A inflação brasileira e o “Plano Real”

SACHS, JEFFREY; ZINI JR., ÁLVARO

doi:10.1590/0101-31571995-0835

JEFFREY SACHS

Harvard University, Massachussetts, United States. E-mail: jeffrey_sachs@harvard.edu.

ÁLVARO ZINI JR.

Universidade de São Paulo - USP, São Paulo/SP, Brasil.

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Figura 1:
A curva de Laffer da inflação.

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Tabela 1:
Medidas do déficit público no Brasil (em% do PIB)

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Período Senhoriagem/PIB(%) Inflação média(%) 1950-59 1,9% 19% 1960-69 2,7% 45% 1970-75 1,2% 22% 1976-79 2,0% 51% 1980-84 1,8% 148% 1985-90 2,9% 835% 1991-94 2,0% 2.375% Fonte: autores; v. explicações na Tabela 5.

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Tabela 2:
Estoque de moeda e ativos líquidos no Brasil (em% do PIB)

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Tabela 3:
Estoque de moeda e ativos líquidos nos Estados Unidos (em% do PIB)

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Tabela 4:
Inflação e senhoriagem em países selecionados (em%)

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Tabela: 5
inflação e senhoriagem no Brasil (em%)

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Tabela 6:
Brasil: fatores expansivos da base monetária-participação sobre a mudança da base (em%)

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Tabela 7:
Financiamento inflacionário e acumulação de reservas (em US$ bilhões)

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Tabela 8:
Brasil: reservas externas (US$ bilhões)

(1)

(2)

(3)

(4)

( 4’)

(5)

(6)

(7)

(8)

(9)

(10)

(10’)

(11)

(12)

(13)

(14)

	1986-89 (média)	1990	1991	1992	1993
NFSP Déficit primário	-0,4	-2,2	-2,8	-1,8	-2,9
NFSP Déficit operacional	5,2	-1,3	0,0	1,6	-0,2
Inflação(% fim do ano)	825	1.477	418	1.158	2.709

Período	Senhoriagem/PIB(%)	Inflação média(%)
1950-59	1,9%	19%
1960-69	2,7%	45%
1970-75	1,2%	22%
1976-79	2,0%	51%
1980-84	1,8%	148%
1985-90	2,9%	835%
1991-94	2,0%	2.375%

	1992	1993
1. Moeda em poder do público	0,6	0,5
2. Depósitos à vista	1,2	0,8
3. M1 (1 + 2)	1,8	1,3
4. Contas do FAF	2,3	1,4
5. Depósitos especiais remunerados (DERs)	1,5	0,6
6. Obrigações federais em poder do público	4,3	4,5
7. Papéis estaduais e municipais com o público	2,2	2,7
8. M2 (3 + 4 + 5 + 6 + 7)	12,2	10,6
9. Contas de poupança	4,4	4,8
10. M3 (8 + 9)	16,6	15,4
11. Haveres privados (CDBs e letras)	7,8	7,7
12. M4(10+11)	24,4	23,1
Itens para a memória:
Base monetária	1,2	0,8
Meio circulante	0,7	0,6
Reservas bancárias	0,5	0,2

	1992	1993
1. Moeda em poder do público	4,9	5,1
2. Depósitos à vista	5,9	6,3
3. Outros depósitos em cheque	6,4	6,6
4. Cheques de viagem	0,1	0,1
5. M1 (1 + 2 + 3 + 4)	17,3	18,1
6. Acordos de recompra do mercado aberto e euro dólares no overnight	1,3	1,4
7. Fundos mútuos demoney-market (propósitos gerais)	5,8	5,5
8. Depósitos de poupança	19,6	19,0
9. Depósitos a prazo de pequeno valor	14,4	12,2
(Componente de não-transação do M2)	41,1	38,1
10. M2 (5 + 6 + 7 + 8 + 9)	58,4	56,2
11. Depósitos a prazo de alto valor	5,9	5,3
12. Acordos de recompra a prazo	2,1	2,2
13. Fundos demoney-market(institucionais)	3,1	2,8
(Componente de não-transação do M3)	11, 1	10,3
14. M3 (9 + 10 + 11 + 12)	69,5	66,6
15. Outros ativos líquidos	14,7	14,3
16. Liquidez ampla, 14 + 15)	84,3	80,9
Itens para a memória:
Base monetária	5,9	6,1
Meio circulante	4,9	5,1
Reservas bancárias	0,9	1,0

	Período de cálculo	Senhoriagem/PIB	Inflação	Base monetária/PIB
Argentina	(1993)	1,5	10,6	5,7
Grécia	(1992-93)	1,2	16,4	15,2
Coréia	(1993)	1,9	4,8	8,7
Portugal	(1992-93)	2,2	7,7	24,2
Espanha	(1993)	0,2	4,6	12,8
EUA	(1992-93)	0,5	3,0	6,0
Brasil	(1992-93)	2,3	1.547,5	1,0

