O avanço no diagnóstico das doenças da tireóide criou uma nova categoria de doenças representada pelo hipertireoidismo e hipotireoidismo subclínicos. Na década de 80, surgiram os métodos imunométricos para dosagem da tireotropina (TSH) considerados os mais custo-efetivos para o rastreamento de doenças da tireóide. O segundo passo no rastreamento das doenças da tireóide é a determinação dos níveis séricos de tiroxina, e vários métodos custo-efetivos estão disponíveis no mercado. Usando-se o TSH e a tiroxina é possível diagnosticar quatro situações clínicas: hipotireoidismo e hipertireoidismo e hipotireoidismo subclínico e hipertireoidismo subclínico. O hipotireoidismo subclínico pode ser um fator de risco muito importante para doença cardiovascular em mulheres idosas. A mortalidade cardiovascular nas mulheres brasileiras é uma das mais elevadas do mundo ocidental. Os fatores de risco para doença cardiovascular mais conhecidos são tabagismo, hipercolesterolemia, hipertensão arterial e diabetes mellitus. Esses fatores, tidos como primários, podem ser conseqüência de fatores de risco primordiais como pode ser o caso do hipotireoidismo subclínico. A detecção precoce de doenças da tireóide em mulheres com mais de 50 anos pode ser uma opção custo-efetiva na prevenção das doenças cardiovasculares nas mulheres brasileiras.
Hipotireoidismo; Subclínico; Sintomas; Doenças da tireóide; Doenças cardiovasculares
