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A Educação e os novos tempos

Quando se pensa em Educação nos tempos atuais, inovação e renovação são as palavras-chave que nos vêm à mente, principalmente, após as inquietações geradas pela pandemia. A pandemia reforçou o que já se sabia, a desigualdade de acesso ao ensino remoto prejudicou os estudantes mais vulneráveis, os com menos recursos. Sabemos que promover de forma mais efetiva o acesso as tecnologias digitais a todos deve ser prioridade dos governos que entendem a Educação como um investimento para o país. Mas só isso responde a toda uma gama de questões sobre como deve ser a Educação no segundo quarto do século XXI (2025–2050)?

Devaneando sobre estas questões, Charlot (2023)CHARLOT, B. O ser humano é uma aventura: por uma antropopedagogia contemporânea. Revista Internacional Educon, São Cristovão, v. 4, n. 1, e23041001, jan./abr. 2023. https://doi.org/10.47764/e23041001
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, em seu manuscrito “O ser humano é uma aventura”, nos presenteia com um texto sobre como pensar uma pedagogia contemporânea que ultrapasse o debate entre o “novo” e o “tradicional”. Se olharmos por outro ângulo, a premissa do seu texto, na realidade, nos convida a refletir sobre uma nova forma de educar que nos ajude a enfrentar os desafios do presente século.

Pensando em todas as mudanças que têm ocorrido nas políticas mundiais, no clima, no avanço da tecnologia com a inteligência artificial, torna-se imprescindível refletir sobre uma “Educação contemporânea”, para que possamos repensar o futuro das próximas gerações. E por que falar sobre isso? Porque são muitos os novos desafios que estão surgindo, e que esta e as próximas gerações terão de enfrentar. Estamos falando de desafios ecológicos - que não são apenas climáticos, mas também sanitários, de ordem alimentar, e geopolíticos-; desafios culturais e sociais, suscitados pelas tecnologias digitais da informação e comunicação, pelo advento da inteligência artificial e o impacto no mercado de trabalho; desafios demográficos, tendo em vista que há cada vez mais, menos jovens e cada vez mais, mais idosos; além dos problemas que a nossa geração herdou e que vamos deixar para as próximas: desigualdade social, racismo e discriminações de vários tipos (Charlot, 2023CHARLOT, B. O ser humano é uma aventura: por uma antropopedagogia contemporânea. Revista Internacional Educon, São Cristovão, v. 4, n. 1, e23041001, jan./abr. 2023. https://doi.org/10.47764/e23041001
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).

De fato, no momento em que vivemos não há uma nova forma de Educação contemporânea, ao menos, não uma que seja equivalente a pedagogia jesuítica na Época Moderna - com suas normas e conteúdos -, nem uma pedagogia laica e republicana, como foi a do século XIX ou um grande movimento por uma escola “nova” como ocorreu no início do século XX. Não há, nestes novos tempos, nada que se compare ao movimento da Escola Nova, especialmente forte na Europa, América do Norte e Brasil, na primeira metade do século XX. Movimento que acreditava que a Educação era elemento verdadeiramente eficaz para a construção de uma sociedade democrática, que levava em consideração as diversidades, respeitando a individualidade do sujeito, aptos a refletir sobre a sociedade e capaz de inserir-se nessa sociedade.

Ao longo do século XX as mudanças na Educação foram ocorrendo no Brasil e no mundo, a escola nova, a escola das décadas de 1960 e 1970, voltada para o desenvolvimento do país, a dos anos 1980, definida pela lógica da globalização e do neoliberalismo, da qualidade, eficácia e diversificação, face a concorrência dos mercados internos e internacionais. Era preciso produzir mais, melhor, usando máquinas e processos cada vez mais eficazes, porém, caros (Charlot, 2007CHARLOT, B. Educação e Globalização: uma tentativa de colocar ordem no debate. Sísifo: Revista de Ciências da Educação, n. 4, p. 129-136, ou./dez. 2007. Disponível em: http://sisifo.ie.ulisboa.pt/index.php/sisifo/article/view/84/127. Acesso em: 8 fev 2024.
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).

Por isso, no final do século passado, a escola precisava não apenas desenvolver competências técnicas novas, mas também, aumentar o nível da formação básica da população, por meio da ampliação da escolaridade obrigatória da maioria da população até, pelo menos, o fim do Ensino Médio. Hoje, a maior parte dos governos, mediante a adoção de políticas públicas educacionais, encaminha as novas gerações à universidade ou aos institutos técnicos para responder às demandas do mercado de trabalho e das organizações internacionais.

