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Versão brasileira do Social Interaction Self-Statement Test (SISST): tradução e adaptação transcultural

Brazilian version of the Social Interaction Self-Statement Test (SISST): translation and cross-cultural adaptation

Resumos

CONTEXTO: O Social Interaction Self-Statement Test (SISST) apresenta como proposta avaliar respostas cognitivas em adultos que referem dificuldades heterossociais. Sua adaptação transcultural apresenta-se como primeiro passo para futuras comparações relativas ao construto medido pelo instrumento em diferentes amostras. OBJETIVO: Adaptação semântica do SISST para o português brasileiro. MÉTODOS: Processo realizado por meio de duas traduções e retrotraduções, elaboradas por avaliadores independentes e sem conhecimentos prévios da escala a ser traduzida. Elaboração de versão sintética realizada conjuntamente por dois diferentes especialistas, bilíngues, em saúde mental. RESULTADOS: São apresentadas as quatro etapas do processo. A utilização de duas traduções e retrotraduções permitiu uma discussão mais ampla para construção da versão sintética. A participação de especialistas em saúde mental colaborou para a adequação dos termos utilizados em relação ao construto medido. A aplicação experimental ofereceu maior segurança ao processo de equivalência semântica. CONCLUSÃO: Por meio da metodologia utilizada, foi possível elaborar uma versão do SISST para o português brasileiro.

Psicometria; escalas; testes psicológicos; transtornos fóbicos; ansiedade


BACKGROUND: The Social Interaction Self-Statement Test (SISST) proposes to evaluate cognitive responses in adults who reported heterosocial difficulties. Its cross-cultural adaptation is the first stage for future comparisons on the construct measured by the instrument in different populations. OBJECTIVE: Semantic adaptation of the SISST for Brazilian Portuguese. METHODS: Process consisted of two translations and back-translations, performed by independent evaluators without any prior knowledge of the scale to be translated. Development of synthetic version was conducted jointly by two different expertises in mental health. RESULTS: The four stages of the process were presented. The use of two translations and back-translations allowed a broader discussion for synthetic version. The participation of specialists in mental health collaborated to the appropriateness of the terms used for the construct measured. The experimental application offered greater security to the process of semantic equivalence. DISCUSSION: Through the use of this methodology was possible to elaborate the version of SISST for Brazilian Portuguese.

Psychometrics; scales; psychological tests; phobic disorders; anxiety


ARTIGO ORIGINAL

Versão brasileira do Social Interaction Self-Statement Test (SISST): tradução e adaptação transcultural

Brazilian version of the Social Interaction Self-Statement Test (SISST): translation and cross-cultural adaptation

Adriana Cardoso de Oliveira e SilvaI; Antonio Egidio NardiII

IDoutora em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IP/UFRJ)

IILivre-docente do Instituto de Psiquiatria da UFRJ

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Adriana Cardoso de Oliveira e Silva Laboratório de Pânico e Respiração, Instituto de Psiquiatria, UFRJ. Rua Visconde de Pirajá, 407/702 − 22410-003 − Rio de Janeiro, RJ. Telefone: (21) 2521-6147. E-mail: adrianacardosorj@yahoo.com.br

RESUMO

CONTEXTO: O Social Interaction Self-Statement Test (SISST) apresenta como proposta avaliar respostas cognitivas em adultos que referem dificuldades heterossociais. Sua adaptação transcultural apresenta-se como primeiro passo para futuras comparações relativas ao construto medido pelo instrumento em diferentes amostras.

OBJETIVO: Adaptação semântica do SISST para o português brasileiro.

MÉTODOS: Processo realizado por meio de duas traduções e retrotraduções, elaboradas por avaliadores independentes e sem conhecimentos prévios da escala a ser traduzida. Elaboração de versão sintética realizada conjuntamente por dois diferentes especialistas, bilíngues, em saúde mental.

