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Atenção à Saúde Mental do Estudante de Medicina

Mental Health Care for Medical Students

Resumo:

O processo de profissionalização do futuro médico é marcado pelo contato diário com a morte, o sofrimento e a impotência. Este trabalho descreve a estratégia da assistência psicológica ao estudante que tem sido exercida, num trabalho multidisciplinar, na Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. São descritos: a semana de recepção aos calouros, as entrevistas com os calouros, o curso de Psicologia Médica, o Serviço de Saúde dos Alunos, a Coordenadoria de Assuntos Estudantis.

Descritores:
Educação Médica; Saúde mental

Abstract:

The training process of future physicians is marked by daily contact with death, suffering, and poerlessness. This study describes the transdisciplinary strategy employed in proving psychological support to students at the Federal University in São Paulo (Escola Paulista de Medicina). The article describes the recceptin week for new students, interviews with first-year students, the course in Medical Psychology, Student Health Services, and the Students Affairs Board.

Keywords:
Medical education; Mental health

O processo de profissionalização do médico, que geralmente ocorre num período tão conturbado da vida - final da adolescência -, é marcado pelo contato diário com a morte, o sofrimento e a impotência; as escolas médicas praticamente não interferem no equacionamento desses conflitos. Se houver folhas no processo de elaboração das situações angustiantes, pode ocorrer uma variedade de problemas que vão desde a inadaptação até a depressão e às vezes ao suicídio, passando evidentemente pela evasão.

Acreditando que uma intervenção institucional possa ser eficaz, a atenção psicológica dos alunos tem sido planejada em diferentes níveis no decorrer do curso e com diferentes enfoques (preventivo e/ou curativo). Este trabalho tem por objetivo descrever as estratégias de assistência psicológica ao estudante, tal como têm sido exercidas, num trabalho multidisciplinar, na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Assim, em vários níveis do cotidiano do aluno, a atenção psicológica tem sido praticada por diferentes setores da Universidade, tendo como objetivo comum o bem-estar psicológico.

No nível da graduação, as instâncias envolvidas neste processo são basicamente a Coordenadoria de Assuntos Estudantis, a Disciplina de Psicologia Médica e o Serviço de Saúde do Corpo Discente.

COORDENADORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS

A Coordenadoria de Assuntos Estudantis é um setor da Unifesp ligado à Pró-Reitoria de Graduação, que visa proporcionar ao aluno melhorias condições de permanência na Universidade durante a profissionalização. Auxiliar o estudante em todos os assuntos que envolvem sua vida acadêmica pode diminuir seu desgaste e, conseqüentemente, liberá-lo para investir sua energia na formação profissional.

A proposta desse setor é atuar em diversas áreas junto ao corpo discente, no sentido tanto de intervenção como de prevenção. Para isso, conta com o trabalho de médicos, psicólogos e assistentes sociais que procuram examinar e orientar os alunos em suas eventuais dificuldades na área da saúde, no trabalho de aprendizagem, na área psicológica e na área social, fornecendo as orientações e intervenções necessárias.

As atividades desenvolvidas pela Coordenadoria são:

A - SEMANA DE RECEPÇÃO AOS CALOUROS

Uma das atividades desenvolvidas pelo setor, em conjunto com outros departamentos da Unifesp, é a organização da “semana de recepção dos calouros”, que visa facilitar a integração dos alunos novos ao ambiente da Universidade, aos professores e aos colegas mais velhos, sendo também uma tentativa de diminuir o desconforto frente ao desconhecido que a nova situação representa.

Nesta semana de chegada dos alunos, são programadas palestras ou mesas-redondas sobre os seguintes temas:

  1. Boas vindas e apresentação da estrutura administrativa (Reitoria, Colegiados e Pró-Reitorias). Apresentação de setores como o Serviço de Saúde e a Coordenadoria de Assuntos Estudantis;

  2. História da instituição;

  3. História das várias profissões cujos cursos são ministrados pela Unifesp;

  4. Sistema de Saúde no Brasil (histórico e situação atual),

  5. Metodologia de aprendizagem e uso de biblioteca;

  6. Importância da pesquisa na Universidade;

  7. Assistência nos programas de extensão;

  8. Mercado de trabalho.

Com a colaboração de alunos do 2o ano, é promovida uma dinâmica de grupo que oferece aos calouros a oportunidade de terem maior contato com colegas da classe e com alunos de outras turmas. Também promovida pelos colegas mais velhos, é realizada uma “visita panorâmica” às dependências da escola.

Os órgãos representativos dos alunos, o Centro Acadêmico e a Associação Atlética também promovem reuniões de apresentação das atividades por eles exercidas.

