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Desfechos entre diferentes questionários validados para a avaliação do nível de atividade física em cardiopatas adeptos a um programa de reabilitação

Resumo

Introdução

O Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e o inventário de Baecke são comumente utilizados em rotinas de reabilitação cardiovascular. Assim, entende-se que investigações sobre a equiva-lência de desfechos entre essas duas ferramentas possam ser relevantes para mensurar a magnitude da possível reprodutibilidade e correlação entre tais métodos.

Objetivo

Comparar em cardiopatas o nível de atividade física obtido por meio do IPAQ e do Baecke e correlacionar desfechos obtidos com o teste de cami-nhada de 6 minutos (TC6).

Métodos

Foram incluídos no estudo 65 cardiopatias inseridos em um programa de reabilitação cardiovascular, sendo 40 do sexo masculino e 25 do sexo feminino, com idade média correspondente a 65,8 ± 10,5 anos. Os dados foram obtidos a partir de um formulário padronizado, contendo os objetos de estudo propostos (IPAQ e Baecke). Além disso, dados referentes a medidas antropométricas (massa corporal, estatura e índice de massa corpórea), relação de cintura quadril, pressão arterial e TC6 foram avaliados.

Resultados

Os principais desfechos se referem à fraca associação entre os instrumentos avaliados, que demonstraram relação forte somente entre atividade física de tempo livre (r = 1), sendo que nas demais categorias e quando comparadas ao TC6 a concordância verificada não apresentou significância estatística.

Conclusão

Os questionários se equivalem fortemente somente quando diz respeito à atividade física de tempo livre. Desta forma, não faz sentido a implementação de prática clínica que considere a utilização das ferramentas IPAQ e Baecke com equivalência, o que verificou-se não existir.

Reabilitação cardíaca; Aptidão cardior-respiratória; Exercício físico; Fisioterapia; Fatores de risco de doenças cardíacas

Abstract

Introduction

The International Physical Activity Ques-tionnaire (IPAQ) and Baecke inventory are commonly used in cardiovascular rehabilitation routines. Thus, it is understood that investigations on the equivalence of outcomes between these two tools may be relevant to measure the magnitude of possible reproducibility and correlations between them.

Objective

To compare in cardiac patients the level of physical activity obtained through the IPAQ and Baecke inventory and correlate outcomes obtained with a 6-minute walk test.

Methods

In total, 65 heart disease patients included in a cardiovascular rehabilitation program (40 male and 25 female) were included, with a mean age of 65.8 ± 10.5 years. The data were obtained from the application of a standardized form, containing the proposed study objects, which were the IPAQ and Baecke inventory. In addition, data regarding anthropometric measurements (body mass, height, and body mass index - BMI), waist-to-hip ratio, blood pressure, and performance in the 6-minute walk test were measured.

Results

The main outcomes refer to the weak association between the instruments evaluated, which showed a strong relationship only between free time physical activity (r = 1), while in the other categories and when compared to the 6-minute walk test, the verified agreement was not significant.

Conclusion

The questionnaires are strongly equivalent only for free time physical activity, in the other categories and when compared to the 6-minute walk test, the agreement was not significant. Thus, based on the results, implementation in clinical practice considering the use of these tools with equivalence is not recommended.

Cardiac rehabilitation; Cardiorespiratory fitness; Physical exercise; Physiotherapy; Risk factors for heart disease

