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Fisioterapia em Movimento, Volume: 37, Publicado: 2024
  • Construção e validação do questionário de percepção dos Agentes Comunitários de Saúde sobre condições sensíveis à fisioterapia na Atenção Primária Artigo Original

    Silva, Gabriel Brighenti Menezes; Barbosa, Samara Maria Neves; Figueiredo, Eduardo Augusto Barbosa; Costa, Henrique Silveira; Bastone, Alessandra de Carvalho; Santos, Juliana Nunes

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O Agente Comunitário de Saúde (ACS), assim como o fisioterapeuta, desencadeia funções fundamentais na Atenção Primária à Saúde (APS), sendo ele-mento importante na transformação de políticas públicas. Inexistem estudos que investiguem o conhecimento dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis à inter-venção da fisioterapia na APS. Objetivo Construir um questionário de investigação da percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis à intervenção da fisioterapia na APS. Métodos Trata-se de um estudo metodológico no qual, inicialmente, construiu-se uma matriz de análise com o intuito de englobar as ideias contempladas no questionário. Para a construção do instrumento, realizou-se uma revisão da literatura, sendo eleitas condições de saúde sensíveis à intervenção da fisioterapia na APS. Para a validação de conteúdo e aparente dos itens, 12 fisioterapeutas especialistas em APS julgaram a adequação dos itens contidos. Utilizou-se o índice de validade de conteúdo para verificar o grau de concordância durante o processo de análise das respos-tas. Posteriormente, realizou-se análise semântica por meio da compreensão dos itens por 15 ACS. Na etapa de validação, foram realizadas duas rodadas de avaliação. Foram feitos ajustes em 17 questões. Resultados O estudo resultou em um questionário com 20 questões contendo situações hipotéticas de visitas domiciliares, cuja situação do morador poderia ou não configurar um risco à saúde sensível à intervenção fisioterapêutica. Conclusão O instrumento de percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis à intervenção da fisioterapia na APS mostrou-se válido para ser utilizado no contexto da APS. A utilização do instrumento poderá contribuir na elaboração de programas de capacitação dos ACS, com o intuito de facilitar a comunicação da equipe.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Community health workers, like the physiotherapist, perform essential functions in primary health care, being an important element in the transformation of public policies. There are no reported studies investigating the knowledge of community health workers about health conditions amenable to physiotherapy intervention in primary health care. Objective To construct a questionnaire to investigate the perception of community health workers about health conditions that could be remedied by physiotherapy intervention in primary health care. Methods This was a methodological study in which it was initially an analysis matrix with the aim of encompassing the ideas contemplated in the questionnaire. To construct the instrument, a literature review was carried out, and health conditions treatable with physiotherapy in primary health care were chosen. To validate the content and appearance of the items, twelve physiotherapists specialized in primary health care judged the suitability of the items contained. The content validity index was used to determine the degree of agreement during the response analysis process. Subsequently, a semantic analysis was carried out through the understanding of the items by 15 community health workers. In the validation stage, two rounds of evaluation were carried out. Adjustments were made to 17 questions. Results The study investigated a questionnaire with 20 questions containing hypothetical situations of home visits, in which the resident's situation could or could not constitute a health risk amenable to physiotherapeutic intervention. Conclusion The community health workers perception instrument on health conditions amenable to physiotherapy intervention in primary health care proved to be valid for use in this context. The use of the instrument may contribute to the development of community health worker training programs, with the aim of facilitating team communication.
  • Capacidade funcional pós-COVID-19 com teste de argola e de caminhada: estudo transversal Artigo Original

    Tozato, Claudia; Molinari, Camila Vitelli; Ferreira, Bruno Fernandes Costa; Xavier, Vivian Bertoni; Alves, Vera Lúcia dos Santos

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A COVID-19 pode causar sintomas per-sistentes mesmo nos casos leves, como fadiga e dispneia, que podem reduzir a capacidade funcional e a realização das atividades de vida diária. Objetivo Comparar a avaliação da capacidade funcional a partir do teste da argola e caminhada dos 6 minutos pós-COVID-19 con-forme o suporte ventilatório utilizado. Métodos: Estudo transversal com 40 adultos, de ambos os sexos, pós-infecção por SARS-CoV2 entre julho/2020 e julho 2021, com avaliação da capacidade funcional pelos testes da argola (membros superiores) e caminhada (membros inferiores) de 6 minutos. Todos os participantes foram avaliados entre 15 e 90 dias do princípio dos sintomas, diagnosticados por swab nasal, e classificados conforme o suporte ventilatório utilizado durante a infecção. Resultados A média de idade dos participantes (n = 40) foi 54,30 (±12,76) anos, índice de massa corporal 28,39 (±4,70) kg/m2 e acometimento pulmonar em vidro fosco 51,49 (±17,47)%. Trinta e sete participantes foram hospitalizados com permanência de 14,33 (±15,44) dias, 30% previamente imunizados; 7,5% atingiram o predito da distância percorrida. A média alcançada foi de 46,44% (398,63 ± 130,58 m) na distância percorrida e 39,31% (237,58 ± 85,51) em movimento de argolas. Os participantes que utilizaram ventilação mecânica invasiva (n = 10) apresentaram pior capacidade funcional em ambos os testes: 265,85 ± 125,11 m e 181,00 ± 90,03 argolas comparado a 472,94 ± 88,02 m e 273,25 ± 66,09 argolas em ventilação não invasiva (n = 8), 410,32 ± 90,39m e 257,68 ± 62,84 argolas em oxigenoterapia (n = 19), 569,00 ± 79,50 m e 203,00 ± 169,00 argolas sem internação (n = 3). Conclusão Os participantes que necessitaram de ventilação mecânica invasiva apresen-taram pior capacidade funcional, com 46% do esperado no teste de caminhada e 39% no teste de argola de 6 minutos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction COVID-19 can cause persistent symptoms even in mild cases, such as fatigue and dyspnea, which can reduce functional capacity and make it difficult to perform activities of daily living. Objective To compare functional capacity using the pegboard and ring test and the six-minute walk test responses in post-COVID-19 patients according to the ventilatory support used. Methods Cross-sectional study including 40 adults of both sexes after SARS-CoV2 infection between June 2020 and June 2021, with assessment of functional capacity using the pegboard and ring test (upper limbs) and the six-minute walk (lower limbs). Those who reported comprehension deficit or neuromuscular disease were excluded. All participants were evaluated between 15 and 90 days after the onset of symptoms, diagnosed by nasal swab and classified according to the ventilatory support used during the infection. Results The mean age of the participants (n = 40) was 54.30 (±12.76) years, with BMI 28.39 (±4.70) kg/m2 and pulmonary involvement in 51.49 (±17.47)%. A total of 37 participants were hospitalized with a stay of 14.33 (±15.44) days, and 30% were previously immunized, while 7.5% reached the predicted distance covered. The average achieved was 46.44% (398.63 ± 130.58 m) in the distance covered and 39.31% (237.58 ± 85.51) in the movement of rings. Participants who had invasive mechanical ventilation (n = 10) had the worst functional capacity in both tests 265.85 ± 125.11 m and 181.00 ± 90.03 rings, compared to 472.94 ± 88.02 m and 273.25 ± 66.09 rings in non-invasive ventilation (n = 8), 410.32 ± 90.39 m and 257.68 ± 62.84 rings in oxygen therapy (n = 19), 569.00 ± 79.50 m and 203.00 ± 169.00 rings when there was no hospitalization (n = 3). Conclusion Participants who required invasive mechanical ventilation had worse functional capacity, 46% of what was expected in the walk test and 39% of what was expected in the pegboard and ring test.
  • O exercício de agachamento recruta músculos do tronco tanto quanto exercícios localizados Artigo Original