Em 1996, foi programado um encontro com os pais dos alunos e a Reitoria da Unifesp com o objetivo de apresentar a Universidade e esclarecer dúvidas a respeito da instituição, do curso e da vida universitária.

A dimensão psicológica destas atividades reside na tentativa de diminuir a ansiedade persecutória originada pelo desconhecido e por situações novas, e de criar condições para melhor integração dos calouros com os colegas veteranos, com os professores e a instituição como um todo.

B - ENTREVISTAS SISTEMÁTICAS

No decorrer de seu primeiro ano na Universidade, os alunos são convocados para uma entrevista na Coordenadoria de Assuntos Estudantis. A finalidade deste encontro é apresentar o setor da Coordenadoria de Assuntos Estudantis num contexto individual, em que os vários serviços são colocados à disposição do aluno. Neste clima de apresentação, o estudante tem a oportunidade de expor alguns aspectos de sua identificação de sua vida e de sua situação atual, principalmente no que se refere a mudanças de cidade, desligamento da família e outras questões relacionadas ao processo de entrada na Universidade.

Não se tratando de uma entrevista psicológica propriamente dita, o nível de aprofundamento dos conflitos é intencionalmente pequeno, sendo que normalmente a temática gira em torno de dificuldades de adaptação a uma metodologia de aprendizagem diferente. Outros temas que surgem são a insegurança com relação ao novo ambiente e a incerteza quanto à escolha profissional. Mesmo assim, a atenção psicológica está sendo dada num sentido preventivo, fornecendo-se ao aluno uma acolhida, um amparo inicial ao processo de transformação do indivíduo em profissional11. Zimmerman VB. A constituição do sujeito psíquico e a formação profissional. (mímeo); III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia; jul. São Paulo. 1996., uma possibilidade de apoio nas questões situacionais e a oportunidade de fornecer subsídios para reformulações curriculares e institucionais a partir das questões apresentadas. Nos casos em que há uma demanda mais específica de aprofundamento de alguma questão, é sugerido ao aluno que procure uma outra instância de atendimento ou no Serviço Médico do Corpo Discente - Setor de Saúde Mental(Samedi) -, ou na própria Coordenadoria, no Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Aluno (Sapa).

Entre abril e junho de 1997, foram convocados por carta todos os 110 alunos matriculados no primeiro anodo curso médico. Compareceram 55 alunos - 25 do sexo feminino e 30 do sexo masculino - com idade média de 19 anos. Os entrevistadores eram quatro, sendo dois psiquiatras e dois psicólogos. Havia um roteiro, cujos tópicos levantados serviam como estímulos para que os alunos falassem de suas vivências do início da faculdade e sobre outros assuntos que quisessem abordar. Os tópicos levantados foram: vida escolar, escolha profissional, adaptação à vida universitária e inserção familiar e social. A duração média das entrevistas foi de 30 minutos.

As questões ligadas à adaptação pedagógica, abordadas na entrevista, foram: dificuldade com a metodologia de ensino, com constantes comparações entre cursinho e Universidade; ausência de referencial quanto ao que, é essencial e o que é acessório em relação ao novo conhecimento. Foram observados conflitos de adaptação quanto a: conciliar lazer e estudos; dificuldades com a separação da família, por mudança de cidade; vivência do trote. As principais questões emocionais observadas foram: instabilidade na dedicação aos estudos, dificuldades na socialização, dúvida quanto à decisão vocacional e insegurança quanto a poder acompanhar o curso. Quanto ao ingresso na vida universitária, foi manifestada satisfaço com: o próprio ingresso, sentido como uma conquista; a integração com a turma o reconhecimento e apoio familiar. Além disso, muitos alunos manifestaram desejo de participação social. Os aspectos preocupantes em algumas entrevistas foram: desconfiança séria no contato com o entrevistador, conflitos exacerbados com a família, dificuldade em abordar questões pessoais.

As intervenções institucionais para 1998, previstas a partir dos dados obtidos nas entrevistas, são: trabalho pedagógico relacionado às dificuldades de estudar e de acompanhar os cursos; trabalho junto ao Centro Acadêmico e aos veteranos, utilizando o trote como um rito de passagem mais construtivo; monitoramento dos casos preocupantes, por meio de contato com professores, sem uma intervenção direta.

C - ENTREVISTAS OCASIONAIS

Ocasionalmente, o aluno (ou um familiar) pode solicitar ou ser convocado para uma entrevista cuja demanda pode ter uma origem socioeconômica, pedagógica ou psicológica.

a) Natureza socioeconômica

São entrevistas solicitadas para pedidos de bolsas ou vagas na creche. Paralelamente aos dados socioeconómicos, são investigados os desdobramentos psicológicos da situação geradora dos pedidos, tentando-se, assim, equacionar o problema não somente em seu vértice material.

b) Natureza pedagógica

Partindo-se do pressuposto de que o desempenho pedagógicos era intimamente relacionado com o equilíbrio emocional, o rendimento escolar é usado como indicativo de um possível desajuste psicológico em algumas situações específicas.

