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Dissertações em Antropologia defendidas na Univesidade Federal do Rio Grande do Sul de Julho a Novembro de 2000

NOTICIÁRIO

Dissertações em Antropologia defendidas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul de julho a novembro de 2000

BENEDETTI, Marcos Renato

Orientadora: Ondina Fachel Leal

Toda Feita: O Corpo e o Gênero das Travestis.

Este trabalho trata dos processos de transformação do gênero executados pelas travestis que se prostituem em Porto Alegre, Brasil. Procurou-se compreender, a partir das práticas de modificação e transformação das formas do corpo, as dinâmicas da construção do feminino neste grupo. Também analisou-se as relações entre travestis e seus maridos, seus clientes da prostituição e outras travestis, para melhor compreender os processos de aprendizado do gênero, que conforma seus gestos, suas posturas, suas sexualidades, suas relações, seus pensamentos e suas idéias. Entre as travestis, os valores do masculino e do feminino são construídos no e pelo corpo; elas constituem um caso paradigmático para análise das dinâmicas sociais de produção do gênero , por demonstrarem os conteúdos culturais deste processo.

PACHECO, Janie Kiszewski

Orientadora: Ondina Fachel Leal

Adoecer e Tratar-se: os percursos de cura em São José dos Ausentes/RS.

Esta dissertação procura, através do método etnográfico, analisar os percursos de cura existentes em São José dos Ausentes, uma pequena cidade no interior do Estado do Rio Grande do Sul. O foco deste trabalho são as relações estabelecidas entre os moradores e os agentes de cura locais, a partir das percepções nativas acerca do corpo, da doença e da saúde. Buscou-se também analisar as relações e as possíveis tensões entre esses agentes de cura.

ALTMANN, Lori

Orientador: Oscar Agüero

Maittaccadsama - Categorias de espaço e tempo como referenciais para a construção de identidade Kulina (Madija).

A presente dissertação trata do povo indígena Kulina, que se auto-denomina madija, e que vive na Amazônia Ocidental, entre os vales dos rios Purus e Juruá. Através de uma abordagem etnográfica, baseada na língua nativa e seus aspectos semânticos, busca apreender a concepção kulina a respeito de espaço e tempo, entendidos como categorias do pensamento humano. Parte da narrativa de sua história recente marcada pelo confronto com a frente extrativista da borracha e do caucho na região. Explicita, através da interpretação de narrativas e mitos, como as categorias de espaço e tempo kulina, cultural e historicamente informadas, expressam uma cosmovisão específica, que sofre uma ruptura a partir da penetração da empresa seringalista em seus territórios. Expõe como a identidade dos antepassados do povo kulina, centrada no sistema de manaco, instituição básica de sua cultura e referenciada ao centro da mata, passa por uma transformação como povo que vive hoje entre a floresta e o rio, na contradição que se estabeleceu entre o sistema de reciprocidade e o sistema hegemônico da sociedade dominante. A mudança para a margem do rio e para a marginalização social provocou uma ruptura na cosmovisão tradicional, levando à construção de uma nova identidade a partir de uma temporalidade e de uma espacialidade transformadas.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Nov 2010
  • Data do Fascículo
    Nov 2000
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