    Sberse, Ricardo Tieppo; Zapparoli, Laura Buzin; Brodt, Guilherme Auler

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução No contexto do treinamento resistido, que engloba tanto o fortalecimento quanto a reabilitação, a incorporação de exercícios de alcance global demanda uma intensa ativação dos grupos musculares do tronco, os quais desempenham um papel primordial na estabilização corporal. O agachamento, notório por sua complexidade e eficácia na ativação dos estabilizadores durante a execução, suscita uma questão central: se o agachamento recruta de forma mais acentuada a musculatura do tronco comparativamente a exercícios localizados, tais como flexões e extensões do tronco. Objetivo Identificar o grau de ativação dos músculos do tronco durante o agachamento e confrontá-lo com exercícios localizados para a musculatura do tronco: lombar e abdominal. Métodos Através da aplicação da eletromiografia de superfície, avaliou-se a ativação dos músculos iliocostal, multífido, oblíquo interno, oblíquo externo e reto abdominal. A amostra englobou 16 voluntários de ambos os gêneros, fisicamente ativos. Empregou-se um teste t de medidas repetidas (α < 0,05) como método de análise. Resultados Os músculos iliocostal, multífido e oblíquo interno manifestaram níveis semelhantes de ativação tanto no agachamento quanto em seus respectivos exercícios isolados, enquanto os músculos reto abdominal e oblíquo externo apresentaram maior atividade durante a flexão do tronco. Conclusão É possível inferir que o agachamento se configura como um exercício eficaz para o treinamento do iliocostal, multífido e oblíquo interno, enquanto os exercícios localizados se revelam mais indicados para o fortalecimento do oblíquo externo e dos músculos reto abdominais. Tais conclusões podem contribuir para a otimização do planejamento de sessões de exercícios, mediante a substituição de exercícios isolados de tronco pelo agachamento.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction In the context of resistance training, which encompasses both strengthening and rehabilitation, the incorporation of global range exercises demands intense activation of the trunk muscle groups, which play a primary role in body stabilization. The squat, notorious for its complexity and effectiveness in activating stabilizers during execution, raises a central question: whether this exercise recruits the muscles more significantly compared to localized exercises, such as push-ups and trunk exten-sions. Objective To identify the degree of activation of the trunk muscles during squats and compare it with localized exercises for the trunk muscles: lumbar and abdominal. Methods Using surface electromyography, the activation of the iliocostalis, multifidus, internal oblique, external oblique and rectus abdominis muscles was evaluated. The sample included 16 physically active volunteers of both sexes. A repeated measures t-test (α < 0.05) was used as an analysis method. Results The iliocostalis, multifidus and internal oblique muscles showed similar levels of activation both in the squat and in their respective isolated exercises, while the rectus abdominis and external oblique muscles showed greater activity during trunk flexion. Conclusion It is possible to infer that squats are an effective exercise for training the iliocostalis, multifidus and internal oblique muscles, while localized exercises are more suitable for strengthening the external oblique and rectus abdominis muscles. Such conclusion can contribute to optimizing the planning of exercise sessions by replacing isolated trunk exercises with squats.
  • O efeito da terapia por contensão induzida avaliada por meio de acelerômetros: o impacto na atividade diurna e no sono em crianças com paralisia cerebral Original Article

    Almeida, Marcela Fischer de; Obrecht, Andrea; Zonta, Marise Bueno; Crippa, Ana Chrystina

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A paralisia cerebral (PC) hemiparética espástica é o tipo de PC mais prevalente. Crianças com hemiparesia es-pástica apresentam dificuldades ao usar as extremidades superiores afetadas e um tratamento eficaz é a Terapia por Contensão Induzida (TCI). O estudo dos padrões de atividade-repouso fornece informações sobre as atividades diárias de crianças com PC hemiparética espástica durante o dia e o sono. Objetivo Investigar o efeito da TCI nos padrões de repouso-atividade em crianças com PC hemiparética espástica versus um grupo saudável. Métodos Realizou-se um ensaio controlado não randomizado no Centro de Neuropediatria do Complexo do Hospital de Clínicas, Curitiba, Brasil. Crianças com PC hemi-parética espástica entre 5 e 16 anos participaram do grupo de estudo e receberam a TCI. O grupo saudável foi composto por crianças entre 5 e 15 anos. Ambos os grupos utilizaram um acelerômetro para registrar padrões de atividade-repouso, os quais podem ser estudados através de variáveis não paramé-tricas do acelerômetro: M10 (10h mais ativas de um indivíduo); L5 (5h menos ativas de um indivíduo); e AR (amplitude rela-tiva dos padrões de atividade-repouso). Resultados Foram recrutadas 45 crianças e 38 foram incluídas nas análises (19 alocadas em cada grupo). No grupo de estudo, houve aumento significativo de M10 e L5 (p < 0,001) após TCI. Os valores de M10 e L5 foram significativamente maiores (p < 0,001) no grupo saudável em comparação ao grupo de estudo após TCI. Conclusão Os resultados do presente estudo mostraram que crianças com PC hemiparética espástica tornaram-se mais ativas e participantes de sua vida diária durante o dia, bem como dormiram mais eficientemente.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Spastic hemiparetic cerebral palsy (CP) is the most prevalent type of CP. Children with spastic hemiparesis experience difficulties when using their affected upper extremities, and one effective treatment is the Constraint-Induced Movement Therapy (CIMT). The study of rest-activity patterns provides information on children’s daily activities with spastic hemiparetic CP during the day and sleep. Objective To investigate the effect of CIMT on the rest-activity patterns in children with spastic hemiparetic CP vs in a healthy group. Methods Nonrandomized controlled trial was conducted at the Neuropediatric Center of the Hospital de Clínicas Complex, in Curitiba, Brazil. Children with spastic hemi-paretic CP between 5 and 16 years old participated in the study group and receive the CIMT. The healthy group was composed of children between 5 and 15 years old. Both groups used accelerometer to record rest-activity patterns, that may be studied through nonparametric variables of accelerometer: M10 (an individual’s most active 10h); L5 (an individual’s least active 5h); and RA (relative amplitude of the circadian rest-activity patterns). Results Forty-five children were recruited, and 38 were included in the analyses (19 allocated to each group). In the study group, there was a significant increase in M10 and L5 (p < 0.001) after CIMT. The values of M10 and L5 were significantly higher (p < 0.001) in the healthy group compared to the study group after CIMT. Conclusion Our results showed that children with spastic hemiparetic CP became more active and participant in their daily life during the day as well as more efficient sleeping.
  • Força muscular em pacientes hospitalizados por COVID-19 Original Article

