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In situ measurements of benthic primary production, respiration and nutrient fluxes in a hypersaline coastal lagoon of SE Brazil

Fluxos bênticos de oxigênio e nutrientes foram medidos numa seção da lagoa hipersalina e carbonática de Araruama, SE-Brasil Incubações in situ da superfície do sedimento (Zm = 1,5) foram realizadas em uma estação com câmaras claras/escuras nos meses de setembro de 1993 (início da primavera) e abril de 1995 (início do outono). Os sedimentos ricos em carbonatos eram recobertos por um tapete microalgal de 1-3 mm, dominados pelas cianobactérias Phormidium sp,Oscillatoria spLyngbya sp. As taxas de produção primária yquida foram 15,4 ± 0,7 mmolC/m²/d Id no iníCIO da primavera e 33,8 ± 8,8 mmolC/m Id no início do outono, as taxas de respiração total da comunidade alcançaram 35,3 ± 7,2 e 65,7 ± 16,9 mmolC/m²/d Id, e as taxas de produção primária pelágica 1,7 ± 0,7 e 4,0 ± 1,4 mmolC/m²/d, respectivamente. Desta forma, o metabolismo total da comunidade mostrou-se heterotrófico e guiado principalmente pela contornação bêntica. As taxas de liberação bêntica de amônia foram 0,65 ± 0,32 mmoVm ldia no início da primavera e 0,58 ± 0,42 mmolC/m²/dia no início do outono e insignificantes para fósforo. O fósforo representou o elemento limitante da produçao primária pelágica, em parte, pela liberação preferencial de amônia sobre ortofOsfato a partir da interface água-sedimento. A produção primária bêntica e as taxas de liberação de nutrientes se enquadraram dentro da faixa estabelecida para outros sistemas eurye hipersalinos carbonáticos, caracterizados por tapetes algais não-consolidados.

Produção primária; Respiração; Nutrientes; Interface bêntica; Laguna hipersalina; Brasil


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