Além disso, muito se discute sobre a escola ideal do século XXI em um mundo tão dependente das novas tecnologias. É preciso compreender que, a facilidade da informação, e o conhecimento de informática, não significa maior nível de Educação, nem de saber. Somente a ferramenta tecnológica não habilita ninguém a resolver as dificuldades que os estudantes enfrentam na atualidade. Novas práticas didáticas, novos recursos para o ensino são sempre desejados, mas por si só não são suficientes para promoverem a Educação. Introduzir nas escolas tecnologias avançadas e Educação a distância não são, sozinhas, respostas para uma Educação de qualidade.

O objetivo do ensino não deveria ser a transmissão apenas do já conhecido, mas o desenvolvimento da capacidade de observação e de reflexão crítica. Isto é inovação. Os métodos podem evoluir, podem ser aprimorados para melhor satisfazerem aos anseios do indivíduo, mas sendo o homem um ser social, a transmissão do conteúdo de uma geração à outra deve vir sempre unida à busca de sentido.

Morin (2005)MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005., muito diligentemente, contribui para esta discussão quando, em seus textos, fez reflexões sobre a função da escola e a finalidade do conhecimento. Para ele, o conhecimento científico ainda continua sendo concebido como tendo por missão dissipar a aparente complexidade dos fenômenos, a fim de revelar a ordem simples a que eles obedecem. Para isso precisamos alcançar a complexidade das coisas e para tal, também é necessária uma tomada de consciência radical por parte do professor, do pesquisador, do cientista, do gestor escolar e também do aluno. Isto é, a transmissão dos saberes precisa estar diretamente relacionada à busca de sentido (Werneck, 2019WERNECK, V. R. O papel da educação na aprendizagem e no conhecimento. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 20, n. 57, p. 62-81, abr.-jun. 2019. https://doi.org/10.12957/teias.2019.35241
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).

As escolas, ao ensinarem o aluno a ponderar, a analisar, a criticar, a sintetizar estão cumprindo o seu papel de promover o aperfeiçoamento humano, o refinamento da sociedade e a preparação do estudante para a produção do conhecimento.

Ao discorrer sobre os saberes necessários à Educação do futuro, Morin (2014)MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2014., findou por descrever a função da escola. Para o sociólogo, a função da escola é ensinar ao estudante o que é o conhecimento, e tão importante quanto dominar as ferramentas tecnológicas, é entender o que é a condição e a identidade humana; tendo em mente, que, em todos os domínios do conhecimento, sobretudo na história, o surgimento do inesperado é algo vital, porque para o autor, a incerteza é um dos saberes necessários à Educação.

Nesse contexto, uma nova pedagogia contemporânea se faz necessária para responder a esta complexa realidade dos novos tempos. Como afirma Charlot: “a Educação é uma forma de enfrentar a crescente barbárie” (Charlot, 2023)1 1 Charlot entende que, para que o conhecimento avance, precisamos de uma pedagogia contemporânea conquistadora, que enfrente a barbárie dos novos tempos. Barbárie que o autor classifica como sendo a negação da plena humanidade do outro. Barbárie esta, que tem explodido na atualidade com o avanço de novas guerras, o regresso do nacionalismo agressivo, do fanatismo religioso, do racismo, e de vários tipos de intolerância, além de uma nova categoria, denominada de ciberbarbárie, que é àquela praticadas nos espaços virtuais, por meio do assédio nas redes, notícias falsas e conspirações (Charlot, 2023). . E a barbárie é a negação da plena humanidade do outro e o oposto da Educação. Apesar de essencial, a Educação não é a única forma de resposta às questões trazidas pelos novos tempos, nem a introdução de novas tecnologias é a resposta para tudo, é necessário vincular a luta por uma Educação renovada, a outras lutas culturais, sociais e políticas.

A partir do pensamento dos dois sociólogos, entendemos que a inovação e a renovação na Educação são bem-vindas, se entendermos a Educação como uma prática social e como um processo. Um processo único de aprendizagem associado à escola, à família e à sociedade. Se aceitarmos que a Educação é uma prática social, submetida à permanentes questionamentos e conduzida a finalidades coletivamente instituídas, aceitaremos também que a prática da Educação é acompanhada por uma intensa atividade de pesquisa, de exame e de reflexão. A Educação é o processo social que leva o ser humano a reconhecer, buscar, instaurar, hierarquizar os valores de modo a aprimorar-se como sujeito integrante da sociedade. E, se for entendida, como um processo de aperfeiçoamento e de humanização do sujeito, incorporando inovações tecnológicas e saberes ancestrais, a Educação será sempre considerada como fundamental, inclusiva e para todos (Dias, 2023DIAS, E. A educação e a escola. Para que servem as escolas?. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 31, n. 120, e0231201, jul./set. 2023. https://doi.org/10.1590/S0104-40362023003101201
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).

