Acessibilidade / Reportar erro

Levantamento das briófitas da trilha do Pessegueirinho, Curitibanos, Estado de Santa Catarina, Brasil1 1 Parte do Trabalho de Conclusão de Curso da primeira Autora

Survey of bryophytes on the Pessegueirinho trail, Curitibanos, Santa Catarina State, Brazil

RESUMO

A trilha do Pessegueirinho é um bosque com vegetação Ombrófila Mista dentro do domínio da Mata Atlântica, localizado ao lado da sede da Universidade Federal de Santa Catarina no município de Curitibanos. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento das briófitas da trilha do Pessegueirinho. As coletas foram realizadas entre os anos de 2016 a 2020, sendo coletadas briófitas em todos os substratos disponíveis como solo, troncos de árvores e rochas. As coletas foram georreferenciadas e fotografadas in loco, com imagens adicionais feitas na câmera acoplada do estereomicroscópio. Foram coletados 352 espécimes e identificadas 109 espécies (82 musgos, 25 hepáticas e dois antóceros), das quais 26 são novas ocorrências para o Estado de Santa Catarina. As famílias de musgos com maior diversidade de espécies foram Sematophyllaceae (nove spp.), Fissidentaceae (oito spp.), Dicranaceae e Orthotrichaceae (ambas com seis spp.). Em hepáticas a família com o maior número de espécies foi Lejeuneaceae (seis spp.).

Palavras-chave:
Floresta Ombrófila mista; musgos; novas ocorrências

ABSTRACT

The Pessegueirinho trail is a forest with mixed Ombrophilous vegetation within the domain of the Atlantic Forest. It is located in the municipality of Curitibanos, next to the campus of Universidade Federal de Santa Catarina. This study aimed to survey the bryophytes on the Pessegueirinho trail. The collections were carried out between the years 2016 to 2020, with bryophytes collected on all available substrates such as soil, tree trunks, and rocks. The collections were georeferenced and photographed in loco, with additional images taken in the coupled camera of the stereomicroscope. As result, 352 specimens were collected in the study area, and 109 species were identified (82 mosses, 25 liverworts, and two hornworts), of which 26 are new occurrences for the Santa Catarina State. The families of mosses with the most diversity was Sematophyllaceae (nine spp.), followed by Fissidentaceae (eight spp.) by Dicranaceae, and Orthotrichaceae (both with six spp.). In liverwort, the family with the greatest number of species was Lejeuneaceae (six spp.).

Keywords:
mosses; new records; Ombrophilous Mixed Forest

Introdução

A trilha do Pessegueirinho localiza-se em uma área de reserva legal que pertence a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Curitibanos. Criada no ano de 2011, seu nome remete a microbacia hidrográfica do Córrego Pessegueirinho que atravessa parte da região do município de Curitibanos. Essa área, com cerca de 6 hectares, é utilizada para realização de projetos de pesquisa e extensão, principalmente pelos alunos da Universidade e tem vegetação característica do domínio fitogeográfico da Mata Atlântica (Tortato & Lima 2013Tortato, K. A. & Lima, L.C. 2013. Trilhas interpretativas como instrumento de ambientalização universitária na área de abrangência do aqüífero guarani- Curitibanos (SC). In: I Simpósio Regional de Educação do Campo (SIFEDOC), Pelotas (RS), p. 10.).

