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Podcasts e a divulgação e popularização da Antropologia em áudio

MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya. No Ar: Antropologia – histórias em podcast. 1ª. Campinas: Pontes Editores, 163. 10.29327/560891

A Antropologia e a Comunicação se encontram nas 163 páginas do livro No Ar: Antropologia – histórias em podcast. No prefácio, intitulado “Essa gente que se mete em tudo”, as jornalistas de ciência Bia Guimarães e Sarah Azoubel comparam o fazer antropológico com o fazer jornalístico, compreendendo que tanto a Antropologia quanto a Comunicação buscam conhecimentos in loco e contam histórias. A obra foi organizada pelas antropólogas Daniela Tonelli Manica e Soraya Fleischer – que também comandam o podcast Mundaréu – e pela jornalista Milena Peres.

Para contar como a potência dessa nova mídia chamada podcast se instalou no meio antropológico, as autoras convidaram pesquisadoras e pesquisadores da Antropologia para compartilharem suas experiências no uso desta nova forma de comunicação. Ao longo dos nove capítulos da obra, publicada pela Pontes Editores e pela ABA Publicações, o/a leitor(a) conhece em detalhes como surgiram e foram produzidos nove podcasts, gerados entre os anos de 2019 e 2020. Considerados pioneiros na área de Antropologia, os podcasts são: Selvagerias, Campo, Conversas da Kata, Observantropologia (Antropotretas), Museológicas, Antropólis, Compósita, Mundaréu e Sensibilidades Antropológicas.

As autoras inovam na apresentação do livro, que assume a forma de um roteiro de podcast. A apresentação intitulada “Antropo... o quê – Humanidades, ciência e divulgação em áudio”, traz na forma de diálogo informações sobre o surgimento da mídia, os desafios de incorporá-la no meio antropológico e na universidade e também a decisão de propor às autoras e aos autores dos nove capítulos o uso da linguagem neutra de gênero ao falar sobre as pessoas. É um desafio para quem lê e não está habituada(o) com a vogal “e” indicando uma forma não binária. Além da escrita em formato de roteiro e a sugestão da linguagem neutra, quem lê pode “entrar no clima” do podcast e ouvir o livro por meio de um QR Code, que direciona aos audiocapítulos. Eu mesma ouvi cinco deles. Os demais eu li, da maneira mais tradicional, por meio do livro impresso em papel.

A obra também está disponível no formato e-book com download gratuito pelo site da ABA Publicações (http://portal.abant.org.br/aba/publicacoes/publicacao-345370). Uma outra questão comum a quase todas as histórias contadas no livro é sobre como a chegada da Covid-19 acelerou o processo de desenvolvimento de podcasts. Em função do isolamento obrigatório, as pessoas precisaram falar mais e, ao mesmo tempo, também ouvir mais umas às outras, remotamente.

“Dentro de contexto: o ambiente sonoro do Selvagerias” é o título do capítulo 1, escrito por Frederico Sabanay, Lucas Lippi e Tainá Scartezini. O trio, recém graduado, compartilhou que a ideia de criar o podcast Selvagerias nasceu das próprias inquietudes e de outras amigas e amigos ao não encontrar contribuições da Antropologia em mídias populares, e somente nas revistas científicas especializadas. Selvagerias foi o meio descoberto para expandir a Antropologia para espaços outros, diferentes e para além do espaço universitário. Eles relatam que no ano de 2018, data de criação do podcast, o formato desta mídia não era utilizado por profissionais de Antropologia no Brasil. No livro, Frederico, Lucas e Tainá detalham a experiência de fazer um podcast, especialmente, sobre Antropologia.