    Lopes, Lara Bourguignon; Souza, Gabriele Teixeira Braz de; Barbosa, Roberta Ribeiro Batista

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução As complicações decorrentes da hospitalização por COVID-19 têm grande impacto na saúde física dos indivíduos. Uma das consequências que merece atenção é a fraqueza muscular, que pode ser influenciada por diversos fatores, ge-rando consequências que podem necessitar de reabilitação. Objetivo Relacionar o grau de força muscular periférica e respiratória com variáveis sociodemográficas, clínicas e de internação próximo à alta após internação por COVID-19. Métodos Este estudo transversal analisou dados de 52 pa-cientes hospitalizados por COVID-19 que foram entrevistados próximo à alta para determinar perfis sociodemográficos e clínicos e que foram submetidos a testes de força muscular. A força muscular periférica foi avaliada pela escala do Medical Research Council, e a força respiratória foi determinada de acordo com a pressão inspiratória e expiratória máxima medida com vacuômetro. Os dados de internação foram coletados dos prontuários dos pacientes. Resultados A força periférica esteve reduzida em 53,9% da amostra e as variáveis relacionadas (p < 0,05) foram idade, peso, câncer, hipertensão, fisioterapia e número de sessões de fisioterapia. A força inspiratória foi reduzida em 50% dos indivíduos e a força expiratória em 60% dos indivíduos, e essas reduções foram relacionadas (p < 0,05) ao sexo, pressão arterial elevada, idade e peso. Conclusão Próximo à alta hospitalar da COVID-19, mais de 50% dos pacien-tes apresentavam fraqueza muscular periférica e respiratória associada à idade avançada, hipertensão e baixo peso. Aqueles com fraqueza periférica receberam mais fisioterapia e tiveram mais doenças oncológicas, enquanto a fraqueza respiratória foi mais comum em homens. Isto ressalta a importância de medidas preventivas e programas de reabilitação pós-hospitalização, incluindo fisioterapia, para a recuperação da força muscular.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Complications arising from hospitalization due to COVID-19 have great impact on the physical health of individuals. One of the consequences that deserves attention is muscle weakness, which can be influenced by several factors, generating consequences that may need rehabilitation. Objective To relate the degree of peripheral and respiratory muscle strength to sociodemographic, clinical, and hospitalization variables close to discharge after hospitalization due to COVID-19. Methods This cross-sectional study analyzed data for 52 patients hospitalized for COVID-19 who were interviewed close to discharge to determine sociodemographic and clinical profiles and underwent muscle strength testing. Peripheral muscle strength was evaluated using the Medical Research Council scale, and respiratory strength was determined according to maximum inspiratory and expiratory pressure measured with a vacuometer. Hospitalization data were collected from patient medical records. Results Peripheral strength was reduced in 53.9% of the sample, and the related variables (p < 0.05) were age, weight, cancer, high blood pressure, physical therapy, and number of physiotherapy sessions. Inspiratory force was reduced by 50% of individuals and expiratory force in 60% individuals, and these reductions were related (p < 0.05) to sex, high blood pressure, age, and weight. Conclusion Close to COVID-19 hospital discharge, over 50% of patients exhibited peripheral and respiratory muscle weakness, associated with advanced age, hypertension, and low weight. Those with peripheral weakness received more physiotherapy and had more oncological diseases, while respiratory weakness was more common in men. This underscores the importance of preventive measures and post-hospitalization rehabili-tation programs, including physiotherapy, for muscle strength recovery.
  • Perfil das doenças cardiovasculares e atuação fisioterapeutica em um serviço de emergência hospitalar Artigo Original

    Silva, Pedro Victor Tonicante da; Silva, Gisele Correia da; Alves, Letícia Soares; Oliveira, Tatiany Ribeiro de; Pacagnelli, Francis Lopes

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução As doenças cardiovasculares (DCV) repre-sentam a principal causa de morte global, destacando-se em internações e gastos. Diante disso, é essencial compreender as principais DCV em pacientes admitidos em serviços de emergência hospitalar e a atuação do fisioterapeuta para planejamento e direcionamento dos serviços de saúde e para denotar a participação e incentivar formações fisioterapêuticas específicas no contexto da atenção terciária. Objetivo Traçar o perfil de emergências cardiovasculares e avaliar a atuação fisioterapêutica em pacientes adultos de serviço de emergência de um hospital no interior do estado de São Paulo. Métodos Trata-se de um estudo observacional, em que foram analisadas 1.256 fichas de passagem de plantão, no período de oito meses. Os dados coletados foram idade, sexo, hipótese diagnóstica cardiovascular e tratamento fisioterapêutico realizado. Resultados Foram incluídos 75 pacientes que apresentavam o perfil de emergências cardiovasculares, sendo as mais prevalentes: insuficiência cardíaca (n = 21), síndrome corona-riana aguda (n = 14), infarto agudo do miocárdio (n = 13), bradarritmia (n = 6) e crise hipertensiva (n = 5). Em relação à atuação fisioterapêutica e suas aplicações, as mais frequentes foram manejo da ventilação mecânica invasiva (n = 34), manobras de reexpansão pulmonar (n = 17), auxílio a intubação orotraqueal (n = 17), ventila-ção mecânica não invasiva (n = 14), manobras de higiene brônquica (n = 12), cinesioterapia (n = 10) e sedestação (n = 10). Conclusão A insuficiência cardíaca e a síndrome coronária aguda foram as doenças cardiovasculares que mais ocasionaram internação no serviço de emergência hospitalar e as condutas com ênfase no aparelho respiratório foram as mais aplicadas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Cardiovascular disease (CVD) is the lead-ing cause of death globally, with a high proportion of hospitalizations and costs. In view of this, it is essential to understand the main CVDs in patients admitted to hospital emergency services and the role of physiotherapists, in order to plan and direct health services, and to denote participation and encourage specific physiotherapy training in the context of tertiary care. Objective To outline the profile of cardiovascular emergencies and to evaluate physiotherapy in adult patients in the emergency department of a hospital in the interior of the state of São Paulo. Methods This was an observational study which analyzed 1,256 on-call records over a period of eight months. The data collected included age, gender, cardiovascular diagnostic hypothesis and physiotherapy treatment carried out. Results A total of 75 patients with cardiovascular emergencies were included, the most prevalent of which were: heart failure (n = 21), acute coronary syndrome (n = 14), acute myocardial infarction (n = 13), bradyarrhythmia (n = 6) and hypertensive crisis (n = 5). Regarding physiotherapeutic actions and their applications, the most frequent were invasive mechanical ventilation management (n = 34), lung re-expansion maneuvers (n = 17), orotracheal intubation assistance (n = 17), non-invasive mechanical ventilation (n = 14), bronchial hygiene maneuvers (n = 12), kinesiotherapy (n = 10) and sedation (n = 10). Conclusion Heart failure and acute coronary syndrome were the cardiovascular diseases that caused the most admissions to the hospital emergency department and that the procedures with an emphasis on the respiratory system were the most applied.
  • Espessura e excursão diafragmática em recém-nascidos usando ultrassonografia cinesiológica do diafragma: um estudo observacional Artigo Original