A Mata Atlântica é considerada um hotspot devido a sua mega biodiversidade e, ao mesmo tempo, é um dos biomas mais ameaçados, contando atualmente com apenas 12,4% da sua vegetação remanescente (Fundação SOS Mata Atlântica 2020Fundação SOS Mata Atlântica. 2020. Notícias. Desmatamento na Mata Atlântica cresce quase 30%. Disponível em https://www.sosma.org.br/noticias/desmatamento-na-mata-atlantica-cresce-quase-30/ (acesso em 08-X-2020).
https://www.sosma.org.br/noticias/desmat...
). No Brasil ocorrem 1.610 espécies de briófitas s.l., sendo que 85% destas (1.353 spp.) são encontradas no bioma Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br (acesso em 08-V-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br...
). Os estudos de florística e ecologia com briófitas s.l. em áreas de Mata Atlântica se concentram nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, as quais segundo Costa & Peralta (2015)Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1063-1071. são também as regiões com o maior número de espécies de briófitas (1.233 e 865 espécies, respectivamente). Estes estudos, para essas regiões, são principalmente para os Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul: Angely (1961Angely, J. 1961. Musgos Paranaenses: contribuição para o estudo e conhecimento da flora briológica do Paraná. Revista do Instituto Paranaense de Botânica 20: 1-7., 1968Angely, J. 1968. Bryophytos Paranaenses: In: Flora Analítica do Paraná, Curitiba. Phyton 7: 55-91.), Sehnem (1969Sehnem, A. 1969. Musgos Sul-brasileiros 1. Pesquisas, Série Botânica 27: 1-41., 1970Sehnem, A. 1970. Musgos Sul-brasileiros 2. Pesquisas, Série Botânica 28: 1-117., 1972Sehnem, A. 1972. Musgos Sul-brasileiros 3. Pesquisas, Série Botânica 29: 1-70., 1976Sehnem, A. 1976. Musgos Sul-brasileiros 4. Pesquisas, Série Botânica 30: 1-79., 1978Sehnem, A. 1978. Musgos Sul-brasileiros 5. Pesquisas, Série Botânica 32: 1-170., 1979Sehnem, A. 1979. Musgos Sul-brasileiros 6. Pesquisas, Série Botânica 33: 1-149., 1980Sehnem, A. 1980. Musgos Sul-brasileiros 7. Pesquisas, Série Botânica 34: 1-121.), Kummrow & Prevedello (1982)Kummrow, R. & Prevedello, S.M. 1982. Lista de musgos paranaenses do Museu Botânico municipal. Boletim do Museu Botânico Municipal Curitiba 54: 1-36, Giancotti & Vital (1989)Giancotti, C. & Vital, D.M. 1989. Flora briofítica da Reserva do Alto da Serra de Paranapiacaba, São Paulo: 1 - Lejeuneaceae (Hepaticopsida). Acta Botanica Brasilica 3(supl.): 169-177., Hirai et al. (1998)Hirai, R.Y., Yano, O. & Ribas, M.E.G. 1998. Musgos da mata residual do Centro Politécnico (Capão da Educação Física), Curitiba, Paraná, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 11: 81-118., Visnadi & Vital (2000)Visnadi, S.R. & Vital, D.M. 2000. Lista das briófitas ocorrentes no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga-PEFI. Hoehnea 27: 279-294., Visnadi (2002)Visnadi, S.R. 2002. Meteoriaceae (Bryophyta) da Mata Atlântica do estado de São Paulo. Hoehnea 29: 159-187., Yano (2005)Yano, O. 2005. Novas ocorrências de Bryophyta para vários estados do Brasil. Acta Amazonica 34: 559-576., Visnadi (2006)Visnadi, S.R. 2006. Sematophyllaceae da Mata Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Hoehnea 33: 455-484., Bordin & Yano (2008Bordin, J. & Yano, O. 2008. Briófitas do centro urbano de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 36: 7-71., 2009Bordin, J. & Yano, O. 2009. Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 32: 455-477.), Bordin et al. (2020)Bordin, J., Dewes, T.S., Peralta, D.F., Ferri, M. & Rosa, B. R. 2020. New occurrences of bryophytes species in Southern Brazil: bryodiversity still scarcely known. Check List 16: 915-926..

Santa Catarina é atualmente o quinto Estado em diversidade de briófitas, com 503 espécies, quatro endêmicas para o Estado (Costa & Peralta 2015Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1063-1071.). Todavia, estudos florísticos de briófitas no Estado de Santa Catarina são relativamente escassos, sendo relevante mencionar os estudos pioneiros de Klein (1979)Klein, R.M. 1979. Ecologia da flora e vegetação do Vale do Itajaí. Sellowia. 31: 1-164. com levantamento fitoecológico, incluindo musgos, na costa atlântica do Estado; como também, Berger & Ribas (2007)Berger, J.Z. & Ribas, O.S. 2007. Contribution to the Hornwort and Liverwort Flora of Santa Catarina (Brazil). Boletim do Museu Botânico Municipal Curitiba 70: 4-11. com o levantamento florístico de hepáticas e de antóceros em localidades no nordeste do Estado de Santa Catarina; Peralta & Athayde-Filho (2008) relatando as briófitas corticícolas de mata ciliar entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Berger (2005)Berger, J.Z. 2005. Studies on the Liverwort and Hornwort Flora in two Mata Atlântica Fragments in the North of Santa Catarina, Brazil. Dissertação de Mestrado, Universität Erlangen-Nürnberg, Nuremberg. que estudou a flora de hepáticas e algas em dois fragmentos de Mata Atlântica no norte do Estado de Santa Catarina. Entretanto, Costa (2009)Costa, D. P. 2009. Briófitas. In: J. Stehmann, R.C. Forzza, A. Salino, M. Sobral, D.P. Costa & L.H.Y. Kamino (eds.). Plantas da Floresta Atlântica. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, pp.13-17. na lista de briófitas da Mata Atlântica, mencionou que o Estado de Santa Catarina ainda é uma lacuna no conhecimento sobre briófitas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi apresentar o levantamento das briófitas ocorrentes na área da trilha do Pessegueirinho, e dessa forma contribuir com o conhecimento da distribuição das espécies de briófitas na Mata Atlântica e no Estado de Santa Catarina.

