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Construção e validação de cartilha educativa sobre exercícios pélvicos fundamentais para mulheres com incontinência urinária

Construcción y validación de un folleto educativo sobre ejercicios pélvicos esenciales a mujeres con incontinencia urinaria

RESUMO

A incontinência urinária feminina é uma condição multifatorial caracterizada pela perda involuntária de urina. Para seu manejo, é necessário o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. Logo, a orientação por meio de material educativo disponível é uma ferramenta essencial para facilitar a transmissão do conteúdo e a adesão da população. Assim, o objetivo do trabalho foi desenvolver e validar uma cartilha educativa sobre exercícios pélvicos fundamentais para mulheres com incontinência urinária. Estudo metodológico, submetido a seis avaliadores experts na área, para a validade de conteúdo do material com o uso do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Posteriormente foi aplicado em 30 mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e que realizavam acompanhamento ginecológico nas unidades de saúde para validação com a população-alvo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local sob o parecer no 4.099.724. O IVC da cartilha educativa variou de 0,71 a 1,00. Os especialistas fizeram observações referentes à aparência e ao conteúdo do material, as quais foram acatadas para a versão final. No pré-teste, as mulheres entenderam as imagens e o texto, 83,3% julgaram a capa como chamativa e todas concordaram que a sequência, a estrutura organizacional e a construção das frases estavam adequadas. As ilustrações foram de fácil compreensão e 100% afirmaram que foram totalmente abordados os assuntos necessários; a grande maioria (96,6%) relatou motivação para leitura. A cartilha confeccionada mostrou-se adequada para orientação de mulheres com incontinência urinária, pelo seu conteúdo coerente com a realidade e com a necessidade de saúde.

Descritores
Incontinência Urinária; Estudos de Validação; Educação em Saúde; Material de Ensino

RESUMEN

La incontinencia urinaria femenina es una afección multifactorial caracterizada por la pérdida involuntaria de orina. Para su tratamiento, es necesario fortalecer los músculos del suelo pélvico. Para ello, la orientación mediante material educativo disponible es una herramienta fundamental para facilitar la transmisión de contenidos y la adherencia de la población al tratamiento. Ante esto, el objetivo de este trabajo fue desarrollar y validar un folleto educativo sobre ejercicios pélvicos esenciales a las mujeres con incontinencia urinaria. Este es un estudio metodológico, presentado a seis expertos en el área, para la validez de contenido del material utilizando el Índice de Validez de Contenido (IVC). Posteriormente, para validarlo se aplicó a 30 usuarias del Sistema Único de Salud (SUS) que se encontraban en seguimiento ginecológico en las unidades de salud. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación local bajo la opinión n.º 4.099.724. El IVC del folleto educativo osciló entre 0,71 y 1,00. Los expertos formularon observaciones sobre el aspecto y los contenidos del material, los cuales fueron aceptados para la versión final. En el pretest, las mujeres entendieron las imágenes y el texto, el 83,3% juzgaron llamativa la portada y todas coincidieron en que la secuencia, la estructura organizativa y la construcción de las frases estaban adecuadas. Las ilustraciones fueron fáciles de entender en el folleto, que abarcó el 100% de los temas esenciales; y la mayor parte (96,6%) de ellas reportaron motivación para leerlo. El folleto elaborado resultó ser adecuado para orientar a las mujeres con incontinencia urinaria, por sus contenidos acordes con la realidad y la necesidad de salud de esta población.

Palabras clave
Incontinencia Urinaria; Estudios de Validación; Educación en Salud; Material de Enseñanza

ABSTRACT

Female urinary incontinence is a multifactorial condition characterized by involuntary urinary loss. For its control, strengthening the pelvic floor muscles is necessary. Thus, the guidance provided through available educational material is an essential tool to facilitate the dissemination of knowledge and acceptance by the population. The study aims to create and to validate an educational booklet on fundamental pelvic exercises for women with urinary incontinence. This is a methodological study that was submitted to six expert evaluators in the area, for the content validity of the material using the Content Validity Index (CVI). Afterward, for validation with the target population, the booklet was applied to 30-women users of the Brazilian Unified Health System (SUS) and who underwent gynecological monitoring in health units. The CVI of the educational booklet ranged from 0.71 to 1.00. The evaluators made observations regarding the appearance and content of the booklet, which were accepted for the final version. In the pretest, women understood the images and the text, 83.3% of them judged the cover as attractive and all women agreed that the sequence, organizational structure, and understanding of the sentences were adequate. The illustrations were easy to understand and 100% agreed that the necessary subjects were fully addressed and the majority (96.6%) were motivated to read. The elaborated instrument proved to be effective for its use, because it meets the reality and the health need.