    Andreazza, Marimar Goretti; Binotto, Cristiane Nogueira; Cavalcante da Silva, Regina P. G. Vieira; Valderramas, Silvia; Lima, Monica Nunes

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O estudo do músculo diafragma tem des-pertado o interesse dos fisioterapeutas que trabalham com ultrassonografia cinesiológica. Ainda pouco explo-rado, contudo, seus achados podem contribuir para a prática clínica dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN). Objetivo Mensurar a excursão e o espessamento diafragmático e descrever as medidas entre recém-nascidos prematuros e a termo. Métodos Realizou-se ultrassonografia cinesiológica diafragmática em recém-nascidos internados em UTIN, posicionados em supino em seu próprio leito, no sexto dia de vida. Foram realizadas três medidas repetidas do mesmo ciclo respiratório, tanto da excursão quanto do espessamento diafragmático. Resultados Participaram do estudo 37 recém-nascidos, dos quais 25 eram pre-maturos. O peso no momento da coleta foi de 2.307,0 ± 672,76 gramas e a idade gestacional foi de 35,7 ± 3,3 semanas. A excursão diafragmática aumentou de acordo com o aumento da idade gestacional (p = 0,01; df = 0,21). A espessura variou entre 0,10 e 0,16 cm durante a inspiração nos prematuros e entre 0,11 e 0,19 cm nos nascidos a termo (p = 0,17; df = 0,35). Conclusão Houve correlação positiva entre a excursão diafragmá-tica e a idade gestacional. Não observou-se diferença estatisticamente significativa das medidas de excursão e de espessamento diafragmático inspiratório entre recém-nascidos prematuros e recém-nascidos a termo, embora apontando para maiores medidas neste último grupo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The study of the diaphragm muscle has aroused the interest of physiotherapists who work with kinesiological ultrasonography, but still little explored; however, its findings can contribute to the clinical practice of hospitalized patients in neonatal intensive care units. Objective To measure the excursion and thickening of the diaphragm and describe measurements among neonates, preterm, and full-term. Methods Diaphragmatic kinesiological ultrasonography was performed on hospitalized newborns, in Neonatal Unit Care Unit, placed in supine position in their own bed, on the sixth day of life. Three repeated measurements of the same respiratory cycle were made, both for excursion and for diaphragmatic thickening. Results 37 newborns participated in the study and 25 were premature. The mean weight at the time of collection was 2,307.0 ± 672.76 grams and the gestational age was 35.7 ± 3.3 weeks. Diaphragmatic excursion increased with increasing gestational age (p = 0.01, df = 0.21) in term infants (p = 0.17, df = 0.35). Conclusion There was a positive correlation between diaphragmatic excursion and gestational age. There was no statistically significant difference in the measurements of excursion and inspiratory diaphragm thickening between preterm and term newborns, although pointing to higher measurements in the latter group.
  • Um estudo observacional piloto para identificar valores de referência para o teste de caminhada de 6 minutos em hipertensos brasileiros Original Article

    Lima, Afonso; Prado, João Paulo; Aquino, Tarcísio Nema de; Borges, Juliana Bassalobre Carvalho; Vidigal, Fernanda de Carvalho; Galdino, Giovane

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é respon-sável por 9,5 milhões de mortes na população mundial. Con-dições do estilo de vida, incluindo a inatividade física, são importantes fatores de risco modificáveis no desenvolvimento da HAS. Desse modo, o exercício físico tem se mostrado eficaz no controle da HAS e, antes da prescrição, o teste de caminhada de seis minutos (TC6) tem sido comumente utilizado para ava-liar a capacidade física. Objetivo Propor valores de referência para o teste de TC6 em brasileiros com HAS. Métodos Realizou-se um estudo observacional transversal com 302 hipertensos (62,61 + 10,93 anos) admitidos em um programa de reabilitação cardíaca. Os participantes foram divididos em diferentes quartis de idade e submetidos ao TC6. Os dados de distância percorrida foram comparados entre os quartis e ajustados por análise de regressão linear múltipla. Resultados Os hipertensos caminharam 388,07 + 115,03 m durante o TC6. Não encontrou-se diferença significativa entre os gêneros. No entanto, quando comparados os quartis de idade, para a faixa etária de 46 a 59 anos, as mulheres caminharam menos do que os homens. As comparações intragrupo mostraram que a distância percorrida no TC6 diminuiu com o aumento da idade, tanto em homens quanto em mulheres. Conclusão O presente estudo fornece valores de referência para o TC6, tanto para homens quanto para mulheres brasileiras de diferentes faixas etárias. Esses dados podem ser um parâmetro importante para futuros estudos clínicos, estratégias de prevenção e intervenção clínica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Systemic arterial hypertension (SAH) is responsible for 9.5 million deaths in the global popu-lation. Lifestyle factors, including physical inactivity, are important modifiable risk factors in the development of SAH. Thus, physical exercise has been shown to be effective to control SAH and before the prescription, the six-minute walk test (6-MWT) has been commonly used to assess the physical capacity. Objective To propose reference values for the 6-MWT test in Brazilian people with SAH. Methods A cross-sectional observational study was conducted with 302 hypertensive subjects (62.61 + 10.93 years) admitted to a cardiac rehabilitation program. Participants were divided into different age quartiles and submitted to 6-MWT. The walking distance data was compared between the quartiles and adjusted by mul-tiple linear regression analysis. Results The hypertensive subjects walked 388.07 + 115.03 m during the 6-MWT. No significant difference between the genders was found. However, when the age quartiles were compared, for the 46–59 age group, the women walked less than the men. Intra-group comparisons showed that the distance walked in the 6-MWT decreased with the increase in age, in both men and women. Conclusion The present study provides reference values for the 6-MWT, both for Brazilian men and women of different age groups. This data may be an important parameter for future clinical studies, prevention strategies, and clinical intervention.
  • Aplicação da ICU Mobility Scale em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca Artigo Original

    Lima, Lara Susan Silva; Cardoso, Rayana Antônia de Medeiros; Santos, Natália Pereira dos; Silva, Bianca Fernanda de Almeida; Borges, Mayara Gabrielle Barbosa; Borges, Daniel Lago

