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ESTUDOS SOBRE O CUIDADO NA SOCIOLOGIA: A CONTRIBUIÇÃO DE NADYA ARAUJO GUIMARÃES E HELENA HIRATA

STUDIES ON CARE IN SOCIOLOGY: THE CONTRIBUTION OF NADYA ARAUJO GUIMARÃES AND HELENA HIRATA

Resumo

O objetivo desse registro de pesquisa é situar os três livros publicados recentemente por Nadya Araujo Guimarães e Helena Hirata sobre o trabalho de cuidado na consolidação de um novo campo de estudos e pesquisas nas ciências sociais e salientar as contribuições que oferecem à sociologia do trabalho e ao entendimento multifacetado das desigualdades sociais no país e na América Latina.

Palavras-chave
Trabalho de cuidado; gênero; desigualdades sociais

Abstract

The aim of this research register is to situate the three recently published books on carework by Nadya Araujo Guimarães and Helena Hirata in the consolidation of a new field of studies and research in the social sciences and to highlight the contributions they offer to the sociology of work and to the multifaceted understanding of social inequalities in the country and in Latin America.

Keywords
Carework; gender; social inequalities

As últimas décadas assistiram em âmbito nacional e internacional a crescente interesse pelos estudos sobre o cuidado como uma dimensão fundamental da vida social. Essa prática, que joga luz sobre o emaranhado de redes de pessoas comprometidas com o atendimento das necessidades de outras pessoas e evidencia que somos vulneráveis e dependentes uns dos outros, foi, por muito tempo, negligenciada pelo projeto normativo moderno, ancorado na figura do indivíduo autônomo, livre e soberano (Tronto, 2007Tronto, Joan. (2007). Assistência democrática e democracias assistenciais. Sociedade & Estado, 22/2, p. 285-308.). A teoria social, ao compartilhar, em larga medida, dessa matriz cultural, descuidou da análise crítica da contraparte que sustenta tal narrativa: o trabalho reprodutivo, realizado na esfera privada por um ator específico - as mulheres. A crença naturalizada na diferença entre os sexos, seja por mandato biológico ou divino, fez com que o cuidado, um dos principais pilares da vida em comum, fosse esquecido.

Só a partir dos anos 1980 o cuidado passou a ser tema abordado pelas diferentes disciplinas ou subdisciplinas das ciências sociais e tratado a partir de um amplo espectro de questões. Em uma ponta, encontram-se teorias de grande alcance relativas à ética do cuidado, que questionam as abordagens tradicionais da ética da justiça baseadas em princípios abstratos e universais. A ética do cuidado desenvolve uma nova perspectiva moral referenciada a contextos particulares e à interdependência das pessoas (Gilligan, 1982Gilligan, Carol. (1982). Uma voz diferente. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos.; Tronto,1993Tronto, Joan. (1993). Moral boundaries: a political argument for an ethic of care. NewYork: Routledge.).

Na outra ponta estão estudos empiricamente orientados, como aqueles realizados sobre as práticas de interação face a face entre provedoras de cuidado e aqueles que o recebem, nos quais as dimensões de trabalho emocional ganham relevo (Molinier, Laugier & Paperman, 2009Molinier, Pascale; Laugier, Sandra & Paperman, Patricia (dir.). (2009). Qu’est-ce que le care? Souci des autres, sensibilité, responsabilité. Paris: Petite Bibliothèque Payot.), passando por estudos comparativos dos padrões institucionais e lógicas políticas dos regimes de bem- estar social (Lewis, 2001Lewis, Jane. (2001). Legitimizing care work and the issue of gender equality. In: Daly, Mary (ed.). Care work: the quest for security. Geneva: ILO.; Jenson, 1997Jenson, Jane. (1997). Who cares? Gender and welfare regimes. Social Politics, 4/2., Razavi, 2007Razavi, Shahra. (2007). The political and social economy of care in a development context: conceptual issues, research questions and policy options. Gender and Development Programme Paper, 3. Geneva: UNRISD.; Sorj, 2008Sorj, Bila. (2008). O trabalho doméstico e de cuidados: novos desafios para igualdade de gênero no Brasil. In: Silveira, Maria Lucia da & Tito, Neuza (orgs.). Trabalho doméstico e de cuidados: por outro paradigma de sustentabilidade da vida humana. São Paulo: Sempreviva Organização Feminista.). Mais recentemente, desenvolveram-se ainda os estudos sobre cadeias internacionais do cuidado com base no trabalho de imigrantes dos países do sul global para atender ao chamado deficit de cuidado dos países mais ricos (Hochschild, 2014Hochschild, Arlie Russell. (2014). Global care chains and emotional surplus value. In: Engster, Daniel & Metz, Tamara (eds.). Justice, politics, and the family. New York: Routledge.).

