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A crença de que a felicidade de todos os seres humanos é possível: escrita, empatia e expansão dos direitos em Die Bürgerpflicht der Frau (1894-1895) de Lily Braun

[The belief in the possibility of happiness for all human beings: writing, empathy and the expansion of rights in Lily Braun’s Die Bürgerpflicht der Frau (1894-1895)]

Resumo

O presente artigo é uma análise do texto Die Bürgerpflicht der Frau (1895), da escritora alemã Lily Braun. O texto é um marco na história do movimento de mulheres alemão e oferece importantes subsídios para a reflexão sobre as contradições e tensões que marcam o pensamento e a atuação de Lily Braun. No artigo, ofereço um breve resumo da vida e obra da autora, apresento os contornos gerais do texto e procuro situá-lo em seu contexto histórico-social. Levanto a hipótese de que o movimento geral do texto de Lily Braun se explica como uma tentativa de expandir a esfera da empatia e o arco dos direitos para incluir segmentos da sociedade - como as mulheres e a classe trabalhadora mais pobre - então largamente excluídos. Essa tentativa deixa uma série de características textuais que procuro analisar em profundidade. Argumento ainda que o utilitarismo clássico milliano pode ter fornecido a Lily Braun uma base ético-filosófica para articular o seu esforço de mobilizar a empatia do público. Por fim, argumento que o texto nos permite refletir sobre as relações entre narrativa e empatia, e que o parâmetro textual do público exerce um papel mediador entre essas duas esferas.

Palavras-chave:
Lily Braun; Lily von Gizycki; Movimento de mulheres alemão; Empatia

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