Introdução

A prática de atividade física (AF) contínua e sistemática constitui relevante importância sobre a influência em melhor qualidade de vida, redução do risco de acometimento por doenças de origem crônico-degenerativa,11. Brown T, Moore TH, Hooper L, Gao Y, Zayegh A, Ijaz S, et al. Interventions for preventing obesity in children. Cochrane Database Syst Rev. 2019;7(7):CD001871. DOI https://doi.org/10.1002/14651858.cd001871.pub4
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2. Manferdelli G, La Torre A, Codella R. Outdoor physical activity bears multiple benefits to health and society. J Sports Med Phys Fitness. 2019;59(5):868-79. DOI https://doi.org/10.23736/s0022-4707.18.08771-6
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- 33. Warburton DER, Bredin SSD. Health benefits of physical activity: a systematic review of current systematic reviews. Curr Opin Cardiol. 2017;32(5):541-56. DOI https://doi.org/10.1097/hco.0000000000000437
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prevenção e reabilitação de doenças cardiovasculares.33. Warburton DER, Bredin SSD. Health benefits of physical activity: a systematic review of current systematic reviews. Curr Opin Cardiol. 2017;32(5):541-56. DOI https://doi.org/10.1097/hco.0000000000000437
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, 44. Vespasiano BS, Dias R, Correa DA. A utilização do Questionário Internacional de Atividade Física (Ipaq) como ferramenta diagnóstica do nível de aptidão física: uma revisão no Brasil. Saude Rev. 2012;12(32):49-54. DOI https://doi.org/10.15600/2238-1244/sr.v12n32p49-54
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Pesquisadores têm desenvolvido e utilizado métodos capazes de avaliar o nível de AF em perfis populacionais diversos, em âmbito de investigação tanto para diagnóstico de situações de risco quanto para mensuração da evolução em programas de reabilitação e treinamento. É importante que tais ferramentas de avaliação sejam acessíveis no que se refere ao baixo custo e facilidade de aplicação,55. Miranda KA, Silva IM, Cerqueira JC, Santos MPM. Validade do questionário internacional de atividade física (IPAQ) em idosos: uma revisão integrativa da literatura. Arch Health Sci. 2021;28(1):64-7. DOI https://doi.org/10.17696/2318-3691.28.1.2021.1906
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, 66. Guimarães EV, Silva HPR, Basile R. Avaliação da qualidade de vida e relação com o nível de atividade física em idosos utilizando os questionários WHOQOL-bref e IPAQ. Cad UniFOA. 2020;15(43):133-41. DOI https://doi.org/10.47385/cadunifoa.v15.n43.3148
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a exemplo do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ)77. Rocha SV, Reis MC, Nascimento RAS, Vasconcelos LRC, Benedetti, TRB, Squarcini CFR, et al. Validade e reprodutibilidade do International Physical Activity Questionnaire em longevos (en ancianos). Salud(i)Ciencia. 2020;24(1-2):56-9. Full text link http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1667-89902020000200056
http://www.scielo.org.ar/scielo.php?scri...
, 88. Silva GMC, Carreiro PBP, Lima AMJ. Correlação entre medidas objetivas e subjetivas da atividade física em mulheres com in-continência urinária. Res Soc Dev. 2021;10(2):e10410211943. DOI https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.11943
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e do inventário de Baecke,99. Oliveira LSSCB, Souza EC, Rodrigues RAS, Fett CA, Piva AB. The effects of physical activity on anxiety, depression, and quality of life in elderly people living in the community. Trends Psychiatry Psychother. 2019;41(1):36-42. DOI https://doi.org/10.1590/2237-6089-2017-0129
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que são validados para a população brasileira e amplamente implementados em cenários de pesquisa e atendimento clínico.

Ambos os questionários permitem estimar o tempo semanal gasto em AF de intensidade moderada e vigorosa em diferentes contextos do cotidiano, como trabalho, transporte, tarefas domésticas e lazer, e ainda o tempo despendido em atividades passivas, como aquelas realizadas na posição sentada. A conclusão fornece valores de estimativa sobre os níveis de AF desempenhados pelo sujeito, considerados como satisfatórios (ativos) ou insatisfatórios (sedentários).1010. Marshall A, Bauman A. The international physical activity questionnaire: summary report of the reliability & validity studies. IPAQ Executive Committee; 2001.