O capítulo 2, “Sentidos do Campo: storytelling antropológico e experimentação sonora”, escrito por Paula Lacerda e Carolina Parreiras conta que o podcast Campo nasceu dentro de uma disciplina de pós-graduação durante a pandemia de Covid-19, momento de suspensão de atividades presenciais. Na série Sentidos do Campo, que integra o projeto do podcast, Paula e Carolina transportaram para o formato podcast a narrativa antropológica ou storytelling antropológico de suas pesquisas por meio das experiências vividas durante o trabalho de campo. A experimentação sonora da dupla começou com as pesquisas feitas por Paula Lacerda na cidade de Altamira, no sudoeste do Pará. Este material etnográfico apresentado nos moldes de um podcast focou no “caso dos meninos emasculados de Altamira”. As antropólogas relatam que pensar a produção de “Sentidos do Campo” fez ir além da pesquisa de doutorado, explorando outros sentidos e sensações deste trabalho de campo. As autoras descrevem, em suas palavras, as etapas de elaboração do podcast, ao compartilhar “as dores e as delícias” de se trabalhar em uma nova mídia que “pega pela escuta”. O storytelling antropológico dialoga com algumas referências como Walter Benjamin, Ruth Page e Bronwen Thomas.

O terceiro capítulo, “Do subsolo para a podosfera – Conversas da KataOLIVEIRA, Ana; FONSECA, Marina; SAFATLE, Yasmin; TITONELLI, Bruner. Do subsolo para a podosfera - Conversas da Kata. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.”, escrito pelas antropólogas Ana Oliveira, Marina Fonseca, Yazmin Safatle e pelo antropólogo Bruner Titonelli comenta cinco episódios do podcast Conversas da Kata. A criação do podcast surgiu em um dos muitos bate-papos na Katacumba, nome do espaço reservado para a estudantes de pós-graduação em Antropologia Social no subsolo da Universidade de Brasília. O nome Conversas da Kata é emprestado do evento acadêmico organizado por estudantes do programa. Conforme o quarteto conta no livro, entre uma conversa e outra ocorrida dentro da Kata alguém pensou alto que seria interessante gravar as conversas.

O podcast nasceu do nosso desejo de pular os muros da universidade com as nossas vozes, alcançar um público que normalmente não lê os nossos textos e não comparece nos nossos eventos, falar de nossas pesquisas e mostrar a importância da ciência da Antropologia mundo afora.

(OLIVEIRA; FONSECA; SAFATLE;TITONELLI, 2022OLIVEIRA, Ana; FONSECA, Marina; SAFATLE, Yasmin; TITONELLI, Bruner. Do subsolo para a podosfera - Conversas da Kata. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022., p.59).

Nos primeiros episódios, o grupo apresentou a trajetória do podcast, o que foi seguido também no livro. Os episódios de Conversas da Kata têm como propósito, segundo contam, “popularizar a antropologia e também ‘antropologizar’ a podosfera”.

No capítulo 4, “Políticas sociais com Antropologia? Histórias que se cruzam em um episódio do Observantropologia”, Camila Iumatti Freitas, Stephanie Sacco, Patrícia dos Santos Pinheiro e Anatil Maux compartilham que o podcast nasceu no início de 2020 da iniciativa de pesquisadoras e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação e Antropologia da Universidade Federal da Paraíba. No primeiro ano da pandemia de Covid-19, com cada pessoa em sua casa, sugeriu ideias de como colocar no ar o podcast. O foco principal era reunir professoras(es), estudantes, representantes de movimentos sociais e pessoas que participavam como interlocutores de pesquisa. A partir de então, surgiram dois quadros para o podcast: Antropologia a Conta-gotas e Pílulas Antropológicas. O Conta-gotas foi direcionado a estudantes que repensaram suas pesquisas por conta da crise mundial sanitária. E o Pílulas conversava com docentes que já abordavam temas como saúde, tecnologia e biossegurança, cuidado, saúde mental e políticas públicas de assistência social. A primeira temporada (de maio a dezembro de 2020) contou com 16 episódios. Na ocasião, os temas Bolsa Família e Auxílio Emergencial ganharam destaques por meio de histórias narradas em episódios. Neste capítulo, as pesquisadoras comentam sobre as encruzilhadas da vida, onde histórias se conectam, como elas mesmas sinalizam no intertítulo “Vidas refletidas em pesquisas antropológicas”. Em julho de 2021 o nome do podcast passou a ser Antropotretas.