Estas indagações estão refletidas nos artigos que ora publicamos. Este número da Ensaio procura contribuir para este debate, publicando textos científicos, plurais, que compreendem o momento atual e que discutem questões relevantes, como, a pesquisa multicultural, numa perspectiva decolonial, a função social da escola hoje, a relevância do estudo da Educação sexual nas escolas, a personalização da aprendizagem e as novas tecnologias, a Educação de jovens e adultos, o avanço da produção científica no Brasil, a sala de aula virtual durante a pandemia, entre outros temas, que, certamente, auxiliarão os pesquisadores nacionais e estrangeiros em seus estudos.

O primeiro bloco de artigos, nos traz o texto inédito das professoras Vera Candau e Ana Ivenicki, intitulado “A pesquisa multi/intercultural na Educação: possibilidades de articulação a processos educativos”, texto no qual as autoras refletem sobre concepções de pesquisa educacional sob o ponto de vista multicultural e decolonial, problematizando as formas eurocentradas pelas quais questões educacionais como avaliação, currículo, formação de professores, políticas públicas têm sido tratadas ao longo das décadas, invisibilizando saberes de culturas subjugadas pelo processo colonial.

Lia Fialho, Vanusa Neves e Manuel Oliva, analisaram em seu texto “Políticas públicas para o Ensino Superior: a produção científica brasileira em circulação internacional”, dezenas de artigos que mostravam a produção científica sobre políticas públicas no Ensino Superior, no período de 2000 a 2022. Os autores realizaram uma análise qualitativa da produção científica organizada em cinco categorias: influências do neoliberalismo na Educação brasileira; Educação para o desenvolvimento sustentável; matizes da expansão da Educação a distância; formação continuada de professores; e Educação inclusiva no Ensino Superior.

Ainda neste primeiro bloco de artigos, temos a pesquisa da professora Jofina Lázaro João Félix Mubate, “Educação sexual no programa do Ensino Secundário Geral em Moçambique: análise dos Planos Estratégicos da Educação 1999–2021”, cujo objetivo foi compreender como a Educação sexual está sendo abordada no programa do Ensino Secundário Geral em Moçambique. O estudo da professora revelou que a introdução da Educação sexual nas políticas educacionais moçambicanas foi fortemente influenciada pelos programas das Nações Unidas. Em Moçambique, a Educação sexual assumiu diferentes contornos ao longo dos anos, e a medida que os planos estratégicos da Educação foram revistos, a abordagem feita ao conceito de Educação sexual foi se tornando mais abrangente, trazendo não apenas aspectos pedagógicos, mas outros de natureza biológica, psicológica e social, o que beneficia amplamente os alunos.

Carla Cafagnni, da Universidade de São Paulo, nos traz um ensaio crítico intitulado “Qual a função social da escola? Reflexões de nuances sociais e políticas a respeito da instituição escolar”, no qual discute os conhecimentos que circulam no ambiente escolar e sua importância para a manutenção da organização de classes. Para a autora, pensar a função social da escola é pensar os sentidos da Educação e da sociedade que a constrói e que se constrói a cada dia. A seu ver, a formação do sujeito e de sua subjetividade são produtos do processo educativo a que este mesmo sujeito está submetido e se há interesse da sociedade em participar desse processo de forma consciente e articulada, tendo por finalidade uma organização social mais justa, a escola, as “pedagogias”, a Educação precisa ter políticas públicas com objetivos definidos para este fim.

No segundo bloco de artigos do número 122 da Ensaio, temos o artigo “Learning analytics and personalization of learning: a review”, de Nubia Gonzalez e Andres Chiappe, no qual discutem a Educação no século XXI mediada pelas tecnologias digitais. Em seguida, Valeria Novais e Abdeljalil Akkari, analisaram em seu texto: “A Educação de jovens e adultos na perspectiva das agendas internacionais e no Brasil”, as orientações presentes nas agendas internacionais das últimas três décadas no que respeita à Educação de jovens e adultos.

Professores brasileiros e mexicanos, apresentam o artigo intitulado “From academic doctorates to professional doctorates: comparative analysis of experiences in Ibero-America”, André José Fruchi, Adolfo Calderón, Josefina Salceda, Margarita Figueroa Bustos, no qual discutem a expansão dos doutorados profissionais como modelo de formação doutoral, paralelo e independente dos tradicionais doutorados acadêmicos.

Lourdes Cavalcanti e Maria das Graças Guerra, discutem no seu artigo intitulado “Estado da arte do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI): levantamento da produção acadêmica e cientifica no Brasil”, a produção acadêmica e científica sobre o Plano de desenvolvimento, no período de 2012 a 2021, no contexto da avaliação institucional nas Instituições Federais de Ensino Superior.