Keywords
Urinary Incontinence; Validation Studies; Health Education; Teaching Material

INTRODUÇÃO

A Sociedade Internacional de Continência (ICS) define que qualquer perda urinária involuntária determina uma condição de incontinência urinária (IU)11. Abrams P, Cardozo L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U, et al. The standardisation of terminology in lower urinary tract function: report from the sub-committee of the International Continence Society. Urology. 2003;61(1):37-49.. Ela pode ser classificada em subtipos: incontinência urinária de esforço (IUE), em que ocorre a perda urinária por conta de esforços físicos como tossir; incontinência urinária de urgência (IUU), em que a perda urinária se dá em conjunto com a sensação forte de urinar; e incontinência urinária mista (IUM), em que acontecem as duas situações22. Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. 6th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018..

Estima-se que 200 milhões de pessoas são acometidas com IU, independentemente do gênero, e que a taxa de prevalência em mulheres é de 69%, ratificando uma relação de ocorrência de duas mulheres para um homem. De acordo com a estimativa, mais de 50% de mulheres que se queixam do problema não procuram consultas relacionadas ao assunto33. Oliveira AHAM, Vasconcellos TB, Macena RHM, Bastos VPD. Cartilha educativa para mulheres sobre incontinência urinária: concepção e desenvolvimento. Rev Baiana Saude Publica. 2017;41(2):308-23.. O desconhecimento sobre a patologia e seu tratamento tem apontado um grave problema de saúde pública11. Abrams P, Cardozo L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U, et al. The standardisation of terminology in lower urinary tract function: report from the sub-committee of the International Continence Society. Urology. 2003;61(1):37-49..

A IU constitui uma condição multifatorial frequente que afeta muitas mulheres, levando-as a incômodos e constrangimentos, impactando negativamente a qualidade de vida delas. Nota-se a importância de conhecer e promover o tratamento precoce com o intuito de prevenção das alterações e melhora da qualidade de vida (QV) (22. Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. 6th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018..

