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Jornal Brasileiro de Pneumologia, Volume: 48, Número: 5, Publicado: 2022
  • Mesotelioma maligno: alerta e atenção nos serviços de saúde Editorial

    Capitani, Eduardo Mello De; Algranti, Eduardo
  • Associação entre doença cardiovascular e DPOC: avaliação da função e estrutura cardíacas Editorial

    Dacha, Sauwaluk; Chaiwong, Warawut; Tajarernmuang, Pattraporn
  • O desafio da COVID-19. O que aprendemos? Editorial

    Ceccato, Adrian; Luna, Carlos M; Artigas, Antonio
  • Avaliando o pulmão envelhecido: desafios da interpretação de testes de função pulmonar em idosos Educação Continuada

    Neder, José Alberto; Berton, Danilo Cortozi; O’Donnell, Denis E
  • Por que realizar ensaios clínicos pragmáticos é tão importante? Educação Continuada

    Esteban, Ignacio; Ferreira, Juliana Carvalho; Patino, Cecilia Maria
  • Velamento difuso do hemitórax Educação Continuada

    Marchiori, Edson; Hochhegger, Bruno; Zanetti, Gláucia
  • Mesotelioma em um país em desenvolvimento: análise retrospectiva do processo diagnóstico Artigo Original

    Gregório, Paulo Henrique Peitl; Terra, Ricardo Mingarini; Lima, Leonardo Pontual; Pêgo-Fernandes, Paulo Manuel

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar o processo de diagnóstico de pacientes com mesotelioma pleural maligno (MPM) em um hospital terciário. Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo pacientes encaminhados a um centro oncológico terciário no Brasil entre 2009 e 2020. O processo diagnóstico foi dividido em quatro etapas: início dos sintomas, encaminhamento para consulta especializada, diagnóstico histopatológico e início do tratamento. Foram avaliados os intervalos entre as etapas e os fatores de atraso. Os dados coletados incluíram estado clínico, exames radiológicos, estadiamento, modalidades de tratamento e resultados de sobrevida. Resultados: Durante o período do estudo, 66 pacientes (média de idade = 64 anos) foram diagnosticados com MPM e submetidos a tratamento. Apenas 27 (41%) dos pacientes tinham conhecimento de exposição prévia ao amianto. A mediana de meses (IIQ) entre o início dos sintomas e a primeira consulta especializada, entre a consulta especializada e a caracterização histopatológica e entre o diagnóstico definitivo e o início do tratamento foi, respectivamente, de 6,5 (2,0-11,4), 1,5 (0,6 -2,1) e 1,7 (1,2-3,4). Conhecimento de exposição prévia ao amianto associou-se a menor tempo para encaminhamento a um especialista (mediana: 214 vs. 120 dias; p = 0,04). O número substancial de procedimentos não diagnósticos e as biópsias falso-negativas (a maioria envolvendo o uso de biópsia com agulha de Cope) foram considerados fatores decisivos para o tempo de espera. A sobrevida global média foi de 11,9 meses. Conclusões: A falta de familiaridade dos profissionais de saúde com o MPM e o desconhecimento dos pacientes em relação à exposição prévia ao amianto foram os principais fatores que ocasionaram um longo intervalo de tempo entre o início dos sintomas e o início do tratamento. A sobrevida global inferior a 1 ano provavelmente se deve aos atrasos supracitados.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To evaluate the process of diagnosing patients with malignant pleural mesothelioma (MPM) at a tertiary care hospital. Methods: This was a retrospective study involving patients referred to a tertiary-care cancer center in Brazil between 2009 and 2020. The diagnostic process was divided into four steps: onset of symptoms, referral to a specialist visit, histopathological diagnosis, and beginning of treatment. The intervals between each phase and the factors for delays were evaluated. Data including clinical status, radiological examinations, staging, treatment modalities, and survival outcomes were collected. Results: During the study period, 66 patients (mean age = 64 years) were diagnosed with MPM and underwent treatment. Only 27 (41%) of the patients had knowledge of prior exposure to asbestos. The median number of months (IQR) between the onset of symptoms and the first specialist visit, between the specialist visit and histopathological characterization, and between definite diagnosis and beginning of treatment was, respectively, 6.5 (2.0-11.4), 1.5 (0.6-2.1), and 1.7 (1.2-3.4). The knowledge of prior asbestos exposure was associated with a shorter time to referral to a specialist (median: 214 vs. 120 days; p = 0.04). A substantial number of nondiagnostic procedures and false-negative biopsy results (the majority of which involved the use of Cope needle biopsy) were found to be decisive factors for the length of waiting time. The mean overall survival was 11.9 months. Conclusions: The unfamiliarity of health professionals with MPM and the patient’s lack of knowledge of prior asbestos exposure were the major factors to cause a long time interval between the onset of symptoms and beginning of treatment. An overall survival shorter than 1 year is likely to have been due to the aforementioned delays.
  • Fatores subjacentes à negação e descrença em relação à COVID-19 Artigo Original