Os professores e pesquisadores Hugo Menezes Neto e Francisco Sá Barreto dos Santos contam como surgiu a ideia do Museológicas podcast no capítulo 5 que ganhou o nome de “Museológicas podcast: um relato de experiência da nossa aventura na podosferaNETO, Hugo Menezes; SANTOS, Francisco Sá Barreto dos. Museológicas podcast: Um relato de experiência da nossa aventura na podosfera. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.”. Em abril de 2019, um grupo de professores do Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco fundou o projeto de extensão Museológicas podcast. Até o final de 2020, foram lançados 79 episódios. Eles comentam que no início o objetivo era produzir um podcast que abordasse temas como patrimônio e museu, já que a professora Elaine Muller e os professores Alexandro de Jesus, Daniel Vieira, Francisco Sá Barreto e Hugo Menezes Neto integram o Departamento de Museologia. Mas, com o decorrer dos episódios, o podcast passou a se centrar na crítica da cultura, “discutindo questões da sociedade contemporânea, expandindo a ideia inicial do universo museológico” (NETO, SANTOS, 2022NETO, Hugo Menezes; SANTOS, Francisco Sá Barreto dos. Museológicas podcast: Um relato de experiência da nossa aventura na podosfera. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022., p. 88). Ela e eles narram as etapas para a produção dos programas ou episódios do podcast: pré-produção, produção e divulgação. E, assim como as demais autoras e autores nesta obra, também ressaltam que o podcast é “um convite para um público desconhecido”. A organização de séries de programas é mostrada como um processo metodológico. A equipe compartilha o modo de se fazer um podcast.

No capítulo 6, chamado de “Antropólis Podcast: para muito além da academia”, Guilhermo Aderaldo, Francisco Pereira Neto, Claudia Turra Magni, Ediane Oliveira e Gabriela Lamas também contam como surgiu o podcast vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas. No início, o podcast estava focado nas linhas temáticas Etnografia Urbana e Antropologia da Imagem e do Som. A partir do desenvolvimento dos episódios, as autoras e autores descrevem que ocorreu a ampliação e diversificação no campo de atuação para além da Antropologia, em um diálogo com outras áreas de comunicação, dentro e fora do universo acadêmico. A equipe de Antropólis também ressaltou a importância de se permitirem experimentar outras possibilidades comunicativas, além dos formatos já tradicionais como histórias narradas, diálogos em entrevistas e comentários. A equipe investiu em proporcionar uma experiência sensorial e educativa, como quando narram a utilização de efeitos sonoros captados pelo gravador, dentro e fora do estúdio, durante o preparo do episódio. Em termos pedagógicos, o professor Guilhermo Aderaldo levou o podcast para uma de suas disciplinas na pós-graduação na Universidade Federal de Pelotas. O método de ensino consistiu em convidar estudantes para fazer uma “áudio-resenha”, ou seja, basicamente o registro sonoro de uma leitura crítica.

Ramon Reis apresenta o seu podcast no capítulo 7, intitulado “Compósita: uma forma de aprender sobre a Amazônia a partir da escutaREIS, Ramon. Compósita: uma forma de aprender sobre a Amazônia a partir da escuta. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.”. Ramon Reis é antropólogo formado pela Universidade Federal do Pará e pela Universidade de São Paulo, e produz sozinho o Compósita. A ideia do podcast surgiu, de acordo com Reis, a partir de seu incômodo, na sala de aula, diante da forma como a Antropologia produzida na região amazônica tem sido retratada na produção acadêmica. O isolamento provocado pela pandemia de Covid-19 estimulou que retornasse o projeto antigo de tornar acessíveis as pesquisas antropológicas produzidas na região Norte, com atenção voltada para o estado do Pará, seu local de origem. Para Reis, não dava para falar de uma Antropologia desenvolvida na Amazônia em relação à cidadania, identidade, diferença e diversidade, reafirmando esse lugar atrelado ao gênero masculino (REIS, 2022REIS, Ramon. Compósita: uma forma de aprender sobre a Amazônia a partir da escuta. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.). Daí o nome Compósita. No capítulo, o autor detalha ainda as etapas de produção de seu podcast.