Quando as mulheres referem as queixas de disfunções do assoalho pélvico, utilizam como porta de entrada a Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS), primeiro nível de atenção à população44. Castañeda BI, Martínez TJC, García DJA, Rodríguez AEM, Pérez RNM. Aspectos epidemiológicos de la incontinencia urinaria: revisión bibliográfica. Rev Cub Med Fis Rehab [Internet]. 2016;8(Suppl:1):88-98. [cited 2020 Jan 10]. Available from: https://bit.ly/3zPMnJ9
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. É ali que ocorre a base da prioridade da saúde pública, pois acontecem a prevenção desse agravo e a possível minimização com ajuda de profissionais capacitados44. Castañeda BI, Martínez TJC, García DJA, Rodríguez AEM, Pérez RNM. Aspectos epidemiológicos de la incontinencia urinaria: revisión bibliográfica. Rev Cub Med Fis Rehab [Internet]. 2016;8(Suppl:1):88-98. [cited 2020 Jan 10]. Available from: https://bit.ly/3zPMnJ9
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Dentre os profissionais da APS, o fisioterapeuta que atua na saúde da mulher está habilitado a realizar intervenções na prevenção de patologias e tratamento dos agravos, além de ser um educador e promotor de saúde. Uma das ações que se destacam na esfera de educador quando da abordagem às mulheres com disfunções urinárias diz respeito às orientações e abordagens cinético-funcionais, a fim de evitar mau prognóstico em relação à QV, advindo da dimensão física, psicológica e emocional55. Tavares LRC, Costa JLR, Oishi J, Driusso P. Inserção da fisioterapia na atenção primária à saúde: análise do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde em 2010. Fisioter Pesqui. 2018;25(1):9-19. doi: 10.1590/1809-2950/15774625012018.
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), (66. Maia FSE, Moura ELR, Madeiros EC, Carvalho RRP, Silva SAL, Santos GR. A importância da inclusão do profissional fisioterapeuta na atenção básica de saúde. Rev Fac Cienc Med Sorocaba [Internet]. 2015;17(3):110-5. [cited 2020 Jan 10]. Available from: https://bit.ly/2WF5OpK
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Nesse contexto de atenção primária, uma importante ferramenta de educação em saúde são os chamados materiais educativos, como manuais, folhetos, fôlderes, livretos e cartilhas. De caráter mais ampliado, auxiliam no tratamento e na prevenção de agravos, constituindo uma forma efetiva e de baixo custo para a manutenção das condutas terapêuticas. Podem abranger grande número de pessoas e desenvolver nos indivíduos o senso da responsabilidade e de autonomia; são alternativas viáveis para informação, sensibilização da população e promoção do autocuidado77. Saboia DM, Vasconcelos CTM, Oria MOB, Firmiano MLV. Aplicativo educativo para prevenção da incontinência urinária - etapas de construção. Proceedings of the 3rd JOIN; 2017 Oct 12-14; Fortaleza. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará; 2017.), (33. Oliveira AHAM, Vasconcellos TB, Macena RHM, Bastos VPD. Cartilha educativa para mulheres sobre incontinência urinária: concepção e desenvolvimento. Rev Baiana Saude Publica. 2017;41(2):308-23.), (88. Lunardi ALB, Vera MAV. Elaboração de cartilha educativa sobre o assoalho pélvico e sua relação com a incontinência urinária [Internet]. Proceedings of the 4th Congresso Brasileiro de Fisioterapia em Saúde da Mulher; 2018 May 30-Apr 1; Belo Horizonte. Belo Horizonte: COBRAFISM; [cited 2020 Jan 10]. Available from: https://bit.ly/3ifq8X0
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Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi construir e validar uma cartilha educativa sobre exercícios pélvicos fundamentais para mulheres que sofrem com queixas de perdas urinárias.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo metodológico, que se destaca por ser investigativo, organizacional e analítico com o intuito de construir, validar e avaliar instrumentos99. Polit DF, Beck CT. Nursing research: generating and assessing evidence for nursing practice. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2016.. Ele foi dividido em duas etapas: construção da cartilha educativa e validação de conteúdo; e pré-teste.

Na primeira etapa foi realizado um levantamento de dados da literatura sobre o tema, nas línguas inglesa e espanhola, em cinco bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde (Lilacs), Scientific Electronic Library OnLine (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e US National Library of Medicine (Pubmed). Utilizaram-se os seguintes descritores: incontinência urinária; estudos de validação; educação em saúde; e material de ensino.

Em seguida, a cartilha educativa foi desenvolvida de acordo com as orientações sobre concepção e eficácia de materiais didáticos, levando-se em conta conteúdo, linguagem, organização, design, gravuras, aprendizagem e motivação1010. Hoffmann T, Warrall L. Designing effective written health education materials: considerations for health professionals. Disabil Rehabil. 2004;26(9):1166-73..

Foram utilizados como referencial teórico para o tratamento conservador os exercícios de Kegel, pois, na década de 1950, Arnold Kegel, médico ginecologista, foi pioneiro ao introduzir o treinamento da musculatura do assoalho pélvico feminino para tratar a incontinência urinária nessa população33. Oliveira AHAM, Vasconcellos TB, Macena RHM, Bastos VPD. Cartilha educativa para mulheres sobre incontinência urinária: concepção e desenvolvimento. Rev Baiana Saude Publica. 2017;41(2):308-23..