Material e Métodos

Área de estudo - A trilha do Pessegueirinho, situada no bioma Mata Atlântica, possui vegetação composta por Floresta Ombrófila Mista também denominada Floresta das Araucárias, uma vez que seu dossel é marcado por uma cobertura contínua formada pelas copas das árvores, sendo a espécie Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze predominante (Vibrans et al. 2010Vibrans, A. C., Gasper, A. L de., Muller, J. J.V. M., Mantovani, A., Drews de A. M. & Marschalek, R. 2010. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Blumenau: Universidade Regional de Blumenau, Santa Catarina.). Está localizada próxima a sede da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) campus de Curitibanos (entre as coordenadas 27°17’11,7”27°-17’14,1”S e 50°32’01,2”-50°31’58,4”W) (figura 1), com elevação próxima à 1.000 m de altitude. O clima, segundo o sistema de caracterização de Koppen é do tipo Cfb temperado, mesotérmico úmido com verão ameno. Apresenta temperaturas médias anuais de 16-17 °C podendo chegar a temperaturas extremas no inverno (-6 °C) com ocorrência ocasional de geadas (Santa Catarina 2003Santa Catarina. 2003. Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Desenvolvimento Regional. Caracterização Regional. Instituto Cepa, Curitibanos.).

Figura 1
a. Mapa de localização da área. b-c. Trilha do Pessegueirinho, Curitibanos, Estado de Santa Catarina, Brasil.
Figure 1
a. Area location map. b-c. Pessegueirinho trail, Curitibanos, Santa Catarina State, Brazil.

Amostragem - Foram realizadas expedições de coletas na área da trilha do Pessegueirinho durante os anos de 2016 a 2020, sendo as coletas realizadas por meio de caminhadas livres amostrando todos os substratos disponíveis, e seguindo a metodologia de coleta e preservação das amostras descrita em Frahm (2003)Frahm, J.P. 2003. Manual of tropical Bryology. Tropical Bryology 23: 1-196. (figura 2). Informações sobre habitat (vegetação), altitude e substrato foram tomados in loco. Todo o material obtido nas coletas foi incorporado ao acervo do Herbário de Curitibanos da UFSC campus Curitibanos (CTBS), com duplicatas depositadas no Herbário Maria Eneyda Pacheco Kauffman Fidalgo (SP) do Instituto de Botânica.

As identificações das espécies foram feitas utilizando os trabalhos de: Florschütz (1964)Florschütz, R.A. 1964. The mosses of Suriname. E. J. Brill, Leiden., Frahm (1991)Frahm, J.P. 1991. Dicranaceae: Campylopodioideae, Paraleucobryoideae. Flora Neotropica Monograph 54: 1-237., Reese (1993)Reese, W.D. 1993. Calymperaceae. Flora Neotropica, Monograph 58: 1-102., Lisboa (1993)Lisboa, R.C.L. 1993. Musgos acrocárpicos do Estado de Rondônia. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém., Gradstein (1994)Gradstein, S.R. 1994. Lejeuneaceae: Ptychantheae, Brachiolejeuneae. Flora Neotropica, monograph 62: 1-216., Ireland & Buck (1994)Ireland, R.R. & Buck, W.R. 1994. Stereophyllaceae. Flora Neotropica, monograph 65: 1-49., Sharp et al. (1994)Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P.M. 1994. The moss flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69: 1-1113., Buck (1998)Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous Mosses of the West Indies. Memoirs of The New York Botanical Garden 1: 1-401., Buck (2003)Buck, W.R. 2003. Guide to the plants of Central French Guiana: Part 3. Mosses. Memoirs of The New York Botanical Garden 76: 1-167., Dauphin (2003)Dauphin, G. 2003. Ceratolejeunea (Lejeuneaceae: Lejeuneoideae). Flora Neotropica, monograph 90: 1-86., Gradstein & Costa (2003)Gradstein, S.R. & Costa, D.P. 2003. The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. Memoirs of the New York Botanical Garden 87: 1-196., Peralta (2005)Peralta, D.F. 2005. Musgos (Bryophyta) do Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo., Gradstein & Ilkiu-Borges (2009)Gradstein, S.R. & Ilkiu-Borges, A.L. 2009. Guide to the plants of Central French Guiana. Part 4. Liverworts and Hornworts. Memoirs of The New York Botanical Garden 76: 1-140., Reiner-Drehwald (2009)Reiner-Drehwald, M.E. 2009. Lejeunea adpressa Nees (Lejeuneaceae) a widely distributed species of tropical America. Cryptogamie Bryologie 30: 329-336. e Bordin & Yano (2013)Bordin, J. & Yano, O. 2013. Fissidentaceae (Bryophyta) do Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 22: 1-72.. E o sistema de classificação segue Stotler & Crandall-Stotler (2005)Stotler, R.E. & Crandall-Stotler, B. 2005. A revised classification of the Anthocerotophyta and a checklist of the hornworts of North America, North of Mexico. The Bryologist 108:16-26. para Anthocerotophyta (antóceros), Crandall-Stotler et al. (2009)Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E. & Long, D.G. 2009. Phylogeny and classification of the Marchantiophyta. Edinburgh Journal of Botany 66: 155-198. para Marchantiophyta (hepáticas) e Frey & Stech (2009)Frey, W. & Stech, M. 2009. Marchantiophyta, Bryophyta, Anthocerotophyta. In: W. Frey (ed.). Syllabus of plant families. Part 3. Borntraeger Gebrueder, Berlin, pp. 9-263. para Bryophyta (musgos). Os grupos briocenológicos aqui são conceituados de acordo com o substrato colonizado pelas briófitas: corticícolas ou epífitas (tronco vivo), terrícolas (sobre solo), rupícolas (sobre rochas) e segue a classificação de Lisboa (1993)Lisboa, R.C.L. 1993. Musgos acrocárpicos do Estado de Rondônia. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém. e Fudali (2001)Fudali, E. 2001. The ecological structure of the bryoflora of wroclaw’s parks and cemeteries in relation to their localization and origin. Acta Societatis Botanicorum Poloniae 70: 229-235..

