Acessibilidade / Reportar erro

Flora da Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil: Commelinaceae.1 1 Parte do trabalho de Dissertação de Mestrado da primeira Autora

Flora of Usina São José, Igarassu, Pernambuco State, Brazil: Commelinaceae.

RESUMO

Commelinaceae apresenta distribuição principalmente tropical, algumas espécies em ambientes temperados, ocorrendo em todo território brasileiro e possui uma morfologia floral complexa, apresentando flores deliquescentes. Visando contribuir com o conhecimento taxonômico acerca dessa família, este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar morfologicamente as espécies ocorrentes nos fragmentos florestais da Usina São José, localizada em Igarassu, Estado de Pernambuco, nordeste do Brasil, dando continuidade à série de monografias para a área. Expedições de coletas foram realizadas na área entre janeiro de a novembro de 2019, além de estudo de material herborizado. Para a área de estudo, foram encontradas cinco espécies pertencentes aos gêneros Commelina e Dichorisandra. São apresentados chave de identificação, descrições, ilustrações e comentários sobre distribuição geográfica e hábitats.

Palavras-chave:
Brasil; Commelinales; florística; Mata Atlântica

ABSTRACT

Commelinaceae has a neotropical distribution, mostly tropical, some temperate, occurring throughout the Brazilian territory and has a complex floral morphology, presenting deliquescent flowers. To contribute to the taxonomic knowledge of this family, this study aimed to identify and morphologically characterize the species that occur in the forest fragments of São José Plant, located in Igarassu, Pernambuco State, northeastern Brazil, continuing the series of monographs for the area. Collecting expeditions were carried out in the area between January to November 2019, in addition to study of herbarium material. For the study area, five species were found, belonging to the genera Commelina and Dichorisandra. Identification key, descriptions, illustrations, and comments on geographic distribution and habitats are presented.

Keywords:
Atlantic Forest; Brazil; Commelinales; floristic

Introdução

Commelinaceae está incluída em Commelinales, juntamente com Pontederiaceae, Philydraceae, Haemodoraceae e Hanguanaceae (APG IV 2016APG IV. 2016. The Angiosperm Phylogeny Group An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20.). Compreende cerca de 42 gêneros e 740 espécies (Faden 1998Faden, R.B. 1998. Commelinaceae. In: Flowering Plants· Monocotyledons. Springer, Berlin, Heidelberg, pp. 109-128., Hardy & Faden 2004Hardy, C.R & Faden, R.B. 2004. Plowmanianthus, a new genus of Commelinaceae with five new species from tropical America. Systematic Botany 29(2): 316-333., Govaerts & Faden 2011Govaerts, R. & Faden, R. B. 2011. World checklist of Commelinaceae. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew.). Essa família é caracterizada por apresentar ervas anuais ou perenes, eretas a decumbentes, frequentemente suculentas, com raízes tuberosas, caule dividido em nós e entrenós, além de folhas simples alternas, dísticas ou espiraladas e bainha fechada (Faden 1998Faden, R.B. 1998. Commelinaceae. In: Flowering Plants· Monocotyledons. Springer, Berlin, Heidelberg, pp. 109-128.). As inflorescências são terminais ou axilares, compostas por cincinos agregados em tirsos ou flores solitárias, sésseis ou pediceladas actinomorfas ou zigomorfas e, geralmente, deliquescentes (Faden 1998Faden, R.B. 1998. Commelinaceae. In: Flowering Plants· Monocotyledons. Springer, Berlin, Heidelberg, pp. 109-128., Aona & Amaral 2009Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2009. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Commelinaceae. Boletim de Botânica, 27(2): 253-258., Aona 2015Aona, L.Y.S. 2015. Commelinaceae. In: Prata, A.N.N.P, Farias, M.C.V & Landim, M.F. (eds.). Flora de Sergipe. Aracajú. 2: 154-177.).

A família possui ampla distribuição principalmente nas regiões tropicais, subtropicais e temperadas (Faden 1998Faden, R.B. 1998. Commelinaceae. In: Flowering Plants· Monocotyledons. Springer, Berlin, Heidelberg, pp. 109-128., Hardy & Faden 2004Hardy, C.R & Faden, R.B. 2004. Plowmanianthus, a new genus of Commelinaceae with five new species from tropical America. Systematic Botany 29(2): 316-333.). A maior diversidade pode ser encontrada na África e Madagascar, onde são registradas quase metade dos gêneros e cerca de 40% das espécies (Faden 1983Faden, R. B. 1983. Phytogeography of African Commelinaceae. Bothalia14: 553-557.). A região neotropical é um importante centro de diversidade para a família, em destaque para o Brasil, reconhecido pela ampla diversidade do gênero Dichorisandra J.C.Mikan (Hardy 2001Hardy, C.R. 2001. Systematics of Cochliostema, Geogenanthus, and an undescribed genus in the spiderwort family, Commelinaceae. Cornell University., Aona 2008Aona, L.Y.S. 2008. Revisão taxonômica e análise cladística do gênero Dichorisandra J.C. MIKAN (Commelinaceae). Tese de Doutorado, Universidade de Campinas, Campinas.).