Após a construção da cartilha, foi realizada a validação de conteúdo por especialistas do assunto, os quais avaliaram aparência, abrangência, pertinência e clareza dos itens e concordância entre eles99. Polit DF, Beck CT. Nursing research: generating and assessing evidence for nursing practice. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2016.. A validade de conteúdo é uma etapa importante para a construção de materiais educativos ou adaptações de medidas; é a capacidade do instrumento de realizar o propósito almejado. Já a abrangência indica se o domínio e/ou conceito foi adequadamente resguardado pelos itens e se as dimensões foram contempladas. A pertinência indica se há relação entre os itens e seus conceitos para atingir os objetivos estabelecidos. Por fim, a clareza é a capacidade de o material ser compreensível e expressar de maneira adequada sua função/finalidade99. Polit DF, Beck CT. Nursing research: generating and assessing evidence for nursing practice. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2016.), (1111. Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medida. Cienc Saude Colet. 2011;16(7):3061-8. doi: 10.1590/S1413-81232011000800006.
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As variáveis da cartilha educativa analisadas foram: linguagem-pertinência, linguagem-abrangência, linguagem-clareza, layout-pertinência, layout-clareza, ilustração-pertinência e ilustração-clareza. A pertinência está relacionada aos conceitos das questões para saber se eles refletem aos conceitos envolvidos, se são relevantes à situação e adequados ao objetivo proposto; a clareza diz respeito à redação dos itens, se estes expressam apropriadamente o que se deseja medir e se traduzem fielmente o conceito desejado; e a abrangência se refere às informações suficientes para atingir o objetivo de cada tópico1212. Medeiros RKD, Ferreira MA Júnior, Torres GV, Vitor AF, Santos VEP, Barichello E. Validação de conteúdo de instrumento sobre a habilidade em sondagem nasogástrica. Rev Eletronica Enferm. 2015;17(2):278-89. doi: 10.5216/ree.v17i2.28820.
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Foi escolhido um comitê composto por seis juízes, dos quais três de cada categoria profissional - enfermeiro estomaterapeuta e fisioterapeuta urogineco-funcional/Saúde da Mulher -, obedecendo aos critérios para o número de juízes 1313. Haynes SN, Richard DCS, Kubany ES. Content validity in psychological assessment: a functional approach to concepts and methods. Psychol Assess. 1995;7(3):238-47.. Eles foram convidados por e-mail e receberam a versão do instrumento. A cada um também foi encaminhado um questionário específico para realizar a avaliação.

Um protocolo de julgamento com seis itens foi elaborado para avaliação da cartilha pelos juízes e a análise teve a concordância e a relevância de cada item. Os dados foram codificados e verificados pelo software de estatística Excel; para a validação de conteúdo, utilizou-se o índice de validade de conteúdo (IVC), método que emprega uma escala de pontuação que varia de 0 a 4 de acordo com as respostas dos juízes: 1 (irrelevante), 2 (pouco relevante), 3 (realmente relevante) e 4 (muito relevante) (99. Polit DF, Beck CT. Nursing research: generating and assessing evidence for nursing practice. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2016..

Os itens que receberam pontuação 1 ou 2 foram revisados ou eliminados. Para cálculo do IVC, utilizou-se a seguinte fórmula: [IVC: número de respostas “3” ou “4” / número total de respostas]. Considerou-se valor aceitável o IVC maior ou igual 0,8099. Polit DF, Beck CT. Nursing research: generating and assessing evidence for nursing practice. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2016..

Devido à necessidade de estabelecer parâmetros para a seleção dos juízes, recorreu-se ao sistema de classificação de juízes em que foram selecionados profissionais com os seguintes critérios: teses ou dissertações na área; artigos científicos sobre o tema; participação em grupos de pesquisa e bancas de especialização; docência na área de IU; e atuação prática1414. Joventino EM. Construção e validação de escala para mensurar a autoeficácia materna na prevenção da diarreia infantil [master´s thesis]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; 2010.), (1515. Galdino YLS. Construção e validação de cartilha educativa para o autocuidado com os pés de pessoas com diabetes [master´s thesis]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; 2014..

A segunda etapa foi o pré-teste, envolvendo a população-alvo, com o instrumento na versão final após a sugestão dos juízes, a fim de verificar a clareza, a compreensão e a relevância do conteúdo que a cartilha educativa oferecia. As perguntas se referiram à capa, layout, entendimento das frases, ilustrações e motivação para leitura.

