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Impurezas fibrosas da cana-de-açúcar e parâmetros tecnológicos do caldo extraído

Sugarcane fibrous impurities and technological parameters of the extracted juice

Resumos

O presente trabalho teve por objetivo verificar o efeito da presença de folhas verdes e folhas secas nos parâmetros tecnológicos do caldo da cana-de-açúcar, tendo como controle a adição de fibra do colmo. Os ensaios foram delineados tendo por base a adição de quantidades das fontes fibrosas - folha verde, folha seca e fibra do colmo - para formular amostras que correspondessem a acréscimos absolutos de 0,25 ; 0,50 e 0,75 pontos porcentuais sobre o teor de fibra da cana do tratamento controle. Os resultados mostraram que a presença de folhas verdes causaram redução no Brix, pol e pureza do caldo, e elevação do teor de açúcares redutores e cinzas do caldo. Estes resultados, estatísticamente significativos a nível de 1% de probabilidade, foram expressos por equações de regressão linear e coeficiente de correlação. A presença de folhas secas bem como a adição de fibra do próprio colmo, não induziram a alterações no caldo.

cana-de-açúcar; impureza; folha; caldo


The objective was to observe the effect of the presence of green leaves and dry leaves on technological parameters of sugarcane juice, related to a control treatment with the addition of fiber extracted from the stalks. The experiment was based on the addition of known quantities of fibrous sources, in order to formulate samples with absolute increases of 0.25; 0.50 and 0.75 percentual points over the fiber content of the sugarcane control tretment. The green leaves caused a reduction of the Brix, pol and juice purity, and an increase on the juice content of reducing sugars and ash. These results, statiscally significant at the level of 1% of probability, were expressed by linear regression equations and correlation coeficients. The presence of dry leaves extracted from their stalks as fiber addition, did not induce alterations in the juice.

sugarcane; impurity; trash; leaf; juice


Impurezas fibrosas da cana-de-açúcar e parâmetros tecnológicos do caldo extraído

Roberto Bovi1*; Gil Eduardo Serra2

1Depto. de Agroindústria, Alimentos e Nutrição - ESALQ/USP, C.P. 9 - CEP: 13418-900 - Piracicaba, SP.

2Depto. de Tecnologia - FEA/UNICAMP, CEP: 13081-970 - Campinas, SP.

*e-mail: rbovi@carpa.ciagi.usp.br

RESUMO: O presente trabalho teve por objetivo verificar o efeito da presença de folhas verdes e folhas secas nos parâmetros tecnológicos do caldo da cana-de-açúcar, tendo como controle a adição de fibra do colmo. Os ensaios foram delineados tendo por base a adição de quantidades das fontes fibrosas – folha verde, folha seca e fibra do colmo – para formular amostras que correspondessem a acréscimos absolutos de 0,25 ; 0,50 e 0,75 pontos porcentuais sobre o teor de fibra da cana do tratamento controle. Os resultados mostraram que a presença de folhas verdes causaram redução no Brix, pol e pureza do caldo, e elevação do teor de açúcares redutores e cinzas do caldo. Estes resultados, estatísticamente significativos a nível de 1% de probabilidade, foram expressos por equações de regressão linear e coeficiente de correlação. A presença de folhas secas bem como a adição de fibra do próprio colmo, não induziram a alterações no caldo. Palavras-chave: cana-de-açúcar, impureza, folha, caldo

Sugarcane fibrous impurities and technological parameters of the extracted juice

ABSTRACT: The objective was to observe the effect of the presence of green leaves and dry leaves on technological parameters of sugarcane juice, related to a control treatment with the addition of fiber extracted from the stalks. The experiment was based on the addition of known quantities of fibrous sources, in order to formulate samples with absolute increases of 0.25; 0.50 and 0.75 percentual points over the fiber content of the sugarcane control tretment. The green leaves caused a reduction of the Brix, pol and juice purity, and an increase on the juice content of reducing sugars and ash. These results, statiscally significant at the level of 1% of probability, were expressed by linear regression equations and correlation coeficients. The presence of dry leaves extracted from their stalks as fiber addition, did not induce alterations in the juice.