    Vasilopoulos, Aristidis; Pantelidaki, Nikoleta-Alexandra; Tzoura, Aggeliki; Papadopoulou, Dimitra; Stilliani, Kotrotsiou; Paralikas, Theodosios; Kortianou, Eleni; Mastrogiannis, Dimos

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Investigar fatores que influenciam ou promovem a descrença e atitudes negativas em relação à COVID-19. Métodos: Estudo transversal envolvendo 544 homens e mulheres com ≥ 18 anos de idade na Grécia entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Todos os participantes foram informados sobre o objetivo do estudo, proteção do anonimato e participação voluntária. Os participantes responderam a um questionário on-line anônimo com 40 itens. A análise dos dados incluiu a identificação de correlações e o uso de testes t e ANOVA. Resultados: O nível de conhecimento sobre as vias de transmissão, manifestações e prevenção da COVID-19 foi alto em nossa amostra. As mulheres pareceram ter uma atitude mais positiva em relação à prevenção e manejo da COVID-19 do que os homens (p = 0,032 e p = 0,018, respectivamente). As pessoas mais jovens (18-30 anos de idade) pareceram negar mais a validade dos dados científicos e reportagens da mídia sobre as formas de lidar com a pandemia do que aquelas com > 30 anos de idade (p = 0,003 e p = 0,001, respectivamente). As pessoas que residiam em cidades grandes acreditavam mais nos pronunciamentos científicos do que as que residiam em vilas (p = 0,029). Conclusões: Para minimizar o número de casos de negação e descrença em relação à COVID-19 e promover a vacinação, é necessária uma série de ações. Os governos devem implementar uma série de medidas para conter a doença, levando em consideração os aspectos psicológicos e sociais dessas políticas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To investigate factors that influence or promote disbelief and negative attitudes toward COVID-19. Methods: This was cross-sectional study involving 544 males and females ≥ 18 years of age in Greece between December of 2020 and January of 2021. All participants were informed about the purpose of the study, protection of anonymity, and volunteer participation. Participants completed an online anonymous 40-item questionnaire. Analysis of data included the identification of correlations and use of t-tests and ANOVA. Results: The level of knowledge regarding COVID-19 transmission routes, manifestations, and prevention was high in our sample. Women appeared to have a more positive attitude toward COVID-19 prevention and management than did men (p = 0.032 and p = 0.018, respectively). Younger people (18-30 years of age) seemed to deny the validity of scientific data and mass media reports about ways to deal with the pandemic more commonly than did those > 30 years of age (p = 0.003 and p = 0.001, respectively). People who resided in cities more commonly believed in scientific announcements than did those living in villages (p = 0.029). Conclusions: In order to minimize cases of denial of and disbelief in COVID-19 and to promote vaccination, a series of actions are required. Governments should implement a series of measures to contain the disease, taking into consideration the psychological and social aspects of those policies.
  • Conhecimento, atitudes e práticas em relação à COVID-19 entre profissionais de saúde na América Latina Artigo Original

    Sousa, Mayson Laércio de Araújo; Shimizu, Iara S; Patino, Cecilia M; Torres-Duque, Carlos A.; Zabert, Ignacio; Zabert, Gustavo E; Perez-Padilla, Rogelio; Varón-Vega, Fabio; Cohen, Mark; Ferreira, Juliana C