11. Franco DC, Farias GS, Pelegrini A, Virtuoso Jr JS, Sousa TF. Validade das medidas do tempo sentado do questionário IPAQ-versão curta em universitários brasileiros. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2021;26:e0223. DOI https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0223
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12. Stefanouli V, Kapreli E, Anastasiadi E, Nakastsis A, Strimpakos N. Validity and reliability of the Greek version of modified Baecke questionnaire. Public Health. 2022;203:58-64. DOI https://doi.org/10.1016/j.puhe.2021.11.017
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13. Baecke JA, Burema J, Frijters JE. A short questionnaire for the measurement of habitual physical activity in epidemiological studies. Am J Clin Nutr. 1982;36(5):936-42. DOI https://doi.org/10.1093/ajcn/36.5.936
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- 1414. Bernardo AFB, Fernandes RA, Silva AKF, Valenti VE, Pastre CM, Vanderlei LCM. Influence of risk behavior aggregation in different categories of physical activity on the occurrence of cardiovascular risk factors. Int Arch Med. 2013;6(1):26. DOI https://doi.org/10.1186/1755-7682-6-26
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Tanto o IPAQ quanto o inventário de Baecke têm sido utilizados em diversos estudos envolvendo indivíduos com disfunções cardiovasculares e fatores de risco para essas doenças para a avaliação do nível de AF.1515. Daniele TMC, Bruin VMS, Oliveira DSN, Pompeu CMR, Costa e Forti A. Associations among physical activity, comorbidities, depressive symptoms and health-related quality of life in type 2 diabetes. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2013;57(1):44-50. DOI https://doi.org/10.1590/s0004-27302013000100006
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16. Cunha RM, Souza COS, Silva JF, Silva MA. Nível de atividade física e índices antropométricos de hipertensos e/ou diabéticos de uma cidade do Brasil. Rev Salud Publica. 2012;14(3):427-35. Full text link http://www.scielo.org.co/scielo.php?pid=S0124-00642012000300006&script=sci_abstract&tlng=pt
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- 1717. Parvathaneni K, Surapaneni A, Ballew SH, Palta P, Rebholz CM, Selvin E, et al. Association between midlife physical activity and incident kidney disease: the Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) study. Am J Kidney Dis. 2021;77(1):74-81. DOI https://doi.org/10.1053/j.ajkd.2020.07.020
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A este respeito, é evidente que em pacientes cardio-patas a avaliação de níveis de AF se faz importante para estabelecer estratégias adequadas capazes de estimular mudanças nos hábitos de vida, o que pode ser considerável para diminuir a ocorrência de fatores de risco e comorbidades resultantes das doenças cardiovasculares. Entretanto, apesar da larga utilização desses questionários em diferentes populações, após busca na literatura pertinente não foram encontrados estudos que analisassem uma possível equivalência desses instrumentos para essa avaliação.

Hipotetiza-se que dadas as similaridades verificadas entre ambos, possa existir equivalência entre esses questionários, principalmente no que diz respeito aos mais elevados níveis de AF, e que dessa forma qualquer um pode ser utilizado na prática clínica com segurança e precisão para a compreensão dos níveis de AF. Além disso, acredita-se que os questionários possam se relacionar positivamente com o teste de caminhada de 6 minutos (TC6), uma vez que este permite uma análise global dos sistemas cardíaco e respiratório, refletindo tolerância ao exercício, de maneira que se o indivíduo é classificado como ativo ou muito ativo pelos questionários, espera-se também que ele possua maior capacidade funcional verificada pelo TC6.

Diante do exposto, entende-se que um estudo dessa natureza, qualificado a demonstrar se existe equivalência de desfechos entre essas duas ferramentas em cardiopatas submetidos a um programa de reabilitação, possa ser relevante para mensurar a magnitude da possível reprodutibilidade e correlação entre tais métodos. Entende-se, também, que na prática clínica possam ser utilizados questionários de mais fácil aplicação do que o TC6, podendo ser aplicados durante a sessão de reabilitação ou até mesmo na residência do paciente (autoaplicáveis), otimizando tempo e fornecendo dados periódicos importantes sobre os níveis de AF. O objetivo desse estudo, portanto, foi comparar em pacientes cardiopatas inseridos em um programa de reabilitação cardiovascular a classificação do nível de AF, obtido por meio do IPAQ, com aquela fornecida pelo inventário de Baecke e correlacionar ambos os desfechos com valores obtidos no TC6.

