Acessibilidade / Reportar erro

Novas ocorrências de Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. (Sematophyllaceae, Bryophyta) no Brasil¹

New records of Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. (Sematophyllaceae, Bryophyta) in Brazil

RESUMO

Durante a revisão de espécies da família Sematophyllaceae depositadas em herbários nacionais foi possível ampliar o registro de ocorrência de Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. no Brasil. Atualmente a ocorrência confirmada da espécie se limita aos Estados da Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, embora seja citada apenas o Estado da Bahia no Flora e Funga do Brasil 2022. Com este trabalho, a espécie teve seu registro confirmado também para os estados de Minas Gerais e Pernambuco.

Palavras-chave:
Floresta Ombrófila; Hypnales; musgos; novas ocorrências

ABSTRACT

During the review of species of the Sematophyllaceae family deposited in national herbaria, it was possible to expand the occurrence record of Meiothecium boyanum (Müll.Hal.) Mitt. in Brazil. Currently, the confirmed occurrence of the species is limited to the States of Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul and São Paulo, although only the State of Bahia is mentioned in Flora e Funga do Brasil 2022. With this work, the species had its record confirmed for Minas Gerais and Pernambuco States.

Keywords:
Hypnales; mosses; new occurrences; Ombrophilous Forest

Introdução

O conhecimento da riqueza e distribuição das espécies de Briófitas no Brasil tem crescido consideravelmente dado número de contribuições desenvolvidas nos últimos anos. Muitas dessas informações são resultantes, principalmente de estudos florísticos e taxonômicos que tem proporcionado vários novos registros para a brioflora brasileira em escala regional e nacional (e.g. Evangelista et al. 2019Evangelista, M.S, Valente, E.B., Bastos, C.J.P. & Vilas Bôas-Bastos, S.B. 2019. Musgos (Bryophyta) da Estação Ecológica Wenceslau Guimarães, Estado da Bahia, Brasil. Hoehnea 46(4): 1-17.; Evangelista et al. 2021Evangelista, M.S, Valente, E.B., Câmara, P.E.A.S., Souza, A.M. & Cerqueira, A.H.G. 2021. Família Sematophyllaceae sensu stricto Broth. no estado da Bahia. Pesquisas, Botânica 75: 251-273. ; Nascimento et al. 2019Nascimento, G.M.G., Conceição, G.M., Peralta, D.F. & Oliveira, H.C. 2019. Bryophytes of Serra da Capivara National Park, Piauí, Brazil. Check List 15(5): 833-845.; Bordin et al. 2020Bordin, J., Dewes, T.S., Peralta, D.F., Ferri, M. & Rosa, B.R. 2020. New occurrences of bryophytes species in Southern Brazil: bryodiversity still scarcely known. Check List 16(4): 915-926.; Peralta 2020Peralta, D.F. 2020. The genus Andrea Hedw. (Andreaceae, Bryophyta) in Brazil. Phytotaxa 451(2): 169-174.; Dewes et al. 2021Dewes, T.S., Peralta, D.F. & Bordin, J. 2021. Briófitas do Parque Estadual de Itapeva, Torres, Rio Grande do Sul. Hoehnea 48: 1-13.; Koga & Peralta 2021Koga, M. & Peralta, D.F. 2021. Bryophytes of Rio Turvo State Park (SP), Brazil: integrating floristics, geographical distribution, reproduction and ecological traits to support the conservation of an Atlantic Forest fragment. Acta Botanica Brasilica 35(3): 389-417.). A ampliação no registro de ocorrência de espécies preenche importantes lacunas, principalmente daquelas espécies pouco estudadas e com ocorrência restrita. Fornecem informações para estudos futuros relacionados com diversidade, ecologia e biologia da conservação (Bordin et al. 2020Bordin, J., Dewes, T.S., Peralta, D.F., Ferri, M. & Rosa, B.R. 2020. New occurrences of bryophytes species in Southern Brazil: bryodiversity still scarcely known. Check List 16(4): 915-926.).

