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Fatores subjacentes à negação e descrença em relação à COVID-19

RESUMO

Objetivo:

Investigar fatores que influenciam ou promovem a descrença e atitudes negativas em relação à COVID-19.

Métodos:

Estudo transversal envolvendo 544 homens e mulheres com ≥ 18 anos de idade na Grécia entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Todos os participantes foram informados sobre o objetivo do estudo, proteção do anonimato e participação voluntária. Os participantes responderam a um questionário on-line anônimo com 40 itens. A análise dos dados incluiu a identificação de correlações e o uso de testes t e ANOVA.

Resultados:

O nível de conhecimento sobre as vias de transmissão, manifestações e prevenção da COVID-19 foi alto em nossa amostra. As mulheres pareceram ter uma atitude mais positiva em relação à prevenção e manejo da COVID-19 do que os homens (p = 0,032 e p = 0,018, respectivamente). As pessoas mais jovens (18-30 anos de idade) pareceram negar mais a validade dos dados científicos e reportagens da mídia sobre as formas de lidar com a pandemia do que aquelas com > 30 anos de idade (p = 0,003 e p = 0,001, respectivamente). As pessoas que residiam em cidades grandes acreditavam mais nos pronunciamentos científicos do que as que residiam em vilas (p = 0,029).

Conclusões:

Para minimizar o número de casos de negação e descrença em relação à COVID-19 e promover a vacinação, é necessária uma série de ações. Os governos devem implementar uma série de medidas para conter a doença, levando em consideração os aspectos psicológicos e sociais dessas políticas.

Descritores:
Vacinação; COVID-19; Conhecimentos, atitudes e prática em saúde

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