RESUMO
Objetivo:
analisar os preditores de disfunção temporomandibular em pessoas com doença de Parkinson (DP) verificando suas associações com aspectos sociodemográficos e estágios da doença.
Métodos:
estudo que utilizou fonte de dados secundários de uma pesquisa realizada em 2017, com 110 pessoas com DP que foram avaliadas pelo questionário para Pesquisa em Disfunção Temporomandibular (RDC/TMD) e pela escala de estadiamento da DP. As variáveis preditoras de DTM estudadas foram: dor, crepitação, estalido, apertamento/rangido noturno e diurno, mordida desconfortável/não habitual, rigidez matinal e zumbido. Os aspectos sociodemográficos avaliados foram: idade, sexo, escolaridade, estado civil, renda e estágios da doença de 1 a 3. Utilizou-se o Odds ratio do Qui-quadrado com intervalo de confiança de 95% e nível de significância de p<0,05.
Resultados:
verificou-se associação entre os preditores: apertamento/rangido noturno e renda (p=0,006); zumbido e grupos de renda ½ a 3 (p=0,003) e de 4 a 10 salários mínimos (p=0,004). Além da associação do zumbido e estágio 1 (p=0,02).
Conclusão:
nesse estudo verificou-se que os preditores associados com a DTM em pessoas com DP foram: dor, estalido, crepitação, mordida desconfortável/não habitual e rigidez matinal. E destes verificou-se associação entre renda e estágio 1 da doença com apertamento/rangido noturno e zumbido.
Descritores:
Doença de Parkinson; Transtornos Craniomandibulares; Transtornos da Articulação Temporomandibular; Dor Facial; Rigidez Muscular