RESULTADOS: São apresentadas as quatro etapas do processo. A utilização de duas traduções e retrotraduções permitiu uma discussão mais ampla para construção da versão sintética. A participação de especialistas em saúde mental colaborou para a adequação dos termos utilizados em relação ao construto medido. A aplicação experimental ofereceu maior segurança ao processo de equivalência semântica.

CONCLUSÃO: Por meio da metodologia utilizada, foi possível elaborar uma versão do SISST para o português brasileiro.

Palavras-chave: Psicometria, escalas, testes psicológicos, transtornos fóbicos, ansiedade.

ABSTRACT

BACKGROUND: The Social Interaction Self-Statement Test (SISST) proposes to evaluate cognitive responses in adults who reported heterosocial difficulties. Its cross-cultural adaptation is the first stage for future comparisons on the construct measured by the instrument in different populations.

OBJECTIVE: Semantic adaptation of the SISST for Brazilian Portuguese.

METHODS: Process consisted of two translations and back-translations, performed by independent evaluators without any prior knowledge of the scale to be translated. Development of synthetic version was conducted jointly by two different expertises in mental health.

RESULTS: The four stages of the process were presented. The use of two translations and back-translations allowed a broader discussion for synthetic version. The participation of specialists in mental health collaborated to the appropriateness of the terms used for the construct measured. The experimental application offered greater security to the process of semantic equivalence.

DISCUSSION: Through the use of this methodology was possible to elaborate the version of SISST for Brazilian Portuguese.

Keywords: Psychometrics, scales, psychological tests, phobic disorders, anxiety.

Introdução

A fobia social, ou transtorno de ansiedade social, representada na Classificação Internacional de Doenças1 (CID-10), caracteriza-se pelo medo de se expor à observação de outros, de ser humilhado ou julgado negativamente, o que leva à esquiva fóbica de situações sociais.

Além do retraimento social, que prejudica a qualidade de vida do sujeito, estão presentes sintomas físicos, tais como rubor facial, náuseas, tremores nas mãos, tartamudez, que podem até constituir ataques de pânico secundários.

Esse transtorno ainda permanece subdiagnosticado apesar da reconhecida importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Esses fatores podem ajudar na prevenção do agravamento do quadro clínico e do surgimento de comorbidades. Nesse sentido, as escalas psicométricas prestam valiosa contribuição ao campo da psiquiatria clínica e da pesquisa em saúde mental. No primeiro caso, colaboram fornecendo mais dados para o estabelecimento de um diagnóstico correto e preciso, considerando que ainda não estão estabelecidos marcadores biológicos que funcionem como indicativo seguro para essa finalidade2.

No campo da pesquisa, por possibilitarem avaliação rápida, válida, precisa e de baixo custo, apresentam-se como instrumentos que podem ser utilizados tanto com a população clínica quanto para estabelecimento de padrões epidemiológicos de incidência e prevalência dos transtornos mentais na população geral.

Observa-se nos últimos anos o aumento da produção referente a instrumentos de medidas específicos para os quadros de ansiedade3-16; além disso, o uso de testes e escalas já adotados internacionalmente apresenta a vantagem de permitir a comparação entre dados oriundos de diferentes populações, representativas de diversas culturas17.

O Social Interaction Self-Statement Test (SISST) foi desenvolvido para avaliar pensamentos ligados especificamente à interação social heterossexual18. Trata-se de uma escala tipo likert, autoaplicável, de cinco pontos, composta por 30 itens, sendo 15 deles positivos e 15 negativos. Pode ser utilizada em relação a uma situação específica ou servir como medida geral das últimas interações sociais com o sexo oposto realizadas pelo sujeito.

Considerando não haver ainda instrumentos para avaliação desse construto em nossa realidade, o presente trabalho tem como objetivo a tradução e a adaptação semântica do SISST para o português brasileiro, abrindo também a possibilidade de futuros estudos de validação e aferição de fidedignidade dele, além do estabelecimento de normas, para a população brasileira.