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A mobilização precoce é uma alternativa utilizada em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na tentativa de reduzir os efeitos decorrentes do imobilis-mo. A escala de mobilidade em UTIs ou Intensive Care Unit Mobility Score (IMS) é aplicada para avaliar o nível de mobilidade. Objetivo Verificar por meio da escala IMS o nível de funcionalidade de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca internados em uma UTI. Métodos Trata-se de um estudo observacional analítico realizado em UTI com pacientes adultos submetidos à cirurgia car-díaca. Foram coletados da ficha de rotina da fisioterapia informações quanto ao uso de drogas vasoativas, nível funcional por meio da IMS, tempo de ventilação mecânica e de internação na UTI, e registrados em instrumento específico desenvolvido para o estudo. Os dados obtidos do escore da escala IMS nos dias de pós-operatório na UTI foram utilizados para classificar a mobilidade dos pacientes durante o período de internação. Utilizou-se estatística descritiva para a apresentação dos dados. Resultados Foram avaliados 69 pacientes, 43% eram do sexo masculino e todos apresentavam IMS 0 no primeiro dia de pós-operatório. A classificação na escala aumentou com o decorrer do período de internação (IMS entre 7 e 10), apesar do uso de drogas vasoativas em 54,6%. Conclusão Os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca internados na UTI apresentaram níveis de mobilidade de moderado a alto ao longo da internação e na alta da UTI.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Early mobilization is an alternative used in the Intensive Care Unit (ICU) to reduce the effects of immobility. The Intensive Care Unit Mobility Score (IMS) is applied to assess mobility status. Objective To determine the functional level of ICU patients submitted to cardiac surgery using the IMS scale. Methods This is an analytical observational study carried out with adult ICU patients submitted to cardiac surgery. Data on the use of vasoactive drugs, functional level through IMS, duration of mechanical ventilation and length of ICU stay were collected from the physiotherapy routine form and recorded on a specific instrument developed for the study. The data obtained from the IMS scale score on the postoperative days in the ICU were used to classify the patients' mobility during the hospitalization period. Descriptive statistics were used to present the data. Results A total of 69 patients were evaluated, 43% of whom were men, and all had an SMI of 0 on the first postoperative day. Classification on the scale increased over the course of hospitalization (IMS between 7 and 10), despite the use of vasoactive drugs in 54.6% of the individuals. Conclusion Patients submitted to cardiac surgery admitted to the ICU had moderate-to-high mobility levels throughout their stay and at discharge from the ICU.
  • Órtese tornozelo-pé em pacientes com distrofia muscular de Duchenne: um estudo retrospectivo Original Article

    Rebel, Marcos Ferreira; Landgraf, Jocelene de Fátima; Sztajnbok, Flavio Roberto; Araújo, Alexandra Prufer de Queiroz Campos

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença genética recessiva ligada ao cromossomo X, que cursa com a perda progressiva do tecido muscular. Inicialmente, observa-se dificuldade para levantar do chão e aumento dafrequência de quedas. A manutenção da deambulação pelo maior tempo possível é importante e o uso de órtese tornozelo-pé (OTP) tem sido investigado como aliado nesse processo. Objetivo: Verificar a prescrição e uso de OTP para meninos deambulantes com DMD. Métodos: As informações foram coletadas dos prontuários de 181 pacientes com DMD do Serviço de Neuropediatria do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. As variáveis utilizadas foram: idade na primeira consulta, idade aos primeiros sintomas, idade na perda da marcha independente, tempo entre os primeiros sintomas e a perda da marcha, prescrição de órtese, tempo de uso e intervenção cirúrgica nos membros inferiores. Resultados: A órtese foi prescrita para 63,5% dos pacientes e utilizada por 38,1%. A variação do tempo de uso foi de 2 a 4 anos (62,3%). O período noturno foi o mais prescrito para uso da órtese, com 67,2%. Os pacientes que a usaram por mais tempo apresentaram maiores idades na perda da marcha. Crianças que chegaram mais precocemente à primeira consulta tiveram maior frequência de prescrição de órtese e perda da marcha mais tardiamente. Conclusão: O uso de OTP pode ajudar a manter a deambulação por mais tempo em meninos com DMD.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction: Duchenne muscular dystrophy (DMD) is a recessive genetic disease linked to the X chromosome, leading to progressive muscle tissue loss. Initially, there is difficulty getting up from the floor and an increased frequency of falls. Maintaining ambulation as long as possible is essential, and the use of ankle-foot orthosis (AFO) has been investigated as an ally in this process. Objective: To verify the prescription and use of an AFO for ambulant boys with DMD. Methods: Information was collected using the medical records of 181 patients with DMD from the Neuropediatric Service of the Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira of the Universidade Federal do Rio de Janeiro. Variables used were: age at the first medical appointment, age at first symptoms, age at loss of independent gait, time between the first symptoms and loss of gait, prescription of orthosis, time of use, and surgical intervention in the lower limbs. Results: The orthosis was prescribed for 63.5% of patients and used by 38.1%. The range of orthosis time was 2 to 4 years (62.3%). The night sleep period was the most prescribed for orthosis use, with 67.2%. Patients who used the orthosis for a longer time were older at gait loss. However, the children who arrived earlier for the first appointment had a higher frequency of orthosis prescriptions and later loss of gait. Conclusion: The use of AFO can help maintain ambulation for longer in boys with DMD.
  • Reprodutibilidade de instrumento para avaliação motora de jovens com autismo Original Article

    Starmac, Carla Ferreira de; Bastianel, Laura; Heidrich, Taís Elena; Candotti, Cláudia Tarragô