No Brasil, esta família está bem representada, podendo ser encontrada em todas as regiões do país e apresenta 115 espécies (58 endêmicas) distribuídas em 15 gêneros (Aona & Amaral 2020Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Dichorisandra. Dichorisandra in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6924 > (acesso em 25.II.2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). No Nordeste ocorrem 14 gêneros e 53 espécies, distribuídas principalmente no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica (Aona et al. 2020Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Commelina in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16909 > (acesso em 25.II.2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), região bastante ameaçada e que é considerada um hotspot da biodiversidade (Mittermeier et al. 2011Mittermeier R.A., Turner W.R., Larsen F.W., Brooks T.M., Gascon C. 2011. Global Biodiversity Conservation: The Critical Role of Hotspots. In: Zachos F., Habel J. (eds) Biodiversity Hotspots. Springer, Berlin, Heidelberg. ).

Estudos taxonômicos envolvendo Commelinaceae na região Nordeste ainda são incipientes e apresentam com destaque os estudos na Bahia (Aona et al. 2011Aona, L.Y.S., Faden, R.B. & Amaral, M.C.E. 2011. Five new species of Dichorisandra JC Mikan (Commelinaceae) from Bahia State, Brazil. Kew Bulletin 66 (4): 479-491.), Pernambuco (Barreto 2000Barreto, R.C. 2002. A família Commelinaceae R. Br. No estado de Pernambuco. In: Tabarelli, M & Silva, J.M.C. (eds.). Diagnóstico da Biodiversidade de Pernambuco. Recife, 319-329., Maciel & Alves 2009Alves, M., Araújo, M.F., Maciel, J.R. & Martins, S. 2009. Flora de Mirandiba. Recife, Associação Plantas do Nordeste.) e Sergipe (Aona 2015Aona, L.Y.S. 2015. Commelinaceae. In: Prata, A.N.N.P, Farias, M.C.V & Landim, M.F. (eds.). Flora de Sergipe. Aracajú. 2: 154-177.). A escassez de tratamentos taxonômicos da família pode estar relacionada com a dificuldade de estudar espécimes herborizados, pois suas flores são deliquescentes e, normalmente, o processo de herborização é danoso (Faden 1991). Além disso, a ausência desses estudos é uma das principais razões que dificultam conhecer a real diversidade da região, principalmente, para a Mata Atlântica pernambucana.

Assim, o objetivo deste trabalho foi contribuir para flora de Commelinaceae e ampliar o conhecimento de Commelinaceae no Estado de Pernambuco, especificamente nos fragmentos florestais da Usina São José, Igarassu, Brasil, dando continuidade à série de monografias florísticas na área.

Material e métodos

A Usina São José (USJ), localizada no litoral norte de Pernambuco (07°40’21,25” e 07°55’50, 92”S; 34°54’14,25” e 35°05’21,08”W), engloba uma área de 280 km2 , incluindo grande parte do município de Igarassu, bem como pequenas áreas dos municípios de Goiânia, Itaquitinga, Itapessuma, Abreu e Lima e Araçoiaba (Trindade et al. 2008Trindade, M.B., Lins-e-Silva, A.C.B., Silva, H.P., Figueira, S.B. & Schessl, M. 2008. Fragmentation of the northern coastal region of Pernambuco, Brazil: Recent changes and implications for conservation. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2: 5-13.). Sua paisagem é constituída por cerca de 100 fragmentos florestais de tamanhos variados, cercados por plantações de cana-de-açúcar (Buril et al. 2013Alves, M., Alves-Araújo, A., Amorim, B., Araújo, A., Araújo, D., Araújo, M.F., Buril, M.T., Costa-Lima, J., Garcia-Gonzalez, J., Gomes-Costa, G., Melo, A., Novaes, J., Oliveira, S., Pessoa, E., Pontes, T. & Rodrigues, J. 2013. Inventário de Angiospermas dos fragmentos de Mata Atlântica da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. In: Buril, M.T., Melo, A., Alves-Araújo, A. & Alves, M. (eds.). Plantas da Mata Atlântica: Guia de árvores e arbustos da Usina São José (Pernambuco). Editora Livro Rápido, Recife, pp. 133-158.). A vegetação é caracterizada como Floresta Estacional Semidecidual de Terras Baixas e possui significante diversidade de angiospermas com cerca de 830 espécies (Alves-Araújo et al. 2008Alves-Araújo A & Alves M. 2010. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Sapotaceae. Rodriguésia 61: 303-318, Melo et al. 2011Melo, A., Amorim, B.S., Souza, J.A.N., Pessoa, E., Mendonça, E., Chagas, M., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2011. Updated floristic inventory of the angiosperms of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco, Brazil. Revista Nordestina de Biologia 20: 3-26. , Alves et al. 2013). A região é caracterizada por um clima do tipo As' (Köppen 1936), quente e úmido, com média pluviométrica anual de 1.687 mm e temperatura em torno de 24,9 °C (dados da Usina São José de 1998 a 2006).