“Cozinhando histórias de pesquisa: o podcast Mundaréu” é o nome do capítulo 8, escrito por Daniela Tonelli Manica e Soraya Fleischer, as organizadoras do livro. No Mundaréu, Daniela e Soraya contam experiências antropológicas por meio de suas vozes e também das vozes das pessoas entrevistas que, por sua vez, trazem consigo interlocutoras e interlocutores de pesquisa. Deste modo se configura um “mundaréu de gente”, um espaço que expande saberes por meio de ondas sonoras, que permitem uma escuta atenta para além dos quatro cantos da universidade.

O podcast Mundaréu nasceu desse desconforto entre querer que “nossas mães entendam nossas pesquisas”, e que possamos também legitimar e defender esse tipo de conhecimento que tem sido tão ferozmente atacado nos últimos anos: o das Humanidades e Ciências Sociais e, em particular, o da Antropologia. Um tipo de ciência que se faz junto com pessoas, com os mais diversos tipos e grupos de pessoas. Quanto mais diversos, melhor. A disciplina nasce da percepção da diversidade humana.

(MANICA; PERES; FLEISCHER, 2022MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.). No Ar: Antropologia – histórias em podcast. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022., p.136).

Em síntese, se trata de um podcast de divulgação e popularização do fazer científico da área. De modo a detalhar a concepção do podcast, as autoras tomam como exemplo o episódio Lona, luta e andorinhas, publicado em março de 2020. No episódio em questão, as autoras convidaram a pesquisadora Naschieli Rangel Loera e Irineu Pereira, uma das principais lideranças rurais do oeste de São Paulo e interlocutor de Naschieli. A característica principal do Mundaréu é a ampliação de vozes produzida pelo diálogo entre as mediadoras, pesquisadores e pesquisados e as pessoas com as quais produziram suas pesquisas.

Daniela Manica e Soraya Fleischer fazem a apresentação do podcast Mundaréu a partir dos ingredientes que o compõem, em uma alusão ao título, que sugere que se cozinham histórias. O primeiro ingrediente são as próprias pessoas convidadas. As apresentadoras anunciam as pessoas convidadas para além do cargo ou função que exercem. Trata-se de uma abordagem que busca humanizar as relações e o fazer científico. “Conhecer as pessoas que fazem a ciência não é uma prática muito comum na ciência” (MANICA, PERES, FLEISCHER, 2022MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.). No Ar: Antropologia – histórias em podcast. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022., p. 140), como destacam uma vez que, pelas próprias regras da ABNT, as pessoas não passam da inicial do nome próprio e do sobrenome. Segundo elas, “não dá mais para manter a ideia de cientista sem gênero, cor, história” (MANICA, PERES, FLEISCHER, 2022MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.). No Ar: Antropologia – histórias em podcast. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022., p. 141). O segundo ingrediente são os lugares por onde as/os convidados passaram para fazer suas pesquisas. Os detalhes do espaço trazem referências de cores, sons e cheiros, transportando, assim, o/a ouvinte para aquele lugar que está sendo narrado. Outro ingrediente são as relações contadas junto com esse outrem e não deste outrem.

