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O jogo na Pedagogia de Rousseau: uma leitura do episódio dos doces 1 1 Editor responsável: César Donizetti Pereira Leite https://orcid.org/0000-0001-8889-750X 2 2 Normalização, preparação e revisão textual: Leda Maria de Souza Freitas Farah leda.farah@terra.com.br 3 3 Apoio: CAPES (Bolsa de doutoramento)

Resumo

O presente artigo busca comentar o papel do jogo na pedagogia de Rousseau. Com foco no livro Emílio ou Da Educação e enfatizando o trecho do “episódio dos doces”, o texto busca analisar o motivo pelo qual Jean-Jacques coloca o jovem Emílio em exercícios competitivos, entre os jogos, e as brincadeiras realizadas pelo preceptor. Pois, se o amor-próprio nasce da comparação e da competição, a educação natural deveria evitar esse tipo de atividade. Mal encaminhada, qualquer atividade competitiva pode resultar no desenvolvimento do amor-próprio e possibilitar a degradação humana. Por outro lado, como se constata no episódio citado, as atividades recreativas ou esportivas, bem encaminhadas, podem desenvolver as habilidades físicas e as morais. O resultado é a racionalidade sensitiva, a educação do amor-próprio e a utilização do “veneno”, a competição, como “remédio”.

Palavras-chave
jogos; atividades recreativas; formação humana; Rousseau; Emílio

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