Key words: sugarcane, impurity, trash, leaf, juice

INTRODUÇÃO

Em colheita mecânica de cana queimada Furlani Neto et al. (1980) situam o teor médio de impurezas totais entre 3,3 a 6,8%; as folhas e palhas variaram entre 0,4 a 2,2%. Ripoli citado por Furlani Neto et al. (1980) obteve valores, também em colheita mecânica, de 0,1 a 3,9% para folhas e palhas.

O "trash" composto por folhas variou entre 1,6 a 4,1 % em cana crua picada, colhida por colhedeiras combinadas. Para corte manual e carregamento mecânico as folhas variaram entre 1,8 a 2,4% e 1,1 a 1,4% para cana queimada e crua, respectivamente (Tambosco et al., 1979).

Belodi (1988) ao avaliar o efeito do processamento de cana com ponta determinou que a média das impurezas vegetais foi de 4,2% para cana sem ponta e 8,1% para cana com ponta; na cana com ponta os ponteiros representaram cerca de 77% das impurezas e as folhas 23%.

Arnold & Keller, citados por Legendre & Irvine (1975) relatam que 8,5% em peso de "trash" não afetou negativamente a extração da sacarose, mas afetou a qualidade do caldo.

Scott (1977) revela ser alarmante o fato da qualidade do "trash" da folha ser de natureza mais prejudicial que da fibra da cana. A fibra do "trash" impõe limitações mais significativas na fibra processada pela moenda que a própria fibra da cana. Comenta que uma redução no "trash" resulta em menores custos de transporte e redução do período de moagem em razão da menor massa a ser moída.

Os resultados de Rozeff (1995) sugerem um comportamento bastante diferenciado para a folha seca aderida e aquela desprendida, após a queima do canavial; a aderida adquire umidade e pode influir na extração de modo totalmente diverso de impurezas secas.

De acordo com Legendre & Irvine (1975) à medida que a quantidade de "trash" excede 10% os efeitos na qualidade são mais perceptíveis pois o aumento de fibra significativo reduz a extração, provoca diminuição da sacarose e pureza do caldo. Esses autores estudaram o efeito de "trash" composto por ponteiros verdes (60%) e folhas secas (40%), adicionados à cana em proporções de 0, 5, 10, 20 e 30% em peso. Os resultados mostraram que o "trash" seco foi o que mais diminuiu a extração, mas afetou menos o teor de sacarose do caldo. O "trash" verde foi o que mais diminuiu a sacarose do caldo. "Trash" verde (folhas verdes) reduziu a sacarose do caldo, causou apenas pequeno aumento nas impurezas extraídas e sólidos não-açúcar, resultando em pequena redução da pureza do caldo. "Trash" seco, até o nível de 20%, não afetou muito o teor de sacarose do caldo, mas reduziu a pureza.

Etheredge & Henry, citados por Legendre & Irvine (1975), relatam que canas com 10,6% de "trash" apresentaram caldo com menor pureza que outra com 3,9%, indicando que maior quantidade de impurezas são extraídas de cana com "trash".

Arceneaux & Davidson (1973) obtiveram uma redução na pureza do caldo de 0,22 com palha seca e 0,30 com folha verde, para cada 1% dessas impurezas na cana. O teor de cinzas também mostrou maior elevação com folha verde.

Coleman citado por Legendre & Irvine (1975) observou que a presença de "trash" verde causou diluição do caldo e reduziu a pureza.

Ivin & Doyle (1989) trabalharam com "trash" de folhas verdes, equivalente a 6%. Observaram que a pol no caldo foi reduzida em 0,71 unidades; açúcares redutores do caldo aumentaram em 0,05 unidades; pureza do caldo reduzida em 1,2 unidades; a cor do caldo misto aumentou 25,5%; a porcentagem de fibra da cana aumentou em 2,49 unidades. Os caldos clarificados mostraram cor elevada em 26,5% em relação ao controle.