As coletas foram realizadas no período de janeiro a novembro de 2019. Os espécimes foram coletados e herborizados de acordo com Mori et al. (1983Mori, S.A., Mattos-Silva, L.A., Lisboa, G. & Coradin, L. 1989. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. Centro de Pesquisas do Cacau, Ilhéus.). O material coletado foi depositado no Herbário UFP e duplicatas foram enviadas aos herbários HURB, JPB e MAC (Thiers et al. continuamente atualizado). O tratamento taxonômico foi baseado em análise morfológica de espécimes coletados em campo e materiais depositados nos seguintes herbários: CEPEC, HURB, IPA, PEUFR e UFP (Thiers et al. continuamente atualizadoThiers, B. [continuously updated] Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden’s Virtual Herbarium. Disponível em Disponível em http://sweetgum.nybg.org/science/ih/ (acesso em 6-II-2021).
http://sweetgum.nybg.org/science/ih/...
). A análise morfológica foi conduzida em um estereomicroscópio a partir de espécimes conservados em etanol 70% e herborizados. A terminologia morfológica seguiu Harris & Harris (2001Harris, J. & Harris, M. 2001. Plant identification terminology: an illustrated glossary. 2° ed. Spring Lake Publishing, Payson.).

As identificações foram realizadas com o auxílio de bibliografia especializada (Faden 1998Faden, R.B. 1998. Commelinaceae. In: Flowering Plants· Monocotyledons. Springer, Berlin, Heidelberg, pp. 109-128., Barreto 1997Barreto, R.C. 1997. Levantamento das espécies de Commelinaceae R. Br. nativas do Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo., Aona 2008Aona, L.Y.S. 2008. Revisão taxonômica e análise cladística do gênero Dichorisandra J.C. MIKAN (Commelinaceae). Tese de Doutorado, Universidade de Campinas, Campinas., Aona 2015Aona, L.Y.S. 2015. Commelinaceae. In: Prata, A.N.N.P, Farias, M.C.V & Landim, M.F. (eds.). Flora de Sergipe. Aracajú. 2: 154-177., Hassemer 2018Hassemer, G. 2018. Taxonomic and geographic notes on the neotropical Commelina (Commelinaceae). Webbia 73(1): 23-53., 2019 Hassemer, G. 2019. Further advances to the nomenclatural, taxonomic and geographic knowledge of the New World Commelina (Commelinaceae): toward a continental treatment. Phytotaxa, 400(3): 89-122.). Este estudo segue a estrutura apresentada nas monografias previamente publicadas para a área de estudo (Alves-Araújo & Alves 2010Alves-Araújo A & Alves M. 2010. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Sapotaceae. Rodriguésia 61: 303-318, Melo et al. 2010Melo, A., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2010. Burmanniaceae e Gentianaceae da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. Rodriguésia 61: 431-440., Buril & Alves 2011Buril, M.T. & Alves, M. 2011. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Convolvulaceae. Rodriguésia 62(1): 93-105., Luna et al. 2016Luna, N.K.M., Pessoa, E. & Alves, M. 2016. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Zingiberales. Rodriguésia 67(1): 261-273., Gomes-Silva et al. 2018Gomes-Silva, F., Macedo, A.R., Pessoa, E. & Alves, M. 2018. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Chrysobalanaceae, Humiriaceae, Lacistemataceae e Trigoniaceae. Rodriguésia 69(4): 1799-1811., Macedo 2020Macedo, A., Alcântara, C. Pessoa, E. & Alves, M. 2020. Flora da Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil: Acanthaceae, Gesneriaceae e Loganiaceae. Hoehnea 47: 25-2019., entre outros).

Resultados e Discussão

Na Usina São José foram identificadas cinco espécies de Commelinaceae: Commelina benghalensis L., Commelina diffusa Burm.f., Commelina erecta L., Commelina rufipes Seub. e Dichorisandra procera Mart. ex Schult. As espécies C. benghalensis, C. erecta e C. diffusa ocorrem nas bordas dos fragmentos florestais, e C. rufipes e D. procera foram registradas no interior dos fragmentos.

Chave de identificação para espécies de Commelinaceae ocorrentes na Usina São José

1. Ervas maiores que 50 cm alt.; folhas alternas espiraladas, 4,5-10 cm larg., anteras deiscentes por 2 poros apicais ...................................................... 5. Dichorisandra procera

1. Ervas até 40 cm alt.; folhas alternas dísticas, 0,6-3 cm larg., anteras rimosas

2. Bainhas foliares com aurícula presente na junção com a lâmina foliar ....................................................................................................... 3. Commelina erecta

2. Bainhas foliares com aurícula ausente na junção com a lâmina foliar

3. Inflorescências em cimeiras inclusas; flores alvas; cápsulas alvas ...................................................................................................... 4. Commelina rufipes

3. Inflorescências em cimeiras exertas; flores azuladas; cápsulas acastanhadas

4. Brácteas espatáceas triangulares, agrupadas, ambas as faces pilosas, margem dorsal fusionada na base ..................................................... 1. Commelina benghalensis

4. Brácteas espatáceas cordiformes, solitárias, ambas as faces glabras, margem dorsal livre .................................................................................... 2. Commelina diffusa

1.Commelina benghalensis L., Sp. Pl., 1: 41. 1753.

