita de comportamentos simbólicos. Criamos espectativas de comportamentos e agimos de modo concatenado uns com os outros. Como trabalha a costureira, o médico, o dentista, o bolconista tem importância para o funcionamento racional da sociedade. A vida é um constante empenho para satisfazerem-se as necessidades. Em segundo lugar, as ações de enfermagem têm que ser previstas; têm que ser registradas. A fundamentação científica de nossas ações comporta o tratamento que é habitual entre aqueles que exercem não um simples ofício, mas uma profissão.

Outra razão é a necessidade de comunicaçãof não só efetiva mas sem as dúvidas evitáveis.

Pode-se encontrar pessoas-legisladores, por exemplo - que não sabem o que faz a enfermeira. Infelizmente, muitas de nós têm deixado de fazer os registros escritos apropriados. No presente estamos compreendendo que a atitude profissional nos impele a fazer, eticamente, os registros que nos competem, observado o disposto no inciso XVII do Art. 9.º do Código de Deontologia de Enfermagem

E, por último, os bons registros são essenciais para pesquisas. Cada vez mais, temos que produzir os nossos próprios achados, contribuindo para o progresso de conhecimento (HGD)

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 1977
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