Barreto (1991) realizou estudos com 5, 10, 15 e 20% de "trash", incluindo folhas verdes e secas. Os resultados apontam que a folha seca causa queda da pureza do caldo em maior proporção que a folha verde; a pureza do caldo de cana sem "trash" foi de 78,54%, e a presença de 5% de folhas verdes e secas diminuiu esse valor para 77,58 (-0,96) e 76,33 (-2,21), respectivamente. Segundo esse autor se um produtor ao invés de entregar 1 tonelada de cana limpa, acrescentar todo o "trash"que dela deriva, aumentaria o peso da cana em cerca de 20%. O rendimento de 97,72 Kg de açúcar por tonelada de cana cai com adição de 5% de folhas verdes ou secas, para 91,08 (-6,64) e 89,12 (-8,60) respectivamente.

A presença de materiais estranhos na cana moída causa aumento do teor de não açúcares inorgânicos (Gil et al., 1969).

"Trash" seco afetou pouco a pureza do caldo primário mas afetou significativamente a pureza do caldo misto. "Trash" verde reduziu bastante a pureza tanto do caldo primário como misto (Arceneaux & Davidson, 1973). Estes autores dizem que deve ser lembrado que as impurezas extraídas do "trash" podem diferir em sua composição daquelas da fração não-açúcar encontrada no caldo proveniente dos colmos de cana. Os resultados mostram que a adição de "trash" seco aumentou proporcionalmente o teor de cinzas e de outros sólidos solúveis, não afetando praticamente o nitrogênio. A adição de "trash" verde além de aumentar as cinzas e outros sólidos solúveis, também causou aumento acentuado do nitrogênio.

Arceneaux & Davidson (1973) concluiram que as perdas de sacarose, devido à moagem de cana com "trash", podem ser atribuídas a duas fontes distintas: a) retenção de sacarose pelo "trash" no bagaço; b) efeito do aumento de impurezas no caldo. Comparando o efeito de "trash" seco e verde, verificaram que o seco tem pouco efeito na pureza do caldo e perdas de sacarose decorrentes, mas tem um efeito muito mais pronunciado na perda de sacarose no bagaço. O oposto é apontado para "trash" verde.

A pureza do caldo influi diretamente no rendimento provável de açúcar. Gonçalves (1987) através da fórmula SJM, para uma pureza de melaço de 40%, indica que para purezas de caldo de 80 e 90%, o açúcar recuperável é de 75,4% e 89,4%, respectivamente; ou seja, 10 pontos percentuais reduzem a recuperação em 14 pontos. A pureza é um dos principais parâmetros na fabricação do açúcar e na seção de cozimento a pureza das massas tomam um caráter de extrema importância. Segundo Webre apud Gonçalves (1987), a velocidade de cristalização diminui com a queda da pureza do licor-mãe.

Ivin & Doyle (1989) expressaram os valores de cinzas e cor, como cinzas % impurezas e cor por 1% de impurezas. Concluem que como esses índices não diferiram estatisticamente entre a cana controle e cana com "trash", a qualidade do açúcar não será prejudicada devido ao "trash"; a influência do "trash" todavia se fará sentir na maior produção de melaço devido ao teor mais elevado de açúcares redutores e cinzas no caldo.

Na moagem industrial de cana não despontada Zarpelon (1988) não notou diferença quanto à qualidade do caldo e sua influência no açúcar fabricado. Salienta ser conhecido que ponta e folhas incorporam ao caldo maior quantidade de cor e cinzas. Todavia lembra que a maioria das usinas em São Paulo não esgotam o melaço, devido à produção de álcool, de forma que a qualidade do açúcar é insignificantemente afetada.

Zarpelon (1988) observou que o bagaço de cana sem desponte apresenta partículas verdes visíveis provenientes das folhas, e que apresenta maior teor de cinzas devido à quantidade de folhas que permanecem no bagaço.