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA) apresentam comprometimentos motores que precedem os distúrbios de comunicação e socialização. Instrumentos avaliativos compatíveis com as reais possibilidades e especi-ficidades dos pacientes com TEA, e que traduzam quantitativa e qualitativamente os dados nos quais se deseja intervir com ações terapêuticas, são importantes tanto no âmbito da pesquisa quanto na avaliação clínica do fisioterapeuta. Objetivo Testar a reprodutibilidade interobservador e intraobservador do instrumento “Avaliação Motora Grossa de Crianças e Adolescentes com Transtorno do Espectro Autista” (checklist GMA-AUT). Métodos A amostra foi composta por 34 indivíduos com TEA, com idade entre 6 e 18 anos. A repro-dutibilidade interobservador foi realizada de forma cega por dois fisioterapeutas especialistas na área de tratamento do TEA. A reprodutibilidade intraobservador foi realizada por um dos avaliadores em dois dias distintos, com intervalo de sete dias e sem acesso aos dados da primeira avaliação. Para verificar a reprodutibilidade foram utilizadas a porcentagem de concordância e a estatística kappa (k), com kappa ponderado e, para os escores do instrumento, coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Resultados O checklist GMA-AUT apresentou excelente concordância intraobservador, com k ≥ 0,75 e ICC > 0,75. A reprodutibilidade interobservador variou de boa a suficiente concordância, com k entre 0,40 e 0,75 e ICC > 0,75 na maior parte. Conclusão O checklist GMA-AUT apresentou excelente reprodutibilidade intraobservador e, portanto, pode ser utilizado de forma confiável para avaliações de indivíduos com idade entre 6 e 18 anos com TEA.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Individuals with autistic spectrum disorder (ASD) have motor impairments that precede communi-cation and socialization disorders. Evaluative instruments compatible with the real possibilities and specificities of patients with ASD, and who quantitatively and qualitatively translate the data in which is wished to intervene with therapeutic actions, are important both in the scope of research and in the clinical evaluation of physiotherapists. Objective To test the interobserver and intraobserver reproducibility of the instrument “Gross Motor Assessment of Children and Adolescents with Autism Spectrum Disorder” (GMA-AUT checklist). Methods The sample consisted of 34 individuals with ASD, aged between 6 and 18 years. The interobserver reproducibility was performed in a blinded manner by two physiotherapists experts in the ASD area of treatment. Intraobserver reproducibility was performed by one of the evaluators on two different days, with a gap of seven days and without access to data from the first evaluation. To verify the reproducibility, percentage of agreement and kappa statistics (k) were used, with the weighted kappa and, for the instrument scores, the intraclass correlation coefficient (ICC). Results The GMA-AUT checklist showed excellent intraobserver agreement, with k ≥ 0.75 and ICC > 0.75. Interobserver reproducibility ranged from good to sufficient agreement with k between 0.40 and 0.75 and ICC > 0.75 for the most part. Conclusion The GMA-AUT checklist had excellent intraobserver reproducibility and, therefore, can be reliably used for assessments of individuals aged between 6 and 18 years with ASD.
  • Os testes do degrau são viáveis, seguros e podem ser utilizados para avaliar a capacidade de exercício no domicílio após hospitalização por COVID-19 Original Article

    Carvalho, Larissa Barbosa de; Oliveira, Cristino Carneiro; Americano, Caroline Valle; Cabral, Leandro Ferracini; Reboredo, Maycon Moura; Malaguti, Carla; José, Anderson

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Testes baseados em degraus são comumente utilizados para avaliar a capacidade de exercício de indivíduos com doenças respiratórias. No entanto, a viabilidade e segu-rança dos testes de degrau ainda não foram estudadas em indivíduos após hospitalização por COVID-19. Objetivo: In-vestigar a viabilidade e segurança do teste do degrau de seis minutos (TD6) e do teste do degrau incremental modificado (TDIM) na avaliação da capacidade de exercício no domicílio em indivíduos após hospitalização por COVID-19, e identificar fatores associados ao desempenho nesses testes. Métodos: Estudo transversal multicêntrico com indivíduos internados por COVID-19 quinze dias após a alta hospitalar. Os participantes realizaram espirometria, TD6 e TDIM durante uma única visita domiciliar. Eventos adversos foram registrados durante e ime-diatamente após os testes. Resultados: Foram estudados 65 participantes (50 ± 10 anos, 55% do sexo masculino). A via-bilidade foi de 96,9% e a incidência de eventos adversos foi de 13,8% no 6MST e 6,2% no TDIM. Os indivíduos realizaram 76,9% do previsto no TD6, sendo que 40% dos participantes atingiram 80% da frequência cardíaca máxima e 31% apresen-taram dessaturação de oxigênio induzida pelo exercício. No TDIM, os indivíduos realizaram 20% do previsto, 23% dos participantes atingiram 80% da frequência cardíaca máxima e 17% apresentaram dessaturação de oxigênio induzida pelo exercício. O tempo de internação e o uso de ventilação mecâni-ca estiveram associados ao desempenho do teste. Conclusão: O TD6 e o TDIM são viáveis, seguros e podem ser usados para avaliar a capacidade de exercício em ambiente domiciliar em indivíduos após hospitalização por COVID-19. O desempenho nesses testes esteve associado ao tempo prolongado de internação e ao uso de ventilação mecânica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction: Step-based tests are commonly utilized to assess the exercise capacity of individuals with respiratory diseases. However, the feasibility and safety of the step tests have not yet been studied in individuals after COVID-19. Objective: To investigate the feasibility and safety of the six-minute step test (6MST) and the modified incremental step test (MIST) in assessing exercise capacity at home in individuals after hospitalization for COVID-19, and to identify factors associated with performance in these tests. Methods: Cross-sectional multicenter study with individuals hospitalized for COVID-19 fifteen days after hospital discharge. Participants performed spirometry, 6MST, and MIST during a single home visit. Adverse events were registered during and immediately after the tests. Results: Sixty-five participants were studied (50 ± 10 years old, 55% male). The feasibility was 96.9% and the incidence of adverse events was 13.8% in 6MST and 6.2% in MIST. The individuals performed 76.9% of the predicted on the 6MST, with 40% of the participants reaching 80% of the maximum HR and 31% presenting exercise-induced oxygen desaturation. In the MIST, the individuals performed 20% of the predicted, 23% of the participants reached 80% of the maximum heart rate, and 17% presented exercise-induced oxy-gen desaturation. Length of hospital stay and the use of mechanical ventilation were associated with test performance. Conclusion: 6MST and MIST are feasible, safe, and can be used to assess exercise capacity in a home environment in individuals after hospitalization for COVID-19. The performance in these tests was associated with a prolonged hospital stay and the use of mechanical ventilation.
  • Percepção dos riscos de LER/DORT no teletrabalho de servidores de uma universidade pública Artigo Original

    Candido, Ana Carolina Ferreira; Alencar, Maria do Carmo Baracho de

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O teletrabalho surgiu décadas antes da pandemia. Em 2020, porém, com a propagação do vírus da COVID-19, esse modo de trabalho foi implementado de forma rápida e mais ampla. A falta de um ambiente dedicado ao teletrabalho, contudo, pode promover riscos ergonômicos e consequentemente uma maior ocorrência de distúrbios osteomusculares. Objetivo Compreender os riscos de lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) no teletrabalho a partir da percepção de servidores de uma universidade pública. Métodos Obteu-se uma listagem de servidores da Divisão de Gestão com Pessoas de um campus de uma universidade pública que estavam em teletrabalho (parcial ou total) e selecionaram-se sujeitos para a realização de entrevistas individuais, com base em roteiro elaborado. As entrevistas foram gravadas e transcritas para análise temática de conteúdo. Resultados Participaram das entrevistas oito servidores, a maioria do sexo feminino, com idade entre 33 e 64 anos e de diversas categoriais profissionais. Nas entrevistas, surgiram inadequações ergonômicas, sintomas osteomusculares, utilização de estratégias individuais de prevenção, vantagens do teletrabalho, entre outros. Conclusão Ainda existem aspectos ergonômicos de risco para LER/DORT e, apesar das adaptações feitas ao longo da pandemia de COVID-19, ainda há necessidade de atender às necessidades de prevenção e melhorar a gestão de conhecimento para os trabalhadores.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Although teleworking emerged decades before the COVID-19 pandemic, the spread of the virus in 2020 resulted in faster and more widespread implementation of this work format. However, the lack of a dedicated workspace may pose ergonomic risks and increase the incidence of musculoskeletal disorders. Objective Understand the risks of repetitive strain injury (RSI) and work-related musculoskeletal disorders (WMSDs) in teleworking from the perspective of employees at a public university. Methods A list of employees at a public university who were full or part-time teleworkers was obtained from the campus Personnel Department and used to select subjects for individual scripted interviews. The interviews were recorded and transcribed for thematic content analysis. Results Eight employees took part in the interviews, most of whom were women, aged between 33 and 64 years and from different professional categories. The interviewees reported ergonomic deficiencies, musculoskeletal symptoms, using individual preventive strategies, and the advantages of teleworking, among others. Conclusion There are still ergonomic-related risks of RSI/WRMDs, and despite changes made during the COVID-19 pandemic, it remains important to comply with preventive needs and improve knowledge management among workers.
  • Comparação do nível de dependência funcional pré e pós-operatório de idosos submetidos à artroplastia de quadril Artigo Original