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar o conhecimento, atitudes e práticas em relação à COVID-19 entre profissionais de saúde atuantes em países da América Latina durante o primeiro surto da pandemia. Métodos: Estudo multinacional transversal com uso de questionário on-line autoaplicável. A versão final do questionário foi composta por 40 perguntas, organizadas em cinco seções: características demográficas e profissionais; conhecimento sobre COVID-19; atitudes em relação à COVID-19; práticas relacionadas à COVID-19; e recursos institucionais. Resultados: O estudo envolveu 251 profissionais de saúde de 19 países da América Latina que aceitaram participar. Em nossa amostra, 77% dos profissionais de saúde participaram de algum tipo de treinamento institucional sobre COVID-19 e 43% tiveram baixa pontuação de conhecimento sobre COVID-19. O conhecimento sobre COVID-19 apresentou associação com o tipo de instituição de saúde (pública/privada), disponibilidade de treinamento institucional e fontes de informação. Receio de não prestar atendimento adequado foi relatado por 60% dos participantes. As estratégias ventilatórias mais utilizadas foram ventilação mecânica protetora, manobras de recrutamento alveolar e posição prona, e o uso de medicamentos para tratar a COVID-19 foi baseado principalmente em protocolos institucionais. Conclusões: Neste estudo multinacional na América Latina, quase metade da amostra teve baixa pontuação de conhecimento sobre COVID-19 e o nível de conhecimento apresentou associação com o tipo de instituição, participação em treinamento institucional e fontes de informação. Os profissionais de saúde consideravam a COVID-19 muito relevante, e mais da metade tinha receio de não prestar atendimento adequado aos pacientes.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To evaluate COVID-19 knowledge, attitudes, and practices among health care workers (HCWs) practicing in Latin American countries during the first surge of the COVID-19 pandemic. Methods: This was a multinational cross-sectional survey study, using an online self-administered questionnaire. The final version of the questionnaire comprised 40 questions, organized in five sections: demographic and professional characteristics; COVID-19 knowledge; attitudes toward COVID-19; COVID-19 practices; and institutional resources. Results: The study involved 251 HCWs from 19 Latin American countries who agreed to participate. In our sample, 77% of HCWs participated in some sort of institutional training on COVID-19, and 43% had a low COVID-19 knowledge score. COVID-19 knowledge was associated with the type of health center (public/private), availability of institutional training, and sources of information about COVID-19. Concerns about not providing adequate care were reported by 60% of the participants. The most commonly used ventilatory strategies were protective mechanical ventilation, alveolar recruitment maneuvers, and prone positioning, and the use of drugs to treat COVID-19 was mainly based on institutional protocols. Conclusions: In this multinational study in Latin America, almost half of HCWs had a low COVID-19 knowledge score, and the level of knowledge was associated with the type of institution, participation in institutional training, and information sources. HCWs considered that COVID-19 was very relevant, and more than half were concerned about not providing adequate care to patients.
  • Rastreamento de câncer de pulmão com TC de baixa dose integrada à assistência pulmonar em um hospital público no sul do Brasil: resultados dos primeiros 712 pacientes Artigo Original

    Svartman, Fábio Munhoz; Leite, Maurício Mello Roux; Sartori, Ana Paula Garcia; Gutierrez, Renato Soares; Cadore, Ana Carolina; Oliveira, Carla Tatiana Martins de; Brito, Renata Ullmann de; Andrade, Cristiano Feijó