Atrelado aos trabalhos supracitados, o projeto Flora e Funga do Brasil tem proporcionado contribuições para o conhecimento da distribuição das espécies de Briófitas. Nessa perspectiva, cabe mencionar as recentes contribuições para a família Sematophyllaceae realizadas por Câmara & Carvalho-Silva (2022Câmara, P.E. & Carvalho-Silva, M. 2022. Sematophyllaceae in Flora e Funga Brasil 2022. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603992 > (acesso em 04-III-2022).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Dentre as espécies de Sematophyllaceae, Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. apresenta ocorrência confirmada no Brasil apenas para o Estado da Bahia (Câmara & Carvalho-Silva 2022Câmara, P.E. & Carvalho-Silva, M. 2022. Sematophyllaceae in Flora e Funga Brasil 2022. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603992 > (acesso em 04-III-2022).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), embora tenha sido citada para os estados do Amapá, Distrito Federal, Goiás, Pará e Rio de Janeiro (e.g. Costa et al 2011Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-Ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T.S., Vaz-Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.; Yano 2011Yano, O. 2011. Catálogo de musgos brasileiros: literatura original, basiônimo, localidade tipo e distribuição geográfica. 1ª ed. Instituto de Botânica, São Paulo. ).

Meiothecium Mitt. é um gênero Pantropical, com aproximadamente 30 espécies (Gradstein et al. 2001Gradstein, S.R.; Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes to Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.). Para a região Neotropical, apenas duas espécies são reconhecidas: M. boryanum (Müll.Hal.) Mitt. e M. revolubile Mitt. Destas, apenas M. boryanum possui ocorrência confirmada para o Brasil (Gradstein et al. 2001Gradstein, S.R.; Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes to Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.; Câmara & Carvalho-Silva 2022Câmara, P.E. & Carvalho-Silva, M. 2022. Sematophyllaceae in Flora e Funga Brasil 2022. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603992 > (acesso em 04-III-2022).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Embora este gênero tenha uma distribuição relativamente ampla na América do Sul tropical, algumas espécies são raras e infrequentes (Churchill et al. 2020Churchill, S.P., Aldana, C.M., Opisso, J. & Morales, T. 2020. Familias y Géneros de los Musgos de los Andes Tropicales. Missouri Botanical Garden: 400-413.). O gênero é diferenciado das demais espécies ocorrentes no país principalmente pelas características do esporófito. Apresenta peristômio simples com dentes longos, hialinos, estreitos, espaçados e papilosos (Görts-van-Rijin 1996Görts-van Rijn, A.R.A. 1996. Flora of the Guianas. Series C: Bryophytes. Musci III. The Royal Botanic Gardens, Kew, p. 363-489. ; Buck 1998Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous mosses of the West Indies. Memoirs of the New York Botanical Garden 1: 1-401.; Tan et al. 2011Tan, B.C., Koponen, T. & Norris, D.H. 2011. Bryophyte flora of the Houn Peninsula, Paua New Guinea. LXXIII. Sematophyllaceae (Musci) 2. Brotherella, Clastobeyum, Clastobryopsis, Heterophyllium, Isocladiella, Isocladiellopsis, Meiotheciella, Meiothecium, Papillidiop´sis, Rhaphidostichum and Wijkia. Acta Bryolichenologia Asiatica 4: 1-59.).

Este trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento da distribuição de M. boryanum no país e auxiliar no processo de identificação, para isso são fornecidos descrição morfológica, fotomicrografias e mapa de distribuição geográfica.

Material e Métodos

Foram analisadas exsicatas dos seguintes herbários: ALCB, ASE, CEPLAC, HABIT, HUEFS, HUFP, HUNEB, MBM, PACA, R e UB. Também foram analisados tipos nomenclaturais das coleções de BM, NY, J, PACA e PC. Para a sua correta identificação foram consultadas obras disponíveis na literatura (e.g. Sharp et al. 1994Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P.M. 1994. The moss flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69: 1-1113.; Buck 1998Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous mosses of the West Indies. Memoirs of the New York Botanical Garden 1: 1-401.) e consultas à especialistas. O material foi analisado no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) e no Laboratório de Criptógamas da Universidade de Brasília (UB).

Resultados e Discussões

O registro de ocorrência da espécie Meiothecium boryanum foi ampliado devido aos esforços amostrais para identificar espécies brasileiras da família Sematophyllaceae especialmente aquelas pertencentes aos gêneros Aptychopsis (Broth.) M. Fleisch. e Jirivanaea U.B. Deshmukh & Rathor.

Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt., J. Linn. Soc., Bot. 12: 469. 1869. ≡ Neckera boryana Müll.Hal., Syn. Musc. Frond. 2: 75. 1850. ≡ Pterogoniella boryana (Müll.Hal.) A. Jaeger, Ber. Thätigk. St. Gallischen Naturwiss. Ges. 1875-76: 207. 1877, comb. Illeg. A. Jaeger ex Paris, Index Bryol. 1046. 1894. Tipo: Patria. Domingo, Suriname, Cristoph Weigelt s.n. in trunc, BM (foto!) [https://plants.jstor.org/stable/10.5555/al.ap.specimen.bm000964218].

Ilustrações e descrições adicionais Sharp et al. (1994Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P.M. 1994. The moss flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69: 1-1113.) e Buck (1998Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous mosses of the West Indies. Memoirs of the New York Botanical Garden 1: 1-401.)

Figura 1

Figura 1.
Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. a. Filídio. b. Variação do ápice dos filídios. c-d. Detalhe da base dos filídios. e. Células medianas. f. Células apicais. g. Células exosteciais. h. Dentes do peristômio. Figure 1. Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. a. Leaf. b. Variation of the leaves apex. c-d. Leaves base. e. Mediam cells. f. Apex Cells. g. Exosthecial cells. h. Peristome teeth.

Gametófitos diminutos, amarelados a esverdeados; caulídios rastejantes a ereto ascendentes, irregularmente ramificados; filídios imbricados, oblongo a oblongo-lanceolados, 0.8 - 1.6 × 0.24 - 0.85 mm, côncavos ou planos; margem lisa, involuta; ápice agudo; costa ausente; células da lâmina lineares a linear-flexuosas próximo à inserção no caulídio, e romboidais a curto romboidais em direção ao ápice, papilas ausentes; células alares eretas, amarelas, curto-oblongas a oblongas; células supra alares quadráticas a curto-quadráticas, em 2 - 3 fileiras, amarelas ou hialinas. Seta ereta, 3 - 5 mm, castanha, lisa; cápsula ereta a levemente inclinada, cilíndrica, 0.9 -1.1 mm; opérculo não visualizado; células exosteciais retangular a quadráticas; peristômio simples; exostômio linear, espaçado, bordo ausente, sem trabéculas no dorso, papiloso, linha mediana em zigue-zague.

Material examinado: Brasil, Bahia, Ilhéus, Parque Zoobotânico, 50 m elev., 15/VII/1991, D.M. Vital & W.R. Buck 20149 (CEPLAC); idem, Igrapiúna, Reserva Ecológica da Michelin, Fragmento Pancada Grande, 383 m elev., 04/IV/2010, H.C. Oliveira 1737 (ALCB); Goiás, Alto Paraíso de Goiás, Mata de galeria, 960 m elev.,12/XII/2011, P.E.A.S. Câmara et al. 2870 (UB); Minas Gerais, Senhora do Carmo, Serra dos Alves, 1100 m elev., 23/VII/2011, P.E.A.S. Câmara et al. 2490 (UB); Pernambuco, Bituri Grande, Mata da Rita, Brejo da Madre de Deus, 13/XI/1991, J.A. Valdevino s.n. (HUFP 9176); Rio de Janeiro, Itatiaia, Parque Nacional do Itatiaia, 01/XI/2016, P.E.A.S. Câmara et al. 2490 (UB).

Distribuição conhecida: BA, GO, MG, PE, RJ, RS e SP.

É uma espécie que pode ser facilmente reconhecida pelas características do esporófito representado pelo exostômio com dentes estreitos, reduzidos, hialinos e quando secos enrolados para o interior da cápsula (Evangelista et al. 2021Evangelista, M.S, Valente, E.B., Câmara, P.E.A.S., Souza, A.M. & Cerqueira, A.H.G. 2021. Família Sematophyllaceae sensu stricto Broth. no estado da Bahia. Pesquisas, Botânica 75: 251-273. ). Na ausência do esporófito, algumas características do gametófito podem ser utilizadas para a diagnose precisa, como o formato dos filídios oblongo a oblongo-lanceolados, margem involuta e a orientação transversal das células laminares próximo à base (Evangelista et al. 2021Evangelista, M.S, Valente, E.B., Câmara, P.E.A.S., Souza, A.M. & Cerqueira, A.H.G. 2021. Família Sematophyllaceae sensu stricto Broth. no estado da Bahia. Pesquisas, Botânica 75: 251-273. ).

