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O papel das fake news e insultos verbais na estratégia antipolítica da extrema direita brasileira

Resumo

Partindo da perspectiva de discurso polêmico (Amossy, 2017), neste artigo temos dois objetivos: primeiro, analisar as Fake News como estratégia de desinformação da extrema direita brasileira; segundo, investigar a ressignificação dos insultos verbais como tática de resistência subalterna. Por meio da Linguística Queer (Borba, 2015), sugerimos a distinção conceitual entre “estratégias” e “táticas” (Certeau, 2007) e a “ressignificação subalterna” como solução para o “Paradoxo da Tolerância” (Popper, 1974). Além disso, utilizamos as cadeias semânticas (Morais, 2018) para formalizar a “arquitetura da desinformação” e a “arquitetura da informação”. Nossa análise baseia-se em algumas declarações de bolsonaristas em entrevistas e na Comissão do Senado Federal e em cinco tweets publicados na conta oficial do ex-Deputado Federal Jean Wyllys no Twitter. Concluímos que as expressões linguísticas que reiteram situações de violência simbólica são o fundamento primário para legitimar a violência física e estrutural contra grupos LGBT. A despeito disso, o conflito polêmico indica a posibilidade de emergência tática de novos sujeitos políticos e sociais, antes subalternizados.

Palavras-chave:
Ressignificação; Insultos verbais; Fake News

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