Arceneaux & Davidson (1973) trabalhando com cana com quantidades de "trash" seco e verde equivalentes a 70kg de matéria seca por tonelada de cana (ou seja, 7% de "trash", base de matéria seca), avaliaram que as perdas na recuperação de sacarose eram de 2,2% e 3,8%, respectivamente. Isto equivale a dizer que a perda de 1kg de sacarose é relacionada à presença de 30kg de "trash" seco ou a uma quantidade de "trash" verde equivalente a apenas 17,4kg de matéria seca (aproximadamente, 52 kg de folha verde).

Com relação à metodologia de análise de cana Stupiello (1983) lembra que o inconveniente do método da prensa é partir da análise do caldo e usar fatores para transformar em cana. Comenta que folhas verdes causam decréscimo no Brix, pol e pureza do caldo, e que a presença de impurezas não causou uma redução compatível no pagamento de cana, ou seja, 10% de impurezas reduz o pagamento em menor nível.

MATERIAL E MÉTODOS

Material

O material utilizado constou de colmos, lâminas de folhas verdes e folhas secas, da variedade de cana-de-açúcar SP 71-6163. A amostragem foi realizada coletando 10 colmos na linha de cana. O ponteiro e o palmito foram separados, com corte no ponto natural de quebra. As bainhas foram separadas e descartadas. Determinou-se o teor de fibra da cana, das folhas verdes e folhas secas, obtendo-se 3 frações para compor os tratamentos dos ensaios : 1) folha verde (FV), 2) folha seca (FS) e fibra do colmo (FC). O teor de fibra na folha verde e na folha seca foi respecticamente de 16,03 % e 62,31%; a fibra do colmo foi considerada como 97%; a umidade foi de 72,20%, 22,9% e 3,00% para folha verde, folha seca e fibra do colmo, respectivamente.

Preparo dos tratamentos

Os tratamentos foram preparados, tendo como base quantidades padronizadas de fibra, com adição de folha verde, folha seca e fibra do colmo, para elevar o teor de fibra da cana desintegrada em 0,25; 0,50 e 0,75%.

Métodos tecnológicos e analíticos

A avaliação dos tratamentos foi realizada através de análises dos parâmetros relacionados à qualidade do caldo extraído:

a) Brix do caldo: por refratometria a 20oC segundo metodologia de Scheneider (1979);

b) Pol do caldo: dosada pelo método de Schimidt, segundo Scheneider (1979);

c) Pureza do caldo: (pol do caldo/Brix do caldo) x 100;

d) Açúcares redutores: dosado pela metodologia de Lane e Eynon, segundo Scheneider (1979);

e) Cinzas do caldo: determinada por condutimetria pelo rafinometro de Todt Gollnow, segundo Browne e Zerban (1941).

Análise Estatística

Para análise estatística dos dados obtidos foi aplicada a regressão na análise de variância segundo Gomes (1990). Foi realizada a análise de variância (teste F) e comparação de médias (teste de Tukey) ao nível de 1% de significância. A análise estatística foi aplicada a cada ensaio individual para cada fonte de impureza, e também foi realizada a análise estatística das médias obtidas. Os experimentos com adição de impurezas fibrosas constaram de 8 ensaios com 4 tratamentos e 3 repetições para cada um. As repetições referem-se a 3 amostras distintas do material preparado e homogeneizado composto de colmo de cana-de-açúcar em mistura com cada uma das fontes de fibra.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Brix do caldo

As médias para o Brix do caldo e os resultados estatísticos são apresentados na TABELA 1. A Figura 1 mostra a variação dos valores de Brix do caldo em função do acréscimo porcentual de fibra da cana com adição de folha verde, cuja correlação foi estatisticamente significativa a nível de 1% de probabilidade.


Folha Verde

Os resultados mostraram que a presença de folha verde causa uma redução no Brix do caldo, e que há tendência desta redução ser proporcional ao aumento da quantidade da mesma.

A redução no Brix do caldo é atribuída à umidade da folha verde, de 72%. Assim, o extrato aquoso foliar retirado na prensagem, causa uma diluição do caldo, embora os sólidos solúveis extraídos causem uma certa elevação do Brix. Outros autores chamam a atenção para a questão da umidade da folha verde, como Rozeff (1995) e Coleman citado por Legendre & Irvine (1975). A redução no Brix do caldo é confirmada por Legendre & Irvine (1975) e também pode ser deduzida dos resultados e observações de vários outros autores citados na revisão da literatura.