De modo geral, no Brasil, os estudos sobre o cuidado se voltam para o tema das relações de trabalho e, portanto, se aproximam da sociologia do trabalho, área com longa tradição acadêmica no país. Por conta das críticas empreendidas pelos estudos feministas e de gênero, as categorias fundamentais da sociologia do trabalho foram profundamente afetadas. Ao questionar a naturalização do trabalho doméstico não remunerado, e consequentemente, a divisão sexual do trabalho, os estudos feministas não apenas ampliaram o escopo das relações sociais nomeadas como “trabalho”, mas indicaram a complexa e inextricável articulação entre trabalho produtivo e trabalho doméstico (Hirata & Kergoat, 2007Hirata, Helena & Kergoat, Danièle. (2007). Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Caderno de Pequisa, 37/132.; Sorj, 2000Sorj, Bila. (2000). Sociologia e trabalho: mutações, encontros e desencontros. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 15/43.).

Em momento subsequente, os estudos feministas passaram a distinguir trabalho doméstico e cuidado, entre outras razões, porque o cuidado vem sendo destacado como o principal fator responsável pelo limitado volume e baixa qualidade da participação feminina no mercado de trabalho remunerado (Himmelweit, 2000Himmelweit, Susan (ed.). (2000). Inside the household. From labour to care. London: Palgrave Macmillan.). A definição do trabalho de cuidado como uma prática que envolve afetos, emoções e responsabilidade para com o outro ensejou sua distinção das outras tarefas domésticas, apesar de as fronteiras entre eles serem bastante porosas. Além disso, o crescimento exponencial da mercantilização do cuidado em domicílios e em instituições de longa permanência, sobretudo nos países do norte global, e as variadas formas institucionais que assume fizeram do cuidado um campo de estudos específico.

As elaborações feministas ocorreram simultaneamente às mudanças sociais de grande escala que colocaram o cuidado no centro das atenções. Assim, o tema do cuidado emerge como um problema social, uma arena de conflitos mais ou menos explícitos, marcando novas e importantes divisões sociais e tensões subjacentes, em razão de diversos processos: o acelerado aumento da inserção de mulheres no mercado de trabalho, as mudanças demográficas, como o envelhecimento da população, os novos modelos de política social que continuamente redefinem as fronteiras entre responsabilidade privada e social, e a expansão da mercantilização das relações sociais.

A recente publicação de três volumes sobre o trabalho do cuidado de Nadya Araujo Guimarães, do Departamento de Sociologia da USP, e Helena Hirata, do CNRS, Paris (Guimarães & Hirata, 2021Guimarães, Nadya Araujo, A. & Hirata, Helena (eds.). (2021). Care and care workers. A Latin American perspective. Switzerland: Springer., 2020aGuimarães, Nadya Araujo, A. & Hirata, Helena (comps.). (2020a). El cuidado en América Latina Mirando los casos de Argentina, Brasil, Chile, Colombia y Uruguay. Buenos Aires: Fundación Medifé Edita., 2020bGuimarães, Nadya Araujo, A. & Hirata, Helena S. (2020b). O gênero do cuidado. Desigualdades, significações e identidades. SP: Ateliê Editorial.), evidencia a expansão do interesse a respeito do tema nas ciências sociais no Brasil e na América Latina. Fruto de longa e profícua parceria entre as autoras, seus estudos sobre cuidado se tornaram uma referência na produção acadêmica nacional e internacional.