Kelmara Mendes Vieira, Aline Carvalho, Leander Klein e Breno Pereira, autores do manuscrito “Student self - assessment of the graduate course: a multidimensional model proposal” desenvolveram um inovador modelo de autoavaliação para alunos e egressos de cursos de pós-graduação. Realizaram uma pesquisa com estudantes e ex-alunos de uma instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil. Na pesquisa, propuseram um modelo considerando as percepções dos alunos e ex-alunos sobre a infraestrutura da instituição, as disciplinas do curso, os professores do curso, os orientadores e os apoios administrativos como antecedentes e a satisfação como resultado da avaliação do curso.

No último bloco de artigos temos o texto “Sala de aula virtual e aceleração social moderna no contexto Covid-19”, de Josney Brito, Artur Vitorino e Alexandre Nunes, no qual procuraram refletir sobre as percepções de professores e estudantes no que se refere à questão da tecnologia durante a pandemia. Analisaram se as implicações, do ambiente virtual, estimularam o adensamento de experiências e episódios de ação, de modo a impactar a organização pessoal do tempo de professores e alunos durante a aula.

Ainda no âmbito da pandemia, Erlaine Binotto, Jane Alves Mendonça, João Araujo e Roselyn Fountoura, no artigo intitulado “University professors: What are the challenges and perspectives from pandemic?” refletiram sobre os desafios e as perspectivas na vida laboral dos docentes universitários que realizaram tele trabalho durante a pandemia da Covid-19.

René Valdés e Carla Fardella, no texto “El ideal profesional de equipo directivo en las políticas de inclusión escolar en Chile”, elaboraram um estudo documental sobre o ideal profissional de uma equipe de gestão organizada para implementar políticas de inclusão no Chile. Concluíram que o ideal profissional que se constrói nas políticas de inclusão traz implicações, possibilidades e limitações, no que concerne à liderança das escolas inclusivas.

Fechando o último bloco, temos o artigo de Glaucya Lino e Maria Judith Sucupira da Costa Lins, “Assessment of Education for peace and ethical learning at school”, no qual discutem a Educação para a Paz baseada nas virtudes aristotélicas com crianças em situação de risco, trazendo à tona a questão, sempre atual, da violência escolar em uma escola pública no Rio de Janeiro.

Encerrando este número da Ensaio com maestria, temos um original do professor Bernard Charlot, na seção “Página Aberta”, no qual faz uma reflexão aprofundada da questão da Educação, da Barbárie no século XXI e do que seria uma Educação contemporânea, abordando aspectos pedagógicos e antropológicos para explicar o ser humano, o contexto atual e a Educação.

Resta-nos desejar a todos uma boa leitura!

Referências

  • CHARLOT, B. Educação e Globalização: uma tentativa de colocar ordem no debate. Sísifo: Revista de Ciências da Educação, n. 4, p. 129-136, ou./dez. 2007. Disponível em: http://sisifo.ie.ulisboa.pt/index.php/sisifo/article/view/84/127 Acesso em: 8 fev 2024.
    » http://sisifo.ie.ulisboa.pt/index.php/sisifo/article/view/84/127
  • CHARLOT, B. O ser humano é uma aventura: por uma antropopedagogia contemporânea. Revista Internacional Educon, São Cristovão, v. 4, n. 1, e23041001, jan./abr. 2023. https://doi.org/10.47764/e23041001
    » https://doi.org/10.47764/e23041001
  • DIAS, E. A educação e a escola. Para que servem as escolas?. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 31, n. 120, e0231201, jul./set. 2023. https://doi.org/10.1590/S0104-40362023003101201
    » https://doi.org/10.1590/S0104-40362023003101201
  • MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005.
  • MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2014.
  • WERNECK, V. R. O papel da educação na aprendizagem e no conhecimento. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 20, n. 57, p. 62-81, abr.-jun. 2019. https://doi.org/10.12957/teias.2019.35241
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    Charlot entende que, para que o conhecimento avance, precisamos de uma pedagogia contemporânea conquistadora, que enfrente a barbárie dos novos tempos. Barbárie que o autor classifica como sendo a negação da plena humanidade do outro. Barbárie esta, que tem explodido na atualidade com o avanço de novas guerras, o regresso do nacionalismo agressivo, do fanatismo religioso, do racismo, e de vários tipos de intolerância, além de uma nova categoria, denominada de ciberbarbárie, que é àquela praticadas nos espaços virtuais, por meio do assédio nas redes, notícias falsas e conspirações (Charlot, 2023).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Mar 2024
  • Data do Fascículo
    2024
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