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A transfiguração da forma: uma história sem história, ou o ensaio semiótico clariciano 1 1 O presente artigo é resultado de discussões que surgiram ao longo de pesquisa acadêmica orientada no âmbito do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo, com financiamento do CNPq, e orientada pelo Prof. Dr. Ivã Carlos Lopes. Cf. Moreira (2021) para acesso ao trabalho com todos os seus desdobramentos.

The Transfiguration of the Form: A Story Without a Story, or a Lispector’s Semiotic Essay

RESUMO:

A partir dos estudos do discurso, analisamos a obra Água viva (1973), de Clarice Lispector, considerando o desvio estético-temático que ocorre na obra diante do embate com o código linguístico durante a enunciação. Apontamos estratégias enunciativas usadas no discurso para moldar e [re]formar a substância por meio do questionamento de formas e figuras sem, contudo, que haja o abandono destas ou daquelas. Observamos que o paroxismo da experiência transfiguradora no livro se constitui de uma miríade de instâncias atuando de modo a tornar o resultado dessa experiência iconoclasta, em consonância com o movimento modernista do período em que foi escrito e, ao mesmo tempo, destacando-se de maneira definitiva na literatura e no que tange aos estudos discursivos.

PALAVRAS-CHAVE:
Transfiguração discursiva; Água viva ; Lispector; Semiótica; tensividade

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