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Revisão dos desenhos de pesquisa relevantes para enfermagem: parte 2: desenhos de pesquisa qualitativa

Resumos

Este segundo artigo da série Revisão dos Desenhos de Pesquisa Relevantes para Enfermagem apresenta desenhos de pesquisa qualitativa. São descritas metodologias fenomenológicas, teoria fundamentada nos dados, etnografia, investigação narrativa, entre outras. É também discutida a importância da pesquisa qualitativa como base para estudos quantitativos. Essa conexão entre pesquisa qualitativa e quantitativa é fundamental para promover a prática de enfermagem baseada em evidência.

pesquisa em enfermagem; análise qualitativa; metodologia; enfermagem


This second article of the series An Overview of Research Designs Relevant to Nursing presents qualitative research designs. Phenomenological, ground theory, ethnography, narrative inquiry, and other related qualitative-related research methodologies are described. In addition, the importance of qualitative research as groundwork for quantitative studies is discussed. This link between qualitative and quantitative research is fundamental to promote evidence-based nursing practice.

nursing research; qualitative analysis; methodology; nursing


Este segundo artículo de la serie de Revisión de los Diseños de Investigación Relevantes para Enfermería presenta los diseños de investigación cualitativa. Son descritas metodologías fenomenológicas, teoría fundamentada en los datos, etnografía, investigación narrativa entre las principales. Así mismo se discute la importancia de la investigación cualitativa como base para estudios cuantitativos. Esta conexión entre investigación cualitativa y cuantitativa es fundamental para promover la práctica de enfermería basada en evidencias.

investigación en enfermería; análisis cualitativo; metodología; enfermería


ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO

Revisão dos desenhos de pesquisa relevantes para enfermagem: Parte 2: desenhos de pesquisa qualitativa

Martha DriessnackI; Valmi D. SousaII; Isabel Amélia Costa MendesIII

IEnfermeira, Pós doutorando em genética clínica na Escola de Enfermagem da Universidade de Iowa, Estados Unidos, e-mail: martha-driessnack@uiowa.edu

IIEnfermeiro, Professor Assistente da Faculdade de Saúde e Serviços Humanos da Universidade Carolina do Norte em Charlotte, Estados Unidos, e-mail: vdsousa@uncc.edu

IIIEnfermeira, Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem, Brasil, Pesquisador 1A do CNPq, e-mail: iamendes@eerp.usp.br

RESUMO

Este segundo artigo da série "Revisão dos Desenhos de Pesquisa Relevantes para Enfermagem" apresenta desenhos de pesquisa qualitativa. São descritas metodologias fenomenológicas, teoria fundamentada nos dados, etnografia, investigação narrativa, entre outras. É também discutida a importância da pesquisa qualitativa como base para estudos quantitativos. Essa conexão entre pesquisa qualitativa e quantitativa é fundamental para promover a prática de enfermagem baseada em evidência.

Descritores: pesquisa em enfermagem; análise qualitativa; metodologia; enfermagem

INTRODUÇÃO

Como apontado no primeiro artigo desta série(1), o desenho de pesquisa direciona o planejamento e implementação de um estudo para que se possa responder a perguntas ou testar as hipóteses colocadas para investigação. No entanto, para responder questões ou testar hipóteses adequadamente, os pesquisadores devem ter um bom entendimento tanto de desenhos de pesquisa quantitativa como qualitativa que sejam relevantes para enfermagem. Enquanto a maior parte da pesquisa em enfermagem tem sido, até hoje, primordialmente quantitativa por natureza, atualmente no mundo todo, a pesquisa está cada vez mais sendo conduzida através de desenhos qualitativos. Portanto, o foco deste artigo é ir além dos desenhos de pesquisa quantitativa apresentados e discutidos no primeiro artigo desta série, introduzindo desenhos de pesquisa qualitativa relevantes e apontando como eles podem ser usados na área da enfermagem.

DESENHOS RELEVANTES DE PESQUISA QUALITATIVA

Desenhos de pesquisa qualitativa estão "baseados no paradigma naturalista"(1). Esta abordagem paradigmal com relação à pesquisa é diferente da filosofia determinística que sublinha o paradigma quantitativo, o paradigma pós-positivista. Ao contrário do pós-positivismo, a filosofia naturalística afirma que a realidade é subjetiva, ao invés de objetiva, porque não existe uma única realidade, mas múltiplas realidades e o conhecimento adquirido somente é relevante dentro de uma determinada situação ou contexto(2-3) .