	Senhoriagem/PIB	Inflação anual	Base monetária/PIB
1950	2,84	11,6	12,0
1951	1,30	11,9	11,6
1952	1,81	12,9	10,9
1953	1,87	20,8	11, 1
1954	1,84	25,6	9,5
1955	1,64	12,4	9,5
1956	1,39	24,4	8,8
1957	2,75	7,0	8,8
1958	1,46	24,3	9,0
1959	2,50	39,5	7,8
1960	2,34	30,5	7,6
1961	3,13	47,7	7,5
1962	3,98	51,3	7,3
1963	4,13	81,3	7,0
1964	3,50	91,9	6,6
1965	3,52	34,5	6,8
1966	1,35	38,8	6,4
1967	1,59	24,3	6,4
1968	2,16	25,4	6,1
1969	1,21	20,2	5,7
1970	0,78	19,2	5,3
1971	1,55	19,8	5,0
1972	0,92	15,5	4,8
1973	1,57	15,7	4,4
1974	1,07	34,5	3,9
1975	1,07	29,3	3,4
1976	1,61	46,3	3,4
1977	1,95	38,8	3,9
1978	1,65	40,8	4,1
1979	2,61	77,2	4,0
1980	1,52	110,2	3,4
1981	1,69	95,2	2,9
1982	1,99	99,7	2,9
1983	1,62	211,0	2,4
1984	1,94	223,8	1,8
1985	2,13	235,1	1,6
1986	3,55	65,0	3,1
1987	1,72	415,8	2,1
1988	2,28	1.037,6	1,3
1989	2,76	1.782,9	1,2
1990	4,92	1.476,6	2,1
1991	2,32	480,2	1,7
1992	2,31	1.157,9	1, 1
1993	1,80	2.708,6	0,8
1994	1,78	5.153,5	0,6

		Crédito doméstico (público)	Crédito doméstico (não público)	Setor externo monetária	Variação da base
		(1)	(2)	(3)	(1+ 2 +3)
1991	T1	139,2	-37,6	-1,6	100,0
	T2	156,3	-197,3	141,0	100,0
	T3	21,6	112,7	-34,4	100,0
	T4	32,4	10,6	57,0	100,0
1992	T1	-533,6	-19,9	653,5	100,0
	T2	-161,3	14,2	247,1	100,0
	T3	34,6	36,8	28,6	100,0
	T4	28,7	1,7	69,6	100,0
1993	T1	57,6	-18,9	61,3	100,0
	T2	-36,4	22,7	113,7	100,0
	T3	11,4	-30,4	119,0	100,0
	T4	-19,7	-12,6	132,3	100,0
1994	T1	-204,7	12,7	291,9	100,0
	T2	-129,9	22,2	207,7	100,0
1991	ano	72,6	-16, 1	43,5	100,0
1992	ano	-83,9	9,9	174,1	100,0
1993	ano	-7,1	-9,7	116,8	100,0
1994	sem,	-158,6	18,6	240,1	100,0

	Fonte	Usos
	Senhoriagem	Déficit operacional	Redução na dívida interna	Variação nas reservas internacionais
1992	12	7	8	14
1993	12	- 1	- 5	8

		Caixa	Liquidez
			internacional
1987	Dez.	4,4	7,5
1988	Dez.	5,4	9,1
1989	Dez.	7,3	9,7
1990	Dez.	8,8	10,0
1991	Jul.	8,9	10,1
	Ago.	8,1	9,3
	Set.	7,1	8,0
	Out.	7,0	8,0
	Nov.	7,0	7,9
	Dez.	8,6	9,4
1992	Jan.	9,7	11,9
	Mar.	13,7	17,1
	Maio	16,9	20,5
	Jul.	18,9	22,7
	Set.	17,7	22,0
	Dez.	19,0	23,8
1993	Jan.	18,8	23,3
	Maio	18,0	22,3
	Mai.	18,7	24,0
	Jul.	19,6	25,9
	Set.	20,1	26,9
	Dez.	25,9	32,2
1994	Jan.	29,1	35,3
	Mar.	32,3	38,3
	Maio	38,3	41,4

[TFN1] Fonte: Brasil, Programa Econômico, reproduzido de Barbosa & Giambiagi (1994BARBOSA, F. & GIAMBIAGI, F. “O ajuste fiscal de 1990-93: uma análise retrospectiva”, 1994. Revista Brasileira de Economia, em fase de publicação. ).

[TFN2] Nota: um sinal negativo indica um superávit. O superávit primário exclui o pagamento de juros reais. O déficit operacional é o déficit nominal deduzido da correção monetária paga aos títulos públicos.

Brasil

Brasil

A inflação brasileira e o “Plano Real”

The Brazilian inflation and the “Real Plan”

RESUMO