Métodos

Caracterização da amostra

Foram incluídos 65 participantes com diagnóstico de cardiopatias ou fatores de risco, inseridos em um programa de reabilitação cardiovascular, sendo 40 do sexo masculino e 25 do sexo feminino, com idade média correspondente a 65,8 ± 10,5 anos. As seguintes condições clínicas foram consideradas: hipertensão arterial, dislipidemia, infarto agudo do miocárdio, miocar-diopatia dilatada, insuficiência coronariana, bloqueio atrioventricular grau I e arritmia. Todos os participantes incluídos participavam regularmente de um programa de reabilitação, com devido encaminhamento médico. Seriam excluídos participantes que não completassem todas as etapas do estudo.

Aspectos éticos

Os participantes foram informados sobre todos os procedimentos e objetivos do estudo e foram convidados a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), assegurando seus direitos e privacidade. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa envolvendo seres humanos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP, n° de parecer: 387.981).

Delineamento do estudo

Trata-se de um estudo observacional, do tipo trans-versal. As informações foram coletadas em novembro de 2019, em um setor de fisioterapia cardiovascular da clínica-escola da UNESP. Previamente, os participantes foram orientados a ingerir refeições leves 2 horas antes das coletas e a utilizar roupas e calçados confortáveis.

Os dados foram obtidos a partir da aplicação de um formulário padronizado, contendo os objetos de estudo propostos (IPAQ e Baecke). Além disso, foram mensuradas individualmente medidas antropométricas (massa corporal, estatura e índice de massa corpórea - IMC), relação de cintura quadril, pressão arterial e aplicação do TC6. As medições foram realizadas por pesquisadores previamente treinados, com prática nos métodos desenvolvidos, a fim de garantir padronização dos procedimentos e menor risco de viés. Além disso, cada parâmetro descrito foi mensurado pelo mesmo avaliador.1818. Lopes JSS, Magalhães Neto AM, Gonçalves LCO, Alves PRL, Almeida AC, Andrade CMB. Kinetics of muscle damage biomarkers at moments subsequent to a fight in Brazilian jiu-jitsu practice by disabled athletes. Front Physiol. 2019;10:1055. DOI https://doi.org/10.3389/fphys.2019.01055
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A coleta de dados ocorreu no mesmo período do dia (manhã) para todos os participantes, para evitar influências do ciclo circadiano.

Procedimentos

Características antropométricas

A massa corporal foi mensurada por meio de uma balança digital (Welmy R/I 200 – Brasil), com os participantes em posição ortostática e os braços estendidos ao longo do corpo, e a estatura por meio de um estadiômetro (Sanny, Brasil), com os pés descalços. O IMC foi calculado por meio dos dados de massa corporal e estatura, utilizando a seguinte fórmula: massa corporal (kg)/estatura (m2).1919. Lopes JSS, Micheletti JK, Machado AF, Souto LR, Lima HP, Vanderlei FM, et al. Test-retest reliability of knee extensors endurance test with elastic resistance. PLoS One. 2018;13(8):e0203259. DOI https://doi.org/10.1371/journal.pone.0203259
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, 2020. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 4th ed. São Paulo: ABESO; 2016. Full text link https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf
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Pressão arterial

A verificação da pressão arterial foi mensurada de forma indireta, pela utilização de um estetoscópio e esfigmomanômetro aneróide, no braço esquerdo, de acordo com os critérios estabelecidos pelo VI Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial.2020. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 4th ed. São Paulo: ABESO; 2016. Full text link https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf
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, 2121. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO Consultation. Geneva: WHO; 2000. 256 p. Full text link https://apps.who.int/iris/handle/10665/42330
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TC6

O TC6 foi aplicado de acordo com todas as reco-mendações sugeridas no estudo de Agarwala et al.2222. Agarwala P, Salzman SH. Six-minute walk test: clinical role, technique, coding, and reimbursement. Chest. 2020;157(3): 603-11. DO I https://doi.org/10.1016/j.chest.2019.10.014
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Desse modo, o teste teve duração total de seis minutos, nos quais o participante caminhou sozinho no corredor da clínica, na máxima velocidade que conseguisse, desde que de modo confortável, perfazendo um total de 30 metros de distância.

