RESUMO
Objetivo:
avaliar a associação entre as práticas parentais e comportamento alimentar da criança.
Método:
estudo transversal, realizado com 368 crianças de um a cinco anos de idade, cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família da zona urbana do município de Divinópolis-MG. Realizou-se avaliação antropométrica para classificação do estado nutricional das crianças. Coletaram-se informações de janeiro a setembro de 2019 referentes a dados demográficos, socioeconômicos, estilo de vida, estado de saúde, dietéticos, práticas parentais e comportamento alimentar das crianças. O comportamento alimentar da criança foi avaliado por meio do questionário de frequência alimentar, onde se estimou o consumo diário de alimentos ultraprocessados. Regressão linear múltipla foi usada para avaliar a associação de práticas parentais e comportamento alimentar da criança, com um nível de significância de 5%.
Resultados:
identificou-se um maior consumo de alimentos ultraprocessados quando os pais realizavam práticas de força física (p<0,018), recompensa para comer (p<0,002) e restrição alimentar (p<0,011). Associação negativa com o consumo de ultraprocessados foi evidenciada quando os pais realizavam orientação para alimentação saudável (p<0,006), monitoramento autoritativo (p<0,017) e reforço positivo ao comportamento infantil considerado adequado (p<0,046).
Conclusão:
os resultados deste estudo evidenciaram que práticas parentais associam-se ao comportamento alimentar das crianças. Portanto, recomendam-se investigações acerca dos determinantes desse comportamento.
DESCRITORES:
Comportamento alimentar; Criança; Família; Psicologia; Alimentos