A redução no Brix em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de -0,07 a -0,63 (FV 0,25%), -0,26 a -1,13 (FV 0,50%) e -0,33 a -1,43 (FV 0,75%), com reduções médias de -0,36, -0,62 e -0,95, respectivamente. Não se observou qualquer relação dessa redução com a evolução da maturação da cana.

A análise estatística mostrou que a redução do Brix do caldo com a adição de folha verde à cana, é representada por uma equação de 1o grau y = 18,827 - 1,247x (x = acréscimo % fibra com adição de folha verde) com coeficiente de regressão r = -0,998, obtida com a média geral, que apresentou regressão linear estatisticamente significativa a 1% de probabilidade. Segundo essa equação, em média, cada 0,1% de aumento no teor de fibra da cana, causada pela adição de folha verde, reduz o Brix do caldo em 0,125o; cada 1% de folha verde reduz o Brix em 0,075o.

Folha Seca

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias (TABELA 1), mostra que a presença de folha seca não provocou alterações definidas sobre o Brix do caldo. A discussão da pol do caldo, no próximo item, permite apoiar essa observação com base em seus resultados. Os resultados mostraram que a variação do Brix em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de -0,53 a +0,30 (FS 0,25%), -0,50 a +0,43 (FS 0,50%) e -0,50 a +0,47 (FS 0,75%), com variações médias de -0,04, +0,03 e +0,04, respectivamente. Em resumo, pode-se afirmar que, como era esperado, a adição de folha seca não provocou alteração no Brix do caldo.

Fibra do Colmo

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que a presença de fibra do colmo não provocou alterações definidas sobre o Brix do caldo.

Os resultados mostram que, como era esperado, em termos gerais a presença de fibra do colmo não alterou o Brix do caldo. Em cinco ensaios (1, 3, 5, 7 e 8) o Brix não sofreu alteração; em dois (4 e 6) apresentou elevação estatisticamente significativa; e um (2) apresentou redução estatisticamente significativa. Os resultados mostraram que a variação do Brix em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de -0,20 a +0,30 (FC 0,25%), -0,17 a +0,40 (FC 0,50%) e -0,20 a +0,37 (FC 0,75%), com variações médias de +0,03, +0,06 e +0,06, respectivamente.

Os resultados de fibra do colmo e de folha seca mostram que estes materiais têm comportamento bastante similar, indicando que não causaram alteração no Brix do caldo.

Pol do Caldo

As médias para Pol do caldo e os resultados estatísticos são apresentados na TABELA 2. A Figura 2 mostra a variação dos valores de pol de caldo em função do acréscimo porcentual de fibra da cana com a adição de folha verde, cuja correlação foi estatisticamente significativa a 1% de probabilidade.


Folha Verde

Os resultados da Pol do caldo apresentaram um comportamento semelhante aos do Brix do caldo, isto é, a presença de folha verde também causou uma redução na Pol do caldo, e houve também uma tendência desta redução ser proporcional ao aumento da quantidade adicionada da mesma.

A redução na Pol do caldo em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de -0,10 a -0,83 (FV 0,25%), -0,61 a -2,20 (FV 0,50%) e -0,64 a -2,13 (FV 0,75%) com reduções médias de -0,50, -1,20 e -1,50, respectivamente. Não se observou qualquer relação dessa redução com a evolução da maturação da cana.

A redução na pol do caldo por folhas verdes também foi observada por Ivin & Doyle (1989). Em vários trabalhos na literatura a utilização de tratamentos compostos por impurezas verdes, incluindo ponteiros e folhas, impede a avaliação isolada do efeito da folha verde.