O primeiro deles, O gênero do cuidado. Desigualdades, significações e identidades, reúne e sistematiza reflexões por elas produzidas nos últimos dez anos que desvendam o vigor da perspectiva do cuidado como trabalho e destacam aspectos importantes das desigualdades sociais do país. Baseando-se em rica variedade de fontes e em esmerada proposta analítica, o livro é denso e arguto. Diferentemente das pesquisas de que dispomos, que, em geral, adotam recortes empíricos específicos, o livro oferece uma ferramenta conceitualmente poderosa que privilegia as relações sociais abrangidas em vários domínios do cuidado, estudados a partir de quatro dimensões analíticas: o significado atribuído ao trabalho, os atores considerados aptos a realizar o trabalho, o tipo de relação social (mercantilizada ou não) e as formas de retribuição (monetária ou não).

A estratégia heurística de definir as modalidades de cuidado pelos significados atribuídos pelas próprias cuidadoras é o ponto de partida para a elaboração de um novo conceito: circuitos de cuidado. Três circuitos de cuidado são identificados: primeiramente, o trabalho doméstico não remunerado, em que o cuidado é significado enquanto uma “obrigação”. Nesse caso, o “amor” e a “responsabilidade familiar” conferem sentido à conduta subjetiva e estruturam o reconhecimento social de quem a realiza. Em segundo lugar, as formas mercantilizadas do cuidado, em que ele pode ser reivindicado como “profissão” (caso das cuidadoras) ou, apesar de semelhante, não ser entendido como um “trabalho de cuidado” (caso das trabalhadoras domésticas). O significado de cuidadora emana da vida cotidiana, da autodesignação das atoras, e se apresenta como uma forma de se diferenciar das empregadas domésticas, que, por sua vez, apesar de exercer múltiplas tarefas de cuidado nos domicílios, não se reconhecem como tais. Por fim, o terceiro tipo de circuito de cuidado refere-se às formas das “ajudas”, que remetem à reciprocidade da vida comunitária, recorrente em meio à população empobrecida de países altamente desiguais.

O livro se debruça de maneira mais detalhada sobre o trabalho mercantilizado de cuidadoras de idosos, uma atividade que vem se ampliando aceleradamente nas últimas décadas. Trata-se de ocupação que oferece desafios analíticos de primeira ordem. Ao mesmo tempo em que é uma atividade institucionalmente reconhecida pelos órgãos produtores de estatísticas sociodemográficas, ela não é legalmente reconhecida como profissão. Apesar da criação de uma nomeação alternativa, que a distingue de outras formas mais estigmatizadas como o emprego doméstico, as cuidadoras têm que enfrentar estratégias de desclassificação por outras trabalhadoras, cujo trabalho de cuidado já foi socialmente reconhecido como profissão, como é o caso das enfermeiras e auxiliares de enfermagem. Comprimidas entre estas duas categorias regulamentadas - das domésticas e das enfermeiras -, as cuidadoras têm seu pleito por reconhecimento profissional continuamente frustrado.

A complexidade e as ambivalências do trabalho de cuidadora não decorrem exclusivamente da fluidez das fronteiras que o separam da trabalhadora doméstica e das enfermeiras, nem somente pelo arcabouço institucional e legal que as define ou exclui de um status profissional, mas se manifestam também na relação de trabalho concreto entre beneficiário e provedora do cuidado, que envolve afetos, emoções e, como Julia Twigg (2004)Twigg, Julia. (2004). The body, gender, and age: feminist insights in social gerontology. Journal of Aging Studies, 18/1. argumentou, constante relação física e íntima.

Em vista disso, a análise fina da dimensão da sexualidade no trabalho de cuidado em domicílios e em instituições de idosos dependentes em diferentes países, como Argentina, Brasil, França e Japão, permite desvelar o complexo de emoções envolvidas, que não cabem na imagem arrumada de organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde a respeito da saúde sexual aceitável dos idosos e da “boa distância” prescrita aos profissionais de cuidado. A apreensão das experiências perturbadoras das cuidadoras e das estratégias por elas adotadas para “deserotizar sem desafetizar” a relação com a pessoa cuidada deslinda a imensa carga de trabalho emocional exigida e as negociações constantes que são implicadas na relação de trabalho. Apesar dos vários instrumentos de pesquisa disponíveis, o acesso às vivências e experiências desse trabalho é difícil, pois se trata de um tema revestido de tabus que atingem igualmente os próprios pesquisadores.