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Descrever o desempenho de um programa de rastreamento de câncer de pulmão conduzido por pneumologistas usando TC de baixa dose (TCBD) em uma coorte de pacientes ambulatoriais com doença respiratória estável no sistema público de saúde brasileiro. Métodos: Análise retrospectiva das duas primeiras rodadas de rastreamento de câncer de pulmão em pacientes inscritos no programa. Os critérios de inclusão foram ter idade entre 55 e 80 anos, ser fumante atual ou ex-tabagista (cessação do tabagismo ≤ 15 anos) e carga tabágica ≥ 30 anos-maço. Os resultados do TCBD foram interpretados de acordo com o Lung CT Screening Reporting and Data System, e aqueles com pontuação 3 ou 4 foram considerados exames positivos. Achados pleuropulmonares incidentais foram verificados em todos os relatórios. Resultados: TCBD foram solicitadas para 791 pacientes durante o período do estudo, e 712 pacientes (90%) preencheram os critérios de rastreamento. A média de idade dos pacientes foi de 63 anos, e a maioria dos participantes era fumante atual (56%) com enfisema (78,5%) e outros achados pleuropulmonares na TC (64%). O rastreamento foi positivo em 14,0% e 5,6% dos casos na primeira e segunda rodada, respectivamente. O câncer de pulmão foi detectado em 1,5% dos pacientes tanto na primeira quanto na segunda rodada (valor preditivo positivo: 11,0% e 26,6%, respectivamente). A taxa de carcinoma de células não pequenas detectado em estágio inicial (TNM I ou II) foi de 64,3%. Dos pacientes com rastreamento positivo, 19% foram perdidos no seguimento antes da conclusão da investigação. Conclusões: Os resultados deste programa de rastreamento sugerem um desempenho adequado em uma coorte de pacientes com morbidades respiratórias significativas. A taxa de perda de seguimento destaca a necessidade de monitoramento constante e intervenções para garantir a adesão.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To describe the performance of a pulmonologist-led lung cancer screening program using low dose CT (LDCT) in a cohort of outpatients with stable respiratory diseases in the Brazilian public health care system. Methods: This was a retrospective analysis of the first two rounds of lung cancer screening of patients enrolled in the program. Inclusion criteria were being between 55 and 80 years of age, being a current or former smoker (smoking cessation ≤ 15 years), and having a smoking history ≥ 30 pack-years. LDCT results were interpreted in accordance with the Lung CT Screening Reporting and Data System, and those with a score of 3 or 4 were considered positive screening. Incidental pleuropulmonary findings were sought in all reports. Results: LDCTs were requested for 791 patients during the study period, and 712 patients (90%) met the screening criteria. The mean patient age was 63 years, and most participants were current smokers (56%) with emphysema (78.5%) and other pleuropulmonary findings on CT (64%). Screening was positive in 14.0% and 5.6% of the cases in the first and second screening rounds, respectively. Lung cancer was detected in 1.5% of the patients in both first and second rounds (positive predictive value: 11.0% and 26.6%, respectively). The rate of early-stage (TNM I or II) screen-detected non-small cell carcinoma was 64.3%. Of the patients with positive screening, 19% were lost to follow-up before investigation was complete. Conclusions: The results of this screening program suggest its adequate performance in a cohort of patients with significant respiratory morbidity. The loss to follow-up rate highlights the need for constant monitoring and interventions to ensure adherence.
  • Polimorfismos genéticos e seus efeitos na gravidade da silicose em trabalhadores expostos à sílica no Brasil Artigo Original

    Castro, Marcos César Santos de; Nani, Angela Santos Ferreira; Salum, Kaio Cezar Rodrigues; Rolando, Jônatas de Mendonça; Santos, Júlia Fernandes Barbosa dos; Castro, Hermano Albuquerque de; Ribeiro, Patrícia Canto; Costa, Walter; Mello, Cícero Brasileiro de; Kohlrausch, Fabiana Barzotto

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: A silicose é uma pneumoconiose caracterizada por fibrose do parênquima pulmonar causada por inalação de partículas de sílica. Fatores genéticos podem desempenhar um papel na gravidade da silicose. Nosso objetivo foi avaliar a influência de polimorfismos dos genes ACE, FAS, FASLG, NOS2, IL1RN, FAM13A, TGFB1 e TNF na gravidade da silicose. Métodos: Nove polimorfismos foram genotipados por meio de PCR em uma amostra composta por 143 pacientes com silicose no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Resultados: A silicose foi classificada em simples em 57 (40%) dos pacientes e em complicada, em 86 (60%). O genótipo TT do polimorfismo rs1800469 do gene TGFB1 teve efeito protetor contra a silicose complicada (OR = 0,35; IC95%: 0,14-0,92; p = 0,028) em comparação com os outros dois genótipos (CC+CT). O alelo T polimórfico do polimorfismo rs763110 do gene FASLG (OR = 0,56; IC95%: 0,31-0,99; p = 0,047) e um modelo dominante do alelo T (TT+CT: OR = 0,37; IC95%: 0,15-0,96; p = 0,037) também tiveram efeito protetor. Quando se compararam os pacientes que tinham silicose simples com um tempo maior de exposição à sílica (> 44.229 horas) àqueles que tinham silicose complicada com um tempo menor de exposição à sílica, o alelo T do polimorfismo rs763110 do gene FASLG (OR = 0,20; IC95%: 0,08-0,48; p < 0,0001) e modelos dominantes e recessivos (OR = 0,06; IC95%: 0,00-0,49; p = 0,01 e OR = 0,22; IC95%: 0,06-0,77; p = 0,014, respectivamente) tiveram efeito protetor contra a gravidade da silicose. Conclusões: Polimorfismos rs1800469 do gene TGFB1 e polimorfismos rs763110 do gene FASLG parecem estar envolvidos na gravidade da silicose. Como há poucos estudos que tenham estabelecido relações entre polimorfismos genéticos e a gravidade da silicose, esses resultados devem ser replicados em outras populações.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: Silicosis is a pneumoconiosis characterized by fibrosis of the lung parenchyma caused by inhalation of silica particles. Genetic factors might play a role in the severity silicosis. We sought to evaluate the influence of polymorphisms in the ACE, FAS, FASLG, NOS2, IL1RN, FAM13A, TGFB1, and TNF genes on the severity of silicosis. Methods: Nine polymorphisms were genotyped by PCR in a sample of 143 patients with silicosis in the state of Rio de Janeiro, Brazil. Results: Fifty-seven patients (40%) were classified as having simple silicosis and 86 (60%) were classified as having complicated silicosis. The TT genotype of rs1800469 in the TGFB1 gene showed a protective effect for complicated silicosis (OR = 0.35; 95% CI, 0.14-0.92; p = 0.028) when compared with the other two genotypes (CC+CT). The polymorphic T allele of rs763110 in the FASLG gene (OR = 0.56; 95% CI, 0.31-0.99; p = 0.047), as well as a dominant model for the T allele (TT+CT: OR = 0.37; 95% CI, 0.15-0.96; p = 0.037), also showed a protective effect. When patients with simple silicosis despite having been exposed to silica for a longer time (> 44,229 hours) were compared with patients with complicated silicosis despite having been exposed to silica for a shorter time, the T allele of rs763110 in the FASLG gene (OR = 0.20; 95% CI, 0.08-0.48; p < 0.0001), as well as dominant and recessive models (OR = 0.06; 95% CI, 0.00-0.49; p = 0.01 and OR = 0.22; 95% CI, 0.06-0.77; p = 0.014, respectively), showed a protective effect against the severity of silicosis. Conclusions: It appears that rs1800469 polymorphisms in the TGFB1 gene and rs763110 polymorphisms in the FASLG gene are involved in the severity of silicosis. Given the lack of studies relating genetic polymorphisms to the severity of silicosis, these results should be replicated in other populations.
  • Comparação da função e estrutura cardíaca e sua relação com a capacidade de exercício entre pacientes com DPOC estável e exacerbação aguda recente: estudo transversal Artigo Original