Figura 1 a-b

Figura 1.
a-b. Commelina benghalensis L. a. ramo mostrando o formato das folhas e brácteas. b. detalhe da bainha com tricomas presentes na margem. c-d. Commelina diffusa Burm c. detalhe da bainha. d. detalhe da bráctea. e-f. Commelina erecta L. e. detalhe da bainha com a aurícula. f. detalhe da bráctea. Commelina rufipes Seub. g-h. g. ramo com detalhe do formato da folha e fruto. h. detalhe da bainha com tricomas. i-j. Dichorisandra procera Mart. ex Schult. i. flor aberta com detalhe dos estames, gineceu e pétalas. j. detalhe da deiscência por 2 poros das anteras (a-b. P.Y. Ojima 5; C A.M. Miranda 537; e-f. E. Pessoa & J.A.N. Souza 232; g-h. B.S. Amorim & A. Melo 1911; i-j. J.O. Costa et al. 4). Figure 1. a-b. Commelina benghalensis L. a. branch showing shape of the leaf and bracts. b. sheath detail with trichomes present on the sheath margin. c.d. Commelina diffusa Burm. c. detail of sheath. d. detail of the bract shape. e-f. Commelina erecta. e. detail of the sheath with an auricle. f. detail of bract. g-h Commelina rufipes Seub. g-h. g. branch with detail of leaf and fruit shape. h. sheath detail with trichomes. i-j. Dichorisandra procera Mart. ex Schult. i. open flower with detail of the stamens, gynecium and petals. j. detail of anther dehiscence by 2 pores (a-b. P.Y. Ojima 5; C A.M. Miranda 537; e-f. E. Pessoa & J.A.N. Souza 232; g-h. B.S. Amorim & A. Melo 1911; i-j. J.O. Costa et al. 4).

Ervas eretas 20-40 cm alt. Caules ramificados, hirsutos, estolões subterrâneos presentes. Folhas alterno-dísticas; subsésseis a pecioladas, pecíolo 3-6 mm compr.; bainhas foliares 1-1,5 × 0,6-1 cm, pilosas, margem hirsuta com tricomas ferrugíneos, aurícula ausente na junção com a lâmina foliar; lâminas 1-6 × 0,9-2,5 cm ovais, ambas as faces hirsutas, base assimétrica, ápice agudo, margem ciliada. Inflorescências em cimeiras exsertas, eretas, 2-4 flores; pedúnculos 0,2-0,6 cm compr., pilosos; brácteas espatáceas 1,2-1,5 × 0,8-1,2 cm, triangulares, agrupadas, ambas as faces vilosas, margens vilosas, margem dorsal fusionada na base. Flores cleistógamas em ramos subterrâneos; flores casmógamas pediceladas, pedicelo 0,8-1,5 cm compr.; sépala dorsal 1, 2-3 × 1-1,5 mm, ovais a lanceoladas, esverdeadas, ventrais 2, 2,2-5 × 2-5 mm, oblongas, hialinas; pétalas dorsais 2, ca. 2 × 4 mm, unguiculadas, azuladas, ventral 1, ca. 3,5-1,5 mm, azulada; estames laterais 2, filetes 4,2-5 mm compr., anteras 0,5-1 × 0,2-0,4 mm, elípticas, amareladas, estame central 1, 2,5-4,5 mm compr., filete 4-8 mm compr., antera 1,3-2 × 0,2-0,5 mm, sagitiforme, amarelada, estaminódios 3, anteródios ca. 0,2 × 0,9 mm, cruciformes, amarelos, filetes 3-8 mm compr.; ovário 1-1,5 × 0,5-0,8 mm, elipsoide, estilete 0,2-0,4 mm compr., estigma punctiforme. Cápsulas oblongas, 4-5 × 2-3 mm, acastanhadas e sementes não observadas.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 05-VI-2016, fl., P.Y. Ojima 5 (UFP); ibid., 06-V-2007, fl., P.Y. Ojima 21 (UFP); ibid., 23-V-2007, fl., A.A. Araújo et al. 291 (UFP); ibid., 15-V-2007, fl., J.S. Marques et al. 173 (IPA); ibid., 23-V-2007, fl., J.S. Marques et al. 82 (IPA).

Commelina benghalensis pode ser encontrada em todas as regiões do Brasil (Barreto 1997Barreto, R.C. 1997. Levantamento das espécies de Commelinaceae R. Br. nativas do Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo., Aona & Amaral 2020Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Dichorisandra. Dichorisandra in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6924 > (acesso em 25.II.2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Ocorre com frequência em áreas antropizadas. Na área de estudo, foi coletada na borda dos fragmentos. Espécie distinta das demais por possuir flores cleistogâmicas subterrâneas e casmógamas, folhas ovais e tricomas ferrugíneos presentes nas margens das bainhas.

2.Commelina diffusa Burm.f. Fl. Ind. (N. L. Burman): 18, 1768.