Se o gênero é a abordagem privilegiada pela qual o trabalho de cuidado é teorizado, pois todos os “circuitos de cuidado” são nichos femininos, as análises são também atravessadas pela perspectiva das múltiplas desigualdades como raça, classe, nacionalidade, que produzem um sistema interdependente de poder que leva à subvalorização das competências do trabalho de cuidado, sobretudo no circuito mercantilizado. Essa característica comum é ilustrada na comparação internacional empreendida pelas autoras entre Brasil, França e Japão. O trabalho de cuidado de idosos nos domicílios ou em instituições de longa permanência para idosos (Ilpis), apesar das importantes variações no que concerne à gestão do trabalho, ao modo de engajamento e ao perfil de trabalhadores/as, compartilham características comuns, isto é, a centralidade do trabalho de mulheres e a sua desvalorização econômica e simbólica.

A discussão travada no último capítulo do livro sobre os deslocamentos provocados na vida cotidiana pela crise econômica e sanitária recente põe em relevo a atualidade do livro. A crise torna evidente que o cuidado afeta a todos e não apenas às pessoas dependentes porque privadas de autonomia. As autoras se perguntam se esse reconhecimento permitirá imaginar uma sociedade mais solidária, em que cuidado seja percebido como essencial para o bem-estar coletivo.

A riqueza das reflexões e de recortes empíricos contidos nesse livro representa um grande avanço nos estudos sobre cuidado, gênero e trabalho. A abordagem compreensiva, no duplo sentido da expressão - como amplitude do fenômeno estudado e como um método que valoriza o significado que os atores conferem a suas ações -, é uma referência imprescindível para os estudiosos do tema.

PERSPECTIVAS LATINO-AMERICANAS

As desigualdades sociais têm sido um dos principais temas da sociologia latino- americana desde a segunda metade do século XX. A questão foi formulada sobretudo a partir do prisma das teorias da modernização e da dependência, fortemente ancoradas em abordagens econômicas dos processos sociais. Recentemente, o estudo das desigualdades sociais na região passou a incorporar perspectivas teóricas mais multifacetadas e complexas. As duas coletâneas em língua estrangeira sobre a América Latina representam essa virada analítica, que tem no tema do cuidado um lugar privilegiado de observação e produção de conhecimentos sobre a região.

Publicadas no exterior, El cuidado en América Latina e Care and care workers são coletâneas que reúnem um notável grupo de pesquisadoras, sobretudo latino-americanas, que participaram de seminário realizado na Universidade de São Paulo em 2018. As organizadoras, Nadya e Helena, mostram mais uma vez que ocupam um lugar destacado na formação de redes de estudiosas que atravessam diferentes países.

A perspectiva interseccional das desigualdades de gênero, de raça e de classe é a postura analítica que informa as análises apresentadas. Ao reunir estudos sobre o trabalho de cuidado e sua organização social em cinco países da região, Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Colômbia, as coletâneas apresentam análises abrangentes e diversificadas, apoiadas em sólidas pesquisas empíricas.

A diversidade de temas que compõem as coletâneas é impressionante. Eles vão desde a questão do cuidado estético de mulheres negra que, ao assumir o cabelo afro, resgatam uma identidade coletiva abafada pelas representações racistas do corpo negro, até análises macrossociológicas sobre mudanças estruturais que vêm alterando os padrões de oferta e procura por trabalho de cuidado, além de abordar regimes de proteção social e políticas públicas de cuidado nos países selecionados, passando pela análise das tensões entre mercantilização e ética do cuidado e ainda diferentes ativismos políticos que emergiram recentemente entre pessoas com deficiências.