    Pereira, Mariana Brasil da Cunha Martino; Castello-Simões, Viviane; Heubel, Alessandro Domingues; Kabbach, Erika Zavaglia; Schafauser, Nathany Souza; Roscani, Meliza Goi; Borghi-Silva, Audrey; Mendes, Renata Gonçalves

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Pacientes com DPOC são propensos a remodelamento cardíaco; no entanto, pouco se sabe sobre a função cardíaca em pacientes em recuperação de exacerbação aguda da DPOC (EADPOC) e sua associação com a capacidade de exercício. O objetivo deste estudo foi avaliar a função e estrutura cardíaca e comparar sua relação com a capacidade de exercício em pacientes com EADPOC recente e pacientes com DPOC clinicamente estável. Métodos: Estudo transversal com 40 pacientes com DPOC divididos igualmente em dois grupos: grupo EADPOC recente (GEA) e grupo DPOC clinicamente estável (GCE). Realizou-se ecocardiografia para avaliar a função cardíaca e a estrutura das câmaras. A distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (DTC6) e o Duke Activity Status Index (Vo2 estimado) foram utilizados para avaliar a capacidade de exercício. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas na função e estrutura cardíaca entre os grupos. A DTC6 apresentou associação com a razão entre as velocidades de enchimento diastólico mitral precoce e tardia (r = 0,50; p < 0,01), a espessura da parede posterior do ventrículo esquerdo (r = −0,33; p = 0,03) e o índice de volume do átrio direito (r = −0,34; p = 0,04), enquanto o Vo2 apresentou associação com o índice de volume do átrio direito (r = −0,40; p = 0,02). Conclusões: Independentemente da condição clínica (EADPOC recente vs. DPOC estável), a função e estrutura cardíaca eram semelhantes entre os grupos, e a capacidade de exercício (determinada pela DTC6 e pelo Vo2) apresentou associação com as características cardíacas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: Patients with COPD are prone to cardiac remodeling; however, little is known about cardiac function in patients recovering from an acute exacerbation of COPD (AECOPD) and its association with exercise capacity. The aim of this study was to evaluate the cardiac function and structure and to compare their relationship with exercise capacity in patients with a recent AECOPD and patients with clinically stable COPD. Methods: This was a cross-sectional study including 40 COPD patients equally divided into two groups: recent AECOPD group (AEG) and clinically stable COPD group (STG). Echocardiography was performed to assess cardiac function and chamber structure. The six-minute walk distance (6MWD) and the Duke Activity Status Index (estimated Vo2) were used in order to assess exercise capacity. Results: No significant differences in cardiac function and structure were found between the groups. The 6MWD was associated with early/late diastolic mitral filling velocity ratio (r = 0.50; p < 0.01), left ventricular posterior wall thickness (r = −0.33; p = 0.03), and right atrium volume index (r = −0.34; p = 0.04), whereas Vo2 was associated with right atrium volume index (r = −0.40; p = 0.02). Conclusions: Regardless of the clinical condition (recent AECOPD vs. stable COPD), the cardiac function and structure were similar between the groups, and exercise capacity (determined by the 6MWD and Vo2) was associated with cardiac features.
  • Uso de diferentes valores de referência de força de preensão manual em indivíduos com DPOC: análise de concordância, capacidade discriminativa e principais implicações clínicas Artigo Original