As espécies encontradas na trilha do Pessegueirinho estão organizadas em ordem alfabética de divisão, família, gênero, espécie e grupo briocenológico conforme a tabela 1. Para a distribuição geográfica e domínios fitogeográficos foram utilizadas as bibliografias de Gradstein & Costa (2003)Gradstein, S.R. & Costa, D.P. 2003. The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. Memoirs of the New York Botanical Garden 87: 1-196., Peralta et al. (2008)Peralta, D. F., Bordin, J. & Yano, O. 2008. New mosses records (Bryophyta) for Goiás and Tocantins states, Brazil. Acta Botanica Brasilica 22: 834-844., Costa (2010)Costa, D.P. 2010. Briófitas. In: R.C. Forzza, J.F. Baumgratz, C.E. de M. Bicudo, D. Canhos, A.A. Carvalho Jr., A. Costa, D.P. Costa, M. Hopkins, M.P. Leitman, L.G. Lohmann, E.N. Lughadha, L.C. Maia, G. Martinelli, M. Menezes, M.P. Morin, M. Nadruz, A.L. Peixoto, J.R. Pirani, J. Prado, L.P. Queiroz, S. de Souza, V.C. Souza, J.R. Stehmann, L.S. Sylvestre, B.M.T. Walter & D.C. Zappi (orgs.). Catálogo de plantas e fungos do Brasil, v. 1, 1 ed. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, pp. 452-521., Yano (2010)Yano, O. 2010. Levantamento de novas ocorrências de briófitas brasileiras. Instituto de Botânica (São Paulo). Disponível em https://pt.slideshare.net/andrebenedito/levantamento-de-novas-ocorrncias-de-brifitas-brasileiras (acesso em 08-V-2021).
https://pt.slideshare.net/andrebenedito/...
e Flora do Brasil (2020)Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br (acesso em 08-V-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br...
.

Figura 2
a. Trabalho de campo. b-c. Espécimes epífitas e rupícolas na Trilha do Pessegueirinho, Curitibanos, Estado de Santa Catarina, Brasil. d-e. Espécimes no acervo do herbário CTBS.
Figure 2
a. Fieldwork. b-c. Epiphyllous and rupicolous specimens in the Pessegueirinho trail, Curitibanos, Santa Catarina State, Brazil. d-e. Specimens in the CTBS herbarium collection.
Tabela 1
Lista das espécies na trilha do Pessegueirinho, Curitibanos, Estado de Santa Catarina, Brasil. Grupos briocenológicos - E: Epífita, R: Rupícola e T: Terrícola. Domínios fitogeográficos - AM: Amazônia, CA: Caatinga, CE: Cerrado, MA: Mata Atlântica, PM: Pampa, PN: Pantanal. *: Nova ocorrência para o Estado de Santa Catarina.
Table 1
List of species of the Pessegueirinho trail, Curitibanos, Santa Catarina State, Brazil. Briocenological groups - E: Epiphyllous, R: Rupicolous and T: Terricolous. Phytogeographic domains - AM: Amazônia, CA: Caatinga, CE: Cerrado, MA: Mata Atlântica, PM: Pampa, PN: Pantanal. *: New occurrence for the Santa Catarina State.

Resultados e Discussão

Os 352 espécimes coletados neste estudo deram início ao acervo de briófitas s.l. no herbário CTBS e representam 109 espécies de briófitas, distribuídas em 72 gêneros e 43 famílias. Dentre estas, 26 spp. são novas ocorrências para o Estado de Santa Catarina. Em musgos foram encontradas 28 famílias e 82 espécies, em hepáticas 13 famílias e 25 espécies e em antóceros duas famílias e duas espécies (tabela 1). As 109 espécies encontradas na trilha do Pessegueirinho representam cerca de 19% das briófitas registradas para o Estado de Santa Catarina, 8% das espécies encontradas na Mata Atlântica e 7% das briófitas registradas para o Brasil (tabela 2).

Tabela 2
Número de espécies encontradas na trilha do Pessegueirinho, Curitibanos, Estado de Santa Catarina, Brasil comparado com a Flora do Brasil (na Mata Atlântica, no Estado de Santa Catarina e no Brasil).
Table 2
Number of species found on the Pessegueirinho trail, Curitibanos, Santa Catarina State, Brazil compared to Flora do Brasil (in the Atlantic Forest, in the State of Santa Catarina and in Brazil).