Assim, a título de prevenção, o Serviço de Acompanhamento Psicopedagógico do Aluno (Sapa) tem-se colocado à disposição dos alunos cujo rendimento escolar ou número de faltas tenham sido considerados destoantes pelos professores das várias disciplinas ou pelo coordenador de curso. Nestas situações, o aluno que assim o desejar tem a possibilidade de, juntamente com um profissional, rever sua metodologia de estudo ou outras dificuldades eventualmente presentes.

Da mesma forma, o aluno que solicita trancamento ou cancelamento de matrícula é convocado para uma entrevista com um membro do Sapa na qual os motivos geradores do pedido são analisados e esclarecidos. Alguns pedidos de cancelamento foram dessa forma revertidos, visto que a motivação última era um conflito psicológico que pôde ser solucionado.

O aluno que é reprovado mais de uma veze todo aquele que estiver em vias de integralizar seu tempo disponível para terminar o curso também são convocados para uma análise conjunta de sua situação.

c) Natureza psicológica

São entrevistas em que a natureza psicológica do conflito é manifesta. São solicitadas pelo aluno espontaneamente ou por indicação de um professor ou colega: também tem havido solicitações de pais no sentido de orientação ou encaminhamento para o filho. Os casos disciplinares ocorridos nas dependências da instituição que envolvam alunos têm seus participantes entrevistados pelo Coordenador de Assuntos Estudantis, para a detecção de um eventual componente psicológico, independentemente das medidas cabíveis em outras instâncias.

São entrevistados também todos os alunos que tenham solicitado algum tipo de cirurgia plástica de natureza estética junto ao Serviço de Saúde do Corpo Discente.

Estas entrevistas são as que mais comumente dão origem aos procedimentos de psicoterapia, que podem ser focalizados ou amplos, sendo que nestes últimos o aluno é encaminhado a um profissional externo à instituição.

SERVIÇO DE SAÚDE DO CORPO DISCENTE - SETOR DE SAÚDE MENTAL

O Setor de Atendimento em Saúde Mental do Serviço de Saúde do Corpo Discente (SSCD) realiza atendimento clínico e psicoterápico e atendimento à família quando necessário. Trabalhando em íntima colaboração com o Serviço de Apolo Psicopedagógico ao Aluno (Sopa), o Setor de Saúde Mental (Samedi) tem-se encarregado da maior parte dos atendimentos psicoterápicos. Este atendimento é feito através de psicoterapias focalizadas, com duração variada, dependendo das necessidades e da motivação do aluno22. Noto JRS, Avancine MATO. Serviço de Saúde Mental dos Alunos da Escola Paulista de Medicina; Forum Nacional dos Pró-Reitores de Assuntos Estudantis e Comunitários - Dez Encontros. Goiânia, Universidade Federal de Goiás, p. 250-253, 1993.. No decorrer do curso, os alunos têm ampla facilidade de solicitar o serviço, bastando marcar consultas em qualquer setor de atendimento O mesmo acontece nos atendimentos de natureza psíquica. Os contratos entre profissional e cliente são feitos diretamente pelos interessados, sem a necessidade de intermediação de outras instâncias.

O Serviço de Saúde do Corpo Discente (SSCD) oferece também atendimento médico aos alunos. Ao ingressar na Universidade, o aluno é convocado para uma entrevista de avaliação médica; havendo necessidade de encaminhamento, o Serviço conta também com especialistas. Para o atendimento clinico dos estudantes de Medicina e dos outros cursos oferecidos pela Unifesp (Enfermagem. Fonoaudiologia, Ortóptica e Ciências Biomédicas), o SSCD conta com profissionais das seguintes especialidades: Clínica Médica, Ginecologia, Obstetrícia, Dermatologia, Ortopedia, Endocrinologia. Gastroenterologia, Cardiologia, Urologia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Odontologia, Neurologia, Pneumologia. Conta ainda com o apoio dos Serviços Especializados de Diagnóstico e Propedêutica e dos Serviços de Internação Clínica e Cirúrgica do Hospital Universitário São Paulo e dos diversos Departamentos da Universidade federal de São Paulo. Os atendimentos do SSCD são realizados em local próprio e privado, com salas de consultórios apropriados para as diversas especialidades, contando com um Sistema de Informações Médicas informatizado, com controle automatizado de agendamento das consultas junto ao Corpo Clínico do Serviço e do acompanhamento clínico dos pacientes. O Serviço ainda dispõe de um laboratório para Coleta de Sangue e realização de ECG.