IPAQ

O IPAQ trata-se de uma ferramenta previamente validada, inclusive no Brasil, para diversas populações que incluem, por exemplo, idosos e adultos,88. Silva GMC, Carreiro PBP, Lima AMJ. Correlação entre medidas objetivas e subjetivas da atividade física em mulheres com in-continência urinária. Res Soc Dev. 2021;10(2):e10410211943. DOI https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.11943
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, 2323. Barros MVG, Nahas MV. Reprodutibilidade (teste/reteste) do Questionário Internacional de Atividade Física (QIAF-versão 6): um estudo piloto com adultos no Brasil. Rev Bras Cienc Mov. 2000;8(1):23-6. Full text link https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/view/351
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, 2424. Santos ALS. Acurácia do Questionamento Internacional de Atividade Física (IPAQ-SF versão curta) em classificar nível de atividade física na vida diária em comparação com o acelerô-metro em crianças e adolescentes asmático [master´s thesis]. São Paulo: Universidade Nove de Julho; 2019. 52 p. Full text link http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2275
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e considera os últimos sete dias de atividade física. É amplamente utilizada em âmbito clínico e de pesquisa por facilidades relacionadas ao baixo custo e rápida aplicação.

O questionário é constituído por categorias que incluem informações sobre atividades no trabalho, transporte, atividades domésticas e lazer.1111. Franco DC, Farias GS, Pelegrini A, Virtuoso Jr JS, Sousa TF. Validade das medidas do tempo sentado do questionário IPAQ-versão curta em universitários brasileiros. Rev Bras Ativ Fis Saude. 2021;26:e0223. DOI https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0223
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A pontuação se dá por meio de somatório para cada subitem das respostas que englobam aspectos de frequência (dias) e duração (horas e minutos) das atividades realizadas pelo indivíduo,2424. Santos ALS. Acurácia do Questionamento Internacional de Atividade Física (IPAQ-SF versão curta) em classificar nível de atividade física na vida diária em comparação com o acelerô-metro em crianças e adolescentes asmático [master´s thesis]. São Paulo: Universidade Nove de Julho; 2019. 52 p. Full text link http://bibliotecatede.uninove.br/handle/tede/2275
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de modo que o escore final o classifica como muito ativo, ativo, irregularmente ativo ou sedentário.

Inventário de Baecke

O inventário de Baecke considera os últimos doze meses, sendo constituído por 16 questões distribuídas em três seções distintas: atividades físicas ocupacionais (AFO), atividades físicas de tempo livre e lazer (AFTL) e atividades físicas de locomoção (AFL).2525. Gomes KAC, Silva LF, Machado DCD. Nível de atividade física em estudantes ouvintes e surdos de uma escola em Teresina-PI. Rev Psicopedagogia. 2021;38(115):55-64. Full text link http://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/660/nivel-de-atividade-fisica-em-estudantes-ouvintes-e-surdos-de-uma-escola-em-teresina-pi
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A AFO é avaliada por meio das questões de 1 a 8, sendo que a questão 1 leva em conta o tipo de ocupação, classificada em três níveis de gasto energético: leve, moderado e vigoroso; e as questões de 2 a 8 se referem às atividades durante o trabalho.55. Miranda KA, Silva IM, Cerqueira JC, Santos MPM. Validade do questionário internacional de atividade física (IPAQ) em idosos: uma revisão integrativa da literatura. Arch Health Sci. 2021;28(1):64-7. DOI https://doi.org/10.17696/2318-3691.28.1.2021.1906
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, 2525. Gomes KAC, Silva LF, Machado DCD. Nível de atividade física em estudantes ouvintes e surdos de uma escola em Teresina-PI. Rev Psicopedagogia. 2021;38(115):55-64. Full text link http://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/660/nivel-de-atividade-fisica-em-estudantes-ouvintes-e-surdos-de-uma-escola-em-teresina-pi
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A investigação da AFTL é feita através da prática de exercícios físicos regulares (questão 9), envolvendo modalidades específicas divididas em três níveis de intensidade (leve, moderada e vigorosa) de acordo com o gasto energético. São questionadas a duração e a frequência (horas por semana e meses por ano) para cada atividade. Com base na intensidade, frequência e duração, calcula-se um escore específico para essa questão. O escore engloba mais três questões (10 a 12), que comparam as AF de tempo livre com pessoas da mesma idade, a presença de suor e a prática de exercícios físicos sem regularidade.2525. Gomes KAC, Silva LF, Machado DCD. Nível de atividade física em estudantes ouvintes e surdos de uma escola em Teresina-PI. Rev Psicopedagogia. 2021;38(115):55-64. Full text link http://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/660/nivel-de-atividade-fisica-em-estudantes-ouvintes-e-surdos-de-uma-escola-em-teresina-pi
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Para a avaliação da AFL, as questões se referem às atividades de assistir à televisão (atividade sedentária), caminhar, andar de bicicleta e uma última questão sobre os minutos por dia em atividades de locomoção (caminhar ou uso de bicicleta para ir e voltar do trabalho, escola ou compras).2525. Gomes KAC, Silva LF, Machado DCD. Nível de atividade física em estudantes ouvintes e surdos de uma escola em Teresina-PI. Rev Psicopedagogia. 2021;38(115):55-64. Full text link http://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/660/nivel-de-atividade-fisica-em-estudantes-ouvintes-e-surdos-de-uma-escola-em-teresina-pi
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Análise estatística