Figura 1 c-d

Ervas eretas, 30-40 cm alt., caules ramificados, glabros, estolões subterrâneos ausentes. Folhas alterno-dísticas; sésseis; bainhas foliares 1-2 × 0,2-0,5 cm compr., glabras, margem pilosa, aurícula ausente na junção com a lâmina foliar; lâminas 2-5 × 0,5-2 cm, lanceoladas, ambas as faces glabras, base arredondada, ápice acuminado, margem ciliada. Inflorescências em cimeiras exertas, eretas, 2-4 flores, pedúnculo 0,5-1,2 cm compr.; brácteas espatáceas 1-2,5 × 1-2 cm, cordiformes, solitária, glabras, margem hirsuta, margem dorsal livre. Flores pediceladas, pedicelo 1-2,5 cm compr.; sépalas dorsais 1, 3-3,5 × 1,5-2 mm, oblongas, hialinas, ventrais 2, 2-3 × 1-2,5 mm, oblongas; pétalas dorsais 2, 1-1,5 × 1-3 cm, unguiculadas, azuis, ventral 1, reduzida; estames laterais 2, filetes 0,2-1,2 cm compr., anteras 2,2-2,5 × 0,1-0,3 mm, elípticas, amareladas, estame central 1, filete 2-5 mm compr., antera 3-5 × 1-3 mm, sagitiforme, encurvada, amarelada, estaminódios 2, filetes 3-6 mm compr., anteródio 1, ca. 1×2 mm, cruciformes, amarelos; ovário 0,5-1 × 0,5-1 mm, oblongo, glabro, estilete 0,4-1 mm compr., estigma capitado. Cápsulas oblongas, 3-5 × 2-3 mm, acastanhadas. Sementes não observadas.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 18-XII-2009, fl., E. Pessoa & J.A.N. Souza 232 (IPA, UFP).

Commelina diffusa possui ampla distribuição no Brasil, ocorrendo em todas as regiões (Aona et al. 2020Aona, L.Y.S., Pelegrini, M.O. & Amaral, M.C.E. 2020. Commelinaceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB91 > (acesso em 25.II.2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na região de estudo, essa espécie foi coletada na borda do fragmento chave. Diferencia-se das demais, por possuir pedúnculo longo, brácteas cordiformes e solitárias, enquanto as demais espécies apresentam brácteas triangulares, agrupadas e pedúnculo curto (Aona 2015 Hassemer, G. 2019. Further advances to the nomenclatural, taxonomic and geographic knowledge of the New World Commelina (Commelinaceae): toward a continental treatment. Phytotaxa, 400(3): 89-122.). Commelina difusa assemelha-se a C. longicaulis Jacq. pelo tipo de bráctea espatácea cordiforme, com margem dorsal livre (Hassemer 2018Hassemer, G. 2018. Taxonomic and geographic notes on the neotropical Commelina (Commelinaceae). Webbia 73(1): 23-53.; Nampy et al. 2013Nampy, S., Joseph, SM., Manudev, KM. 2013. The genus Commelina (Commelinaceae) in. Andaman & Nicobar Islands, India with one new species and three new records. Phytotaxa. 87:19-29.). Commelina longicaulis foi recentemente restabelecida por Hassemer (2018Hassemer, G. 2018. Taxonomic and geographic notes on the neotropical Commelina (Commelinaceae). Webbia 73(1): 23-53.) com base em materiais herborizados e diferencia-se de C. diffusa, principalmente, por apresentar 2 estaminódios e anteródios amarelados (vs. 3 estaminódios e anteródios alvos em C. longicaulis).

3.Commelina erecta L. Sp. Pl. 1: 41. 1753.

Figura 1 e-f

Ervas decumbentes ou eretas, 10-30 cm alt., caules ramificados, glabros, estolões subterrâneos ausentes. Folhas alterno-dísticas; subsésseis ou pecioladas, pecíolos 0,2-0,3 cm compr.; bainhas foliares 1-3 × 0,2-0,3 cm compr., esparsamente pilosas, margens glabras a pilosas, acinzentadas, aurícula presente na junção com a lâmina foliar; lâminas 1,6-5 × 0,6-2 cm, lanceoladas, ambas as faces glabras, base assimétrica, ápice acuminado, margem glabra. Inflorescências em cimeiras inclusas, eretas, 2-4 flores, pedúnculos ca. 0,5 cm compr.; brácteas espatáceas triangulares 1-2,5 × 0,9-2 cm, agrupadas, glabras, margem dorsal fusionada na base. Flores pediceladas, pedicelos 1-4 cm compr.; sépala dorsal 1, 4-2 × 1,5-3 mm, ovais, hialinas, ventrais 2, 0,6-0,3 × 0,2-0,5 cm, obovais, hialinas; pétalas dorsais 2, 1-1,6 × 2-3 cm, unguiculadas, azuis, ventral 1, reduzida; estames laterais 2, filetes 0,5-1,3 cm compr., anteras 2-2,5 × 0,1-0,4 mm, elípticas, amareladas, estame central 1, filete 2-5 mm compr., antera 3-5 × 1-3 mm, sagitiforme, encurvada, amarelada, estaminódios 3, filetes 3-7 mm compr., anteródios ca. 1×3 mm, cruciformes, amarelos; ovário 0,8-1,2 × 0,5-1 mm, oblongo, glabro, estilete 0,5-1 mm compr., estigma capitado. Cápsulas oblongas, 3-5 × 2-3 mm, acastanhadas. Sementes não observadas.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 30-VII-992, fl., fr., C A.M. Miranda 537 (UFP).

