Aplicação de melatonina e sacarose no prolongamento da vida de vaso de flores de corte de amarilis (Hippeastrum hybridum Herb)

Resumo

O presente trabalho investigou os efeitos da aplicação de melatonina individualmente e misturada com solução de sacarose na vida de vaso e nas alterações físico-químicas de flores de corte de amarílis. Hastes de amarilis com botões florais em pontos de colheita foram colocadas em vasos contendo diferentes soluções de manutenção: Melatonina (Mt; 0,01 mM), Sacarose (Suc; 4%), Melatonina + Sacarose (Mt + Suc; 0,01 mM + 4%) e Água destilada (Controle). Cada tratamento constou de 5 repetições, sendo uma haste de inflorescência por vaso. Os vasos permaneceram a 22 ± 3° C e iluminação constante de 13 µmol m^-2.s^-1 durante 14 dias. A imersão das hastes em Suc ou Mt + Suc retardou os processos iniciais de senescência de flor de corte de amarílis, prolongando por mais 2 dias sua vida de vaso, em relação às hastes sem uso desses conservantes (controle). Aumentando de 10 para 12 dias de conservação. Pois mantiveram mais estáveis a massa fresca, retardaram a degradação de pigmentos antocianinas e flavonoides, bem como, mantendo a estabilidade dos compostos fenólicos e carboidratos totais ao final de 14 dias. Esses achados confirmam o papel da melatonina como conservante de flores de corte. Todavia, o seu efeito conservante foi potencializado em amarílis, associado à sacarose. Mais trabalhos necessitam ser realizados para investigar mais profundamente quais mecanismos fisiológicos promovidos pela interação melatonina e sacarose na regulação da senescência das flores de amarilis cortadas, incluindo análise de expressão de genes e atividade do sistema antioxidante.

Palavras-Chave:
compostos fenólicos; fitoregulador; longevidade de flores; vida de vaso