Metodologia

O processo de tradução e adaptação semântica do SISST adotou modelo de quatro etapas, baseadas na proposta de Herdman et al.19, sendo elas: tradução, retrotradução, análise de equivalência semântica e aplicação experimental. Os participantes desse processo foram orientados a privilegiar a equivalência semântica em detrimento da tradução literal8.

Primeiramente, foi entregue uma versão original da escala a dois tradutores independentes (T1 e T2), fluentes na língua do instrumento original e de naturalidade brasileira, ambos com conhecimentos de psiquiatria e saúde mental e sem qualquer contato prévio com a escala apresentada, para que fosse realizada a tradução do instrumento. Não houve contato entre os tradutores.

Os itens traduzidos foram, então, encaminhados a dois outros tradutores, também sem conhecimentos sobre o SISST e sem qualquer contato com T1 e T2, assim como sem contato entre eles, para a elaboração das retrotraduções (R1 e R2).

As quatro formulações geradas nesse processo (T1, T2, R1 e R2) foram analisadas conjuntamente por dois outros profissionais, conhecedores do instrumento original e especialistas na área de psiquiatria e saúde mental. O material gerado pela retrotradução foi comparado com a formulação do item original para verificação da equivalência entre as versões produzidas.

A comparação entre as duas propostas de traduções e a versão original do item foi realizada para formar a versão sintética, em português brasileiro, representativa dessa escala. Essa versão sintética, em alguns casos, foi definida integralmente por uma das traduções fornecidas e, em outros, foi formada pela combinação das propostas apresentadas pelos dois tradutores. Os especialistas atuaram realizando alterações, quando necessário, para uma melhor adequação das formulações considerando o vocabulário técnico específico utilizado na área.

A tradução das instruções foi realizada por dois tradutores, especialistas em saúde mental, e debatidas com um terceiro especialista, também bilíngue, para formação da versão final em português.

Com a conclusão da versão sintética da escala, iniciou-se a aplicação experimental do instrumento à população-alvo para verificar sua adequação. Buscou-se ao longo dessa etapa a identificação de potenciais pontos de dificuldade para o correto entendimento dos itens pelos participantes, considerando que essas dificuldades não poderiam se tornar um fator de influência na determinação das respostas emitidas, o que poderia comprometer a avaliação do atributo que se deseja mensurar20.

Uma vez que existem poucos estudos sobre instrumentos psicométricos, ligados ao tema ansiedade social, que envolvam amostras não clínicas, o que tem levado a críticas e a um questionamento quanto a uma posterior efetividade para trabalhos com população geral21, este estudo optou por adotar como critério de exclusão para os sujeitos participantes da fase de aplicação experimental a existência de qualquer transtorno mental.

A presença de transtornos psiquiátricos foi avaliada em entrevista de triagem prévia à aplicação experimental, com a utilização do Mini International Neuropsychiatric Interview22 (MINI) versão 5.0.0. Nessa etapa, foram excluídos três voluntários.

A primeira etapa da aplicação experimental é a execução, pelos voluntários, da tarefa de responder à escala em sua forma autoaplicável, o que é seguido pela verificação do material produzido, realizada pelo pesquisador, avaliando omissões de respostas e registrando os itens que apresentavam esse problema, para posterior avaliação de suas possíveis causas.

Em seguida, o pesquisador questiona os participantes quanto ao sentido dos itens, buscando verificar o real entendimento deles. Os sujeitos são, então, convidados a fornecer sugestões que, segundo eles, possam facilitar o entendimento da escala ou torná-la melhor.

A partir dos dados colhidos na aplicação experimental, foram realizadas alterações na versão sintética, visando solucionar os problemas que tenham sido apontados ao longo do processo, gerados por dificuldades de entendimento das frases ou mesmo por causa de confusões na compreensão do sentido dos itens.