Para os musgos, a família Sematophyllaceae foi a mais representativa em número de espécies (nove spp.), seguida das famílias Fissidentaceae (oito spp.), Dicranaceae e Orthotrichaceae apresentaram seis espécies cada. A espécie de musgo mais coletada na trilha do Pessegueirinho foi Brittonodoxa subpinnata (33 amostras), o que corrobora com os resultados de Peralta & Athayde-Filho (2008)Peralta, D.F. & Athayde Filho, F.P. 2008. Briófitas corticícolas de mata ciliar ao longo do Rio Uruguai, antes do alagamento da área pela Barragem de Itá, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 35: 411-418. que obtiveram uma maior ocorrência desta espécie em seu estudo em áreas de Mata Atlântica com fitofisionomia de Floresta Ombrófila Mista. A família Sematophyllaceae é uma das mais diversas no Brasil, com 53 espécies, sendo uma das principais famílias encontrada no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica (Costa & Luizi-Ponzo 2010Costa, D.P. & Luizi-Ponzo, A.P. 2010. Introdução: as briófitas do Brasil. In: R.C. Forzza (org.), Catálogo de plantas e fungos do Brasil [online]. Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, Rio de Janeiro, pp. 61-68.). Outros trabalhos realizados com briófitas em áreas de Mata Atlântica também encontraram essas famílias sendo as mais representativas (Santos & Costa 2008Santos, N.D. & Costa, D.P. 2008. A importância de Reservas Particulares do Patrimônio Natural para a conservação da brioflora da Mata Atlântica: um estudo em El Nagual, Magé, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 359-372., Valente et al. 2009Valente, E.B. & Pôrto, K.C., Vilas Bôas-Bastos, S.B. & Bastos, C.J.P. 2009. Musgos (Bryophyta) de um fragmento de Mata Atlântica na Serra da Jibóia, município de Santa Terezinha, BA, Brasil. Acta Botanica Brasilica 23: 369-375., Costa et al. 2015Costa, D.P., Rezende, M.A., Santos, N.D., Buck, W.R. & Schäfer-Verwimp, A. 2015. Bryoflora of the Itatiaia National Park along an elevation gradient: diversity and conservation. Biodiversity and Conservation 24: 2199-2212, Silva & Pôrto 2015Silva, M.P.P. & Pôrto, K.C. 2015. Diversity of bryophytes in priority areas for conservation in the Atlantic Forest of northeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 29: 16-23. e Carmo et al. 2016Carmo, D.M., Lima, J.S., Amelio, L. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287.).

Em relação às hepáticas, a família Lejeuneaceae foi a que apresentou a maior diversidade com seis spp., seguida de Frullaniaceae e Lophocoleaceae com três espécies cada. A família Lejeuneaceae é também a mais representativa no trabalho de Berger & Ribas (2007)Berger, J.Z. & Ribas, O.S. 2007. Contribution to the Hornwort and Liverwort Flora of Santa Catarina (Brazil). Boletim do Museu Botânico Municipal Curitiba 70: 4-11. em um levantamento de hepáticas no nordeste do Estado de Santa Catarina em áreas de Mata Atlântica. No Brasil, a família Lejeuneaceae é a mais diversa dentro das hepáticas, ocorrem 285 espécies, em 55 gêneros (Costa & Peralta 2015Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1063-1071.), sendo que, as espécies deste gênero, em sua maioria, ocorrem no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica (217 spp.) (Costa & Luizi-Ponzo 2010Costa, D.P. & Luizi-Ponzo, A.P. 2010. Introdução: as briófitas do Brasil. In: R.C. Forzza (org.), Catálogo de plantas e fungos do Brasil [online]. Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, Rio de Janeiro, pp. 61-68.). Esse elevado número de espécies está relacionado com o clima úmido e a infinidade de substratos que o bioma apresenta que possibilita que as espécies se desenvolvam sobre tronco de árvores, galhos, rochas, solo e até mesmo sobre folhas vivas (Gradstein et al. 2001Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001.Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.).

Na área da trilha do Pessegueirinho, os antóceros, são representados pelas famílias Anthocerotaceae e Notothyladaceae que apresentaram uma espécie cada, sendo Anthoceros hispidus encontrada sobre rochas próximo da água, e Phaeoceros carolinianus em solo ou rocha.

Em relação à colonização das espécies na trilha do Pessegueirinho foram encontrados três principais grupos briocenológicos: epífitas, terrícolas e rupícolas. A preferência por apenas um único tipo de grupo briocenológico foi de 59%, sendo que o epífita foi o mais expressivo (34%), visto que a disponibilidade desse substrato é o mais frequente na área de estudo, seguido de rupícola (13%) e terrícola (12%). A família Entodontaceae é a que mais apresentou espécies (três spp.) com ocorrência exclusiva no grupo briocenológico epífita. Ainda em relação ao substrato colonizado, pode ser observado que 65 espécies colonizaram apenas um tipo de substrato e 44 espécies colonizaram dois ou mais substratos.

Gonzaléz-Mancebo et al. (2004)González-Mancebo, J.M., Romaguera, F., Losada-Lima, A. & Suárez, A. 2004. Epifhytic briophytes growing on Laurus azorica (Seub.) Franco in three laurel Forest áreas in Tenerife (Canary Islands). Acta Oecologica 25: 159-167. demonstraram que a comunidade de briófitas epífitas pode ser mais expressiva em locais que apresentam uma maior frequência de chuvas e nebulosidade, o que é o caso da região da trilha do Pessegueirinho, por estar concentrada na fitofisionomia Floresta Ombrófila Mista e também na região da serra catarinense que juntas apresentam a predominância de chuvas na maior parte do ano e também nebulosidade.

