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Pessoa idosa hospitalizada: preditores do declínio funcional* * Apoio Financeiro do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal. Este artigo foi apoiado por Fundos Nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito da Unidade CINTESIS R&D (referência UIDB/4255/2020).

Objetivo:

identificar os preditores do declínio funcional em pessoas hospitalizadas com 70 ou mais anos, entre: baseline e alta; alta e follow-up e baseline e follow-up de três meses.

Método:

estudo de coorte prospectivo realizado em serviços de medicina interna. Aplicado um questionário (variáveis demográficas, clínicas e preditores do declínio funcional) em três momentos. Os preditores foram determinados utilizando o modelo de regressão logística binária.

Resultados:

a amostra incluiu 101 pacientes, 53.3% do sexo feminino, idade média de 82,47 ± 6,57 anos. Os preditores que mais contribuíram para o declínio na hospitalização foram: internação prévia (RC=1,8), acesso a apoio social (RC=4,86), déficit cognitivo (RC=6,35), contenção mecânica (RC=7,82) e não ter parceiro(a) (RC=4,34). A idade (RC=1,18) e o diagnóstico médico (RC=0,10) foram os preditores entre a alta e o follow-up. Ser mais velho, delirium durante a hospitalização (RC=5,92) e ter risco de declínio funcional (RC=5,53), foram preditores de declinio entre a baseline e o follow-up.

Conclusão:

os preditores mais relevantes foram idade, internação prévia, déficit cognitivo, contenção, apoio social, não ter parceiro(a) e delirium. Executar intervenções orientadas para minimizar o impacto destes preditores pode ser um importante contributo na prevenção do declínio funcional.

Descritores:
Idoso; Saúde do Idoso; Enfermagem; Hospitalização; Modelos Logísticos; Declínio Funcional


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