Com essas modificações finais, foi estruturada a versão final da SISST em português brasileiro. Para garantir a adequação do instrumento, realizou-se nova aplicação, já com a essa forma final, a um grupo de 5 respondentes, buscando verificar se ainda restava qualquer dificuldade ou confusão. Nessa aplicação não foram encontrados problemas.

Resultados

Construção da versão sintética

A tabela 1 apresenta os itens conforme formulados no instrumento original, a tradução da língua-fonte (inglês) para a língua-alvo (português brasileiro) realizada por dois profissionais independentes (T1 e T2), a retrotradução das formulações propostas (R1 e R2) e a versão sintética, elaborada conjuntamente por dois especialistas em saúde mental.

Para construção da versão sintética, alguns itens foram estruturados por meio da combinação das duas traduções fornecidas, enquanto em outros casos foi privilegiada a sugestão de um deles (T1 ou T2).

Houve também situações em que foi realizada ligeira alteração pelos especialistas em saúde mental, além do sugerido pelos tradutores, de forma a manter a pertinência do item adaptado ao construto avaliado pela escala.

Os itens 6, 14, 17, 19 e 22 tiveram traduções praticamente idênticas realizadas por T1 e T2, e as retrotraduções se mostraram bem ajustadas às formulações do original, além de semelhantes entre si. Nessas situações, não se mostrou necessário alterar o proposto pelos tradutores.

Traduções muito semelhantes (T1 e T2) foram obtidas para os itens 3, 4, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 15, 16 e 30; nesses casos, formou-se uma versão combinada de ambos. Nos itens 5, 7, 9, 11, 13, 16, 18, 20, 21, 24, 25 e 29, observou-se que, apesar de bastante semelhantes, uma das versões (T1 ou T2) mostrou-se mais adequada, considerando-se a adequação semântica, sendo, assim, essa a escolhida como representativa do item.

No item 1, a expressão "I can feel myself getting very anxious" foi traduzida por T1 para "me sinto muito ansioso" e por T2 como "posso sentir-me ficando muito ansioso". Apesar de a versão de T2 estar correta literalmente, observa-se pouco essa construção nos diálogos cotidianos, desse modo, optou-se pela combinação "me sinto ficando muito ansioso".

Para a expressão "I'm really afraid" do item 5, foi proposto tanto "eu tenho muito medo" (T1), quanto "estou realmente com medo" (T2). Como ambas podem ser utilizadas sem estranheza na língua-alvo, decidiu-se manter a versão mais próxima da tradução literal, sendo, então, selecionada a opção desenvolvida por T2.

Os itens 8, 16 e 26 apresentaram discordância entre os tradutores quanto ao tempo verbal utilizado. Nessas circunstâncias, foi verificada a adequação das retrotraduções fornecidas para as versões de ambos e posteriormente avaliadas quando à pertinência de uma possível alteração no tempo verbal formulado originalmente.

Em todas essas situações, entendeu-se que a alteração do tempo verbal originalmente proposto não se justificaria, uma vez que não ofereceria melhora na compreensão do item na língua-alvo e, ainda, poderia comprometer a validade do instrumento.

Os itens que geraram maior dificuldade no processo de adaptação foram os que continham expressões idiomáticas, sendo eles os números 4, 7, 9, 12, 23, 28 e 30. Nesses casos, conforme esclarecido anteriormente, buscou-se uma expressão equivalente na língua-alvo, preservando a adequação semântica, e não o sentido literal.

No item 4, assim como no item 9, aparece a expressão "at easy", que foi representada pelos tradutores por "relaxado", "à vontade" e "tranquilo". Procurando manter a pertinência do item de acordo com o conjunto do enunciado, foi dada preferência ao uso de "relaxado", ficando a frase "I'm beginning to feel more at easy" representada por "Estou começando a me sentir mais relaxado".