Na pesquisa qualitativa o processo de pesquisa é indutivo ao invés de dedutivo, e começa com objetivos exploratórios mais amplos que fornecem foco para o estudo sem esvaziar prematuramente aspectos da experiência que possam ser julgados importantes ou relevantes. Pesquisadores usam desenhos de pesquisa qualitativa quando existe uma lacuna no conhecimento, ou quando pouco é sabido a respeito de um determinado fenômeno, experiência ou conceito(1). Pesquisadores qualitativos estudam pessoas em ambientes naturais e tentam entender ou interpretar os significados que as pessoas atribuem às suas experiências(4). Estes cenários naturais, que geralmente são referidos como o campo, contrastam fortemente com o cenário clínico e/ou laboratório usado em desenhos quantitativos que são tipicamente desenhados para exercer maior controle sobre o estudo e suas variáveis(5).

A pesquisa qualitativa é usada para explorar grupos ou experiências relacionadas a saúde ou doença e onde pouco é sabido ou, onde o entendimento atual parece ser inadequado(6). Também é usado para ganhar novos insights em fenômenos, grupos, experiências ou conceitos estudados anteriormente. Geralmente esta precede o estudo quantitativo, mas pode ser usada concomitantemente ou na seqüência(3,7). Esta atuação recíproca entre desenhos qualitativos e quantitativos é denominada como metodologia mista ou métodos múltiplos e será o foco do terceiro artigo desta série.

A características mais distintas da pesquisa qualitativa são aquelas em que o pesquisador é também considerado um instrumento da coleta de dados e os dados resultantes são principalmente palavras ou descrições narrativas ao invés de números. Ao invés de comparações numéricas e inferências estatísticas usadas para classificar dados quantitativos, os dados qualitativos são classificados por temas, conceitos, e/ou teorias, identificados e sintetizados a partir das descrições detalhadas de experiências e processos sociais compartilhados pelos participantes. Enquanto pesquisadores quantitativos trabalham com algumas poucas variáveis e muitos sujeitos, pesquisadores qualitativos contam com poucos sujeitos, ou participantes, e muitas variáveis(7-8).

Na pesquisa qualitativa os participantes são selecionados propositalmente pelas suas experiências com relação ao fenômeno de interesse, ao contrário da seleção ou amostragem aleatória de uma população maior. Os dados dos participantes selecionados são considerados ricos em detalhes e freqüentemente são referidos como descrições densas ou pesadas. Tamanhos típicos de amostras variam desde alguns poucos até 30 participantes, o que é bastante diferente das amostras quantitativas que normalmente demandam um número maior de participantes baseados em análise de poder. O poder em pesquisa qualitativa está na riqueza da descrição e detalhes de experiências específicas, processos sociais, culturas, e narrativas.

Os métodos usados em desenhos qualitativos são menos estruturados do que os desenhos quantitativos e incluem principalmente múltiplas entrevistas em profundidade, observação participativa, diários escritos, descrições narrativas e grupos focais. Os quatro tipos mais usados de desenhos de pesquisa qualitativa para conduzir pesquisa em enfermagem incluem: 1) fenomenologia, 2) teoria fundamentada nos dados 3) etnografia e 4) investigação narrativa.

Fenomenologia

O objetivo da pesquisa fenomenológica é descrever como fenômenos específicos de interesse são vivenciados e experimentados pelos indivíduos. O foco de estudos fenomenológicos está no entendimento do que uma experiência representa no contexto das vidas das pessoas, o que é referido como capturando a experiência vivida. Por exemplo, uma pergunta de pesquisa para esta abordagem poderia ser "Qual é experiência de adolescentes vivendo em uma família com risco genético de adquirir a doença de Huntington?" As únicas fontes de informação confiáveis para responder este tipo de investigação ou pergunta são as pessoas que vivenciam este fenômeno. Neste exemplo, participantes adolescentes cujos pais ou avós tiveram resultado positivo ou sintomas da doença de Huntington seriam procurados.

Para selecionar uma amostra para um estudo fenomenológico, o pesquisador seleciona propositadamente indivíduos ou grupos que têm vivenciado o fenômeno. Critérios de inclusão e exclusão são estabelecidos com base no foco do estudo. A estimativa do número de participantes depende do tamanho e da qualidade de informação que se pretende obter de cada participante, do escopo do estudo, da natureza do tópico e número de entrevistas por participantes(9). Num estudo focado, com um tópico claramente definido e escopo limitado, é requerida uma amostra relativamente pequena (10 ou menos participantes). Entretanto, se cada participante é entrevistado apenas uma vez e a quantidade de informação é limitada, grandes números (até 60 participantes) são buscados. A chave é alcançar saturação de dados. Saturação é o estado onde nenhum outro dado novo e relevante para o estudo emerge e os elementos de todos os temas, conceitos, e teoria já foram considerados(10).