Commelina erecta possui ampla distribuição principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo (Pellegrini & Forzza 2017Pellegrini, M.O.O & Forzza, R.C. 2017. Synopsis of Commelina L. (Commelinaceae) in the state of Rio de Janeiro, reveals a new white-flowered species endemic to Brazil. PhytoKeys 78: 59-81.). No Brasil podem ser encontradas em todas as regiões, em Pernambuco possui registro de coletas desde o domínio da Mata Atlântica até a Caatinga (Aona & Amaral 2020Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Dichorisandra. Dichorisandra in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6924 > (acesso em 25.II.2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Commelina erecta pode ser facilmente identificada por ser a única espécie a apresentar aurícula na junção com a lâmina foliar. No Brasil, é considerada planta infestante em pomares, lavouras e terrenos baldios (Lorenzi 2000Lorenzi, H. 2000. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas e parasitas e tóxicas. 3a ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa.).

4.Commelina rufipes Seub., Fl. bras., 3(1): 265, 1855.

Figura 1 g-h

Ervas eretas, 10-20 cm alt. Caules não ramificados, glabros, estolões subterrâneos ausentes. Folhas alterno-dísticas; bainhas foliares 1-0,5 × 0,3-1,2 cm., glabras ou tricomas ferrugíneos presentes na região oposta a inserção da folha, margens hirsutas, acastanhado; subsésseis a pecioladas, pecíolos 1-2 mm compr., hirsutos; lâminas 2-11 × 0,7-3 cm lanceoladas, ambas as faces glabras, base cuneada, ápice acuminado, margem glabra. Inflorescências em cimeiras inclusas, eretas, pedúnculos ca. 9 mm compr., glabros, brácteas espatáceas triangulares 2-1 cm compr., agrupadas, subsésseis, margem dorsal fusionada na base. Flores pediceladas, pedicelo 4-6 mm compr., flores não observadas. Cápsulas ovais a globosas, ca. 1-0,5 × 0,7-0,9 cm, alvas. Sementes 1-3 mm compr., elipsoides, acinzentadas.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, fr., 10-I-2008, A.A. Araújo 788 (UFP).

Material adicional: BRASIL. Pernambuco: Ipojuca, próximo ao engenho Amazonas, 24-I-2014, fr., B.S. Amorim & A. Melo 1911 (UFP); ibid., Lagoa dos Gatos, RPPN Pedra D`anta: Mata do Peru, 14-III-2011, fl., J.L. Viana 283 (UFP, JPB).

Commelina rufipes possui ampla distribuição na região Neotropical, ocorrendo do sul do México ao Paraguai (Hunt 1994Hunt, D.R. 1994. Commelinaceae. In: Davidse, G., Sousa-Sánchez, M. & Chater, A.O. (Eds.) Flora Mesoamericana. Vol. 6. Universidad Nacional Autónoma de México, Mexico City, pp. 157-173.). No Brasil, possui registros para regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e nos Domínios Fitogeográficos da Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (Aona & Amaral 2020Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Dichorisandra. Dichorisandra in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6924 > (acesso em 25.II.2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Coletada na área de estudo no interior da Mata de Piedade. Hassemer (2017Hassemer, G. 2017. Taxonomic and nomenclatural notes on neotropical Commelina (Commelinaceae), and an identification key for Brazil, Guyana, Paraguay, Suriname and Uruguay. Phytotaxa, 303: 101-117.) sinonimizou C. rufipes var. glabrata (D.R.Hunt) Faden & D.R.Hunt sob D. rufipes baseado na ampla variação do indumento e do tamanho da folha encontrados nessa espécie, reforçando que o indumento da bainha varia desde completamente glabras a completamente cobertas por indumento ferrugíneos, com caracteres intermediários entre esses dois extremos de variação morfológica. Diferencia-se das demais espécies, do gênero por possuir flores alvas, frutos alvos e brilhantes (Aona 2015).

5.Dichorisandra procera Mart. ex Schult. in Schultes & Schultes f., Syst. veg. 7 (2): 1187. 1830.

Figura 1 i-j; Figura 2 a-c

Figura 2.
Dichorisandra procera Mart. ex Schult. a. hábito. b. detalhe da flor. c. detalhe dos frutos (J.O. Costa et al. 4). Fotos: J.O. Costa. Figure 2. Dichorisandra procera Mart. ex Schult. a. habit. b. detail of flower. c. detail of fruits (J.O. Costa et al. 4). Photos: J.O. Costa.