Já para "Maybe I can put her at easy by starting things going", do item 9, adotou-se "Talvez eu consiga deixá-la mais à vontade" para sua primeira parte. Quanto à segunda parte da formulação, foi mantido "iniciando as coisas", embora a sentença ainda pareça um pouco artificial no português brasileiro.

A expressão "scared to death" aparece no item 7. As opções apresentadas como tradução foram "muito medo" ou "morto de medo". Como no Brasil a expressão idiomática "morto de medo" é bem conhecida e bastante utilizada, essa opção foi escolhida.

No item 12, encontrou-se "What the heck" iniciando a frase. T1 sugere como solução "Que se dane" e T2 fornece "Que inferno". Foi adotada a primeira sugestão, considerando que ela está adequada ao conceito passado no original e evita preconceitos de ordem religiosa.

Para "bomb out", que aparece no item 23, não houve problemas, uma vez que ambos os tradutores ofereceram o mesmo termo para substituição. Quanto a esse enunciado, o único detalhe de discordância foi a manutenção de "realmente" por um dos tradutores, enquanto o outro o suprimiu. Nesse caso, acreditando que não haveria comprometimento do sentido original, mantivemos a tradução o mais próxima possível do original, assim permanecendo o "provavelmente".

A frase "Maybe we'll hit it off real well" foi convertida para "talvez nos daremos muito bem" e "talvez nos demos muito bem", pelos tradutores, no item 28. No português brasileiro, quando se refere a um ato hipotético, duvidoso ou simplesmente possível, embora incerto, utiliza-se o modo subjuntivo, então, nesse caso, o verbo "dar", conjugado na primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo, assume a forma "demos". Desse modo, buscando a correção do uso do tempo verbal na língua-alvo, adotou-se a segunda opção.

O item 30 apresenta como enunciado: "Ah! Throw the caution to the window". Os tradutores ofereceram como possibilidade "Ah! Jogue a preocupação pela janela" e "Ah! Jogue fora a cautela". Realizando uma combinação das duas propostas, foi formulada como versão final "Ah! Jogue a cautela fora", sendo preservado o sentido da frase original e tornando-a mais próxima da realidade da população à qual o instrumento se destina.

Aplicação experimental

Uma vez concluída a elaboração da versão sintética dos itens que formariam a primeira versão da SISST em português brasileiro, iniciou-se o processo de aplicação experimental do instrumento para investigação quanto à real adequação dos itens formulados à população-alvo.

Para isso, contou-se com a colaboração de participantes voluntários, representativos de diferentes níveis de escolaridade e de ambos os gêneros. Os voluntários foram avaliados com o MINI para descartar a presença de transtornos psiquiátricos. Esse último procedimento eliminou três dos 46 voluntários iniciais, participando efetivamente da análise 43 pessoas (Tabela 2).

Após a execução completa do SISST, com aplicação padronizada conforme determinado no instrumento original, os sujeitos foram convidados a participar de uma discussão quanto aos aspectos linguísticos do material utilizado, com o que todos concordaram.

Nesse debate foram seguidas duas etapas. Primeiro, foi solicitado que o voluntário descrevesse com suas palavras como entendia o enunciado contido na versão que lhe foi fornecida do instrumento. Na segunda fase, foram solicitadas sugestões de termos alternativos que pudessem facilitar o entendimento dos itens.

As aplicações foram realizadas primeiramente com os participantes que possuíam escolaridade de nível fundamental, em seguida, com aqueles de nível médio e, finalmente, com os que possuíam nível superior (completo ou incompleto – neste último caso, tendo concluído ao menos 50% do curso de graduação).

No primeiro grupo, houve 12 omissões em quatro diferentes itens, realizadas por cinco participantes. Três omissões foram registradas no item 9, duas no item 11, três no item 22 e quatro no item 30.

Como justificativa para as omissões no item 9, foi encontrada dificuldade, por parte dos respondentes, de determinar o que seriam "as coisas", na formulação "Talvez eu consiga deixá-la mais à vontade iniciando as coisas".