Teoria fundamentada nos dados

Pesquisadores usam a teoria fundamentada nos dados quando estão interessados em fenômenos que envolvem processos sociais sublinhando experiências e comportamento humano(5). Por exemplo, uma pergunta de pesquisa para esta abordagem poderia ser "Como as crianças enfrentam a morte de um irmão(ã)?" Neste exemplo, crianças seriam entrevistadas e questionadas, assim como seus pais e talvez professores. Os diferentes conceitos e padrões de enfrentamento emergem da análise dos dados que são então sintetizados no bojo de uma teoria para servir como guia para entendimento ou testagem posterior. A idéia principal é que a teoria de como crianças enfrentam a situação surge das descrições daqueles que vivenciaram o fenômeno, não das idéias daqueles que não passaram por tal experiência. O objetivo da abordagem da teoria fundamentada nos dados é a geração de teoria que se origina nos dados, ou é "fundamentada" nos dados(10).

As principais características dos desenhos da teoria fundamentada nos dados são amostragem teórica e a comparação constante dos dados com as categorias que emergem(3). A coleta e análise de dados ocorrem simultaneamente e cada peça de novos dados é constantemente comparada e contrastada com conceitos previamente identificados(5). Os tamanhos amostrais tendem a ser maiores nos desenhos de teoria fundamentada nos dados, quando comparados a outros desenhos qualitativos, dada a necessidade de amostragem teórica. Amostragem teórica significa que a seleção dos participantes é direcionada pela análise emergente(6). Em outras palavras, o pesquisador começa com uma amostra focada, mas conforme diferentes conceitos emergem, o pesquisador procura participantes adicionais baseado no melhor entendimento desses conceitos. Este processo geralmente inclui a busca por casos destoantes (outliers) ou negativos de modo que uma série completa de possíveis experiências, ou um

um entendimento completo seja alcançado. A amostragem teórica continua até o pesquisador ficar satisfeito com a teoria sintetizada a partir de dados e conceitos que refletem o processo social estudado.

Etnografia

Pesquisadores usam a etnografia como desenho de pesquisa quando procuram um entendimento ou descrição mais profunda de uma cultura, grupo ou comunidade específica(10). Etnografia envolve experimentação, mais freqüentemente por observação participativa, investigando através de entrevistas e histórias orais, e examinando documentos e artefatos culturais. Na maioria das vezes a etnografia é equacionada com uma imersão mais profunda do pesquisador dentro da cultura, grupo ou comunidade sendo estudada. Este processo é geralmente denominado trabalho de campo e as notas extensivas tomadas pelo pesquisador são chamadas de notas de campo. A imersão no campo ajuda o pesquisador a identificar informantes chave, costumes e artefatos que estão tão emaranhados no grupo sendo estudado, que provavelmente não seriam identificados numa simples entrevista.

Embora a etnografia seja o desenho de pesquisa mais freqüentemente lembrado no momento de estudar cultura, a palavra cultura pode ser interpretada de muitas maneiras. Cultura pode ser definida como uma forma de vida de um grupo - comportamentos aprendidos que são socialmente construídos ou transmitidos(10). Pesquisadores podem usar etnografia para explorar a cultura da enfermagem, de casas de repouso, da academia, e/ou política. Cada uma dessas culturas tem sua maneira própria de se comunicar, seus próprios costumes, ritos de passagem e artefatos. Esta interpretação mais ampla da etnografia e cultura está sendo usada mais freqüentemente na pesquisa contemporânea.

Quando se utiliza da etnografia, o pesquisador etnográfico tem como responsabilidade descrever os processos únicos e distintos ou regras de comportamento da subcultura ou cultura, com o objetivo principal de adquirir maior entendimento e comunicação. O conceito importante do desenho de pesquisa etnográfica é a ênfase em obter uma perspectiva emic ao invés de uma perspectiva etic. Uma perspectiva émica é a perspectiva ou ponto de vista do membro da cultura, da pessoa do grupo, ou nativo(10), ou seja, é uma perspectiva interna. Esta perspectiva é essencial pois evita a imposição de valores e crenças dos pesquisadores e outros de fora. A perspectiva daquele que é de fora, ou a perspectiva ética, tem sido por muito tempo prevalente tanto no cuidado a saúde como na pesquisa(10). A etnografia pode ser bastante cansativa e intensa para o pesquisador porque a coleta de dados envolve a imersão continuada na cultura e observação participativa.