A amostra contou com a participação da população feminina e usuária do SUS de duas unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) de um município do interior do estado de São Paulo, constituindo um total de 30 mulheres. Os critérios de inclusão foram: mulheres acima de 18 anos, alfabetizadas, usuárias do SUS e que realizavam acompanhamento ginecológico nas referidas unidades. Já os de exclusão consistiram em: mulheres que estavam no período gestacional, que tomavam algum medicamento para a IU e que tinham algum histórico de cirurgia para fins de tratamento da IU.

Os dados foram coletados pela pesquisadora no período de 30 de setembro a 30 de outubro de 2020, após autorização da administração do local. As abordagens ocorreram em ambiente privado na unidade de saúde, respeitando os preceitos éticos da Resolução no 466/2012. Foram adotadas as medidas de segurança em saúde para proteger os participantes e pesquisadores em época de pandemia. Todas assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

RESULTADOS

A primeira etapa consistiu na elaboração e na validação do conteúdo do instrumento. O processo de criação se baseou na consulta à literatura nacional e internacional quanto aos principais aspectos a serem avaliados entre as mulheres com IU.

A composição dos juízes foi de seis especialistas na área de formação de fisioterapia da saúde da mulher: um, que atua tanto na área de fisioterapia da saúde da mulher quanto na de enfermagem estomaterapia, e dois na área de enfermagem estomaterapia. A maioria foi do gênero feminino (83%), com média de idade de 42 anos, doutores, com ocupação atual em ambulatórios e instituições de ensino superior; o tempo de formação em média foi de 16,6 anos.

Em relação às sugestões, os juízes destacaram itens referentes ao design das imagens, textos e composição. Disso resultou uma cartilha com 24 páginas, 14 ilustrações com cores flats com saturação alta e compostas por formas simples para fácil leitura, em formato de livreto com dois grampos no meio.

O IVC da cartilha educativa variou de 0,71 a 1,00 (Tabela 1).

Tabela 1
IVC pelos juízes especialistas, SP (2020)

Depois da confecção da versão final da cartilha, o material foi submetido ao pré-teste, do qual participaram as mulheres em acompanhamento ginecológico nas unidades de saúde. Verificou-se que a maioria se apresentava na faixa etária de 30 a 49 anos (média de 42,5 anos, desvio-padrão 8,9), com ensino médio completo (36,6%), dois filhos (43,3%), histórico de parto cesáreo (60%), índice de massa corporal entre 25,0 e 29,9 (43,3%), sem constipação intestinal (70%), sem hábitos tabagistas (100%) e com consumo de cafeína (93,3%).

Quadro 1
Síntese da análise qualitativa das alterações sugeridas pelos juízes da pesquisa relacionadas ao manual de IU

As usuárias responderam às perguntas (Tabela 2) e afirmaram que a capa da cartilha é chamativa, com sequência de conteúdo e estrutura organizacional adequadas, com conteúdo escrito de modo claro, com texto interessante para a leitura, com frases construídas e ilustrações de fácil entendimento. Em relação a sugestões, apenas duas mulheres sugeriram que a capa da cartilha tivesse cores mais vibrantes e fortes.

Tabela 2
Apontamentos da população-alvo. n=30, SP, (2020)

Ao final, após todas as correções sugeridas, a cartilha apresentou 24 páginas, com ilustrações e texto, em formato de livreto com dois grampos, conforme mostrado na Figura 1.