A região serrana do Estado de Santa Catarina é coberta pela Floresta Ombrófila Mista, uma das formações florestais nativas da Mata Atlântica que conta com uma grande riqueza de espécies de briófitas (632 spp.) (Costa & Peralta 2015Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1063-1071.). A trilha do Pessegueirinho, apesar da sua extensão limitada a seis hectares, é considerada aqui floristicamente relevante para briófitas, pois das espécies encontradas, 108 spp. ocorrem na Mata Atlântica representando 8% da diversidade deste domínio e 31 espécies (28%) são, segundo a Flora do Brasil (2020)Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br (acesso em 08-V-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br...
exclusivas deste bioma, o que ressalta a importância desse domínio fitogeográfico. Isso se dá principalmente pelas características que a formação Ombrófila Mista na Serra Catarinense apresenta como a predominância de chuvas que proporcionam um ambiente úmido e a ampla gama de ambientes para colonização que podem ser encontrados dentro desta formação florestal (Felitto et al. 2017Fellito, G., Lozano, E.D., Canestrato, B.K. & Kersten, R.A. 2017. Riqueza, composição e estrutura da comunidade arbustivo-regenerante em diferentes estágios sucessionais de uma Floresta Subtropical do Brasil. Hoehnea 44: 490-504).

Além disto, este levantamento amplia consideravelmente a ocorrência de Fissidens allionii (figura 3) antes conhecida apenas para o bioma Amazônico, conforme a Flora do Brasil 2020Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br (acesso em 08-V-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br...
. Aqui é considerada uma nova ocorrência para o Estado de Santa Catarina, ampliando assim a sua distribuição geográfica. Outra espécie relevante é Daltonia splachnoides (figura 4) também considerada uma nova ocorrência para o Estado de Santa Catarina, antes conhecida apenas para o Estado do Espírito Santo, segundo a Flora do Brasil 2020Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br (acesso em 08-V-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br...
.

Este levantamento de briófitas amplia de forma relevante o conhecimento sobre a diversidade e distribuição de briófitas na Mata Atlântica, e realça a importância e necessidade de estudos similares para o Estado de Santa Catarina.

Figura 3
Fissidens allionii Broth. a. aspecto geral do gametófito. b-c. gametófito com filídios e esporófitos com setas e cápsulas. d-e. cápsula, dentes no peristômio, respectivamente.
Figure 3
Fissidens allionii Broth. a. The general aspect of the gametophyte. b-c. gametophyte with filidia and sporophytes with arrows and capsules. d-e. capsule, teeth in the peristomy, respectively.
Figura 4
Daltonia splachnoides (Sm.) Hook. & Taylor. a-b. aspecto geral do gametófito. c. esporófito. d-e-f. caliptra- cápsula.
Figure 4
Daltonia splachnoides (Sm.) Hook. & Taylor. a-b. The general aspect of the gametophyte. c. sporophyte. d-e-f. caliptra- capsule.

Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), pela concessão da Bolsa de Iniciação Científica para execução deste projeto; ao Leonardo Kellet Coelho, pelo apoio nas expedições de campo.