Investigação Narrativa

A investigação narrativa é um desenho de pesquisa determinado e interpretado de forma ampla que envolve relatos narrativos individuais e a interpretação de seus significados(10-11). Relatos narrativos podem ser obtidos a partir um número de grupos incluindo pacientes, família e cuidadores. Na investigação narrativa o pesquisador estuda as vidas e experiências de indivíduos ou grupos pedindo que contem a respeito ou historiem suas experiências. As narrativas resultantes são analisadas dentro e através de indivíduos e são então recontadas ou re-historiadas pelo pesquisador(3). O objetivo principal da investigação narrativa é ouvir e questionar suposições anteriores. Por exemplo, crianças são normalmente entendidas através de substitutos adultos, geralmente seus pais. Quando as próprias crianças são questionadas a respeito de suas experiências, seus relatos narrativos são geralmente bastante diferentes. O mesmo pode ser dito de pacientes e outros no mesmo ambiente.

Indivíduos são propositadamente selecionados para participarem em estudos de investigação narrativa baseado no foco da pesquisa e critério sob estudo. O número de participantes varia e depende do foco geral, escopo do estudo e a quantidade de informação adquirida de cada relato narrativo. As narrativas são analisadas individualmente e através dos participantes até que uma meta-narrativa ou estória geral é sintetizada e recontada pelo pesquisador.

As narrativas podem ser examinadas pelo seu conteúdo e/ou pela sua estrutura. Quando examinado pelo conteúdo, o pesquisador olha para o que é dito e a análise parece bastante similar à análise temática usada na fenomenologia. Entretanto, quando as narrativas são examinadas pela sua estrutura, o pesquisador olha para como a estória é construída e contada. Através deste processo, pesquisadores examinam quais detalhes são priorizados, reiterados, enfatizados, e/ou deixados de fora, olhando não tanto para a estória em si mas porque a estória foi contada daquela forma em particular.

OUTRAS METODOLOGIAS RELACIONADAS À PESQUISA QUALITATIVA

A teoria crítica e a pesquisa de ação participativa não representam desenhos específicos de pesquisa qualitativa propriamente ditos. Pesquisadores que usam estes desenhos relacionados a metodologia de pesquisa qualitativa geralmente abordam conhecimento baseado em pressupostos qualitativos. A teoria crítica é focada na promoção de mudança e na habilitação do ser humano por meio da avaliação crítica dos fenômenos sociais que impõem restrições sobre o mesmo. Tipicamente, pesquisadores usam teoria crítica para informar ou trabalhar pela mudança e emancipação de grupos marginalizados ou silenciosos a partir dos fenômenos sociais sendo estudados (2-3). A pesquisa participativa ou pesquisa de ação participativa (PAP) surgiu da teoria crítica e é focada no propósito de mudança na prática através do processo de pesquisa(2). PAP envolve tanto pesquisadores como participantes(2-6). Este tipo de estudo é normalmente utilizado para criar uma agenda de ação para mudança de grupos marginalizados ou que costumavam se manter em silêncio(3). Outras metodologias relacionadas à pesquisa qualitativa também podem incluir pesquisa histórica e investigação filosófica. A pesquisa histórica examina dados do passado enquanto que a investigação filosófica examina questões de todas as perspectivas com relação a valores, ética e ciência(2).

CONCLUSÃO

A seleção para o desenho de pesquisa começa com a pergunta da pesquisa e o fenômeno a ser estudado. Assim como existem diferentes tipos de desenhos de pesquisa quantitativa para responder questões de pesquisa quantificáveis, existem diferentes desenhos qualitativos para responder questões sobre condições distintas de saúde, doença e experiências de vida das pessoas. Entender o propósito de cada desenho de pesquisa ajuda enfermeiros(as) na seleção daquele que melhor responda suas perguntas de pesquisa. Portanto, focar a pergunta e selecionar o melhor desenho de pesquisa para responder à questão é o primeiro e mais importante passo na condução de pesquisa cientificamente sólida, seja ela qualitativa ou quantitativa. Uma constrói a outra e enriquece a ciência e prática da enfermagem.

Estudos qualitativos cientificamente sólidos geralmente servem como base para o desenvolvimento da teoria mas também para o desenho, implementação e refinamento de estudos quantitativos, enquanto que estudos quantitativos rigorosos geralmente servem para identificar lacunas na literatura e fenômenos pouco entendidos que requerem estudo qualitativo. Esta constante interação entre estas duas abordagens ao conhecimento leva ao acúmulo de uma vasta ordem de resultados de pesquisa que ajudam a mover a enfermagem da prática baseada na tradição para a prática baseada em evidência. No próximo artigo, a combinação ou mistura de desenhos dentro um mesmo estudo serão apresentados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Recebido em: 21.7.2006

Aprovado em: 4.5.2007

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Set 2007
  • Data do Fascículo
    Ago 2007

Histórico

  • Aceito
    04 Maio 2007
  • Recebido
    Jun 2002
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