De acordo com Costa et al. (2011Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-Ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T.S., Vaz-Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.) M. boryanum apresentava ocorrência para os estados do AM, PA e RJ. Recentemente Câmara & Carvalho-Silva (2022Câmara, P.E. & Carvalho-Silva, M. 2022. Sematophyllaceae in Flora e Funga Brasil 2022. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603992 > (acesso em 04-III-2022).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
) reconheceram a ocorrência de Meiothecium boryanum apenas para o Estado da Bahia em área de Floresta Ombrófila. Durante as análises foi possível conferir algumas exsicatas identificadas previamente como M. boryanum que correspondem a Brittonodoxa subpinnata (Brid.) W.R. Buck, P.E.A.S. Câmara & Carv.-Silva ou Donnellia commutata (Müll.Hal.) W.R. Buck.

As ocorrências de M. boryanum no país são confirmadas com base em materiais analisados e confirmadas com dados disponíveis na literatura. Para além dos materiais analisados, a ocorrência de M. boryanum para o Rio Grande do Sul é para uma área de Mata Atlântica, na Serra Gaúcha, à 780 m alt. (Yano & Bordin 2017Yano, O. & Bordin, J. 2017. Ampliação do conhecimento sobre a distribuição geográfica de espécies de Briófitas no Brasil. Boletim de la Sociedad Argentina de Botánica 52(2): 383-392.). Já para o Estado de São Paulo sua primeira ocorrência foi reconhecida por Yano & Peralta (2008Yano, O. & Peralta, D.F. 2008. Briófitas da Ilhabela, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 35(1): 111-121.) em uma região formada predominantemente por Mata Atlântica com áreas antropizadas e afloramentos rochosos.

Apresenta ocorrência em formações submontanas e de terras baixas crescendo preferencialmente em material vegetal em decomposição (Gradstein et al. 2001Gradstein, S.R.; Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes to Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.). Com esse trabalho, a espécie teve seu registro de ocorrência ampliado para os Estados de Minas Gerais e Pernambuco em áreas de floresta ombrófila (figura 2). Dada as áreas de ocorrência confirmadas, supõe-se que a espécie possa ser encontrada preferencialmente ao longo da costa brasileira nos fragmentos de Floresta Atlântica, apesar de ocorrer no Cerrado em formações vegetacionais de altitude.

Figura 2.
Distribuição geográfica de Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. no Brasil. Os Estados em destaque cinza representam as novas ocorrências. Figure 2. Geographic distribution of Meiothecium boryanum (Müll.Hal.) Mitt. in Brazil. Gray highlighted states represent new occurrences.

Os registros de M. boryanum no Cerrado e Mata Atlântica podem ser justificados dado ao histórico de conexões entre as formações vegetais e a existência de relictos florestais (Rizini 1963Rizzini, C.T. 1963. Nota prévia sobre a divisão fitogeográfica do Brasil. Revista Brasileira de Geografia 25(1): 1-64. ; Oliveira-Filho & Rather 1995Oliveira-Filho, A.T. & Ratter, J.A. 1995. A study of the origin of Central Brazilian forests by the analysis of plant species distribution patterns. Edinburg Journal of Botany 52(2): 41-194. ). Esses novos dados refletem a importância dos estudos taxonômicos, tendo em vista a análise das coleções brasileiras, especialmente aquelas sem identificação específica, para ampliar o conhecimento da biodiversidade brasileira. As novas ocorrências para M. boryanum preenchem lacunas do conhecimento e refletem na sua diversidade no país.

Agradecimentos

A autora agradece à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela Bolsa de Doutorado; ao Programa de Pós-graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana, pelo suporte logístico; ao Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS), pelas solicitações de empréstimo; e aos demais Herbários, pelo envio dos materiais e suporte durante as visitas.