Ervas eretas, robustas, 0,5-1,3 m alt. Caules não ramificados, glabros, crassos; raízes tuberosas presentes. Folhas alterno-espiraladas; bainha 1,5-3 cm compr., glabras, margens ciliadas, acastanhadas; pecíolos 1-3 compr., glabros ou raro tricomas dispersos; lâminas 10-30 × 6-10 cm, lanceoladas a oblongas, base atenuada, ápice acuminado, margem glabra. Inflorescências terminais, eretas, folhas basais não diferenciadas ou pouco menor que as demais, 3-6 × 0,5-1 cm; pedúnculo 2-4 cm compr.; cincinos 10-22, pedúnculos 2-3,2 cm compr., pilosos, cincinos congestos no ápice, ca. 3-4 flores; brácteas 1-3 × 0,2-0,5 cm, estreitamente lanceoladas a lineares triangulares, ambas as faces glabras, margem glabra a esparsamente ciliada, arroxeada; bractéolas 3-5 × 2-3 mm, face adaxial pilosa, face abaxial glabra, margem glabra a esparsamente ciliada, arroxeada. Flores pediceladas, pedicelos 0,1-0,5 cm compr.; sépalas 1-0,7 × 0,5-0,7 cm, elípticas a ovadas, glabras, arroxeadas; pétalas 0,8-1,4 × 0,6-1,2 cm, obovais, arroxeadas; estames 6, tamanhos variados, filetes 1-2 mm compr., anteras 3-5 mm compr., sagitadas, amareladas, 2 poros apicais; ovário 1-1,5 × 1-1,2 mm, globoso, glabro, estiletes 3-6 mm compr., estigma truncado. Cápsulas globosas, ca. 0,8-1,5 cm compr., glabras, esverdeadas a avermelhadas. Sementes 4-3 × 5-3 mm, elípticas a ovais, ca. 4/lóculo, arilo rugoso, alvo.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 02-III-2010, fl., fr., J.D. Garcia & E. Pessoa (UFP65100); ibid., VIII-2011, fl., fr., B.S. Amorim et al. 996 (UFP); ibid., 23-IV-2009, fl., fr., T. Pontes 168 (UFP); ibid., 21-VII-2009, fl., fr., J. R. Maciel et al. 543 (UFP IPA); ibid., 20-XII-2007 fl., fr., A.A. Araújo & A. Araújo 737 (UFP, IPA); ibid., 06-V-2019, fl., fr., J.O. Costa et al. 1 (UFP). ibid., 02-VII-2019 fl., fr., J.O. Costa et al. 2 (UFP); ibid., 02-VII-2019, fl., fr., J.O. Costa et al. 3 (UFP); ibid., 02-VI-2019 fl., fr, J.O. Costa et al. 4 (UFP) ibid., 02-VII-2019 fl., fr, J.O. Costa et al. 5 (UFP).

Dichorisandra procera possui ampla distribuição nas regiões sudeste e nordeste do Brasil, principalmente no Domínio da Mata Atlântica da região sudeste e nordeste (Aona & Amaral 2020Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Dichorisandra. Dichorisandra in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6924 > (acesso em 25.II.2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Espécie muito confundida com D. thyrsiflora, por possui semelhanças no hábito, coloração das flores, disposição dos estames e ausência de pilosidade nas folhas, mas difere por apresentar, difere por deiscência das anteras por dois poros apicais, enquanto D. thyrsiflora apresenta anteras com uma única abertura apical (Aona 2008). Na área de estudo, foi coletada no interior da mata, próximo a uma região alagada. Coletada com flores entre os meses de fevereiro a maio e com fruto de julho a novembro.

Agradecimentos

À Usina São José, pelo apoio logístico para as coletas. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da bolsa de pesquisa. Aos Curadores dos Herbários visitados. Ao Felipe Guedes, pela confecção das ilustrações; ao Everton Hilo de Sousa, pela confecção da Figura 2; à equipe do Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal/UFPE.