Figura 1
Cartilha educativa - versão final

DISCUSSÃO

Para que ocorram sempre a inovação e o fortalecimento da APS, é preciso a incorporação racional de tecnologias de comunicação e educação1616. Tasca R, Massuda A, Carvalho WM, Buchweitz C, Harzheim E. Recomendações para o fortalecimento da atenção primária à saúde no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2020;6(44):1-8. doi: 10.26633/RPSP.2020.4.
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. Entre elas, destacam-se os materiais educativos impressos nos mais variados formatos, contribuindo para o desenvolvimento da responsabilidade e autonomia dos indivíduos; eles representam alternativas viáveis para informação e sensibilização da população1717. Gonçalves MS, Celedônio RF, Targino MB, Albuquerque TO, Flauzino PA, Bezerra NA, et al. Construção e validação de cartilha educativa para promoção da alimentação saudável entre pacientes diabéticos. Rev Bras Prom Saúde. 2019;32(1):77-81. doi: 10.5020/18061230.2019.7781.
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Dessa maneira, o primeiro passo para a criação da cartilha educativa foi a busca na literatura especializada. Os aspectos a serem avaliados em mulheres com incontinência urinária são muitos e incluem hábitos de vida e histórico gineco-obstétricos, além do tratamento e da maneira de explicá-los. Isso explica por que é aconselhável um material educativo com questões que possam auxiliar às mulheres e definir conceitos e cuidados importantes, como a capacidade de contribuir para a prevenção das complicações das que têm IU, a fim da melhoria das condutas terapêuticas1818. Lima ACMACC, Bezerra KC, Sousa DMN, Rocha JF, Oriá MOB. Construção e validação de cartilha para prevenção da transmissão vertical do HIV. Acta Paul Enferm. 2017;30(2):181-91. doi: 10.1590/1982-0194201700028.
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Com vistas a salvaguardar as informações da cartilha e também a criação dela, é relevante a multidisciplinaridade dos juízes que participaram do seu processo avaliativo. Isso reflete a valorização das opiniões e das perspectivas de que o trabalho em equipe sobre a área temática e de construção do material educativo é uma possibilidade de alinhar condutas ao cuidado no paciente com a participação dos profissionais de saúde1919. Oliveira SC, Lopes MVO, Fernandes AFC. Construção e validação de cartilha educativa para alimentação saudável durante a gravidez. Rev Latinoam Enferm. 2014;22(4):611-20. doi: 10.1590/0104-1169.3313.2459.
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A linguagem direcionada para materiais educativos deve ser clara e simples - o ideal é que seja compreensível para pessoas com idade de 10 a 14 anos; já o layout e a ilustração precisam ser legíveis, de fácil compreensão, eficazes e culturalmente relevantes1111. Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medida. Cienc Saude Colet. 2011;16(7):3061-8. doi: 10.1590/S1413-81232011000800006.
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), (1818. Lima ACMACC, Bezerra KC, Sousa DMN, Rocha JF, Oriá MOB. Construção e validação de cartilha para prevenção da transmissão vertical do HIV. Acta Paul Enferm. 2017;30(2):181-91. doi: 10.1590/1982-0194201700028.
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. A exemplo disso, um dos juízes solicitou a substituição de uma das ilustrações por outra, mais representativa; já outro apontou a necessidade de troca de uma das figuras por uma melhor representação da mulher com IU, além até da substituição da imagem da capa e a inserção de um novo título.

O procedimento de adaptação da cartilha educativa com as sugestões dos juízes é um passo fundamental para torná-la mais integral, com rigor científico e efetiva no processo de educação em saúde1818. Lima ACMACC, Bezerra KC, Sousa DMN, Rocha JF, Oriá MOB. Construção e validação de cartilha para prevenção da transmissão vertical do HIV. Acta Paul Enferm. 2017;30(2):181-91. doi: 10.1590/1982-0194201700028.
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. Foram sugeridas a (re)elaboração e a exclusão de fragmentos, a substituição de termos e a concepção das ilustrações.

Assim, após a avaliação dos especialistas - e mesmo que o IVC fosse considerado adequado, e as sugestões, vistas como melhorias -, o que foi apontado por eles foi acatado de forma mais clara. O material educativo foi reformulado de maneira simples, com escrita concisa, possibilitando a transmissão de informações precisas para que os leitores apresentassem melhor aprendizagem em relação ao assunto abordado. Essas alterações realizadas na cartilha proporcionaram modificações significativas visando ao aprimoramento do material, conforme perspectivas dos juízes e dos pesquisadores.

