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Ouro Preto abre exposição Gorceix: 90 anos depois

NOTÍCIAS DA REM

Ouro Preto abre exposição Gorceix: 90 anos depois

Dentro da programação da pré-abertura do Ano da França no Brasil, foi aberta uma exposição, na Escola de Minas, que homenageia o engenheiro francês Claude Henri Gorceix, fundador, em 1876, da Escola de Minas de Ouro Preto, primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil, criada a pedido do então imperador Dom Pedro II. A Escola de Minas é, hoje, uma das principais instituições de engenharia do país, com habilitação nas áreas de Engenharia de Minas, Ambiental, Mecânica, Geologia, Controle e Automação, Metalurgia, Produção, Civil e Arquitetura. Na época da inauguração da Escola de Minas, hoje integrante da Universidade Federal de Ouro Preto, Gorceix dizia a respeito de Ouro Preto: "(...) em uma pequena extensão de terreno, pode-se acompanhar a série completa das rochas metamórficas que constituem grande parte do território brasileiro e todos os arredores da cidade se prestam a excursões mineralógicas proveitosas e interessantes".

Ex-aluno da Escola de Minas recebe a Medalha da Inconfidência

Leonardo Barbosa Godefroid é engenheiro metalurgista, com mestrado e doutorado em metalurgia física/mecânica. Ele é professor do Departamento de Metalurgia da Escola de Minas/UFOP e vem exercendo a função de editor adjunto da Revista Escola de Minas, membro do Conselho Curador da Fundação Gorceix e membro do Rotary Club de Ouro Preto.

Um dos temas de atuação de Godefroid junto à comunidade é a valorização do patrimônio histórico-artístico-cultural de Ouro Preto. Em 1993, criou, na UFOP, o projeto de extensão intitulado "Conhecer Vila Rica". Trata-se da organização de visitas orientadas aos principais monumentos da cidade, para que a comunidade conheça melhor o patrimônio em que vive. Por esse projeto lhe foi concedida a Medalha do Aleijadinho. Na mesma época, criou outro projeto de extensão, desta vez voltado para a música. O projeto visa à apresentação de música clássica para a comunidade, com projeção de vídeos de concertos e óperas. No final da década de 1990, participou ativamente da criação da entidade AMO Ouro Preto, juntamente com o artista plástico Carlos Bracher, o vereador Flávio Andrade e o professor Armando Wood, na luta para a manutenção do título de Monumento Mundial conferido pela UNESCO a Ouro Preto. Naquela ocasião, ele foi membro da primeira diretoria da entidade. Em 2008, assinou um acordo de cooperação com a Paróquia de Nossa Senhora do Pilar e de interveniência do IPHAN e da Prefeitura Municipal, para preservação do Passo da Verônica, situado na Ponte Seca, Bairro Rosário. Esse acordo consiste na adoção da capela e prevê a realização periódica de projetos de manutenção. Nesse ano, um muro de concreto revestido em cantaria foi construído atrás do Passo e importantes intervenções foram realizadas em seu interior.

Por essas iniciativas, Godefroid recebeu, em março desse ano, o título de Cidadão Honorário de Ouro Preto, concedido pela Câmara Municipal. Mais recentemente, Godefroid recebeu das mãos do Governador do Estado de Minas Gerais a Medalha da Inconfidência, em solenidade acontecida na Praça Tiradentes, por ocasião das festividades do dia 21 de abril.

Comunidade geofísica brasileira ganha portal eletrônico

Já está no ar o Portal Geofísica Brasil (www.geofisicabrasil.com), que tem como missão divulgar e destacar a importância da geofísica como ciência multidisciplinar em suas diversas áreas de atuação.

Responsável pelo conteúdo do Portal, o jornalista Fernando Zaider informa que o objetivo é espalhar para a comunidade geral o conhecimento da geofísica, que hoje está restrita ao meio empresarial e às instituições de ensino e pesquisa científica, mostrando como os geofísicos, no seu dia-a-dia, colaboram para elevar o conhecimento científico brasileiro a patamares inéditos e contribuindo, ainda, para a geração de riquezas para o país com a prospecção de jazidas minerais, petróleo e água subterrânea.