A análise estatística mostrou que a Pol do caldo foi reduzida com a adição de folha verde à cana, sendo representada por uma equação de 1o grau y = 16,510 - 2,080x (x = acréscimo % fibra com adição de folha verde) com coeficiente de regressão r = -0,990, obtida com a média geral que apresentou regressão linear estatisticamente significativa a 1% de probabilidade. Segundo essa equação, em média, cada 0,1% de fibra de FV adicionada à cana reduz a pol do caldo em 0,208; cada 1% de FV na cana reduz em 0,125 (Figura 2).

Folha Seca

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que a presença de folha seca não provocou alterações definidas sobre a Pol do caldo, permitindo concluir que não alterou a pol em relação à testemunha. A variação da Pol em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de -0,31 a +0,94 (FS 0,25%), -0,47 a +0,12 (FS 0,50%) e de -0,31 a +0,26 (FS 0,75%), com variações médias de -0,01, -0,10 e -0,06, respectivamente.

Fibra do Colmo

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que como era esperado, a presença de fibra do colmo não provocou alterações definidas sobre a Pol do caldo, permitindo concluir que não houve alteração da Pol do caldo em relação à testemunha.

A variação da Pol do caldo em relação à testemunha nos vários ensaios individuais foi de 0,19 a +0,11 (FC 0,25%), de -0,21 a +0,18 (FC 0,50%) e de -0,29 a +0,13 (FC 0,75%) com variações médias de -0,06, -0,04 e -0,05, respectivamente.

Pureza do Caldo

As médias para pureza do caldo e os resultados estatísticos são apresentados na TABELA 3. A Figura 3 mostra a variação dos valores de pureza do caldo em função do acréscimo porcentual de fibra da cana com a adição de folhas verdes, cuja correlação foi estatisticamente significativa a nível de 1% de probabilidade.


Folha Verde

Os resultados mostraram que a presença de folha verde causa uma redução na pureza do caldo, e que há uma tendência desta redução ser proporcional ao aumento da quantidade da mesma. A variação da pureza do caldo em relação à testemunha nos diversos ensaios individuais, foi de -2,96 a +0,55 (FV 0,25%), de -0,95 a -11,39 (FV 0,50%) e de -2,04 a -5,38 (FV 0,75%), com reduções médias de -1,05, -3,74 e -3,57, respectivamente.

A queda na pureza é atribuída ao fato que da folha verde são extraídos sólidos solúveis não-sacarose; assim, embora a umidade da folha verde cause redução no Brix, os sólidos extraídos da folha verde concorrem para sua elevação. Ou seja, a redução no Brix do caldo é proporcionalmente menor do que na Pol do caldo. A queda na pureza do caldo devido à presença de folhas verdes é relatada por Legendre & Irvine (1975), Arceneaux & Davidson (1973), Ivin & Doyle (1989) e Barreto (1991). Essa redução na pureza é atribuída à extração de impurezas não-açúcares das folhas verdes, conforme Etheredge & Henry citados por Legendre & Irvine (1975), Gil et al. (1969), Arceneaux & Davidson (1973) e Ivin & Doyle (1989).

A análise estatística mostrou que a pureza do caldo foi reduzida com a adição de folha verde à cana, sendo representada por uma equação de 1o grau y = 87,222 - 5,364x (x = acréscimo % fibra com adição de folha verde) com coeficiente de regressão r = -0,931, obtida com as médias gerais que apresentaram regressão linear estatisticamente significativa a 1% de probabilidade. Segundo essa equação, em média, cada 0,1% de fibra de FV adicionada à cana reduz a pureza do caldo em 0,536; cada 1% de FV na cana reduz em 0,322 (Figura 3).

Folha Seca

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que a presença de folha seca não provocou alterações definidas sobre a pureza do caldo, permitindo concluir que a sua presença não alterou a pureza em relação à testemunha. A variação da pureza do caldo em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de -1,72 a +0,26 (FS 0,25%), de -3,24 a +2,00 (FS0,50%) e de -1,96 a +2,18 (FS 0,75%),com variações médias de -0,34, -0,73 e -0,53, respectivamente.

