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Evolução temporal da mortalidade materna: 1980-2019

Resumo

Objetivo

Determinar o perfil dos óbitos maternos ocorridos no período de 2000 a 2019 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e comparar com os óbitos maternos entre 1980 e 1999 na mesma instituição.

Métodos

Estudo retrospectivo que analisou 2.400 prontuários de mulheres entre 10 e 49 anos que morreram entre 2000 e 2019. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE 78021417600005327).

Resultados

Após revisão de 2.481 prontuários de mulheres que morreram em idade reprodutiva, 43 mortes ocorreram durante a gravidez ou no período pós-parto. Destas, 28 foram considerados óbitos maternos. A taxa de mortalidade materna foi de 37.6 por 100.000 nascidos vivos. Em relação às causas, 16 óbitos (57.1%) estiveram diretamente associados à gravidez, 10 (35.1%) estiveram indiretamente associados e 2 (7.1%) não estiveram relacionados. A principal causa de morte foi hipertensão na gravidez (31.2%) seguida de esteatose hepática aguda da gravidez (25%). No estudo anterior, publicado em 2003 na mesma instituição4, a taxa de mortalidade foi de 129 por 100.000 nascidos vivos, e a maioria dos óbitos estava relacionada a causas obstétricas diretas (62%). As principais causas de óbito neste período foram por complicações hipertensivas (17.2%), seguidas de infecção pós-cesárea (16%).

Conclusão

Em comparação com os dados anteriores à década de 2000, houve uma redução importante das mortes maternas por causas infecciosas.

Palavras-chave:
mortalidade materna; razão de mortalidade materna; morte relacionada à gravidez; morbidade materna grave; hipertensão na gravidez; esteatose hepática aguda da gravidez; infecção pós-cesárea; aborto séptico

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