    Silva, Jefferson Carlos Araujo; Sousa, Gabriela Martins; Cota, Natália Barrel; Silva, Thalita Cristinny Araujo; Oliveira, Murilo Rezende; Cavalcante, Tamires Barradas

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Fraturas de colo do fêmur e osteoartrose no quadril afetam a independência funcional de idosos. A artroplastia de quadril (AQ) é uma cirurgia para tratar essas condições e a fisioterapia pode reduzir o nível de dependência funcional. Objetivo Comparar o nível de dependência funcional pré e pós-operatório de idosos submetidos à AQ, avaliar a associação entre dependência funcional e independência funcional e verificar se a idade está associada à pior dependência funcional destes pacientes. Métodos Estudo transversal, descritivo, quantitativo e de associação, onde voluntários idosos submetidos à AQ foram avaliados no pré e pós-operatório usando o índice de Katz e a Medida de Independência Funcional (MIF). A análise comparativa foi realizada com os testes estatísticos Wilcoxon pareado e correlação de Spearman. Uma regressão linear examinou a influência da dependência funcional na independência pós-operatória (p < 0,05). Resultados Quarenta e oito pacientes foram avaliados tanto no pré quanto no pós-operatório por meio do índice Katz, observando-se uma redução da dependência funcional após o procedimento de AQ. A avaliação da MIF demonstrou que houve aumento da independência funcional no pós-operatório, demonstrando que o procedimento cirúrgico associado à fisioterapia precoce, enquanto o paciente ainda está hospitalizado, promoveu a independência funcional. Além disto, houve uma relação diretamente proporcional entre nível de dependência e idade. Conclusão A dependência funcional reduziu após a cirurgia de AQ e aumentou a independência em idosos. A dependência funcional impactou a independência após a cirurgia e a idade influenciou a dependência funcional.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Femur fractures and hip osteoarthritis affect the functional independence of older adults. Hip arthroplasty (HA) is a surgery to treat these conditions and physiotherapy can reduce functional dependence levels. Objective Compare pre- and postoperative functional dependence in older adults submitted to HA, assess the association between functional dependence and independence, and whether age is associated with greater functional dependence in these patients. Methods A quantitative cross-sectional descriptive comparative study with older adult volunteers submitted to HA evaluated before and after surgery using the Katz index and Functional Independence Measure (FIM). Comparative analysis was performed via Wilcoxon’s matched pairs test and Spearman’s correlation. Linear regression was applied to assess the influence of functional dependence on postoperative independence (p < 0.05). Results Forty-eight patients were evaluated in the pre- and postoperative stages using the Katz index, which demonstrated reduced functional dependence after HA. The FIM assessment indicated greater post-operative functional dependence, demonstrating the surgical procedure combined with early physiotherapy while patients were hospitalized promoted functional independence in older adults. Additionally, there was a directly proportional relationship between dependence level and age. Conclusion Functional dependence declined after HA, which improved independence in older adults. Functional dependence affected postoperative independence and age influenced functional dependence.
  • Avaliação da postura cervical e do uso de smartphone em adultos jovens Artigo Original

    Fontenele, Ticiana Mesquita de Oliveira; Rabelo, Lorena Karen Silva Magalhães; Medeiros, Nylla Kettilla Freitas Diógenes; Sousa, Natália Roque Maia de; Mont’Alverne, Daniela Gardano Bucharles; Abdon, Ana Paula Vasconcellos

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O smartphone, dispositivo móvel e popular, tornou-se atrativo pela facilidade de utilização e multifuncionalidade. Seu uso prolongado, com flexão anterior do pescoço e movimentos repetitivos dos membros superiores, contribui para sintomas musculoesqueléticos. Objetivo Avaliar as alterações da postura cervical pelo uso do smartphone em adultos, bem como verificar a associação da postura com fatores relacionados à saúde. Métodos Estudo transversal, em duas universidades em Fortaleza, Ceará, Brasil, entre 2018 e 2019. Participaram 769 adultos (>18 anos) que usavam rotineiramente o smartphone. Foram coletadas variáveis socioeconômicas, condições de saúde e uso do smartphone. Realizou-se a avaliação do alinhamento postural da cervical, sendo mensurado o alinhamento vertical da cabeça (AVC) pela fotogrametria, na posição anatômica (baseline) e digitando no smartphone. Resultados A idade média foi de 23 anos (± 6,7), com maior proporção do sexo feminino (72,1 %; n = 559) e média de 7,9h (± 4,4) utilizando o dispositivo. O uso do smartphone gerou anteriorização de cabeça relacionada ao sexo masculino (p < 0,05 pelo ΔAVC), tempo de uso do dispositivo (p < 0,05 pela ΔAVC), incapacidade funcional na região cervical (p < 0,05 pela ΔAVC) e não dormir bem (p = 0,019 pela ΔAVC lado D). Conclusão O uso do smartphone na posição de digitação causa anteriorização de cabeça, estando relacionado ao maior tempo de uso, ao sexo masculino, à disfunção da região cervical e ao sono.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The smartphone, a popular mobile device, has become attractive because it is easy to use and due to it multifunctionality. Its prolonged use, with anterior flexion of the neck and repetitive movements of the upper limbs, contributes to musculoskeletal symptoms. Objective To evaluate changes in cervical posture due to smartphone use in adults, as well as verify the association of posture with health-related factors. Methods Cross-sectional study, carried out at two universities in Fortaleza, Ceará, Brasil, between 2018 and 2019. A total of 769 adults (>18 years old) who routinely used smartphones participated. Data on socioeconomic variables, health conditions and smartphone use were collected. The cervical postural alignment was assessed, with the vertical head alignment (VHA) being measured using photogrammetry, in the anatomical position (baseline) and while typing on the smartphone. Results The mean age was 23 years (± 6.7), with a higher proportion of females (72.1%; n = 559) and an average of 7.9h (± 4.4) using the device. Smartphone use led to the forward head movement related to males (p < 0.05 by ΔVHA), time spent using the device (p < 0.05 by ΔVHA), functional disability in the cervical region (p < 0.05 by ΔVHA) and not sleeping well (p = 0.019 by ΔVHA on the R side). Conclusion Using a smartphone in the typing position causes the head to tilt forward, being related to longer usage time, male gender, cervical region dysfunction and sleep.
  • Sintomas urinários, quedas e medo de cair em idosos com comprometimento cognitivo Artigo Original