Literatura Citada

  • Angely, J. 1961. Musgos Paranaenses: contribuição para o estudo e conhecimento da flora briológica do Paraná. Revista do Instituto Paranaense de Botânica 20: 1-7.
  • Angely, J. 1968. Bryophytos Paranaenses: In: Flora Analítica do Paraná, Curitiba. Phyton 7: 55-91.
  • Berger, J.Z. 2005. Studies on the Liverwort and Hornwort Flora in two Mata Atlântica Fragments in the North of Santa Catarina, Brazil. Dissertação de Mestrado, Universität Erlangen-Nürnberg, Nuremberg.
  • Berger, J.Z. & Ribas, O.S. 2007. Contribution to the Hornwort and Liverwort Flora of Santa Catarina (Brazil). Boletim do Museu Botânico Municipal Curitiba 70: 4-11.
  • Bordin, J. & Yano, O. 2008. Briófitas do centro urbano de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 36: 7-71.
  • Bordin, J. & Yano, O. 2009. Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 32: 455-477.
  • Bordin, J. & Yano, O. 2013. Fissidentaceae (Bryophyta) do Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 22: 1-72.
  • Bordin, J., Dewes, T.S., Peralta, D.F., Ferri, M. & Rosa, B. R. 2020. New occurrences of bryophytes species in Southern Brazil: bryodiversity still scarcely known. Check List 16: 915-926.
  • Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous Mosses of the West Indies. Memoirs of The New York Botanical Garden 1: 1-401.
  • Buck, W.R. 2003. Guide to the plants of Central French Guiana: Part 3. Mosses. Memoirs of The New York Botanical Garden 76: 1-167.
  • Carmo, D.M., Lima, J.S., Amelio, L. & Peralta, D.F. 2016. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 43: 265-287.
  • Costa, D. P. 2009. Briófitas. In: J. Stehmann, R.C. Forzza, A. Salino, M. Sobral, D.P. Costa & L.H.Y. Kamino (eds.). Plantas da Floresta Atlântica. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, pp.13-17.
  • Costa, D.P. & Luizi-Ponzo, A.P. 2010. Introdução: as briófitas do Brasil. In: R.C. Forzza (org.), Catálogo de plantas e fungos do Brasil [online]. Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, Rio de Janeiro, pp. 61-68.
  • Costa, D.P., Rezende, M.A., Santos, N.D., Buck, W.R. & Schäfer-Verwimp, A. 2015. Bryoflora of the Itatiaia National Park along an elevation gradient: diversity and conservation. Biodiversity and Conservation 24: 2199-2212
  • Costa, D.P. 2010. Briófitas. In: R.C. Forzza, J.F. Baumgratz, C.E. de M. Bicudo, D. Canhos, A.A. Carvalho Jr., A. Costa, D.P. Costa, M. Hopkins, M.P. Leitman, L.G. Lohmann, E.N. Lughadha, L.C. Maia, G. Martinelli, M. Menezes, M.P. Morin, M. Nadruz, A.L. Peixoto, J.R. Pirani, J. Prado, L.P. Queiroz, S. de Souza, V.C. Souza, J.R. Stehmann, L.S. Sylvestre, B.M.T. Walter & D.C. Zappi (orgs.). Catálogo de plantas e fungos do Brasil, v. 1, 1 ed. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, pp. 452-521.
  • Costa, D.P. & Peralta, D.F. 2015. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1063-1071.
  • Crandall-Stotler, B., Stotler, R.E. & Long, D.G. 2009. Phylogeny and classification of the Marchantiophyta. Edinburgh Journal of Botany 66: 155-198.
  • Dauphin, G. 2003. Ceratolejeunea (Lejeuneaceae: Lejeuneoideae). Flora Neotropica, monograph 90: 1-86.
  • Fellito, G., Lozano, E.D., Canestrato, B.K. & Kersten, R.A. 2017. Riqueza, composição e estrutura da comunidade arbustivo-regenerante em diferentes estágios sucessionais de uma Floresta Subtropical do Brasil. Hoehnea 44: 490-504
  • Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br (acesso em 08-V-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br
  • Florschütz, R.A. 1964. The mosses of Suriname. E. J. Brill, Leiden.
  • Frahm, J.P. 1991. Dicranaceae: Campylopodioideae, Paraleucobryoideae. Flora Neotropica Monograph 54: 1-237.
  • Frahm, J.P. 2003. Manual of tropical Bryology. Tropical Bryology 23: 1-196.
  • Frey, W. & Stech, M. 2009. Marchantiophyta, Bryophyta, Anthocerotophyta. In: W. Frey (ed.). Syllabus of plant families. Part 3. Borntraeger Gebrueder, Berlin, pp. 9-263.
  • Fudali, E. 2001. The ecological structure of the bryoflora of wroclaw’s parks and cemeteries in relation to their localization and origin. Acta Societatis Botanicorum Poloniae 70: 229-235.
  • Fundação SOS Mata Atlântica. 2020. Notícias. Desmatamento na Mata Atlântica cresce quase 30%. Disponível em https://www.sosma.org.br/noticias/desmatamento-na-mata-atlantica-cresce-quase-30/ (acesso em 08-X-2020).
    » https://www.sosma.org.br/noticias/desmatamento-na-mata-atlantica-cresce-quase-30/
  • Giancotti, C. & Vital, D.M. 1989. Flora briofítica da Reserva do Alto da Serra de Paranapiacaba, São Paulo: 1 - Lejeuneaceae (Hepaticopsida). Acta Botanica Brasilica 3(supl.): 169-177.
  • González-Mancebo, J.M., Romaguera, F., Losada-Lima, A. & Suárez, A. 2004. Epifhytic briophytes growing on Laurus azorica (Seub.) Franco in three laurel Forest áreas in Tenerife (Canary Islands). Acta Oecologica 25: 159-167.
  • Gradstein, S.R. 1994. Lejeuneaceae: Ptychantheae, Brachiolejeuneae. Flora Neotropica, monograph 62: 1-216.
  • Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001.Guide to the Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.