O item 11 apresentou como obstáculo o desconhecimento de alguns participantes sobre o significado do vocábulo "fadadas". Durante a discussão com o grupo, notou-se, ainda, que alguns voluntários que responderam ao item o fizeram apesar de também não conhecerem o termo.

A frase "Você é um idiota inibido" apresentou problemas quanto ao entendimento do termo "inibido". Posteriormente, ao ser solicitado que relatassem qual o sentido da expressão, notou-se grande confusão em relação à palavra. Apenas 3 dos 11 integrantes desse grupo mostraram familiaridade com o vocábulo.

Problema semelhante foi encontrado no item 30, já que os voluntários que deixaram o item sem resposta o fizeram, segundo eles próprios, por não saberem o que significava "cautela". Na discussão, novamente, ficou claro que outros também não haviam compreendido bem a formulação.

Na etapa de debate com o grupo, outros pontos foram evidenciados. No item 28, a construção "Talvez nos demos muito bem" gerou dúvidas quanto ao fato de referir-se a um tempo presente ou futuro em 5 dos 11 participantes dessa etapa.

Foram efetuadas sugestões em relação aos itens 10 e 29. No primeiro caso, foi proposta a substituição de "em lugar de" para "invés de", o que, segundo os voluntários desse grupo, "deixaria a frase mais natural". Na segunda situação, do item 29, foi sugerida a substituição de "partir" por "ir embora", o que, segundo eles, forneceria melhor compreensão do item.

Em relação às palavras que geraram dúvidas e confusões de entendimento, o grupo não ofereceu alternativas para substituição.

No segundo grupo de aplicação experimental, composto por 10 participantes, foram observadas duas omissões no item 9, duas no item 28 e uma no item 30, realizadas por Três diferentes sujeitos.

Os problemas com esses três itens foram semelhantes aos já apontados pelo grupo anterior, ou seja, a dificuldade de entendimento quanto ao que seriam "as coisas" no item 9, confusões quanto à indicação da temporalidade no item 28 e o desconhecimento do uso do termo "cautela" no item 30.

A questão do item 9 mostrou-se compartilhada por mais quatro participantes, e no item 28 o problema apareceu presente também para os que responderam ao item – estes mencionaram tê-lo feito apesar da incerteza quanto ao tempo ao qual o item se referia. Esses dados, aliados ao que foi coletado com o grupo anterior, evidenciam a necessidade de revisão desses dois enunciados.

No item 30, além dos dois sujeitos que deixaram o item sem resposta, outro mostrou, também, desconhecimento do termo. Entre os demais, não foi identificado o problema, sendo o significado do vocábulo atribuído de forma correta e o sentido global da frase plenamente entendido. Um dos participantes sugeriu a substituição de "cautela" por "cuidados" e outro, ainda, o uso do termo "prudência", ambos de conhecimento de todos no grupo.

O termo "fadadas" (item 11) foi apontado pelos sujeitos como uma possível fonte de problemas. Apenas um deles mencionou que "nunca havia visto a palavra antes". Foi sugerida, como forma de melhoria, a substituição dele por "destinadas".

Sugeriram também a substituição de "habitualmente", presente no início do item 2, por "normalmente". A proposta foi bem recebida por todos do grupo. Além dessas, não foram feitas outras sugestões.

O terceiro grupo de aplicação foi composto por um total de 22 voluntários. Esse grupo apresentou apenas três omissões, todas no item 9, e, quando questionados quanto à razão da omissão, o problema detectado foi semelhante ao que apareceu nos grupos anteriores: a dificuldade de definir o que seria "iniciando as coisas".

Alguns participantes relataram que responderam a alguns itens por dedução para não deixá-los em branco, mas que eles não haviam ficado muito claros em seu entendimento. Seriam eles o item 9, já mencionado, e o item 28, por causa da questão do tempo verbal.