Em relação às figuras, que também foram reformuladas, a literatura aponta que estas devem ser atraentes, com comunicação não verbal objetiva e clara para despertar o interesse do público e a aceitação nos diversos níveis de escolaridade1818. Lima ACMACC, Bezerra KC, Sousa DMN, Rocha JF, Oriá MOB. Construção e validação de cartilha para prevenção da transmissão vertical do HIV. Acta Paul Enferm. 2017;30(2):181-91. doi: 10.1590/1982-0194201700028.
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Ademais, um dos juízes sugeriu modificações quanto ao protocolo de exercícios, as quais foram acatadas. Elas vão ao encontro do que defende a literatura, ou seja, de que se tenha a contração perineal de 8 a 12 vezes em cada sessão de exercícios e que seja realizado, se possível, três vezes ao dia por um período de 15 a 20 semanas de treinamento2020. Brubaker L, editor. Uptodate. Educação do paciente: exercícios para os músculos do assoalho pélvico (além do básico); 2016.. Tais exercícios também são conhecidos como perineais e se caracterizam por ser de simples execução, sendo necessárias a participação ativa e a motivação das pacientes1111. Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medida. Cienc Saude Colet. 2011;16(7):3061-8. doi: 10.1590/S1413-81232011000800006.
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Em relação à contribuição dos juízes para a construção e validação da cartilha educativa, a concordância entre eles na pesquisa foi de 0,80 para os itens. Isso corrobora outro estudo de criação de tecnologia de informação, utilizando um aplicativo para smartphones com o público-alvo de mulheres com IU após o parto, que obteve IVC maior do que 0,8099. Polit DF, Beck CT. Nursing research: generating and assessing evidence for nursing practice. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2016.).

Por outro lado, um estudo sobre a concepção e desenvolvimento de um material educativo para mulheres com IU não utilizou a ferramenta IVC, e sim uma média das variáveis (linguagem, ilustração e apresentação de informação), recorrendo a uma escala do tipo Likert e envolvendo apenas quatro juízes para a validação33. Oliveira AHAM, Vasconcellos TB, Macena RHM, Bastos VPD. Cartilha educativa para mulheres sobre incontinência urinária: concepção e desenvolvimento. Rev Baiana Saude Publica. 2017;41(2):308-23..

A utilização do público-alvo no processo de construção e validação da cartilha educativa permite caracterizar e identificar a quem se destina, bem como indicar se o conteúdo do material atende às demandas estabelecidas2121. Alves AM. Construção e validação de cartilha educativa para prevenção de quedas em idosos [master´s thesis]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; 2017..

Em relação ao público-alvo, verifica-se que no estudo de Mourão e colaboradores2222. Mourão LF, Luz MHBA, Marques ADB, Benício CDAV, Nunes BMVT, Pereira AFM. Caracterização e fatores de risco de incontinência urinária em mulheres atendidas em uma clínica ginecológica. Estima. 2017;15(2):82-91. doi: 10.5327/Z1806-3144201700020004.
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foi realizada a caracterização de 48 mulheres atendidas por uma clínica ginecológica que tinham o seguinte perfil: prevalência de IU na faixa etária de 30 a 48 anos, ensino médio completo, quatro ou mais filhos, sem constipação intestinal, consumo de cafeína e sem hábitos tabagistas. Isso corrobora parcialmente com os dados do presente estudo: incidência de IU na faixa etária de 30 a 49 anos, ensino médio completo, dois filhos, histórico de parto cesáreo, IMC entre 25,0 e 29,9, sem constipação intestinal e hábitos tabagistas e com consumo de cafeína.

A prevalência de mulheres na faixa etária de 30-49 anos que expressaram a IU corrobora os dados encontrados na literatura, visto que a incidência da patologia cresce com o processo de envelhecimento - a ocorrência de IU tende a ser menor em mulheres jovens e adultas jovens2323. Patrizzi LJ, Viana DA, Silva LMA, Pegori MS. Incontinência urinária em mulheres jovens praticantes de exercício físico. Rev Bras Cienc Mov. 2014;22(3):105-10. doi: 10.18511/0103-1716/rbcm.
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. Já o excesso de peso corporal com elevado IMC aumenta a pressão intra-abdominal nas atividades do cotidiano, o que resulta em uma elevação da pressão vesical e maior mobilidade da uretra, levando à perda urinária2424. Oliveira E, Lozinsky AC, Palos CC, Ribeiro DDAM, Souza AMB, Barbosa CP. Influência do índice de massa corporal na incontinência urinária feminina. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010;32(9):454-8. doi: 10.1590/S0100-72032010000900007.
https://doi.org/10.1590/S0100-7203201000...
.

