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Mecanismos de tolerância ao déficit hídrico e respostas fisiológicas a reidratação em feijão-caupi

RESUMO

O feijão-caupi é uma das principais leguminosas cultivadas na região Nordeste, com finalidade direcionada para a produção de grãos secos ou vagens verdes. No entanto, essa região sofre com variações climáticas, sendo a seca o principal fator de estresse abiótico. Portanto, objetivou-se avaliar as características fisiológicas, morfológicas e de produção de vagens em variedades tradicionais de feijão-caupi quanto à tolerância à seca e reidratação no semiárido brasileiro. As variedades foram: Pingo de Ouro 1,2 (PO), Sempre Verde (SV) e Feijão de Moita (FM). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 2 (3 genótipos x 2 condições hídricas do solo) com 5 repetições para cada tratamento, totalizando 30 unidades experimentais. Foram avaliadas variáveis de crescimento, metabolismo do carbono e produção de vagens. Os resultados sugerem que o estresse hídrico severo afetou negativamente todos os genótipos de feijão-caupi, sendo nesses aspectos o genótipo FM o mais sensível ao déficit hídrico severo, pois, demonstrou efeitos negativos em nível morfológico e produção de vagens mais pronunciadas. No entanto, os genótipos crioulos apresentaram características fisiológicas semelhantes ao genótipo padrão de tolerância, o PO. Além disso, todos os genótipos apresentaram recuperação após a reidratação. Em termos de produção e características de vagens o genótipo PO, em geral, apresentou melhores respostas sob condição estresse.

Palavras-chave:
Semiárido; Vigna unguiculata (L); Walp; Ecofisiologia

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