O chão comum do trabalho de cuidado é a informalidade, a fragilidade dos sistemas de proteção social, a precária institucionalização da atividade e seu pouco reconhecimento social, marcas que refletem a longa experiência da colonização, escravidão e formas de dominação racial e étnica na região, apesar das especificidades das trajetórias históricas nacionais. A identificação de raízes históricas de tais processos não implica uma leitura estática da questão do cuidado, pois as autoras identificam novas e emergentes tendências do trabalho de cuidado na região. Movimentos migratórios intrarregionais têm se feminizado e crescido em ritmo mais rápido do que a emigração para os países mais desenvolvidos. Nesses novos fluxos destacam-se as trabalhadoras de cuidado que compartilham baixos salários, status legal precário e discriminação racial, tornando mais complexas as configurações da estratificação social nos países receptores de imigrantes. Vários artigos das coletâneas destacam também que novas políticas de cuidado vêm marcando presença na região. O olhar propiciado pelas teorias feministas aguça uma leitura crítica sobre posições normativas que moldam tais políticas emergentes e questiona em que medida é possível ir além da provisão de acesso a serviços para dependentes a fim de promover mudanças culturais, sobre a divisão sexual do trabalho, apoiadas em modelos assentados na solidariedade e corresponsabilidade.

A riqueza dos recortes empíricos e a densidade analítica dos artigos alçam os três livros a obras seminais a ser exploradas pelos estudiosos do tema por muito tempo. A sociologia do cuidado vem se firmando no campo científico das ciências sociais, e o interesse público sobre o tema se alargou consideravelmente com a crise sanitária. Em vista disso, podemos antever que a renovação do apelo crítico e criativo da sociologia deve passar, nos próximos anos, pela consideração sobre a vulnerabilidade da vida humana e por posicionar a ética do cuidado no centro das suas reflexões.

REFERÊNCIAS

  • Gilligan, Carol. (1982). Uma voz diferente Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos.
  • Guimarães, Nadya Araujo, A. & Hirata, Helena (eds.). (2021). Care and care workers. A Latin American perspective. Switzerland: Springer.
  • Guimarães, Nadya Araujo, A. & Hirata, Helena (comps.). (2020a). El cuidado en América Latina Mirando los casos de Argentina, Brasil, Chile, Colombia y Uruguay Buenos Aires: Fundación Medifé Edita.
  • Guimarães, Nadya Araujo, A. & Hirata, Helena S. (2020b). O gênero do cuidado. Desigualdades, significações e identidades SP: Ateliê Editorial.
  • Himmelweit, Susan (ed.). (2000). Inside the household. From labour to care London: Palgrave Macmillan.
  • Hirata, Helena & Kergoat, Danièle. (2007). Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Caderno de Pequisa, 37/132.
  • Hochschild, Arlie Russell. (2014). Global care chains and emotional surplus value. In: Engster, Daniel & Metz, Tamara (eds.). Justice, politics, and the family New York: Routledge.
  • Jenson, Jane. (1997). Who cares? Gender and welfare regimes. Social Politics, 4/2.
  • Lewis, Jane. (2001). Legitimizing care work and the issue of gender equality. In: Daly, Mary (ed.). Care work: the quest for security Geneva: ILO.
  • Molinier, Pascale; Laugier, Sandra & Paperman, Patricia (dir.). (2009). Qu’est-ce que le care? Souci des autres, sensibilité, responsabilité. Paris: Petite Bibliothèque Payot.
  • Razavi, Shahra. (2007). The political and social economy of care in a development context: conceptual issues, research questions and policy options. Gender and Development Programme Paper, 3. Geneva: UNRISD.
  • Sorj, Bila. (2008). O trabalho doméstico e de cuidados: novos desafios para igualdade de gênero no Brasil. In: Silveira, Maria Lucia da & Tito, Neuza (orgs.). Trabalho doméstico e de cuidados: por outro paradigma de sustentabilidade da vida humana São Paulo: Sempreviva Organização Feminista.
  • Sorj, Bila. (2000). Sociologia e trabalho: mutações, encontros e desencontros. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 15/43.
  • Tronto, Joan. (2007). Assistência democrática e democracias assistenciais. Sociedade & Estado, 22/2, p. 285-308.
  • Tronto, Joan. (1993). Moral boundaries: a political argument for an ethic of care NewYork: Routledge.
  • Twigg, Julia. (2004). The body, gender, and age: feminist insights in social gerontology. Journal of Aging Studies, 18/1.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Maio 2022
  • Data do Fascículo
    Sep-Dec 2021

Histórico

  • Recebido
    10 Jun 2021
  • Aceito
    25 Out 2021
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