Todas as análises foram realizadas no software estatístico SPSS versão 13.0 (Statistical Package for the Social Sciences Inc, Chicago, Illinois). Os dados referentes às características antropométricas foram apresentados em valores de média e desvio padrão. Para a comparação dos níveis de AF com os valores obtidos no TC6, utilizou-se correlação de Pearson ou Sperman, dependendo da normalidade dos dados (teste de Shapiro Wilks). O índice de Kappa foi utilizado para realizar a concordância entre os questionários e o TC6. Valores de significância (p-valor) inferiores a 5% foram considerados estatisticamente significativos. O teste de Pearson foi utilizado para realizar a concordância entre os questionários e o TC6.

Resultados

O TC6 demonstrou que a distância média percorrida para os homens foi de 518,3 ± 72,6 m, ao passo que para as mulheres foi de 471,4 ± 58,3 m. Considerando-se os valores totais de ambos, a distância percorrida correspondeu a 500 ± 70,8 m.

Na Tabela 1 são apresentadas as características antropométricas dos participantes, também estratifi-cadas por sexo. Ao considerar-se todos os participantes, verificou-se que valores de média e desvio padrão foram de 65,8 ± 10,5 anos para idade, 78,6 ± 14,4 kg para massa corpórea, 1,6 ± 0,1 m para estatura, 0,9 ± 0,1 cm para relação de cintura e quadril, e 29,0 ± 4,5 kg/m2para o IMC.

Tabela 1
Características dos participantes (média e desvio padrão)

Na Tabela 2 são apresentados os valores em porcentagem relativos ao nível de AF segundo o IPAQ, estratificados em: ativos (aqueles que apresentavam AF >150 minutos por semana) e sedentários (participantes que reportaram AF < 150 minutos por semana). A este respeito, verificou-se que ao considerar a AF total, 63% dos participantes eram ativos, de modo que atividades correspondentes ao trabalho e afazeres domésticos eram realizadas por 60% dos participantes. Apenas 20% realizam AF para locomoção e 100% reportaram realizar AF no âmbito do lazer. Esses dados sugerem que o público investigado demonstrou estar totalmente inserido em atividades sociais (lazer), que tinha pouca necessidade de andar a pé e que, em sua maioria, realizava ainda de modo ativo atividades correspondentes ao trabalho e à casa.

Tabela 2
Classificação do nível e atividade física segundo o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ)

Na Tabela 3 são apresentados os valores de média e desvio padrão relacionados ao nível de classificação para AF segundo o inventário de Baecke. Os resultados demonstraram que as mulheres se apresentaram mais ativas para todas as variáveis investigadas (AF total, AF de trabalho/casa, AFL e AFTL).