Através de linguagem jornalística, o Geofísica Brasil pretende atingir um público variado, que vai de estudantes a empresários, passando por profissionais, professores, pesquisadores e jornalistas em busca de informação diferenciada.

Fonte: DRM-RJ / Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro

Vale é a primeira empresa a aderir a pacto pela Mata Atlântica

A Vale é a primeira empresa a aderir ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, criado pela The Nature Conservancy (TNC), uma das maiores ONGs do mundo em defesa do meio ambiente. O pacto visa a restaurar 15 milhões de hectares até 2050. Para atingir a meta, serão feitas articulações entre governos, empresas, sociedade civil e proprietários rurais.

O convite para aderir ao pacto foi um reconhecimento pelas ações que a Vale realiza para conservação e recuperação da Mata Atlântica. Por exemplo, ela mantém a maior área deste bioma em terreno plano do País, a Reserva Natural Vale, em Linhares.

Recentemente, a Reserva Vale recebeu o título de Posto Avançado da Biosfera da Mata Atlântica, chancelado pela Unesco, por trabalhos relacionados à proteção da biodiversidade, ao desenvolvimento sustentável e ao conhecimento científico e tradicional sobre a Mata Atlântica.

No campo da recuperação florestal, a vale lançou, em fevereiro, em conjunto com o governo do Espírito Santo, os projetos Extensão Ambiental e Floresta-Piloto, que pretendem ajudar o Estado a triplicar sua cobertura vegetal até 2025. Com a duração de cinco anos, os dois projetos vão beneficiar, inicialmente, mais de 20 mil produtores rurais.

Em 2008, outro importante projeto de recuperação e conservação da Mata Atlântica foi assinado pela Vale: o protocolo de intenções para adoção do Parque Estadual da Ilha Grande, na região da Costa Verde (RJ).

Ainda, no Rio de Janeiro, a Vale está fornecendo as 600 mil mudas de Mata Atlântica necessárias para o reflorestamento das cabeceiras e margens do rio Guandu, de onde é captada a água que abastece a maior parte da Região Metropolitana da capital do Estado.

Fonte: Vale

MMX

Atividades de mineração em Corumbá

A mineradora MMX anunciou as atividades de mineração em seu projeto de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. A mina de ferro está fechada desde dezembro último, em função da menor demanda pelo produto. Permanecem, apenas, as operações de mineração, mantendo-se fechada a planta de produção de ferro-gusa e prevendo-se a demissão de 249 funcionários. As atividades de reflorestamento conduzidas pela empresa também continuarão suspensas.

O sistema MMX Corumbá começou a operar em dezembro de 2005, prevendo a produção de 6,3 milhões de toneladas de minério de ferro e 400 mil toneladas de ferro-gusa por ano. "A falta de perspectivas de melhora a curto e a médio prazos no cenário econômico mundial no setor de siderurgia e, por consequência, no de mineração, tornou inevitável uma reestruturação das atividades da companhia no Estado", disse a empresa em comunicado, procurando justificar as demissões.

Fonte: www.geologo.com.br

Nota de Luto

Faleceu, no dia primeiro de maio, o professor do DEGEO/Escola de Minas/UFOP Gabriel de Oliveira Polli, geólogo pela Escola de Minas (Turma de 1976).

Faleceu, no dia 5 de abril, o ex-aluno Helder Parente Prudente (turma de 1957). Foi presidente da SEMOP em 1976, 1990 e em 2008. Trabalhou na USIMINAS e na USIBA.

XXIII Encontro Nacional de Tratamento de Minério e Metalurgia Extrativa 27 de setembro e 1º de outubro

Informações http://www.ufrgs.br/xxiiientmme/index.html

E-mail: imprensa@martaesilvia.com.br Fone: (54) 3286-3313

Produção de minério de ferro da Vale cai 37%

Assim como ocorreu no quarto trimestre do ano passado, a crise financeira internacional derrubou a produção da Vale nos três primeiros meses de 2009. Entre janeiro e março, foram produzidas 46,86 milhões de toneladas métricas de minério de ferro, o que representa uma queda de 37,1% em relação ao mesmo intervalo do exercício anterior. Na comparação com o quarto trimestre, o recuo foi de 25,94%.

