RESUMO:
Este artigo busca, a partir de uma breve retomada histórica do processo de constituição da Linguística Aplicada (LA) como campo autônomo, promover uma reflexão sobre as bases epistemológicas assumidas pela LA, compreendendo que tanto a constituição do campo quanto a definição de seu objeto prioritário de pesquisa se dão em um movimento de negação e aproximação a determinadas vertentes epistemológicas e que tal movimento, por seu caráter histórico, não ocorre livre de contradições. Nessa direção, a partir de uma discussão crítica dessa constituição histórica, buscamos problematizar que todo compromisso com o conhecimento da realidade – natural ou social – é movido por “visões sociais de mundo” (LÖWY, 1987), que podem ser pró-manutenção ou pró-transformação do status quo e, portanto, uma posição ética. Nosso convite é para a assunção de uma postura científica fundada na análise objetiva da prática social e, por isso, transformadora.
PALAVRAS-CHAVE:
Linguística Aplicada; Epistemologias; Materialismo Histórico e Dialético