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O trabalho compulsório indígena no Grão-Pará: abrangência, conflitos e resistências entre o fim do Antigo Regime português e o início do Estado Nacional brasileiro (1821-31)* * Agradeço aos meus orientandos Samuel Rocha Ferreira, Bruna Valença Mallorga, Evelyn Ariane Lauro e Amanda Aparecida Silva de Carvalho pela indicação de alguns documentos aqui citados.

The indigenous forced labor in the province of Pará: scope, conflicts and resistance between the end of Portuguese Ancien Régime and the beginning of the Brazilian National State (1821-31)

RESUMO

O objetivo é discutir o trabalho compulsório indígena no Pará entre 1821 e 1831. Ressaltamos a importância e a total dependência na província dessa mão de obra, impulsionando vários conflitos entre as autoridades pelo controle desses homens. Ao mesmo tempo, trazemos o protagonismo indígena para o centro das ações, ressaltando que estes não estiveram alheios ao debate político da época. Nessa direção, mostramos que, no primeiro período desse artigo, entre 1821 e 1825, há uma intensa apropriação do debate liberal pelos indígenas para a sua recusa ao trabalho compulsório, estando ao mesmo tempo envolvidos em conflitos armados de grandes dimensões. A segunda parte mostra como após 1825 continua a exploração compulsória desses braços, a despeito da forte contestação do período anterior. Busca-se compreender as permanências e mudanças nas formas de resistência dos indígenas até 1831, quando se põe fim ao principal mecanismo de recrutamento dessa mão de obra.

Palavras-chave:
Brasil Império; trabalho compulsório; indígenas

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