Resumo
Este estudo delineia os contornos da mística como categoria e prática social no Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra/MST, explorando as implicações do singular enredamento ensejado entre religião e política. Ele expõe as confluências sociais e políticas que propiciaram essa figuração da mística, junto com excertos etnográficos que esboçam os significados e os usos da categoria no Movimento. A análise fundamenta-se numa interpretação histórico-etnográfica sobre o MST como fenômeno político e o papel que a criação de eventos, entendidos como rituais, nele desempenha. Acompanhar analiticamente as metamorfoses dessa categoria tipicamente religiosa e examinar suas características, conexões de sentido, usos sociais e implicações políticas amplia nosso entendimento de fenômenos congêneres e ilumina a importância política da religião na história brasileira recente.
Palavras-chave:
Mística; Política; Religião; MST; Rituais