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O recadastramento biométrico reduz a participação política? Agradecemos a dois pareceristas pelos ótimos comentários, que melhoram muito o texto.Também agradecemos aos editores responsáveis pelas várias e ótimas sugestões. Este artigo é uma versão consideravelmente expandida da monografia de conclusão de curso de Pedro Rodrigues, " O efeito do recadastramento biométrico sobre as eleições brasileiras", que conquistou o 3º lugar no Prêmio de Monografias do Departamento de Economia da FEA/USP em 2022. Agradecemos aos financiadores do prêmio.

Resumo

O recadastramento biométrico, considerado um custo adicional para a participação na eleição, pode representar um constrangimento no direito ao voto. Por outro lado, pode ter repercussões relevantes ao coibir a fraude nas eleições. Avaliamos o seu impacto na participação eleitoral com uma regressão de diferença em diferenças (DID), comparando municípios que aderiram antes ao recadastramento biométrico com municípios que aderiram depois ou nunca aderiram. Abordamos preocupações recentes na literatura com tratamentos escalonados e usamos métodos robustos às tendências não paralelas. Concluímos que o recadastramento biométrico foi bem-sucedido em reduzir o número de registros eleitorais sem afetar a participação de eleitores reais no processo, o que plausivelmente pode representar uma redução na quantidade de eleitores fantasmas nas eleições brasileiras.

Palavras-chave:
Eleições; Comparecimento; Participação política

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