Nos últimos anos tem sido crescente a preocupação com as mudanças climáticas e com a utilização auto-sustentável dos recursos naturais, estimulando cada vez mais os estudos para a prospecção de novos produtos naturais visando minimizar o uso de pesticidas. Os percevejos produzem uma variedade de compostos químicos com potencial para o seu manejo. A composição química dos compostos defensivos dos percevejos Chinavia impicticornis (Stål), C. ubica (Rolston), Dichelops melacanthus (Dallas), Euschistus heros (F.), Piezodorus guildinii (Westwod), Thyanta perditor (Westwood) e Tibraca limbativentris (Stål) foi avaliada. Os principais compostos nas glândulas dos percevejos foram: 2-alcenais, principalmente o isômero E, hidrocarbonetos alifáticos saturados; e 4 oxo-(E)-2-alcenal. O primeiro feromônio sexual de percevejo identificado no Brasil foi do Nezara viridula L., que consiste na mistura dos isômeros cis e trans epóxi-bisabolenos; na sequência, o percevejo praga da soja E.. heros também teve seu feromônio sexual identificado. Os machos desta espécie produzem três ésteres: 2,6,10-trimetildecanoato de metila, 2,6,10 trimetildodecanoato de metila e 2E,4Z decadienoato de metila. Recentemente, mais três espécies de percevejos neotropicais tiveram a composição da mistura feromonal elucidada. Machos de T. perditor produzem o éster, 2E,4Z,6Z-decatrienoato de metila. O percevejo P. guildinii tem como feromônio sexual o β-sesquifelandreno, e o percevejo praga do arroz T. limbativentris tem também como feromônio sexual um sesquiterpenóide, o zingiberenol. Nessa revisão serão abordados os avanços obtidos no estudo do comportamento e identificação de feromônios sexuais e de alarme de várias espécies do complexo de percevejos praga da agricultura brasileira. A aplicação desses conhecimentos é discutida.
Feromônio; aleloquímico; agregação; comportamento; soja