Tabela 3
Classificação do nível e atividade física segundo o Inventário de Baecke

Na Tabela 4 são apresentados valores de correlação entre os valores numéricos dos questionários Baecke e IPAQ com o TC6. Para o IPAQ, após sua classificação, os participantes tiveram seus resultados dicotomizados em: 1 = sedentário; 2 = irregularmente ativo; 3 = ativo; e 4 = muito ativo. Assim, os valores variaram de 0 a 1, sendo 1 equivalente ao mais ativo possível e 0 ao sedentário. A este respeito, em homens, a análise dos dados demonstrou alta correlação entre IPAQ e TC6 (p = 0,9236) e entre Baecke e TC6 (p = 0,9991). Considerando-se o total dos participantes, verificou-se alta correlação entre IPAQ e TC6 (p = 0,8369). As demais correções demonstradas foram baixas ou moderadas, conforme demonstrado na Tabela 4 . Por fim, na Tabela 5 são apresentadas as análises de concordância segundo Kappa entre as variáveis de estudos, caracterizadas pelo IPAQ, Baecke e TC6. Sobre tais dados, verificou-se concordância absoluta para AFTL IPAQ x AFTL Baecke, considerando-se estratificação por sexo e total.

Tabela 4
Correlação entre os valores numéricos do Inventário de Baecke, do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e do Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6)

Tabela 5
Concordância de KAPPA entre o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), o Inventário de Baecke e o Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6)

Discussão

O objetivo desse estudo foi comparar em cardio-patas inseridos em um programa de reabilitação cardiovascular a classificação do nível de AF obtida por meio do IPAQ com o inventário de Baecke e correlacionar ambos os desfechos com os valores obtidos no TC6. Os principais desfechos se referem à concordância absoluta entre os questionários para AFTL, no entanto, sem concordâncias significativas para os demais domínios.

Em relação à AFL, verificaram-se valores insuficientes para este domínio (< 150 min por semana) entre os participantes avaliados, que correspondeu a 80% de sedentários. Similarmente, o estudo de Madeira et al.2626. Madeira MC, Siqueira FCV, Facchini LA, Silveira DS, Tomasi E, Thumé E, et al . Atividade física no deslocamento em adultos e idosos do Brasil: prevalências e fatores associados. Cad Saude Publica. 2013;29(1):165-74. DOI https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013000100019
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avaliou idosos e concluiu que 73% dos participantes encontravam-se também insuficientes para desloca-mento. Tal dado pode ser justificado por algumas hipóteses. Em primeiro lugar, a grande parcela dos participantes deste estudo possuía veículo particular ou familiar que auxiliava nos deslocamentos sempre que necessário, o que reduzia as chances de deslocamento ativo. Em segundo lugar, por se tratar de cardiopatas que muitas vezes já tiveram algum evento cardiovascular, pode existir insegurança em caminharem sozinhos mesmo que por curtas distâncias. Em terceiro lugar, os participantes residiam em um município grande, o que implica em dificuldade logística para o deslocamento andando, já que na maioria das vezes os locais são distantes entre si.

