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Avaliação da postura cervical e do uso de smartphone em adultos jovens

Resumo

Introdução

O smartphone, dispositivo móvel e popular, tornou-se atrativo pela facilidade de utilização e multifuncionalidade. Seu uso prolongado, com flexão anterior do pescoço e movimentos repetitivos dos membros superiores, contribui para sintomas musculoesqueléticos.

Objetivo

Avaliar as alterações da postura cervical pelo uso do smartphone em adultos, bem como verificar a associação da postura com fatores relacionados à saúde.

Métodos

Estudo transversal, em duas universidades em Fortaleza, Ceará, Brasil, entre 2018 e 2019. Participaram 769 adultos (>18 anos) que usavam rotineiramente o smartphone. Foram coletadas variáveis socioeconômicas, condições de saúde e uso do smartphone. Realizou-se a avaliação do alinhamento postural da cervical, sendo mensurado o alinhamento vertical da cabeça (AVC) pela fotogrametria, na posição anatômica (baseline) e digitando no smartphone.

Resultados

A idade média foi de 23 anos (± 6,7), com maior proporção do sexo feminino (72,1 %; n = 559) e média de 7,9h (± 4,4) utilizando o dispositivo. O uso do smartphone gerou anteriorização de cabeça relacionada ao sexo masculino (p < 0,05 pelo ΔAVC), tempo de uso do dispositivo (p < 0,05 pela ΔAVC), incapacidade funcional na região cervical (p < 0,05 pela ΔAVC) e não dormir bem (p = 0,019 pela ΔAVC lado D).

Conclusão

O uso do smartphone na posição de digitação causa anteriorização de cabeça, estando relacionado ao maior tempo de uso, ao sexo masculino, à disfunção da região cervical e ao sono.

Cervical; Postura; Fatores de risco; Smartphone

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