Resumo:
Neste artigo, discutimos a relação entre mal-estar contemporâneo e resistência nos campos da experiência de gênero, sexualidade e lutas sociais, partindo da análise dos eixos políticos e simbólicos presentes nas práticas discursivas das letras produzidas pela rapper lésbica brasileira Luana Hansen. Os estudos feministas contemporâneos que se situam em espaços dialógicos, hifenizados e pós-coloniais dão fundamento teórico-metodológico ao trabalho realizado em contexto de ascensão da extrema direita e da articulação entre conservadorismo e neoliberalismo. Concluímos que práticas discursivas produzidas pelas letras da rapper apontam para a resistência como desejo de resistir e, assim, de multiplicar redes e de criar novos modos de expressão de luta e de existência de mulheres, negras e lésbicas, que vivem na periferia, de modo sempre localizado politicamente e estrategicamente assentado nos territórios urbanos.
Palavras-chaves:
lesbianidade; feminismos; música rap; resistências; Luana Hansen