Não foram identificadas dificuldades de entendimento das formulações por esse grupo, que, inclusive, considerou a escala bastante informal em virtude das expressões coloquiais. Apesar disso, foi o grupo que mais debateu os enunciados e ofereceu algumas sugestões de melhoria.

Em relação ao item 2, concordaram com o grupo anterior em relação à substituição de "habitualmente" por "normalmente", de forma a tornar o enunciado "mais próximo de nossa realidade".

Para o item 9, as sugestões levantadas foram "iniciando o processo", o que ainda foi julgado vago pelo grupo, ou "tomando a iniciativa", o que pareceu mais apropriado para representar a ideia do sentido original proposto.

Para o item 10, sugeriram modificar "melhor maneira" para "melhor forma", de modo a tornar o item mais próximo da realidade do discurso coloquial da população à qual a escala se destina.

Concordaram com a proposta da substituição de "fadadas" por "destinadas" no item 11. Quanto ao item 12, mostraram alguma preocupação em relação à expressão "entrar na minha", porém declararam que todos entenderam seu significado na sentença e não tiveram sugestões para modificação. Não consideraram o termo "inibido" do item 22 um problema, mas sugeriram como alternativa os vocábulos "acanhado", "envergonhado" e "tímido".

Sugeriram, ainda, a supressão do termo "isso" na frase "Mesmo se as coisas não forem bem, isso não é uma catástrofe", do item 25. Para o item 29, defenderam que não haveria diferença entre manter o "partir" ou substituir o termo por "ir embora", apesar de concordarem que "ir embora" é mais utilizado por pessoas com menor nível de escolaridade.

No item 30, apesar de não haver nenhum caso de desconhecimento do correto significado da palavra "cautela", surgiram como opções "cuidados", "prudência" e "prevenção". O item 28 foi citado como uma possível fonte de problemas, uma vez que, segundo eles, poderia deixar aberta a possibilidade de confusão quanto a que período no tempo a formulação se refere.

Acrescentamos, ainda, que em todos os grupos de aplicação experimental foi manifesto o estranhamento pelo fato de a versão da escala utilizada ser direcionada apenas para o gênero masculino. Como sugestões, foi indicada a possibilidade de utilização do termo "homens/mulheres", em que consta apenas "mulheres", ou mesmo o termo "sexo oposto".

Uma vez concluída essa etapa, foram registrados todos os itens que apresentaram problemas ou pontos de dificuldades, assim como as sugestões realizadas pelos diversos grupos de voluntários que participaram da aplicação experimental. Com esses dados, foram realizados os ajustes necessários na primeira versão da SISST em português brasileiro.

Os itens 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 24, 26 e 27 permaneceram semelhantes ao que foi proposto na primeira versão sintética do instrumento. Os itens 2, 9, 10, 11, 22, 25, 28, 29 e 30 sofreram alterações, buscando-se um melhor ajuste deles à população-alvo.

No item 2, foram acatadas as sugestões fornecidas na aplicação experimental, entendendo-se que no português brasileiro coloquial o uso de "normalmente" é mais presente do que "habitualmente". Essa modificação torna a escala mais próxima da realidade cotidiana dos respondentes, sem afetar sua validade. Motivo semelhante justificou a substituição do termo "em lugar de" para "ao invés de" no item 10 e a troca de "partir" por "ir embora" no item 29.

Para resolver a questão do item 9, foi substituído o trecho "iniciando as coisas" por "tomando a iniciativa", desse modo mantendo-se o sentido original da frase na língua-fonte e evitando confusões quanto ao seu entendimento na língua-alvo.

O vocábulo "fadadas", item 11, foi apontado como desconhecido por participantes com nível de escolaridade de nível fundamental e médio, além de ser responsável por omissões no preenchimento do instrumento. Foi adotada como solução para a questão a troca dele por "destinadas", conforme sugerido pelos voluntários que conheciam o significado do termo.

