Acessibilidade / Reportar erro

Resolução temporal em perdas auditivas neurossensoriais e lesões cerebrais

RESUMO

Resolução temporal em perdas auditivas neurossensoriais e lesões cerebrais

Júlia Gallo

Programa de Pós-graduação (Mestrado) em Distúrbios da Comunicação Humana, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Júlia Gallo Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 1720/12, Bloco 12, Jd. Iris São Paulo (SP), Brasil, CEP: 05145-000 E-mail: fga.juliagallo@gmail.com

Gallo J. Resolução temporal em perdas auditivas neurossensoriais e lesões cerebrais [dissertação]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2011.

OBJETIVO: Verificar e comparar o comportamento auditivo de resolução temporal em indivíduos com perda auditiva neurossensorial simétrica, assimétrica, indivíduos com lesão cerebral e indivíduos normais.

MÉTODOS: Trinta e oito indivíduos divididos em quatro grupos: 11 indivíduos com perda auditiva neurossensorial simétrica (GPS); quatro indivíduos com perda neurossensorial assimétrica (GPAS); oito indivíduos com lesão em lobo temporal (GL); 15 indivíduos grupo comparação (GC). Estes indivíduos foram submetidos à avaliação auditiva, para definição das características audiológicas dos grupos, e avaliação da habilidade auditiva de resolução temporal através dos testes RGDT e GIN. Os resultados encontrados nesta avaliação foram analisados estatisticamente e as respostas obtidas entre os grupos foram comparadas.

RESULTADOS: O nível de audição de cada uma das orelhas nos grupos GPS, GL, e GC são simétricos. Os grupos comparação (GC) e lesão (GL) são iguais com relação aos resultados audiométricos. Observou-se diferença estatisticamente significante entre os grupos comparação, GC, e estudos: perda auditiva simétrica (GPS) e lesão (GL) para os testes RGDT e GIN. Entre os grupos perda auditiva simétrica e grupo lesão houve tendência a significância estatística. Os dados obtidos nos testes RGDT e GIN dos indivíduos do grupo com perda auditiva neurossensorial assimétrica (GPAS) foi utilizado apenas na comparação final com o grupo com perda auditiva simétrica, devido ao reduzido tamanho da amostra deste grupo. Na comparação dos resultados entre os grupos GPS e GPAS não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes.

CONCLUSÃO: A habilidade de resolução temporal foi semelhante entre o grupo de indivíduos com perda auditiva simétrica (GPS) e o grupo com lesão (GL). Ambos os grupos mostraram desempenho pior do que o grupo comparação (GC). O grupo de indivíduos com perda auditiva assimétrica (GPAS) apresentou resultados semelhantes quanto à habilidade auditiva de resolução temporal, em ambos os testes, quando comparados aos indivíduos com perda auditiva simétrica (GPS). A tarefa de resolução temporal com ruído (teste GIN) foi mais fácil do que a tarefa de resolução temporal com tom puro (teste RGDT) mais evidenciado nos grupos com perda auditiva e lesão cerebral, pois estes indivíduos apresentaram limiares melhores no teste GIN do que no teste RGDT.

Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ)

Trabalho realizado na Disciplina de Distúrbios da Audição, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil, para a obtenção do título de Mestre em Ciências pelo programa de pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana, sob orientação da Profa. Dra. Liliane Desgualdo Pereira e co-orientação da Profa. Dra. Maria Cecília Martinelli Iório.

  • Endereço para correspondência:

    Júlia Gallo
    Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 1720/12, Bloco 12, Jd. Iris
    São Paulo (SP), Brasil, CEP: 05145-000
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Jan 2013
    • Data do Fascículo
      Dez 2012
    Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia Al. Jaú, 684 - 7º andar, 01420-001 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (55 11) 3873-4211 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: revista@sbfa.org.br