Literatura citada

  • Bordin, J., Dewes, T.S., Peralta, D.F., Ferri, M. & Rosa, B.R. 2020. New occurrences of bryophytes species in Southern Brazil: bryodiversity still scarcely known. Check List 16(4): 915-926.
  • Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous mosses of the West Indies. Memoirs of the New York Botanical Garden 1: 1-401.
  • Câmara, P.E. & Carvalho-Silva, M. 2022. Sematophyllaceae in Flora e Funga Brasil 2022. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603992 > (acesso em 04-III-2022).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603992
  • Churchill, S.P., Aldana, C.M., Opisso, J. & Morales, T. 2020. Familias y Géneros de los Musgos de los Andes Tropicales. Missouri Botanical Garden: 400-413.
  • Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-Ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Siviero, T.S., Vaz-Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. 2011. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia 93: 277-334.
  • Gradstein, S.R.; Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 2001. Guide to the Bryophytes to Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-577.
  • Görts-van Rijn, A.R.A. 1996. Flora of the Guianas. Series C: Bryophytes. Musci III. The Royal Botanic Gardens, Kew, p. 363-489.
  • Dewes, T.S., Peralta, D.F. & Bordin, J. 2021. Briófitas do Parque Estadual de Itapeva, Torres, Rio Grande do Sul. Hoehnea 48: 1-13.
  • Evangelista, M.S, Valente, E.B., Bastos, C.J.P. & Vilas Bôas-Bastos, S.B. 2019. Musgos (Bryophyta) da Estação Ecológica Wenceslau Guimarães, Estado da Bahia, Brasil. Hoehnea 46(4): 1-17.
  • Evangelista, M.S, Valente, E.B., Câmara, P.E.A.S., Souza, A.M. & Cerqueira, A.H.G. 2021. Família Sematophyllaceae sensu stricto Broth. no estado da Bahia. Pesquisas, Botânica 75: 251-273.
  • Koga, M. & Peralta, D.F. 2021. Bryophytes of Rio Turvo State Park (SP), Brazil: integrating floristics, geographical distribution, reproduction and ecological traits to support the conservation of an Atlantic Forest fragment. Acta Botanica Brasilica 35(3): 389-417.
  • Nascimento, G.M.G., Conceição, G.M., Peralta, D.F. & Oliveira, H.C. 2019. Bryophytes of Serra da Capivara National Park, Piauí, Brazil. Check List 15(5): 833-845.
  • Oliveira-Filho, A.T. & Ratter, J.A. 1995. A study of the origin of Central Brazilian forests by the analysis of plant species distribution patterns. Edinburg Journal of Botany 52(2): 41-194.
  • Peralta, D.F. 2020. The genus Andrea Hedw. (Andreaceae, Bryophyta) in Brazil. Phytotaxa 451(2): 169-174.
  • Rizzini, C.T. 1963. Nota prévia sobre a divisão fitogeográfica do Brasil. Revista Brasileira de Geografia 25(1): 1-64.
  • Sharp, A.J., Crum, H. & Eckel, P.M. 1994. The moss flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69: 1-1113.
  • Tan, B.C., Koponen, T. & Norris, D.H. 2011. Bryophyte flora of the Houn Peninsula, Paua New Guinea. LXXIII. Sematophyllaceae (Musci) 2. Brotherella, Clastobeyum, Clastobryopsis, Heterophyllium, Isocladiella, Isocladiellopsis, Meiotheciella, Meiothecium, Papillidiop´sis, Rhaphidostichum and Wijkia Acta Bryolichenologia Asiatica 4: 1-59.
  • Yano, O. 2011. Catálogo de musgos brasileiros: literatura original, basiônimo, localidade tipo e distribuição geográfica. 1ª ed. Instituto de Botânica, São Paulo.
  • Yano, O. & Bordin, J. 2017. Ampliação do conhecimento sobre a distribuição geográfica de espécies de Briófitas no Brasil. Boletim de la Sociedad Argentina de Botánica 52(2): 383-392.
  • Yano, O. & Peralta, D.F. 2008. Briófitas da Ilhabela, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 35(1): 111-121.
  • 2
    1. Parte da Tese de Doutorado da primeira Autora

Editado por

Editor Associado:

Diego Vasquez

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Nov 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    05 Mar 2022
  • Aceito
    16 Jul 2022
Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com