Literatura citada

  • Alves, M., Alves-Araújo, A., Amorim, B., Araújo, A., Araújo, D., Araújo, M.F., Buril, M.T., Costa-Lima, J., Garcia-Gonzalez, J., Gomes-Costa, G., Melo, A., Novaes, J., Oliveira, S., Pessoa, E., Pontes, T. & Rodrigues, J. 2013. Inventário de Angiospermas dos fragmentos de Mata Atlântica da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. In: Buril, M.T., Melo, A., Alves-Araújo, A. & Alves, M. (eds.). Plantas da Mata Atlântica: Guia de árvores e arbustos da Usina São José (Pernambuco). Editora Livro Rápido, Recife, pp. 133-158.
  • Alves-Araújo A & Alves M. 2010. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Sapotaceae. Rodriguésia 61: 303-318
  • Alves, M., Araújo, M.F., Maciel, J.R. & Martins, S. 2009. Flora de Mirandiba. Recife, Associação Plantas do Nordeste.
  • Aona, L.Y.S. 2008. Revisão taxonômica e análise cladística do gênero Dichorisandra J.C. MIKAN (Commelinaceae). Tese de Doutorado, Universidade de Campinas, Campinas.
  • Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2009. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Commelinaceae. Boletim de Botânica, 27(2): 253-258.
  • Aona, L.Y.S. 2015. Commelinaceae. In: Prata, A.N.N.P, Farias, M.C.V & Landim, M.F. (eds.). Flora de Sergipe. Aracajú. 2: 154-177.
  • Aona, L.Y.S., Faden, R.B., Bittrich, V. & Amaral, M.C.E. 2016. Four new species of Dichorisandra (Commelinaceae) endemic from Bahia State, Brazil. Brittonia 68(1): 61-73.
  • Aona, L.Y.S., Faden, R.B. & Amaral, M.C.E. 2011. Five new species of Dichorisandra JC Mikan (Commelinaceae) from Bahia State, Brazil. Kew Bulletin 66 (4): 479-491.
  • Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Commelina in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16909 > (acesso em 25.II.2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16909
  • Aona, L.Y.S & Amaral, M.C.E. 2020. Dichorisandra Dichorisandra in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6924 > (acesso em 25.II.2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6924
  • Aona, L.Y.S., Pelegrini, M.O. & Amaral, M.C.E. 2020. Commelinaceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB91 > (acesso em 25.II.2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB91
  • APG IV. 2016. The Angiosperm Phylogeny Group An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20.
  • Barreto, R.C. 2002. A família Commelinaceae R. Br. No estado de Pernambuco. In: Tabarelli, M & Silva, J.M.C. (eds.). Diagnóstico da Biodiversidade de Pernambuco. Recife, 319-329.
  • Barreto, R.C. 1997. Levantamento das espécies de Commelinaceae R. Br. nativas do Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Buril, M.T. & Alves, M. 2011. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Convolvulaceae. Rodriguésia 62(1): 93-105.
  • Chagas, M., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2011. Updated floristic inventory of the angiosperms of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco, Brazil. Revista Nordestina de Biologia 20: 03-26.
  • Faden, R. B. 1983. Phytogeography of African Commelinaceae. Bothalia14: 553-557.
  • Faden, R.B. 1998. Commelinaceae. In: Flowering Plants· Monocotyledons. Springer, Berlin, Heidelberg, pp. 109-128.
  • Govaerts, R. & Faden, R. B. 2011. World checklist of Commelinaceae. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew.
  • Gomes-Silva, F., Macedo, A.R., Pessoa, E. & Alves, M. 2018. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Chrysobalanaceae, Humiriaceae, Lacistemataceae e Trigoniaceae. Rodriguésia 69(4): 1799-1811.
  • Harris, J. & Harris, M. 2001. Plant identification terminology: an illustrated glossary. 2° ed. Spring Lake Publishing, Payson.
  • Hardy, C.R & Faden, R.B. 2004. Plowmanianthus, a new genus of Commelinaceae with five new species from tropical America. Systematic Botany 29(2): 316-333.
  • Hardy, C.R. 2001. Systematics of Cochliostema, Geogenanthus, and an undescribed genus in the spiderwort family, Commelinaceae. Cornell University.
  • Hassemer, G. 2017. Taxonomic and nomenclatural notes on neotropical Commelina (Commelinaceae), and an identification key for Brazil, Guyana, Paraguay, Suriname and Uruguay. Phytotaxa, 303: 101-117.
  • Hassemer, G. 2018. Taxonomic and geographic notes on the neotropical Commelina (Commelinaceae). Webbia 73(1): 23-53.
  • Hassemer, G. 2019. Further advances to the nomenclatural, taxonomic and geographic knowledge of the New World Commelina (Commelinaceae): toward a continental treatment. Phytotaxa, 400(3): 89-122.
  • Hunt, D.R. 1994. Commelinaceae. In: Davidse, G., Sousa-Sánchez, M. & Chater, A.O. (Eds.) Flora Mesoamericana. Vol. 6. Universidad Nacional Autónoma de México, Mexico City, pp. 157-173.
  • Lorenzi, H. 2000. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas e parasitas e tóxicas. 3a ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa.
  • Luna, N.K.M., Pessoa, E. & Alves, M. 2016. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Zingiberales. Rodriguésia 67(1): 261-273.
  • Macedo, A., Alcântara, C. Pessoa, E. & Alves, M. 2020. Flora da Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil: Acanthaceae, Gesneriaceae e Loganiaceae. Hoehnea 47: 25-2019.
  • Melo, A., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2010. Burmanniaceae e Gentianaceae da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. Rodriguésia 61: 431-440.
  • Melo, A., Amorim, B.S., Souza, J.A.N., Pessoa, E., Mendonça, E., Chagas, M., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2011. Updated floristic inventory of the angiosperms of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco, Brazil. Revista Nordestina de Biologia 20: 3-26.
  • Mittermeier R.A., Turner W.R., Larsen F.W., Brooks T.M., Gascon C. 2011. Global Biodiversity Conservation: The Critical Role of Hotspots. In: Zachos F., Habel J. (eds) Biodiversity Hotspots. Springer, Berlin, Heidelberg.
  • Mori, S.A., Mattos-Silva, L.A., Lisboa, G. & Coradin, L. 1989. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. Centro de Pesquisas do Cacau, Ilhéus.
  • Nampy, S., Joseph, SM., Manudev, KM. 2013. The genus Commelina (Commelinaceae) in. Andaman & Nicobar Islands, India with one new species and three new records. Phytotaxa. 87:19-29.
  • Pellegrini, M.O.O & Forzza, R.C. 2017. Synopsis of Commelina L. (Commelinaceae) in the state of Rio de Janeiro, reveals a new white-flowered species endemic to Brazil. PhytoKeys 78: 59-81.
  • Thiers, B. [continuously updated] Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden’s Virtual Herbarium. Disponível em Disponível em http://sweetgum.nybg.org/science/ih/ (acesso em 6-II-2021).
    » http://sweetgum.nybg.org/science/ih/
  • Trindade, M.B., Lins-e-Silva, A.C.B., Silva, H.P., Figueira, S.B. & Schessl, M. 2008. Fragmentation of the northern coastal region of Pernambuco, Brazil: Recent changes and implications for conservation. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2: 5-13.
  • 1
    Parte do trabalho de Dissertação de Mestrado da primeira Autora

Editado por

Editor Associado:

Renata Sebastiani

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Nov 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com