Fibra do Colmo

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que como era esperado, a presença de fibra do colmo não provocou alterações definidas sobre a pureza do caldo, permitindo concluir que não alterou a pureza em relação à testemunha. A variação da pureza do caldo em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de +0,07 a -1,37 (FC 0,25%), -1,85 a +0,41 (FC 0,50%) e -2,15 a +0,29 (FC 0,75%), com variações médias de -0,46, -0,47 e -0,57, respectivamente.

Açúcares Redutores do Caldo

As médias para açúcares redutores e os resultados estatísticos são apresentados na TABELA 4. A Figura 4 mostra a variação dos valores de açúcares redutores do caldo em função do acréscimo porcentual de fibra da cana com a adição de folha verde, cuja correlação foi estatisticamente significativa a nível de 1% de probabilidade.


Folha Verde

Os resultados mostraram que a presença de folha verde causa um aumento no teor de açúcares redutores do caldo. Esse aumento é atribuído às substâncias contidas na folha verde e extraídas na prensagem da cana.

O aumento do teor de açúcares redutores em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, variou de +0,01 a +0,04 (FV 0,25%), de +0,04 a +0,07 (FV 0,50%) e de +0,06 a +0,11 (FV 0,75%), com aumentos médios de +0,02, + 0,06 e +0,09, respectivamente. Não foi observada qualquer relação desse aumento com a evolução da maturação da cana. A maior presença de açúcares redutores no caldo, em função da presença de folhas verdes, também foi observado por Ivin & Doyle (1989).

A análise estatística mostrou que o teor de açúcares redutores no caldo foi elevado com a adição de folha verde à cana, sendo representado por uma equação de 1o grau y = 0,555 + 0,128x (x = acréscimo % fibra com adição de folha verde) com coeficiente de regressão r = +0,992, obtida com a média geral que apresentou regressão linear estatisticamente significativa a 1% de probabilidade. Segundo essa equação, em média, cada 0,1% da fibra de FV adicionada à cana eleva a % AR em 0,013; cada 1% de FV na cana eleva em 0,008 (Figura 4).

Folha Seca

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que não houve alterações reconhecidas e definidas em função da adição de folha seca. Os resultados de açúcares redutores em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, variaram de zero a +0,06 (FS 0,25%), + 0,01 a +0,05 (FS 0,50%) e zero a +0,07 (FS 0,75%), com variações médias de +0,02, +0,02 e +0,03, respectivamente.

Fibra do Colmo

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que como era esperado, não houve alterações reconhecidas e definidas em função da adição de fibra do colmo. A variação do teor de AR em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de -0,01 a +0,06 (FC 0,25%), de zero a +0,05 (FC 0,50%) e de zero a +0,07 (FC 0,75%), com variações médias de +0,02, + 0,03 e +0,03, respectivamente.

Cinzas do Caldo

As médias para cinzas do caldo e os resultados estatísticos são apresentados na TABELA 5. A Figura 5 mostra a variação dos valores de cinzas do caldo em função do acréscimo porcentual de fibra da cana com a adição de folha verde, cuja correlação foi estatisticamente significativa a nível de 1% de probabilidade.


Folha Verde

Os resultados mostraram que a presença de folha verde causa um aumento no teor de cinzas do caldo. O aumento das cinzas no caldo em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de +0,02 a +0,08 (FV 0,25%), +0,05 a +0,16 (FV 0,50%) e +0,04 a +0,25 (FV 0,75%), com aumentos médios de +0,05, +0,11 e +0,15, respectivamente.

A relação entre a presença de folhas verdes e o aumento no teor de cinzas do caldo é confirmado em diversos trabalhos como os de Arceneaux & Davidson (1973) e em observações como de Zarpelon (1988) que cita maior teor de cinzas no bagaço devido à quantidade de folhas presentes.

A análise estatística mostrou que as cinzas no caldo foram aumentadas com a adição de folha verde à cana, segundo uma equação de 1o grau y = 0,402 + 0,201x (x = acréscimo % fibra com adição de folha verde) com coeficiente de regressão r = +0,999, obtida com a média geral que apresentou regressão linear estatisticamente significativa a 1% de probabilidade. Segundo essa equação, em média, cada 0,1% de fibra de FV adicionada à cana aumenta as cinzas do caldo em 0,020; cada 1% de FV na cana aumenta em 0,012 (Figura 5).