Em nota, a mineradora informou que, em resposta à queda na demanda, encerrou a produção das minas de alto custo e de onde é extraído minério de baixa qualidade.

A produção de pelotas da companhia caiu mais ainda. Foram 2,88 milhões de toneladas métricas no primeiro trimestre, queda de 73,4% em relação ao mesmo intervalo de 2008 e de 69,8% ante os três últimos meses do ano passado.

Fonte: Valor Online 28/04/2009

África do Sul adota SciELO para seus periódicos

A produção científica sul-africana dá início a uma fase de promoção de sua visibilidade na modalidade de acesso aberto, por meio da plataforma SciELO de publicação online de periódicos acadêmicos de alta qualidade. A partir da adesão à metodologia SciELO, utilizada há mais de 11 anos na América Latina e Caribe, a Academia de Ciências da África do Sul (Assaf) lidera o projeto em cooperação com a BIREME/OPAS/OMS, tendo quatro periódicos científicos já selecionados para fazer parte da coleção-piloto SciELO África do Sul

4º Simpósio Internacional de Pegmatitos Graníticos - PEG2009 BRAZIL

30 de agosto e 2 de setembro de 2009 - Universidade Federal de Pernambuco

www.ufpe.br/geologia/peg2009brazil

Produção científica cresce 56% no Brasil

De 2007 para 2008, a produção científica brasileira cresceu 56% e o país passou da 15ª para a 13ª colocação no ranking mundial de artigos publicados em revistas especializadas.

No entanto, a qualidade dessa produção -medida pelo número de citações que um artigo gera após ser publicado- continua abaixo da média mundial.

Os dados que mostram o crescimento da produção científica brasileira foram divulgados ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em evento na Academia Brasileira de Ciências no Rio, e foram produzidos a partir da base de dados Thomson-ISI.

Já a informação sobre o impacto da produção acadêmica brasileira consta do site do instituto Thomson Reuters (sciencewatch.com/dr/sci/09/may3-092). Os dados mais recentes foram divulgados em maio de 2009.

No aspecto quantitativo, o Brasil foi o país que mais cresceu na lista das 20 nações com mais artigos publicados em periódicos científicos indexados pelo ISI. Em 2008, 30.145 artigos de instituições brasileiras foram aceitos nessas publicações. Em 2007, esse número era de 19.436.

Com o crescimento, o Brasil ultrapassou Rússia e Holanda no ranking. Esses 30 mil artigos representam 2,12% da produção mundial.

Já a dimensão qualitativa -pesquisada entre 2003 e 2007, intervalo maior de tempo para captar melhor o número de citações a um artigo em outros textos acadêmicos- mostra que a área em que o Brasil mais se aproxima da média mundial de citações é matemática, em que cada texto mereceu 1,28 citação, 11% abaixo da média mundial, de 1,44.

O presidente da Academia Brasileira de Ciências, Jacob Palis, considerou "alvissareiro" o crescimento brasileiro e disse que isso reflete o aumento do fomento à pesquisa no país.

"Estar em 13º é muito bom. Estamos colados, por exemplo, na Coréia do Sul. Claro que nossa população é muito maior, mas também é verdade que os sul-coreanos investiram brutalmente em pesquisa nos últimos anos. Se continuarmos nessa marcha, estaremos bem", afirmou Palis.

Ele explica que uma das razões que contribuíram para o Brasil ultrapassar a Rússia foi o fato de aquele país ter perdido excelentes pesquisadores para os países ocidentais.

O especialista em cienciometria (que estuda a produtividade em pesquisa) Rogerio Meneghini foi cauteloso na análise do crescimento brasileiro.

Para ele, é importante analisar, não apenas o número de artigos publicados, mas, também, sua repercussão. Ele lembra, ainda, que, mesmo no caso da base Thomson-ISI, há revistas com níveis de qualidade que variam bastante.

Para o ministro da Educação, contribuiu para esse resultado o aumento do número de mestres e doutores no Brasil, que saiu de 13,5 mil para 40,6 mil de 1996 a 2007- e o crescimento das bolsas concedidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), de 19 mil para 41 mil no mesmo período.