Para o item 22, apesar de o termo "inibido" ser bastante específico, a dificuldade de entendimento dele em alguns extratos da população poderia prejudicar o correto preenchimento do instrumento; desse modo, optou-se por alterá-lo para um sinônimo que fosse familiar à população respondente. Nesse caso, adotou-se a sugestão da substituição por "tímido", termo semelhante e bem conhecido pela população-alvo em geral.

O item 28 mostrou-se um problema em virtude, principalmente, do tempo verbal utilizado. Apesar de correta linguisticamente, a frase gerou confusão entre os respondentes. Desse modo, optou-se pela adaptação da frase de "Talvez nos demos muito bem" para "Talvez venhamos a nos dar muito bem". Incluindo o verbo "vir", colocado, então, no presente do subjuntivo, consegue-se que o enunciado permaneça correto e com o mesmo sentido, porém apresentando-se de modo mais claro aos respondentes.

A frase inicialmente formulada como "Ah! Jogue fora a cautela", no item 30, também apresentou problemas e gerou omissões, sendo necessária sua reformulação. A palavra "cautela", desconhecida de alguns participantes, foi modificada para o sinônimo "prudência".

A escala foi ainda ajustada para poder atender aos dois gêneros. Nesse ponto, adotou-se sistema semelhante ao utilizado na versão francesa do instrumento23, em que é utilizada a expressão "do sexo oposto" quando possível e acrescentando a opção de gênero masculino onde antes constava apenas feminino.

Após as modificações, o instrumento foi reaplicado a um grupo de cinco voluntários com nível de escolaridade fundamental, para verificar se ainda persistiam problemas. Todos referenciaram bom entendimento dos itens e não surgiram novas dúvidas. Temos então os 30 itens, em sua versão final, que formam a versão do SISST para o português brasileiro.

Discussão

Instrumentos estruturados para a área de psiquiatria e saúde mental, com boas propriedades psicométricas, são de grande importância para o trabalho tanto do clínico quanto do pesquisador que atua nesse campo.

A opção de realização do trabalho de tradução e adaptação semântica do SISST para o português brasileiro com quatro tradutores, gerando duas traduções e duas retrotraduções, possibilitou a ampla discussão quando notada divergência entre as propostas fornecidas, possibilitando, assim, a correta adequação dos enunciados ao proposto originalmente.

Tradutores e juízes familiarizados com o campo de saúde mental colaboraram na adaptação semântica, pois seus conhecimentos referentes ao construto avaliado permitiram a realização de ajustes finos nos termos escolhidos para representar os itens originais.

O ajuste final da versão sintética foi realizado a partir dos dados colhidos na aplicação experimental, considerando que o instrumento adaptado deveria se apresentar inteligível para aqueles que possuem nível de escolaridade fundamental, sem, no entanto, comprometer o interesse daqueles com mais anos de escolaridade.

Com base nos dados obtidos da aplicação experimental, foram realizados os últimos ajustes no instrumento, que foi novamente testado experimentalmente. Formou-se, assim, a versão final do SISST para o português brasileiro. Estudos posteriores deverão ser realizados para avaliação de validade, fidedignidade e estabelecimento de normas para a população-alvo.

Agradecimentos

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Recebido: 23/7/2009

Aceito: 14/10/2009

Instituição onde o trabalho foi realizado: Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria UFRJ. INCT Translation Medicine.

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  • Endereço para correspondência:
    Adriana Cardoso de Oliveira e Silva
    Laboratório de Pânico e Respiração, Instituto de Psiquiatria, UFRJ.
    Rua Visconde de Pirajá, 407/702 −
    22410-003 − Rio de Janeiro, RJ.
    Telefone: (21) 2521-6147.
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      01 Out 2010
    • Data do Fascículo
      2010

    Histórico

    • Recebido
      23 Jul 2009
    • Aceito
      14 Out 2009
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