As cinzas contidas no extrato de folha verde, extraído na prensagem da cana, são os responsáveis pelo aumento do teor de cinzas no caldo.

Folha Seca

A observação dos resultados estatísticos mostra que a adição de folha seca não altera o teor de cinzas no caldo. Os resultados de cinzas do caldo em relação à testemunha, nos vários ensaios individuais, variaram de -0,06 a +0,03 (FV 0,25%), -0,06 a +0,05 (FV 0,50%) e -0,05 a +0,06 (FV 0,75%), com variações médias de zero, +0,01 e +0,01, respectivamente.

Fibra do Colmo

A observação detalhada dos resultados estatísticos e médias, mostra que não houve alterações reconhecidas e definidas em função da adição de fibra do colmo. A variação nas cinzas do caldo em relação à testemunha nos vários ensaios individuais, foi de: -0,21 a +0,02 (FC 0,25%), de -0,21 a +0,04 (FC 0,50%) e -0,22 a +0,04 (FC 0,75%), com variações médias nulas para todos os tratamentos.

Os resultados mostraram que em termos gerais a presença de fibra do colmo não alterou o teor de cinzas do caldo. Em cinco ensaios (2, 5, 6, 7 e 8) o teor de cinzas não sofreu alteração; em um ensaio (1) a testemunha foi estatisticamente superior aos tratamentos; em um ensaio a testemunha foi estatisticamente inferior. As médias dos ensaios apresentaram a testemunha estatisticamente superior aos demais tratamentos, o que é atribuído ao elevado valor de cinzas das testemunhas dos ensaios 1 e 2 referidos anteriormente; assim, o resultado estatístico da média geral foi desconsiderado.

CONCLUSÕES

Dentro das condições do estudo de adição de folha verde, folha seca e fibra do colmo em quantidades equivalentes a acréscimos absolutos de 0,25, 0,50 e 0,75 pontos percentuais na fibra da cana, foram obtidas as conclusões a seguir.

A água e compostos extraídos das folhas verdes que acompanham a cana-de-açúcar, causam redução no Brix, pol e pureza do caldo; aumento no teor de açúcares redutores e cinzas do caldo. Assim, por consequência e analogia, é recomendável a completa remoção de bainhas aderidas a colmos amostrados para análise.

O extrato foliar das folhas verdes processadas com os colmos de cana-de-açúcar, causa redução no Brix e pol do caldo devido a um efeito de diluição. A redução na pureza do caldo, indica a presença de compostos não-sacarose. O aumento dos açúcares redutores pode refletir a presença desses próprios açúcares ou simplesmente de compostos redutores no extrato. O aumento das cinzas do caldo mostram a grande concentração desses elementos no extrato foliar, suficientes para compensar o efeito de diluição do mesmo junto ao caldo de cana.

As folhas verdes adicionadas aos colmos desintegrados de cana-de-açúcar, causaram redução média de cerca de 0,075o Brix no caldo para cada 1% de folha verde; redução média de cerca de 0,125 e 0,322 pontos percentuais sobre a pol e pureza do caldo. Aumento médio de cerca de 0,008 e 0,012 pontos percentuais sobre o teor de açúcares redutores e cinzas % no caldo, respectivamente.

O caldo extraído de lotes de cana-de-açúcar contendo folhas verdes provocam uma redução da pol da cana e do ágio técnico, devido não somente ao maior teor em fibra dessa impureza, como ao efeito de diluição do extrato foliar extraído que causa a redução do Brix, pol e pureza do caldo. Em relação a materiais fibrosos secos, a folha verde causa uma maior redução naqueles parametros da cana, consi-derando a mesma base em fibra adicionada.

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Recebido para publicação em 22.10.98

Aceito para publicação em 22.04.99

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jan 2000
  • Data do Fascículo
    Out 1999

Histórico

  • Aceito
    22 Abr 1999
  • Recebido
    22 Out 1998
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