"Estamos vivendo um momento em que foi possível aumentar, em mais de 50%, a produção brasileira. Isso aconteceu graças ao trabalho do MEC e do Ministério de Ciência e Tecnologia", disse Haddad.

Para o presidente da Capes, Jorge Guimarães, é preciso ter em consideração que a repercussão de um artigo leva mais tempo para ser captada. "Um artigo publicado em 2008 ainda não está sendo citado. Isso vale para nós e para todos os países. Para medir o impacto, é preciso olhar mais para trás."

Além disso, diz, países desenvolvidos levam vantagem por terem mais tradição no meio científico e pelo fato de seus pesquisadores participarem de um número muito maior de congressos internacionais, o que aumenta a visibilidade dos artigos publicados.

Guimarães admite, no entanto, que é preciso melhorar, também, nesse aspecto. "Também estamos crescendo no número de citações, mas não com a mesma velocidade."

Fonte: www.andifes.org.br

Petrobras e BHP: gás no Uruguai

Representantes do governo uruguaio declararam que seis empresas fizeram ofertas para exploração de blocos de gás subaquáticos na costa do país. Recentemente, a estatal de petróleo e gás Ancap encontrou depósitos de hidrocarbonetos na costa de Punta del Este, e algumas das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo se interessaram pela exploração na região. Petrobras, BHP Billiton, Galp, PDVSA e as argentinas Pluspetrol e YPF fizeram ofertas pela exploração, e o governo do Uruguai dividiu a área em 11 blocos.

Fonte: www.geologo.com.br

Centenário de nascimento de Moacyr do Amaral Lisboa

A trajetória de vida do Dr. Moacyr foi marcada pela constante busca de novos conhecimentos, seja na área da botânica, nas escritas, nas artes, na música, na engenharia, enfim, um homem de vanguarda. Visionário por natureza, Moacyr conseguia equilibrar perfeitamente a visão objetiva do cientista e pesquisador que foi com do artista sensível às artes.

De espírito avançado para a época, soube dividir a família com a Escola de Minas e com a Sociedade Ouro-Pretana que tanto amava.

Nasceu em Maripá, Minas Gerais, em 09/05/1909. Formou-se como engenheiro de Minas e Civil pela Escola de Minas da Universidade do Rio de Janeiro, hoje, Escola de Minas/UFOP - Turma de 1935.

Depois de formado, foi trabalhar na Mina da Passagem, onde permaneceu menos de um mês, em virtude de ter sido nomeado sub-assistente do laboratório Central da Produção Mineral do D.N.P.M. (Ministério da Agricultura), cargo que ocupou de janeiro de 1936 até fevereiro de 1938, quando foi contratado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul para reorganizar a diretoria da Produção Mineral daquele Estado, onde ocupou o cargo de Geólogo de 1938 a 1940. Em 1940, foi nomeado Professor Catedrático Interino da cadeira de Botânica e Zoologia da Escola Nacional de Minas e Metalurgia da Universidade do Brasil (atual Escola de Minas) e, em dezembro de 1941, conquistou, por concurso, a efetividade na cátedra. Com a nova regulamentação da Escola (Regimento de 1946), passou a reger a parte de Paleontologia sendo que a antiga cadeira de Botânica e Zoologia passou a ser denominada "Botânica e Zoologia, Taxionomia e Paleontologia".

O Dr. Moacyr foi sócio da Sociedade Mineira de Engenheiros, da Sociedade Brasileira de Geologia; sócio fundador da Sociedade de Botânica do Brasil, da Sociedade Brasileira de Paleontologia, membro da Academia Ouro-Pretana de Letras, sócio do Rotary Club de Ouro Preto. Foi chefe do Departamento de Geologia (na sua implantação) e membro do Conselho Departamental da Escola de Minas.

Integrou as comissões julgadoras dos seguintes Concursos para provimento do cargo de Professores Catedráticos e Livres Docentes: Cadeira de Geologia na Escola Nacional de Minas e Metalurgia (atual Escola de Minas); de Botânica e Zoologia Tecnológicas na Escola Nacional de Engenharia; de Paleontologia na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; Botânica e Zoologia Tecnológicas na Escola de Engenharia da Universidade de Minas Gerais; de Zoologia na Escola de Farmácia de Ouro Preto; de Botânica Aplicada à Farmácia na Faculdade de Farmácia da Universidade do Brasil e de Botânica Sistemática na Escola Superior de Agricultura de Viçosa.