    Fonseca, Jéssica; Machado, Felipe Vilaça Cavallari; Santin, Laís Carolini; Medeiros, Letícia; Andrello, Ana Carolina; Hernandes, Nidia Aparecida; Pitta, Fabio

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Identificar valores de referência de força de preensão manual por meio de pesquisa bibliográfica e comparar, em pacientes com DPOC no Brasil, o nível de concordância entre valores de referência de força de preensão manual obtidos no Brasil com outros valores de referência, bem como determinar qual conjunto de valores de referência é mais discriminativo em relação a características clínicas em indivíduos com força de preensão manual baixa e normal. Métodos: Para identificar valores de referência de força de preensão manual, foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Em seguida, foi realizada uma análise transversal retrospectiva de dados exclusivamente basais provenientes de dois estudos não relacionados. Os indivíduos foram avaliados quanto à força de preensão manual, força muscular periférica, força muscular respiratória, função pulmonar, composição corporal, capacidade de exercício, dispneia e estado funcional. Resultados: Dos 45 estudos inicialmente selecionados, 9 preencheram os critérios de inclusão na análise, que incluiu 99 pacientes com DPOC no Brasil (52% dos quais eram homens com DPOC no estágio II-IV da GOLD). A prevalência de força de preensão manual baixa variou entre os estudos (de 9% a 55%), sendo que os valores de referência de força de preensão manual em indivíduos no Brasil classificaram 9% dos pacientes com DPOC como sendo indivíduos com força de preensão manual baixa. O nível de concordância entre os valores de referência para indivíduos no Brasil e os demais valores de referência variou de fraco a excelente. Os valores de referência para indivíduos no Brasil revelaram o maior número de características significativamente diferentes em indivíduos com força de preensão manual baixa e normal. Conclusões: O nível de concordância entre valores de referência nacionais e internacionais de força de preensão manual variou de fraco a excelente em pacientes com DPOC no Brasil. Os valores de referência de força de preensão manual com maior capacidade discriminativa não são necessariamente aqueles que identificam mais indivíduos como sendo indivíduos com força de preensão manual baixa.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To identify reference values for handgrip strength through a literature search and compare the agreement of reference values from Brazil with others for handgrip strength in a sample of COPD patients in Brazil, as well as to determine which set of reference values is more discriminative regarding differences in clinical characteristics between individuals with low handgrip strength and normal handgrip strength. Methods: To identify reference values for handgrip strength, a literature search was performed; a retrospective cross-sectional analysis of baseline-only data from two unrelated studies was then performed. Individuals were evaluated for handgrip strength, peripheral muscle strength, respiratory muscle strength, pulmonary function, body composition, exercise capacity, dyspnea, and functional status. Results: Of the 45 studies that were initially selected, 9 met the criteria for inclusion in the analysis, which included 99 COPD patients in Brazil (52% of whom were male with GOLD stage II-IV COPD). The prevalence of low handgrip strength varied across studies (from 9% to 55%), the set of reference values for handgrip strength in a sample of individuals in Brazil having classified 9% of the study sample as having low handgrip strength. The level of agreement between the reference values for a sample of individuals in Brazil and the other sets of reference values varied from weak to excellent. The reference values for a sample of individuals in Brazil showed the highest number of significantly different characteristics between individuals with low and normal handgrip strength. Conclusions: The level of agreement between national and international sets of reference values for handgrip strength varied from weak to excellent in COPD patients in Brazil. Reference values for handgrip strength with higher discriminative capacity are not necessarily those that identify more individuals as having low handgrip strength.
  • Determinantes de mortalidade em pacientes com COVID-19 em estado crítico durante a primeira onda da doença: estudo multicêntrico no Brasil Artigo Original

