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Interseccionalidade em uma zona de sacrifício do capital: a experiência de mulheres negras, quilombolas e marisqueiras da Ilha de Maré, baía de Todos os Santos (Bahia, Brasil)1 1 Agradeço às mulheres de Porto dos Cavalos e Martelo por terem acolhido a mim e a minha pesquisa, em especial, à Eliete Paraguassu, por ter aberto sua casa para minha estada na comunidade, entre outras tantas trocas. Agradeço à minha orientadora, Cecília Campello do Amaral Mello, pela orientação e revisão na redação deste artigo, assim como aos pareceristas da RBEUR, e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), por ter me concedido licença para cursar o doutorado.

Resumo

Este artigo se baseia em uma pesquisa empírica cujo objetivo é analisar, a partir de uma perspectiva interseccional, como as mulheres negras, quilombolas e marisqueiras de duas comunidades da Ilha de Maré (Baía de Todos os Santos, Salvador, Bahia) são afetadas pela ocupação de seu território pela cadeia petrolífera. A compreensão da complexidade da experiência que essas mulheres vivenciam em seu território de vida, no atual contexto de conflito ambiental, só pode ser alcançada considerando a intersecção dos marcadores de raça, gênero, classe e o que aqui denominamos de modo de vida ligado ao meio ambiente.

Palavras-chaves:
Interseccionalidade; Gênero; Marisqueiras; Conflito ambiental; Cadeia petrolífera; Racismo; Ilha de Maré

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