  • Gradstein, S.R. & Costa, D.P. 2003. The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. Memoirs of the New York Botanical Garden 87: 1-196.
  • Gradstein, S.R. & Ilkiu-Borges, A.L. 2009. Guide to the plants of Central French Guiana. Part 4. Liverworts and Hornworts. Memoirs of The New York Botanical Garden 76: 1-140.
  • Hirai, R.Y., Yano, O. & Ribas, M.E.G. 1998. Musgos da mata residual do Centro Politécnico (Capão da Educação Física), Curitiba, Paraná, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 11: 81-118.
  • Ireland, R.R. & Buck, W.R. 1994. Stereophyllaceae. Flora Neotropica, monograph 65: 1-49.
  • Klein, R.M. 1979. Ecologia da flora e vegetação do Vale do Itajaí. Sellowia. 31: 1-164.
  • Kummrow, R. & Prevedello, S.M. 1982. Lista de musgos paranaenses do Museu Botânico municipal. Boletim do Museu Botânico Municipal Curitiba 54: 1-36
  • Lisboa, R.C.L. 1993. Musgos acrocárpicos do Estado de Rondônia. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém.
  • Peralta, D.F. 2005. Musgos (Bryophyta) do Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo.
  • Peralta, D.F. & Athayde Filho, F.P. 2008. Briófitas corticícolas de mata ciliar ao longo do Rio Uruguai, antes do alagamento da área pela Barragem de Itá, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 35: 411-418.
  • Peralta, D. F., Bordin, J. & Yano, O. 2008. New mosses records (Bryophyta) for Goiás and Tocantins states, Brazil. Acta Botanica Brasilica 22: 834-844.
  • Reese, W.D. 1993. Calymperaceae. Flora Neotropica, Monograph 58: 1-102.
  • Reiner-Drehwald, M.E. 2009. Lejeunea adpressa Nees (Lejeuneaceae) a widely distributed species of tropical America. Cryptogamie Bryologie 30: 329-336.
  • Santa Catarina. 2003. Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Desenvolvimento Regional. Caracterização Regional. Instituto Cepa, Curitibanos.
  • Santos, N.D. & Costa, D.P. 2008. A importância de Reservas Particulares do Patrimônio Natural para a conservação da brioflora da Mata Atlântica: um estudo em El Nagual, Magé, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 359-372.
  • Sehnem, A. 1969. Musgos Sul-brasileiros 1. Pesquisas, Série Botânica 27: 1-41.
  • Sehnem, A. 1970. Musgos Sul-brasileiros 2. Pesquisas, Série Botânica 28: 1-117.
  • Sehnem, A. 1972. Musgos Sul-brasileiros 3. Pesquisas, Série Botânica 29: 1-70.
  • Sehnem, A. 1976. Musgos Sul-brasileiros 4. Pesquisas, Série Botânica 30: 1-79.
  • Sehnem, A. 1978. Musgos Sul-brasileiros 5. Pesquisas, Série Botânica 32: 1-170.
  • Sehnem, A. 1979. Musgos Sul-brasileiros 6. Pesquisas, Série Botânica 33: 1-149.
  • Sehnem, A. 1980. Musgos Sul-brasileiros 7. Pesquisas, Série Botânica 34: 1-121.
  • Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P.M. 1994. The moss flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69: 1-1113.
  • Silva, M.P.P. & Pôrto, K.C. 2015. Diversity of bryophytes in priority areas for conservation in the Atlantic Forest of northeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 29: 16-23.
  • Stotler, R.E. & Crandall-Stotler, B. 2005. A revised classification of the Anthocerotophyta and a checklist of the hornworts of North America, North of Mexico. The Bryologist 108:16-26.
  • Tortato, K. A. & Lima, L.C. 2013. Trilhas interpretativas como instrumento de ambientalização universitária na área de abrangência do aqüífero guarani- Curitibanos (SC). In: I Simpósio Regional de Educação do Campo (SIFEDOC), Pelotas (RS), p. 10.
  • Valente, E.B. & Pôrto, K.C. 2006. Hepáticas (Marchantiophyta) de um fragmento de Mata Atlântica na Serra da Jibóia, município de Santa Terezinha, BA, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20: 433-441.
  • Valente, E.B. & Pôrto, K.C., Vilas Bôas-Bastos, S.B. & Bastos, C.J.P. 2009. Musgos (Bryophyta) de um fragmento de Mata Atlântica na Serra da Jibóia, município de Santa Terezinha, BA, Brasil. Acta Botanica Brasilica 23: 369-375.
  • Vibrans, A. C., Gasper, A. L de., Muller, J. J.V. M., Mantovani, A., Drews de A. M. & Marschalek, R. 2010. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Blumenau: Universidade Regional de Blumenau, Santa Catarina.
  • Visnadi, S.R. & Vital, D.M. 2000. Lista das briófitas ocorrentes no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga-PEFI. Hoehnea 27: 279-294.
  • Visnadi, S.R. 2002. Meteoriaceae (Bryophyta) da Mata Atlântica do estado de São Paulo. Hoehnea 29: 159-187.
  • Visnadi, S.R. 2006. Sematophyllaceae da Mata Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Hoehnea 33: 455-484.
  • Yano, O. 2005. Novas ocorrências de Bryophyta para vários estados do Brasil. Acta Amazonica 34: 559-576.
  • Yano, O. 2010. Levantamento de novas ocorrências de briófitas brasileiras. Instituto de Botânica (São Paulo). Disponível em https://pt.slideshare.net/andrebenedito/levantamento-de-novas-ocorrncias-de-brifitas-brasileiras (acesso em 08-V-2021).
    » https://pt.slideshare.net/andrebenedito/levantamento-de-novas-ocorrncias-de-brifitas-brasileiras

Editado por

Editor Associado: Regina Hirai

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Dez 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    18 Nov 2020
  • Aceito
    14 Jul 2021
Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com