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Drogas e álcool na gestação e gagueira - relato de caso fonoaudiológico

RESUMO

O uso de álcool e drogas na gestação é difundido dentre os fatores de risco para as alterações fonoaudiológicas. Contudo, é observada a necessidade de estudos sobre uso dos mesmos e sua influência no processo interventivo. Foram apresentados dados da história clínica, avaliação pré e pós-intervenção de uma criança com 6 anos, com queixa de disfluências gagas e pais usuários de álcool e drogas desde o período de concepção até o momento do processo de intervenção relatado. Na avaliação foram aplicados os protocolos Stuttering Severity Instrument, Teste de Linguagem Infantil: prova de Fonologia, Vocabulário e Fluência e o Checklist de Habilidades Comunicativas Verbais. A criança foi diagnosticada com gagueira de grau leve a moderado, simplificações fonológicas e vocabulário defasado, dificuldade em manter turnos comunicativos, narrativa simplificada e queixa de dificuldade escolar. A criança foi submetida à intervenção nas áreas de Linguagem com enfoque na fluência e na fonologia, evoluindo na avaliação pós-intervenção. A alta vulnerabilidade familiar, a falta de um ambiente estimulador e o consumo de álcool e drogas durante a gestação, podem contribuir para as alterações de linguagem, fluência e, consequentemente, aprendizagem da criança exposta, devendo ser acompanhada pelo fonoaudiólogo para que se forneça apoio social à família.

Descritores:
Alcoolismo; Drogas Ilícitas; Complicações na Gravidez; Linguagem; Gagueira

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