Colaborou no XVIII Congresso Internacional de Geografia; apresentou um trabalho no VIII Congresso Internacional de Botânica, realizado em Paris em 1954; tomou parte em vários Congressos da Sociedade de Botânica e da Sociedade Brasileira de Geologia; foi agraciado com a insígnia da Inconfidência por serviços à Cultura Literária. Coordenador do Curso de Geologia de Ouro Preto mantido pela CAGE.

Todas as boas iniciativas surgidas na Escola de Minas tiveram sempre o apoio decisivo do Dr. Moacyr. Certa vez o professor Haroldo Zeferino propôs a concessão do Título de Professor honoris Causa para Dr. Djalma Guimarães, idéia que não chegou a motivar alguns colegas de departamento, mas encontrou eco no Dr. Moacyr, que, como sempre, tomou todas as providências para que isso acontecesse e o título foi entregue no 92º aniversário da Escola de Minas.

Curso de Geologia em Ouro Preto

Ouro Preto não figurava entre as cidades que seriam escolhidas pela Campanha de Formação de Geólogos (CAGE) do Ministério da Educação e Cultura para ter um curso de Geologia. Foi, então, que o Dr. Moacyr manteve contato com o Ministro da Educação Clovis Salgado, lembrando-lhe: "... Não é o professor da Escola de Minas ou o Presidente do diretório local do Partido Republicano que está se dirigindo ao Ministro, mas o velho amigo e conterrâneo e correligionário, que conhecedor de alguns fatos que lhe poderão causar dissabores, vem trazê-los ao seu conhecimento, para que sejam analisados ..."

Em vista do pedido, o Ministro Clovis Salgado incluiu Ouro Preto, o que coincidia com o pensamento da Congregação da Escola, que, pouco antes, já havia deliberado sobre a criação dos novos cursos especializados.

Sem entrar nas minúcias dos debates que surgiram para a confirmação da escolha de Ouro Preto para sede de um dos quatro cursos que constavam do planejamento do Ministério da Educação, convém, todavia, frisar que toda sorte de dificuldades de natureza burocrática continuava impedindo que o curso apresentasse resultados mais satisfatórios, conforme o programa traçado pelos professores.

Mais uma vez a atuação do professor Moacyr foi fundamental para a implantação do curso. Ao assumir a coordenação do curso, ele traçou um grande programa de realizações, compreendendo o contrato de professores especialistas e o aparelhamento de gabinetes e laboratórios dentro do ponto de vista objetivo e prático.

Um dos capítulos da longa história do curso de Geologia de Ouro Preto já foi escrito pelo coordenador do curso, Prof. Moacyr do Amaral Lisboa, no seu relatório apresentado à Comissão Orientadora da CAGE, em julho de 1958. Por ele depreende-se que, inexplicavelmente, se impedia de se realizarem as iniciativas do coordenador quanto ao contrato de professores estrangeiros, pois já não se comentava mais a vinda do geólogo Dr. Gaspar Soares de Carvalho, Chefe dos Serviços de Geologia e Minas de Angola e do Prof. Constantino Socin da Universidade de Turim.

Também, pelo que consta, a Comissão do Ponto IV, que visitou, por duas vezes, Ouro Preto, preferiu não indicar os dois professores americanos prometidos para o curso, encontrando melhores razões para cumprir idênticas promessas feitas aos cursos de Porto Alegre, São Paulo e Recife. Felizmente o Prof. Moacyr Lisboa conseguiu, não se sabe por que passes de mágica, contratar o Prof. Ben Barnes, notável geólogo inglês.

Embora a implantação do curso de Geologia tivesse acontecido e, apesar de a Escola de Minas, no Brasil, ter uma larga experiências no ensino das ciências geológicas, certamente teria prevalecido a vontade daqueles que não se conformavam com esse curso em Ouro Preto se não houvesse a atuação do Professor Moacyr Lisboa do Amaral.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Jul 2009
  • Data do Fascículo
    Jun 2009
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