    Ramos, Fernando Jose da Silva; Atallah, Fernanda Chohfi; Souza, Maria Aparecida de; Ferreira, Elaine Maria; Machado, Flavia Ribeiro; Freitas, Flavio Geraldo Resende

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar desfechos clínicos e fatores associados à mortalidade, com foco em infecções secundárias, em pacientes com COVID-19 em estado crítico em três hospitais brasileiros durante a primeira onda da pandemia. Métodos: Estudo observacional retrospectivo envolvendo pacientes adultos com COVID-19 internados nas UTIs participantes entre março e agosto de 2020. Analisaram-se características clínicas, comorbidades, fonte de infecção por SARS-CoV-2, dados laboratoriais, dados microbiológicos, complicações e causas de óbito. Os fatores associados à mortalidade hospitalar foram avaliados por meio de modelos de regressão logística. Resultados: Foram incluídos 645 pacientes com média de idade de 61,4 anos. Desses, 387 (60,0%) eram do sexo masculino, 12,9% (83/643) haviam sido submetidos a transplante de órgão sólido, e quase 10% (59/641) apresentaram infecção nosocomial por COVID-19. Durante a internação na UTI, 359/644 pacientes (55,7%) necessitaram de ventilação mecânica invasiva, 225 (34,9%) necessitaram de terapia renal substitutiva, 337 (52,2%) receberam vasopressores, e 216 (33,5%) apresentaram infecções hospitalares (IHs), causadas principalmente por bactérias Gram-negativas multirresistentes. As IHs associaram-se de forma independente a maior risco de óbito. As principais causas de óbito foram choque refratário e síndrome de disfunção de múltiplos órgãos, mas não SDRA, como relatado anteriormente na literatura. Conclusões: Neste estudo, a maior parte de nossa coorte necessitou de ventilação mecânica invasiva, e quase um terço apresentou IHs, que se associaram de forma independente a maior risco de óbito. Outros fatores relacionados à mortalidade foram Índice de Comorbidade de Charlson, SOFA na admissão e complicações clínicas durante a internação na UTI. A infecção nosocomial por COVID-19 não se associou à mortalidade. As principais causas imediatas de óbito foram choque refratário e síndrome de disfunção de múltiplos órgãos.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To evaluate clinical outcomes and factors associated with mortality, focusing on secondary infections, in critically ill patients with COVID-19 in three Brazilian hospitals during the first pandemic wave. Methods: This was a retrospective observational study involving adult patients with COVID-19 admitted to one of the participating ICUs between March and August of 2020. We analyzed clinical features, comorbidities, source of SARS-CoV-2 infection, laboratory data, microbiology data, complications, and causes of death. We assessed factors associated with in-hospital mortality using logistic regression models. Results: We included 645 patients with a mean age of 61.4 years. Of those, 387 (60.0%) were male, 12.9% (83/643) had undergone solid organ transplant, and almost 10% (59/641) had nosocomial COVID-19 infection. During ICU stay, 359/644 patients (55.7%) required invasive mechanical ventilation, 225 (34.9%) needed renal replacement therapy, 337 (52.2%) received vasopressors, and 216 (33.5%) had hospital-acquired infections (HAIs), mainly caused by multidrug-resistant gram-negative bacteria. HAIs were independently associated with a higher risk of death. The major causes of death were refractory shock and multiple organ dysfunction syndrome but not ARDS, as previously reported in the literature. Conclusions: In this study, most of our cohort required invasive mechanical ventilation and almost one third had HAIs, which were independently associated with a higher risk of death. Other factors related to death were Charlson Comorbidity Index, SOFA score at admission, and clinical complications during ICU stay. Nosocomial COVID-19 infection was not associated with death. The main immediate causes of death were refractory shock and multiple organ dysfunction syndrome.
  • Recomendações para oxigenoterapia domiciliar prolongada da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2022) Artigo Especial

    Castellano, Maria Vera Cruz de Oliveira; Pereira, Luiz Fernando Ferreira; Feitosa, Paulo Henrique Ramos; Knorst, Marli Maria; Salim, Carolina; Rodrigues, Mauri Monteiro; Ferreira, Eloara Vieira Machado; Duarte, Ricardo Luiz de Menezes; Togeiro, Sonia Maria; Stanzani, Lícia Zanol Lorencini; Medeiros Júnior, Pedro; Schelini, Karime Nadaf de Melo; Coelho, Liana Sousa; Sousa, Thiago Lins Fagundes de; Almeida, Marina Buarque de; Alvarez, Alfonso Eduardo