    Bernardes, Raquel Santana; Barros, Regina de Sousa; Silva, Felipe Sousa da; Pequeno, Serise Amaral; Alves, Aline Teixeira; Garcia, Patrícia Azevedo

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Entre as síndromes geriátricas, destacam-se o comprometimento cognitivo, a incontinência urinária, a noctúria e as quedas. Idosos com incontinência urinária são mais propensos a cair e apresentar medo de cair. Objetivo: Investigar a frequência de incontinência urinária e noctúria e avaliar a associação dessas variáveis com a ocorrência de quedas e com o medo de cair em idosos com comprometimento cognitivo. Métodos: Estudo transversal com idosos encaminhados das Unidades Básicas de Saúde com comprometimento cognitivo avaliados entre os anos de 2019 e 2021. Foram coletadas informações sobre incontinência urinária, noctúria, histórico de quedas e medo de cair, fornecidas pelos idosos e seus acompanhantes. Os dados foram analisados por meio dos testes quiquadrado e regressões logísticas univariadas. Resultados: Foram analisados dados de 89 idosos, dos quais 58,4% apresentavam incontinência urinária, 28,1% apresentavam noctúria, 67,4% tinham medo de cair e 41,6% relataram quedas nos últimos seis meses. O grupo com incontinência urinária [2(1) = 5,147; p = 0,023] e o grupo com noctúria [χ2(1) = 4,353; p = 0,037] apresentaram frequências significativamente maiores de medo de cair. Não foram observadas diferenças das frequências de histórico de quedas entre os indivíduos com e sem incontinência ou noctúria (p > 0,05). O medo de cair mostrouse associado à incontinência (OR = 2,833; IC95% 1,137 – 7,062) e à noctúria (OR = 3,365; IC 95% 1,033 – 10,966). Conclusão: Idosos com comprometimento cognitivo apresentam alta frequência de incontinência urinária, noctúria, quedas e medo de cair. Ademais, há associação da incontinência urinária e da noctúria com o medo de cair nessa população.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction: Among geriatric syndromes, cognitive impairment, urinary incontinence, nocturia, and falls stand out. Older adults with urinary incontinence are more prone to falls and exhibit fear of falling. Objective: To investigate the frequency of urinary incontinence and nocturia and evaluate the association of these variables with falls and fear of falling in older individuals with cognitive impairment. Methods: Cross-sectional study with older adults referred from Basic Health Units with cognitive impairment evaluated between 2019 and 2021. Information on urinary incontinence, nocturia, history of falls, and fear of falling provided by the participants and their caregivers was collected. Data were analyzed using Chi-square tests and univariate logistic regressions. Results: Data from 89 older adults were analyzed, of whom 58.4% had urinary incontinence, 28.1% had nocturia, 67.4% reported fear of falling, and 41.6% reported falls in the last six months. The group with urinary incontinence [χ2(1) = 5.147; p = 0.023] and the group with nocturia [χ2(1) = 4.353; p = 0.037] had significantly higher frequencies of fear of falling. No differences in the frequencies of history of falls were observed between individuals with and without urinary incontinence or nocturia (p > 0.05). Fear of falling was associated with urinary incontinence (OR = 2.833; 95% CI 1.137 – 7.062) and nocturia (OR = 3.365; 95% CI 1.033 – 10.966). Conclusion: Older adults with cognitive impairment have a high frequency of urinary incontinence, nocturia, falls, and fear of falling. Furthermore, there is an association between urinary incontinence, nocturia and fear of falling in this population.
  • Terapias alternativas para infecções virais causadas pelo SARS-Cov-2 Review Article

    Risto, Josif; Hamiti, Arjan; Rrapaj, Enilda

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A relevância do tema estudado reside na comple-xidade do tratamento da infeção causada pelo SARS-CoV-2. Objetivo Discutir as potenciais vantagens e desvantagens dos tratamentos alternativos em comparação com as abordagens médicas convencionais e realçar a importância da comunicação colaborativa entre os doentes e os prestadores de cuidados de saúde na tomada de decisões informadas sobre os tratamentos alternativos do vírus SARS-CoV-2. Métodos A metodologia de investigação utilizou métodos de análise da literatura, incluindo abordagens bibliográficas e bibliosemânticas. O estudo utilizou métodos teóricos, sistemáticos e estatísticos, incluindo análise, síntese, generalização, interpretação, classificação e meta-aná-lise para explorar tratamentos alternativos para as infecções por SARS-CoV-2, suas inter-relações e tendências estatísticas da incidência. Resultados O estudo identifica diversas terapias alternativas para o tratamento das infecções por SARS-CoV-2, destacando a fitoterapia, a acupunctura, a reflexologia, o biohacking, a homeopatia e a magnetoterapia. Sublinha os potenciais benefícios dos remédios à base de plantas como o alho, o gengibre, a camomila e a madressilva, bem como das vitaminas (C, D, B12) e dos minerais (zinco, selénio) na gestão dos sintomas da COVID-19. Conclusão Embora ofereçam benefícios holísticos, estas terapias devem ser consideradas com cautela devido ao apoio científico limitado e às potenciais interações. A compreensão cultural, o diálogo paciente-prove-dor e as escolhas informadas são fundamentais para aproveitar o potencial da medicina alternativa juntamente às abordagens convencionais para gerir os desafios da COVID-19.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The relevance of the studied topic lies in the complexity of the treatment of infection caused by SARS-CoV-2. Objective To discuss the potential advantages and disadvantages of alternative treatments compared to conventional medical approaches, and to highlight the importance of collaborative communication between patients and healthcare providers in making informed decisions about alternative treatments of the SARS-CoV-2 virus. Methods The research methodology employed literature analysis methods, including bibliographic and bibliosemantic approaches. The study used theoretical, systematic, and statistical methods, including analysis, synthesis, generalization, interpretation, classification, and meta-analysis to explore alternative treatments for SARS-CoV-2 infections, their interrelationships, and statistical trends in incidence. Results The study identifies diverse alternative therapies for treating SARS-CoV-2 infections, highlighting herbal medicine, acupuncture, reflexology, biohacking, homoeopathy, and magnetotherapy. It underscores the potential benefits of herbal remedies like garlic, ginger, chamomile, and honeysuckle, as well as vitamins (C, D, B12) and minerals (zinc, selenium) in managing COVID-19 symptoms. Conclusion While of-fering holistic benefits, these therapies warrant cautious consideration due to limited scientific backing and potential interactions. Cultural understanding, patient-provider dialogue, and informed choices are key in harnessing the potential of alternative medicine along-side conventional approaches for managing COVID-19 challenges.
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