Durante a fase do pré-teste, a amostra populacional de 30 mulheres compreendeu imagens e texto. Entre as participantes, 83,3% julgaram a capa como chamativa, todas concordaram que a sequência, a estrutura organizacional e o entendimento das frases estavam adequadas, que o texto era interessante e com escrita clara, e que as ilustrações foram fáceis de entender e serviam de complemento. Quanto à abordagem dos assuntos necessários na cartilha, 100% disseram que foram totalmente abordados e que estimularam a reflexão; a grande maioria (96,6%) teve motivação para ler o material.

Considerando-se o conceito da pedagogia em relação à inclusão do indivíduo, o uso de cartilhas como tecnologia de educação em saúde evidencia a postura humanista de respeito às diferenças, entendimento das singularidades e equidade na oportunidade do acesso ao cuidado para todos. Trata-se de um recurso palpável, atemporal, de acesso fácil e de ampla aplicabilidade para o público a que se destina, com utilização possível até mesmo em âmbito domiciliar. Além disso, a comunicação escrita facilita o processo de educação sobre o tema, permitindo a decodificação e a assimilação da informação com uso de linguagem clara, com exemplos, que, adicionados às ilustrações, possibilitam ao leitor/paciente a formação de uma consciência crítica e também orientada para uma vida mais saudável, com maior autonomia, protagonizando assim o autocuidado2525. Albuquerque AFLL. Tecnologia educativa para promoção do autocuidado na saúde sexual e reprodutiva de mulheres estomizadas: estudo de validação [master´s thesis]. Recife: Universidade Federal de Pernambuco; 2015..

Os materiais educativos na APS devem ser utilizados como apoio complementar, além de serem de fácil aquisição e manuseio pelos usuários do SUS2626. Bezerra IC, Silva RM, Bedê JB, Castro PCR, Brasil CCP, Pinheiro CPO. Tecnologia educativa para gestantes: construção e avaliação de cartilha. Cuba Salud. 2018;11(2):1-5.. Dessa maneira, é necessário que sejam ofertados nas práticas educativas no âmbito da saúde, porém, isso não pode ser feito como substituição ao processo comunicativo e clínico que precisa existir entre profissional de saúde e paciente. A construção e validação de uma cartilha para IU em mulheres no âmbito da atenção básica constitui um grande incentivo para ações voltadas à promoção de saúde, bem como processos reabilitadores e preventivos nessa população33. Oliveira AHAM, Vasconcellos TB, Macena RHM, Bastos VPD. Cartilha educativa para mulheres sobre incontinência urinária: concepção e desenvolvimento. Rev Baiana Saude Publica. 2017;41(2):308-23..

A confecção e validação da cartilha educativa perpassou pelas etapas necessárias recomendadas na literatura. Tal fato permite que o material construído seja utilizado por distintos profissionais da saúde que trabalhem com essa população, destacando a importância de orientações de promoção e prevenção de agravos da IU, além do tratamento.

No âmbito científico, a cartilha pode ser utilizada entre a população feminina em distintos aspectos, visando à sua aplicabilidade, bem como à efetividade e adesão das pacientes para o autocuidado.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a cartilha educativa Exercícios para o assoalho pélvico: prevenção e tratamento da incontinência urinária na mulher apresentou boa validade de conteúdo. Após todas as etapas de construção e validação, o instrumento se revelou adequado para ser utilizado na Atenção Primária à Saúde pelo seu conteúdo coerente com a realidade e com a necessidade de saúde, elencando os principais aspectos a serem visualizados pelo profissional de saúde nessa avaliação.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Set 2021
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2021

Histórico

  • Recebido
    15 Abr 2021
  • Aceito
    09 Jun 2021
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