A inserção do Setor de Saúde Mental no SSCD tem favorecido a abordagem holística do aluno, com integração de dados médicos e psicológicos, por meio de reuniões formais e informais para discussão de casos e para estabelecimento de condutas conjuntas, quando necessário.

Os alunos que procuram o Setor de Saúde Mental têm apresentado diferentes motivos para a busca de auxílio psicológico, dentre eles: problemas familiares, problemas afetivos, dificuldades de adaptação ao ambiente escolar, questionamento quanto à escolha profissional, dúvida quanto à especialidade a ser seguida ao término do curso, tensões relativas aos primeiros atendimentos realizados33. Nogueira-Martins MCF. Relação profissional-paciente: um estudo qualitativo. Bol. Psiquiatr 29(1):14-22, 1996..

A continuidade da atenção ao aluno da graduação é oferecida tanto pelo Serviço de Saúde do Corpo Discente (atendimento médico) como pelo Napreme (Núcleo de Assistência e Pesquisa em Residência Médica)44. Nogueira-Martins LA. Projeto de Criação do Núcleo de Assistência e Pesquisa em Residência Médica (NAPREME). Fatos e Relatos 2(2):17-22, 1995., criado em 1996 e que tem objetivos e atividades específicos ligados à Saúde Mental e Ocupacional na Residência Médica. Tais como: facilitar a transição estudante-profissional, prevenir o desenvolvimento de disfunções profissionais, identificar as dificuldades emocionais que ocorrem durante o treinamento, atender os residentes com distúrbios emocionais e aprimorar o sistema de capacitação profissional. Os profissionais desse Núcleo têm-se ocupado, desde então, do atendimento psicológico e psiquiátrico de residentes, estagiários, aprimorandos, especializandos e pós-graduandos da Unifesp.

CURSO DE PSICOLOGIA MÉDICA

Ministrado pela Disciplina de Psicologia Médica do Departamento de Psiquiatria, e curso tem por objetivo a formação humanística55. Noto JRS e cols. Psicologia Médica: instrumento formativo (mimeo): XXVI Congresso Brasileiro de Educação Médica; Rio de Janeiro. 07 a 10 de outubro de 1988. mais do que qualquer outro aspecto informativo, estendendo-se pelos três primeiros anos do curso médico, com uma freqüência de duas horas semanais.

No primeiro ano, a partir do 2o semestre, são programados seminários sobre a História da Medicina, focalizando-se principalmente a relação médico-paciente através do tempo, numa tentativa de sensibilizar os alunos para os aspectos antropológicos e psicossociais da prática médica.

Do segundo ano em diante, os alunos são subdivididos em grupo de 15, e a estratégia didática é a reflexão sobre as vivências próprias do alunos. As experiências com o cadáver, o primeiro contato com o doente, o exame físico do paciente e outras inúmeras situações funcionam como pontos de partido para discussões em grupo, dramatizações gravações de vídeo, realizadas num clima de bastante proximidade entre os alunos, propiciada pelo tamanho reduzido do grupo.

Ao lado do material teórico que fornece aos alunos, a discussão cm grupo de temas conflitivos sensibiliza o estudante para os seus próprio aspectos psicológicos relacionados com a prática profissional. Tal situação permite compartilhar determinadas vivências dolorosas com colega que estejam na mesma situação, aliviando a carga psicológica que é carregada quando esses conflitos são enfrentados individualmente

A possibilidade de verbalizar e compartilhar conflitos permite encará-los com menor ansiedade e, consequentemente, com menor uso de mecanismos de defesa indesejáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • 1
    Zimmerman VB. A constituição do sujeito psíquico e a formação profissional. (mímeo); III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia; jul. São Paulo. 1996.
  • 2
    Noto JRS, Avancine MATO. Serviço de Saúde Mental dos Alunos da Escola Paulista de Medicina; Forum Nacional dos Pró-Reitores de Assuntos Estudantis e Comunitários - Dez Encontros. Goiânia, Universidade Federal de Goiás, p. 250-253, 1993.
  • 3
    Nogueira-Martins MCF. Relação profissional-paciente: um estudo qualitativo. Bol. Psiquiatr 29(1):14-22, 1996.
  • 4
    Nogueira-Martins LA. Projeto de Criação do Núcleo de Assistência e Pesquisa em Residência Médica (NAPREME). Fatos e Relatos 2(2):17-22, 1995.
  • 5
    Noto JRS e cols. Psicologia Médica: instrumento formativo (mimeo): XXVI Congresso Brasileiro de Educação Médica; Rio de Janeiro. 07 a 10 de outubro de 1988.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Jun 2021
  • Data do Fascículo
    Jan-Apr 2001
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