    Resumo em Português:

    RESUMO Algumas doenças respiratórias crônicas podem evoluir com hipoxemia e, nessas situações, a oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) está indicada como opção terapêutica com o objetivo principal de melhorar a qualidade e a expectativa de vida desses pacientes. O oxigênio domiciliar é usado há mais de 70 anos, e a ODP tem como base dois estudos da década de oitenta que demonstraram que o uso de oxigênio melhora a sobrevida de pacientes com DPOC. Existem evidências de que a ODP tem outros efeitos benéficos como melhora da função cognitiva e da capacidade de exercício e redução de hospitalizações. A ODP está indicada para outras doenças respiratórias que cursam com hipoxemia, segundo os mesmos critérios estabelecidos para a DPOC. Tem sido observado aumento no uso da ODP provavelmente pela maior expectativa de vida, maior prevalência de doenças respiratórias crônicas e maior disponibilidade de ODP no sistema de saúde. O primeiro consenso sobre ODP da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia foi publicado em 2000; após 22 anos, apresentamos esta versão atualizada. Este documento é uma revisão não sistemática da literatura, realizada por pneumologistas que avaliaram evidências científicas e diretrizes internacionais sobre ODP nas diversas doenças que cursam com hipoxemia e em situações específicas (exercício, sono e viagens aéreas). Estas recomendações, tendo em vista a prática clínica, oferecem diversos quadros com informações sobre indicações, fontes de oxigênio, acessórios e estratégias para melhor eficiência, efetividade e uso seguro da ODP, assim como um modelo para sua prescrição.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Some chronic respiratory diseases can cause hypoxemia and, in such cases, long-term home oxygen therapy (LTOT) is indicated as a treatment option primarily to improve patient quality of life and life expectancy. Home oxygen has been used for more than 70 years, and support for LTOT is based on two studies from the 1980s that demonstrated that oxygen use improves survival in patients with COPD. There is evidence that LTOT has other beneficial effects such as improved cognitive function, improved exercise capacity, and reduced hospitalizations. LTOT is indicated in other respiratory diseases that cause hypoxemia, on the basis of the same criteria as those used for COPD. There has been an increase in the use of LTOT, probably because of increased life expectancy and a higher prevalence of chronic respiratory diseases, as well as greater availability of LTOT in the health care system. The first Brazilian Thoracic Association consensus statement on LTOT was published in 2000. Twenty-two years later, we present this updated version. This document is a nonsystematic review of the literature, conducted by pulmonologists who evaluated scientific evidence and international guidelines on LTOT in the various diseases that cause hypoxemia and in specific situations (i.e., exercise, sleep, and air travel). These recommendations, produced with a view to clinical practice, contain several charts with information on indications for LTOT, oxygen sources, accessories, strategies for improved efficiency and effectiveness, and recommendations for the safe use of LTOT, as well as a LTOT prescribing model.
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    Silva, Marina de Moraes Carvalho da; Rodrigues, Rosana Souza; Marchiori, Edson
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    Hetzel, Guilherme Moreira; Schwengber, Wallace Klein; Mondadori, Diego Corsetti; Araujo, Luiz Felipe Lopes; Saueressig, Mauricio Guidi
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    Chong-Silva, Débora Carla; Schneider, Pollyana Moreira; Jardim, Tyane de Almeida Pinto; Nichele, Samantha; Loth, Gisele; Riedi, Carlos Antônio; Chong Neto, Herberto José; Bonfim, Carmen Maria Sales; Rosário Filho, Nelson Augusto
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    Bessa, Camila Martins de; Silva, Larissy Machado da; Zamboni, Mauro Musa; Costa, Guilherme Jorge; Bergmann, Anke; Thuler, Luiz Claudio Santos; Silva, Gustavo Telles da
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    Corrêa, Paulo César Rodrigues Pinto
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    Rodrigues, Henrique Cabrita; Videira, Wanda; Rodrigues, Luís; Pinheiro, Rita; Ferro, Filipa
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    Braz Junior, Donato da Silva; Costa, Guilherme Jorge; Lyra, Nathália Alves de Barros e; Viana, Mirela Muniz Arantes; Borba, Vinícius Santos; Thuler, Luiz Claudio Santos; Lima, Eduardo Jorge da Fonseca; Mello, Maria Júlia Gonçalves de
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