No que se refere ao TC6, no presente estudo a média verificada foi de 500 metros. O estudo Araya-Ramirez et al.,2727. Araya-Ramírez F, Briggs KK, Bishop SR, Miller CE, Moncada-Jiménez J, Grandjean PW. Who is likely to benefit from phase II cardiac rehabilitation? J Cardiopulm Rehabil Prev. 2010;30(2): 93-100. DOI https://doi.org/10.1097/hcr.0b013e3181d0c17f
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que também avaliou pacientes cardiopatas, verificou valor médio similar, correspondente a 472 metros. A este respeito, as evidências demonstram bons níveis de funcionalidade adquiridos por pacientes cardiopatas inseridos em programas de reabilitação clínica, além de vários outros benefícios como melhores níveis de saúde em geral, redução do colesterol e da pressão arterial, perda de peso, interação social, maior satisfação pessoal e qualidade de vida que corroboram para menor incidência de eventos cardiovasculares e, consequentemente, maior longevidade.2727. Araya-Ramírez F, Briggs KK, Bishop SR, Miller CE, Moncada-Jiménez J, Grandjean PW. Who is likely to benefit from phase II cardiac rehabilitation? J Cardiopulm Rehabil Prev. 2010;30(2): 93-100. DOI https://doi.org/10.1097/hcr.0b013e3181d0c17f
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O estudo de Spana et al.2828. Spana TM, Rodrigues RCM, Gallani MCBJ, Mendez RDR. Comportamento de atividade física de cardiopatas isquêmicos segundo perfil sociodemográfico e clínico. Rev Bras Enferm. 2010;63(5):741-8. DOI https://doi.org/10.1590/S0034-71672010000500008
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implementou análises de AF por meio do instrumento de Baecke em cardiopatas isquêmicos inseridos em um programa de reabilitação, demonstrando valores médios correspondentes a 7,1 ± 1,1 para AF total. Em acordo, no presente estudo, os valores encontrados foram de 5,51 ± 1,74. Os dados foram similares em todos os subdomínios do inventário sobre tempo livre, lazer e transporte. Em conclusão, a reabilitação cardiovascular associada ao nível socioeconômico e faixa etária de pacientes inseridos nessa rotina parece explicar os valores verificados em cada item analisado.2828. Spana TM, Rodrigues RCM, Gallani MCBJ, Mendez RDR. Comportamento de atividade física de cardiopatas isquêmicos segundo perfil sociodemográfico e clínico. Rev Bras Enferm. 2010;63(5):741-8. DOI https://doi.org/10.1590/S0034-71672010000500008
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Verificou-se relação significativa entre os valores de IPAQ e Baecke em mulheres (p = 0,0383) e em ambos os sexos (p = 0,0004) quando realizada com valores numéricos dos questionários. No entanto tal correlação não foi veri-ficada quando os valores foram dicotomizados em 0 e 1. Acredita-se que uma explicação para tal incongruência seja pautada no fato de que quando classificados em 0 e 1 os valores refletem condição extremista, uma vez que foram usadas médias de populações apenas parecidas com a do presente estudo. Além disso, a correlação encontrada no gênero feminino parece lógica em idosas, já que estas aparentemente realizam maior quantidade de tarefas domésticas diariamente quando comparadas aos homens.2929. Las Casas RCR, Bernal RTI, Melo EM, Malta DC. Prevalência da atividade física no tempo livre nas capitais brasileiras. Rev Med Minas Gerais. 2016;26(Supl 8):S260-5. Full text link https://tinyurl.com/5xn3wy4y
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No entanto não pode-se afirmar isso com veemência, já que tal dado não foi investigado no presente estudo.

A concordância absoluta do domínio AFTL entre os questionários por meio do KAPPA justifica-se pelo fato de que todos os pacientes incluídos realizavam regularmente um programa de reabilitação cardio-vascular, com frequência de três vezes semanais e duração de 60 minutos por sessão, e não realizavam outros exercícios. Por fim, conforme apresentado, os desfechos isolados das ferramentas analisadas são similares àqueles descritos na literatura; contudo, os mesmos desfechos parecem não demonstrar proporcional correspondência quando comparados entre si. Desse modo, os dados sugerem necessidade de cautela sobre a implementação destes questionários da prática clínica e que sejam evitadas comparações de desfechos provenientes de ambas as ferramentas.

Uma limitação verificada no presente estudo se refere ao fato de não ter sido incluído um grupo controle, composto por cardiopatas sedentários. Acredita-se que essa comparação permitiria analogias robustas referentes à magnitude de efeito da reabilitação cardio-vascular nos níveis de AF investigados, bem como às respostas provenientes dos métodos investigados. Desse modo, sugere-se que estudos futuros sanem tal lacuna.

Conclusão

Os dados apresentados permitem concluir que os questionários IPAQ e Baecke, quando aplicados em participantes de programas de reabilitação cardiovascular, equivalem-se fortemente somente em realação à atividade física de tempo livre; nas outras categorias, e quando comparados ao TC6, não apresentaram concordância significativa. Neste sentido, parece não fazer sentido a implementação de prática clínica que considere a utilização de ambas as ferramentas com equivalência, o que verificou-se não existir.

Agradecimentos

Os autores agradecem a todos os participantes incluídos neste estudo e à UNESP por ter fornecido apoio logístico e físico.

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Editado por

Editora associada: Ana Paula Cunha Loureiro

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Out 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    11 Nov 2020
  • Revisado
    15 Jun 2022
  • Aceito
    17 Ago 2022
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