O capítulo 9, intitulado “Sons de despedida: viagem pelo Médio Jequitinhonha (MG) nas trilhas do podcast Sensibilidades AntropológicasMARTINS, Valéria de Paula. Sons de despedida: viagem pelo Médio Jequitinhonha (MG) nas trilhas do podcast Sensibilidades Antropológicas. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.”, apresenta o podcast comandado por Valéria de Paula Martins, antropóloga e professora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia. Em seu podcast, a pesquisadora resgata a sua experiência de viver no vale do Jequitinhonha – mais precisamente na região da calha média do rio, chamada de Médio Jequitinhonha. Para a produção dos episódios, a pesquisadora se valeu não apenas de sua dissertação e tese, mas também do material coletado em seu trabalho de campo, como as cantigas compostas por Sr. Deca, José Maria Rodrigues, importante interlocutor de sua pesquisa. Iniciado em março de 2021, o Sensibilidades Antropológicas é um podcast voltado, nas suas palavras, “aos meandros da pesquisa etnográfica em suas múltiplas sensorialidades” (MARTINS, 2022MARTINS, Valéria de Paula. Sons de despedida: viagem pelo Médio Jequitinhonha (MG) nas trilhas do podcast Sensibilidades Antropológicas. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022., p.159). A antropóloga aborda também o processo de elaboração e produção do podcast que se deu de forma “quase solitária”. Sua única ajuda vem da parceria do amigo e ex-colega de graduação Leobaldo Prado, profissional em produção de áudio.

O livro No Ar: Antropologia – histórias em podcast traz contribuições para estudantes, pesquisadores e pesquisadoras da área de Antropologia, bem como para pessoas de outras áreas que têm interesse em produzir podcasts, em sua concepção como ferramentas de divulgação e popularização científica. Os relatos no livro mostram que o podcast permite sair um pouco da linguagem mais hermética acadêmica tornando assim, o conhecimento antropológico mais acessível. A obra apresenta procedimentos metodológicos que podem auxiliar quem quer aprender ou se aperfeiçoar no manejo deste novo formato de mídia. A cada capítulo que se lê ou se ouve, o/a leitor(a) ou ouvinte se dá conta que há muitas, e outras maneiras de se conversar sobre pesquisas.

Referências

  • FLEISCHER, Soraya. Professoras usam o podcast para divulgar a Antropologia. Entrevista, 2020. Disponível em: encurtador.com.br/loqEW Acesso em: 19 abr. 2021.
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  • FLEISCHER, Soraya; MANICA, Daniela Tonelli. Ativando a escuta em tempos pandêmicos. In: GROSSI, M. P.; TONIOL, R. (orgs.). Cientistas sociais e o Coronavírus. Florianópolis: Tribo da Ilha, 2020. p. 47-51.
  • FLEISCHER; Soraya; MOTA, Julia Couto da. Mundaréu: um podcast de Antropologia como uma ferramenta polivalente. GIS: gesto, imagem e som, v. 6, n. 1, 2021. p. 1-21. Disponível em: encurtador.com.br/inpuG Acesso em: 18 abr. 2021.
  • FLEISCHER, Soraya; MANICA, Daniela Tonelli. O podcast Mundaréu como uma experiência de antropologia pública. Iluminuras, v. 22, n. 57, p. 166-180, 2021.
  • FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
  • MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.). No Ar: Antropologia – histórias em podcast. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.
  • MARTINS, Valéria de Paula. Sons de despedida: viagem pelo Médio Jequitinhonha (MG) nas trilhas do podcast Sensibilidades Antropológicas. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.
  • NETO, Hugo Menezes; SANTOS, Francisco Sá Barreto dos. Museológicas podcast: Um relato de experiência da nossa aventura na podosfera. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.
  • OLIVEIRA, Ana; FONSECA, Marina; SAFATLE, Yasmin; TITONELLI, Bruner. Do subsolo para a podosfera - Conversas da Kata. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.
  • REIS, Ramon. Compósita: uma forma de aprender sobre a Amazônia a partir da escuta. In: No Ar: Antropologia – histórias em podcast, MANICA, Daniela Tonelli; PERES, Milena; FLEISCHER, Soraya (org.).. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Out 2023
  • Data do Fascículo
    2023
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